Covid-19: como a Argentina se tornou um dos cinco países com mais casos no mundo:bonus cadastro pixbet

Homem intubadobonus cadastro pixbetcamabonus cadastro pixbethospital na Provínciabonus cadastro pixbetBuenos Aires

Crédito, EPA

Legenda da foto, Argentina é o 5º país do mundo com mais casos e o 12ºbonus cadastro pixbetóbitos

O médico argentino Oscar Cingolani, professor da Johns Hopkins, destaca que a Argentina está hoje entre os países com os maiores índicesbonus cadastro pixbetnovos casos por milhãobonus cadastro pixbethabitantes.

Ele ressalta ainda que a dinâmica da epidemia argentina foi diferentebonus cadastro pixbetoutros países que hoje estão entre os mais afetados pelo coronavírus.

"Ao contrário do Brasil e dos Estados Unidos, a Argentina não teve um pico inicial", diz Cingolani.

"Agora, os casos estão caindo no Brasil, e na Argentina, observamos um crescimento lento e constante."

Quarentena nacional e obrigatória

Mulher protesta usando máscara e com uma bandeira da Argentinabonus cadastro pixbetvolta do corpo

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Argentinos foram às ruas para protestar contra o presidente e a quarentena

Poucos dias após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus na Argentina, Fernández implementou,bonus cadastro pixbet20bonus cadastro pixbetmarço, uma quarentena nacional e obrigatória.

Também agrupou uma equipebonus cadastro pixbetinfectologistas e passou a falar quase semanalmente aos argentinos sobre a importância da prevenção da covid-19.

O usobonus cadastro pixbetmáscaras foi logo popularizado e tornou-se raro ver alguém sem uma nas ruas do país.

O governo espalhou cartazes pedindo que as pessoas ficassembonus cadastro pixbetcasa, suspendeu voos domésticos e internacionais e restringiu o usobonus cadastro pixbettransporte público, que passou a ser exclusivobonus cadastro pixbettrabalhadores essenciais, como profissionaisbonus cadastro pixbetsaúde e funcionáriosbonus cadastro pixbetsupermercados.

Nos primeiros meses, as medidas contaram com a adesãobonus cadastro pixbetgrande parte da população. Governadores e prefeitos seguiram as orientações do presidente, mesmo aqueles que fazem oposição do seu governo.

"A quarentena ajudou o país a reforçar seu sistemabonus cadastro pixbetsaúde e a evitar várias mortes", Cingolani.

Recordesbonus cadastro pixbetcasos e mortes

Aluno tembonus cadastro pixbettemperatura medida ao entarbonus cadastro pixbetescolabonus cadastro pixbetBuenos Aires

Crédito, Reuters

Legenda da foto, As escolas reabriram recentemente no país,bonus cadastro pixbetmeio a agravamento da epidemia

Mas os dados oficiais mostram que a pandemia no país nunca esteve tão grave quanto agora, quase oito meses depois da pandemia atingir a Argentina.

Na quinta-feira (15/10), foi registrado o maior número diáriobonus cadastro pixbetnovos casos: foram 17,09 mil. O recordebonus cadastro pixbetmortes se deubonus cadastro pixbet8bonus cadastro pixbetoutubro, com 515 óbitos registradosbonus cadastro pixbetum único dia.

Um dos motivos para esse agravamento foi a propagação do coronavírus pelo interior do país, diz Omar Sued, presidente da Sociedade Argentinabonus cadastro pixbetInfectologia.

Até pouco tempo atrás, praticamente não havia casos da doença no interior. Mas a reabertura no iníciobonus cadastro pixbetsetembro foi feita sem os mesmos protocolosbonus cadastro pixbetprevenção contra o vírus que foram aplicados na Cidade Autônomabonus cadastro pixbetBuenos Aires, a capital do país, e na Provínciabonus cadastro pixbetBuenos Aires.

A faltabonus cadastro pixbetprecaução tornou o interior um terreno fértil para o avanço da covid-19. "Hoje, a situação é delicada", diz Sued.

No interior, as condições para a realizaçãobonus cadastro pixbettestesbonus cadastro pixbetcoronavírus são, muitas vezes, mais limitadas. A isso se soma o fatobonus cadastro pixbetas pessoas já estarem cansadasbonus cadastro pixbetcumprir o confinamento.

Para Sued, que faz parte da equipebonus cadastro pixbetinfectologistas que assessora a Presidência, outro fator que dificulta ainda mais o combate da epidemia agora é que os governadores da oposição já não demonstram a mesma disposiçãobonus cadastro pixbetagirbonus cadastro pixbetsintonia com as orientações sanitárias do governo federal.

"Alguns estimulam até o usobonus cadastro pixbetremédios que ainda não tiveram seu efeito comprovado", diz.

bonus cadastro pixbet ' bonus cadastro pixbet Dois países bonus cadastro pixbet '

O presidente Alberto Fernández fala durante um evento

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O coronavírus se espalhou por toda a Argentina, disse o presidente Alberto Fernández

O médico Marcelo Nahin, coordenadorbonus cadastro pixbettransplantes do Hospitalbonus cadastro pixbetAlta Complexidade El Cruce, diz que a Argentina se comportou como se fosse na verdade dois países.

"Enquanto os casos estavam concentrados na região metropolitanabonus cadastro pixbetBuenos Aires, as pessoas no interior do país levavam vida quase normal. Saíam para jantar e faziam encontros familiares", diz Nahin.

O médico avalia que isso contribuiu para a circulação do vírus. Ao mesmo tempo, as barreirasbonus cadastro pixbetestradas e aeroportos, criadas por vários municípios e Províncias para impedir ou limitar a entradabonus cadastro pixbetquem não morava nestes locais, parecem não ter surtido os efeitos esperados.

Nahin observa que a médiabonus cadastro pixbetidade dos infectados na Argentina ébonus cadastro pixbet36 anos, o que indica que os mais jovens relaxaram na prevenção por acreditarem que seriam menos afetados pelo vírus.

Enquanto os idosos tomaram mais cuidados, os mais jovens continuaram saindobonus cadastro pixbetcasa normalmente e podem ter passado o vírus para familiares, diz Nahin.

Os críticos da longa quarentena realizada no país dizem ainda que, ao longo desse tempo, a população perdeu o medobonus cadastro pixbetcontrair a covid-19.

Junto com isso, a necessidadebonus cadastro pixbetsair para trabalhar,bonus cadastro pixbetum país onde a informalidade atinge maisbonus cadastro pixbet40% da população economicamente ativa, também falou mais alto, observa Adolfo Rubinstein, que foi ministro da Saúde do governobonus cadastro pixbetMauricio Macri, opositorbonus cadastro pixbetFernández.

Rubinstein disse que a quarentena "foi muito longa" e que, na prática, deixoubonus cadastro pixbetser respeitada dois ou três meses depoisbonus cadastro pixbetseu início.

"Confinamento tem limites. Se a Argentina tivesse realizado mais testesbonus cadastro pixbetcoronavírus, poderia ter isolado os que deram positivo e evitado a proliferação do vírus. O recurso da quarentena, como medida preventiva, foi exagerado e ainda afetou a economia do país", diz ele.

Porbonus cadastro pixbetvez, Sued afirma que, com a quarentena, o país pôde construir 12 hospitais e ampliou a realizaçãobonus cadastro pixbettestes nos últimos mesesbonus cadastro pixbet300 para 25 mil exames diários.

"Para um país com limitações financeiras, não estamos fazendo pouco. Ao contrário", diz Sued.

Porém, até aqui, os especialistas concordam que apesarbonus cadastro pixbetpreocupante, o sistemabonus cadastro pixbetsaúde argentino não tende a "colapsar".

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