Por que a mortege futebolQasem Soleimani é mais impactante que age futebolOsama bin Laden:ge futebol

General iraniano Qasem Soleimani

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Qasem Soleimani comandava a Força Quds e era um instrumento político iraniano muito importante para espalharge futebolinfluência na região e no mundo

Era uma personalidade política popular tanto no país dele quanto no exterior e uma figura-chavege futebolinfluência do Irã, no Oriente Médio e no mundo.

Mas por que a mortege futebolSoleimani é tão significativa e pode ter repercussões muito maiores do que a do ex-líder da Al Qaeda?

Muito mais poderoso

Para Kasra Naji, correspondente especial da BBC persa, a mortege futebolSoleimani não tem precedentes na região — não é possível comparar nem mesmo com age futebolBin Laden.

"Não é comparável. Soleimani era uma figura militar e política, liderando uma nação, enquanto Bin Laden era um homem que liderava uma seita clandestina ligada a atividades terroristas. Soleimani tinha um país inteiro e até um grande exército que o apoiava. Bin Laden não tinha nada disso."

Osama bin Laden

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Legenda da foto, Ao contrárioge futebolOsama bin Laden, Qasem Soleimani tinha um país inteiro e até um grande exército que o apoiava

Mas, do pontoge futebolvista americano, ambos atacaram cidadãos americanos e isso os torna "mais ou menos iguais", diz Naji.

E,ge futebolfato, para o governo Trump, Soleimani era um homem com sangue americano nas mãos, assim como o ex-líder da Al Qaeda.

O poderoso general persa era acusadoge futebolestar por trásge futebolataques com foguetes contra bases americanas no Iraque. A ação matou um empreiteiro civil americano.

O Pentágono também o culpa por planejar ataques a diplomatas americanos no Iraque ege futeboltodo o Oriente Médio.

Uma morte que poderia desencadear uma guerra

As possíveis consequências da mortege futebolSoleimani a tornam significativamente mais chocante do que qualquer outro assassinato na região nas últimas décadas.

"O ataque a Soleimani poderia desencadear uma guerra. Ninguém descarta essa possibilidade. No final, ele era um homem poderoso no comandoge futeboluma potência regional", explica Naji, que lembra que, quando Bin Laden foi morto não ocorreu nenhum conflito armadoge futeboltanta amplitude.

De fato, após a morte do general persa, o assunto Terceira Guerra Mundial virou rapidamente uma tendência nas redes sociais e está entre os mais pesquisados ​​na internetge futeboltodo o mundo.

Muitos esperam uma resposta iraniana esmagadora, já que o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu "uma forte vingança contra os criminosos por trás da morte" do general.

Manifestantes queimam bandeira americana ege futebolIsrael

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Legenda da foto, Segundo Kasra Naji, correspondente especial da BBC persa, a mortege futebolQasem Soleimani poderia desencadear uma guerra entre Estados Unidos e Irã

Mas outros, como o ex-diretor da CIA David Petraeus, acreditam que a situação "muito frágil" na qual o Irã se encontra poderia limitarge futebolresposta ao que muitos consideram "um atoge futebolguerra".

Petraeus, que atuou como general no comando das forças americanas no Iraque e no Afeganistão, também acredita que a mortege futebolSoleimani é mais importante que age futebolBin Laden e age futebolAbu Bakr al-Baghdadi, ex-líder do Estado Islâmico.

Sua popularidade ultrapassa fronteiras

Soleimani era uma figura essencial para a projeção do poder iraniano na região.

Desde 1998, ele liderava a Força Quds, um poderoso braço paramilitarge futebolelite da Guarda Revolucionária, cujas operações estão presentesge futeboldiversas partes do mundo.

Homens nas ruasge futebolBagdá

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Legenda da foto, Soleimani ajudou a impedir que a capital iraquiana, Bagdá, caísse nas mãos do Estado Islâmico

A organização também está ligada ao grupo Hezbollah, no Líbano, e às milícias xiitas no Iraque e Afeganistão — assim, o impacto da morte do general vai além das fronteiras do Irã.

"Soleimani desempenhou um papel importante quando Bagdá estava prestes a cair diante das forças do Estado Islâmico. Dizem que ele ajudou a salvar a cidade", diz o correspondente especial da BBC persa.

"Além disso, quando essa organização terrorista estava a poucos quilômetros da fronteira iraniana, ele liderou uma luta contra ela que a obrigou a recuar. É por essa e outras razões que ele é tão popular no Irã e na região."

Um atoge futebolguerra?

Para Douglas Silliman, que foi embaixador dos Estados Unidos no Iraque até o inícioge futebol2019 e agora é presidente do Instituto dos Estudos Árabes do Golfoge futebolWashington, tanto Irã quanto Estados Unidos cruzaram "linhas vermelhas".

Douglas Silliman

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Legenda da foto, Douglas Silliman reconhece que tanto os EUA quanto o Irã cruzaram 'linhas vermelhas'

"O que é um atoge futebolguerra ou não depende dos olhosge futebolquem vê. E acho que tanto o Irã quanto os Estados Unidos podem apontar uma sériege futebolações do outro lado e descrever como atosge futebolguerra", disse ele à BBC News Mundo, serviçoge futebolespanhol da BBC.

Como exemplo dessas ações, o diplomata menciona o ataque iraniano a petroleiros no Estreitoge futebolOrmuz e a derrubadage futebolum drone americano no ano passado. "Nenhum desses ataques produziu a reação americana que eles queriam."

No entanto, para Silliman, a resposta recente do governo Trump era previsível. "Eles dizem há muito tempo que a linha vermelha seria a mortege futebolum cidadão americano nas mãos do Irã", e foi isso que causou o ataque ao carroge futebolque Soleimani estava viajando.

Uma possível resposta medida

No entanto, o importante para o ex-embaixador no Iraque é que a comunidade internacional intervenha agora para prevenir uma escalada e evitar uma guerra na região.

"Neste momento, a pressão deve ser colocada sobre o Irã para que não reajage futebolmaneira exagerada. Acho que devemos pararge futebolprocurar razões pelas quais devemos entrarge futebolguerra, mas pelas quais não deveríamos", diz ele.

Manifestantes iranianos

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Legenda da foto, Muitos no Irã esperam a 'vingança severa' prometida pelo líder supremo da República Islâmica

Aconteça o que acontecer, o correspondente especial da BBC persa, Kasra Naji, acredita que é mais provável que a resposta iraniana à mortege futebolSoleimani seja comedida.

"O Irã é um país pequeno comparado aos Estados Unidos. Então, acho que os líderes iranianos escolherão seus alvos com muito cuidado."

Segundo ele, o governo persa não quer realmente entrarge futebolum confronto militar direto com uma superpotência. "Mas a resposta pode ser por meioge futebolataques a embaixadas, barcos e comboios", como faz a República Islâmica há alguns anos.

A verdade é que, devido àge futebolimportância, a mortege futebolSoleimani é um divisorge futeboláguas nas relações entre os Estados Unidos e Irã.

De um lado, figuras como David Petraeus descrevem a relevância da mortege futebolSoleimani como "enorme" porque, conforme descrito na revista Foreign Policy, se tratava do "arquiteto e comandante operacional do esforço iraniano para consolidar o controle da chamada Crescente Xiita."

Mas no Irã, enquanto muitos nas ruas ainda lamentam a morte do controverso líder, muitos esperam a "severa vingança" prometida pelo líder supremo.

Línea.

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