EUA X Irã: o que originou a rivalidadebetboo 938décadas entre os dois países:betboo 938

O xá Mohamed Reza Pahlevi com Jimmy Carter

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Legenda da foto, Jimmy Carter foi o último presidente americano a fazer uma visitabetboo 938Estado ao Irã antesbetboo 938os EUA romperem relações com o país do Oriente Médiobetboo 9381980, após a Revolução Islâmica

"Nosso diálogo tem sido inestimável, nossa amizade é insubstituível. E não há nenhum outro líder por quem eu sinta uma maior gratidão e amizade pessoal", dissebetboo 9381977 o então presidente americano Jimmy Carter se referindo ao xá da Pérsia Mohamed Reza Pahlevi, durante brinde num jantarbetboo 938Teerã, capital iraniana.

Jimmy Carter e o xá

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Legenda da foto, O presidente americano Jimmy Carter celebrou a chegada do anobetboo 9381978 numa visitabetboo 938Estado ao Irã. Lá ele participoubetboo 938um luxuoso banquete com o xá da Pérsia

Nesse mesmo discurso, pronunciado durante a visitabetboo 938Estado do americano ao Irã, o presidente dos EUA classificou o país do Golfo como uma "ilhabetboo 938estabilidade numa das zonasbetboo 938maior conflito do mundo".

Essa visão não poderia ser mais diferente da atual. Vários representantes do governo Trump tem acusado o Irãbetboo 938ser uma ameaça à segurança mundial ebetboo 938impedir a paz no Oriente Médio.

Mas como esses dois países passarambetboo 938grandes amigos a inimigos declarados?

Golpebetboo 938Estadobetboo 9381953

A operação Ajax, nome que recebeu a intervenção estrangeira que possibilitou o golpebetboo 938Estadobetboo 9381953 no Irã, foi orquestrado pela CIA (a Agência Centralbetboo 938Inteligência dos EUA) e apoiada pelo governo britânico, conforme evidenciam documentos oficiais.

O golpe derrubou o primeiro governante iraniano eleito democraticamente, o primeiro-ministro Mohamed Mossadeq, e restaurou a monarquia no país, com a ascensão do xá Mohamed Reza Pahlevi.

O xá Mohamed Reza Pahlevi ao chegar a Teerãbetboo 9381953

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Legenda da foto, O golpebetboo 938Estado orquestrado pelos governos britânico e americano trouxe a monarquiabetboo 938volta ao poder no Irã, com a ascensão do xá Mohamed Reza Pahlevi

Segundo Arshin Adib-Moghaddam, professorbetboo 938Pensamento Global e Filosofia Comparada da Universidade SOAS,betboo 938Londres, essa intervenção estrangeira é um dos pilares das hostilidades que perduram até hoje entre iranianos e americanos.

O apoio dos Estados Unidos a um governo considerado por muitos como autoritário alimentou o sentimento antiamericano que depois propiciou a Revolução Islâmicabetboo 9381979, diz o professor.

"Os historiadores tem demonstrado que os manuaisbetboo 938tortura utilizados pelo brutal serviço secreto do monarca (o xá Mohamed Reza Pahlevi) foram escritos pela CIA e o Mossad (serviçobetboo 938inteligênciabetboo 938Israel)", diz Adib-Moghaddam.

"Portanto, os Estados Unidos passaram a ser vistos como cúmplices da supressão (de liberdades) da sociedade iraniana, o que explica o sentimento antiamericano dos revolucionários."

O inimigo era o Reino Unido?

Até aquele momento, especialmente até o início da Segunda Guerra Mundial, os EUA não eram vistos com maus olhos no Irã.

"Os Estados Unidos eram vistos como uma nação amiga e não como imperialistas. Até os anos 50, eles não tinham tanta influência no Oriente Médio", diz o professor Siavush Randjbar-Daemi, da Universidade St. Andrews, no Reino Unido.

"Eram os britânicos e,betboo 938menor medida, os soviéticos, que tinham maiores interesses na região."

O interesse do Reino Unido no Irã era pelos camposbetboo 938petróleo do país, dos quais era dono desde 1908. Os britânicos exploravam os recursos naturais iranianos e,betboo 938troca, devolviam uma pequena quantidade dos combustíveis obtidos — aproximadamente 16%.

plantabetboo 938produçãobetboo 938petróleo no Irã

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Legenda da foto, O Irã está entre os cinco países com as maiores reservasbetboo 938petróleo, segundo a Organizaçãobetboo 938Países Exportadoresbetboo 938Petróleo

O primeiro governante eleito democraticamente no Irã, o primeiro-ministro Mohamed Mossadeq, ouviu as queixas do povo iraniano e decidiu nacionalizar a indústria petroleira do país, acabando com o negócio lucrativo que os britânicos cultivaram por décadas.

Teve início, então, uma campanhabetboo 938intimidação por parte do Reino Unido, que atracou barcosbetboo 938guerra no golfo Pérsico, ameaçou invadir o país, decretou sanções à vendabetboo 938petróleo iraniano e colocoubetboo 938prática um plano sigiloso para derrubar o novo primeiro-ministro.

A conspiração foi descoberta pela inteligência iraniana, Mossadeq decidiu fechar a embaixada britânicabetboo 938Teerã e expulsar o do país o corpo diplomático do Reino Unido.

Foi então que os britânicos, por não terem mais pessoalbetboo 938atividade no território iraniano, tiveram que pedir ajuda aos Estados Unidos.

A recém-criada agênciabetboo 938inteligência dos EUA, a CIA, ficou encarregadabetboo 938orquestrar o golpe. Na época, o presidente norte-americano era o republicano Dwight Eisenhower, eleitobetboo 9381953.

O controle do petróleo iraniano foi, portanto, um dos motivos por trás dessa intervenção estrangeira. Mas é possível que não tenha sido o único.

Mohammad Mossadeq

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Legenda da foto, O primeiro-ministro Mohammad Mossadeq foi o primeiro governante eleito democraticamente no Irã, mas acabou derrubado num golpebetboo 938Estado arquitetado pelos EUA e o Reino Unido

Influência da Guerra Fria

Alguns historiadores consideram que o golpe foi um ato relacionado à Guerra Fria, com o objetivobetboo 938evitar a todo o custo que o Irã se aproximasse da União Soviética e do pensamento comunista.

"O governo Eisenhower — e vários documentos tornados públicos nos últimos anos atestam isso — pensava que Mossadeq se alinharia à União Soviética por causa do apoio que recebeubetboo 938militantes do partido Tudeh, o partido comunista iraniano", argumenta o professor Siavush Randjbar-Daemi, da Universidade St. Andrews.

"Eu acredito que os Estados Unidos temiam a expansão do comunismo e que os britânicos usaram essa cartada para que os americanos embarcassem na causa", acrescenta.

Independentemente das motivações reais por trás da intervenção dos EUA nos assuntos internos do Irã, o golpe prosperou e o primeiro-ministro nacionalista foi preso. O poder voltou à monarquia, que era favorável ao Ocidente, com a ascensão do xá Mohamed Reza Pahlevi.

Partidários da monarquia do xá Mohamed Reza Pahlevibetboo 938manifestação nas ruasbetboo 938Teerãbetboo 9381953

Crédito, AFP

Legenda da foto, Partidários da monarquia do xá Mohamed Reza Pahlevibetboo 938manifestação nas ruasbetboo 938Teerãbetboo 9381953

Diversos historiadores acreditam que o golpebetboo 938Estado alimentou uma ondabetboo 938nacionalismo no Irã que culminou com a Revolução Islâmicabetboo 9381979 e que envenenoubetboo 938maneira definitiva as relações entre EUA e o país do Oriente Médio.

É o que dizbetboo 938seu livro O Golpe, o professor e historiador Ervand Abrahamian, da Universidade da Cidadebetboo 938Nova York (CUNY).

O xá amigo

Após a ascensão ao poder do xá da Pérsia, se seguiram 26 anosbetboo 938franca amizade entre Estados Unidos e Irã.

A participação dos EUA no retorno da monarquia colocou Washingtonbetboo 938posiçãobetboo 938poder numa região onde, até então, o governo americano não tinha grande influência.

"Além do acesso privilegiado ao petróleo do Irã, os Estados Unidos começaram a controlar a política exterior do xá, que atuava como a polícia do Golfo Pérsico, especialmente durante períodobetboo 938que o republicano Richard Nixon esteve à frente do governo americano", diz Arshin Adib-Moghaddam, professor da Universidade SOAS,betboo 938Londres.

Protesto do Partido Tudehbetboo 9381951betboo 938Teerã

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Legenda da foto, O partido comunista iraniano Tudeh teve papel importante ao exigir a nacionalização do petróleo durante o governobetboo 938Mossadeq

Mas eram muitas as vozes dentro do Irã que se opunham a acordos com os EUA que pudessem ser desfavoráveis aos iranianos, como o que perdurou durante anos com os britânicos.

Em 1954, foi firmado um acordo que criava um consórcio internacional, com participação britânica, americana, holandesa e francesa, mediante o qual os benefícios da exploraçãobetboo 938petróleo seriam compartilhadosbetboo 938partes iguais.

O acordo foi renovadobetboo 9381973 por mais 20 anos, mas,betboo 9381979, foi detonada a Revolução Islâmica, que devolveu às mãos dos iranianos a soberania total sobre o petróleo do país.

Antes da revolução, as relações entre Teerã e Washington foram estreitas. Três presidentes americanos visitaram o Irã nesse período, durante o governo do xá da Pérsia: Eisenhower, Nixon, e Carter.

Mohamed Reza Pahlevi com Richard Nixon.

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Legenda da foto, O xá da pérsia Mohamed Reza Pahlevi visitou várias vezes os Estados Unidos durante o períodobetboo 938que esteve no poder. Na foto, ele cumprimenta o presidente Richard Nixon

Carter celebrou a chegada do anobetboo 9381978 com um jantarbetboo 938gala ao lado do xá. Tudo mudaria apenas um ano depois.

O monarca persa fugiu do Irãbetboo 93816betboo 938janeirobetboo 9381979, ao se ver incapazbetboo 938conter os protestos que tomaram as ruas do país durante meses.

Manifestantes enfrentavam o Exército, grevesbetboo 938trabalhadores ameaçavam a produçãobetboo 938petróleo (principal fontebetboo 938renda do governo) e opositores ao regime, tanto civis quanto religiosos, acusavam a monarquiabetboo 938ser autoritária e corrupta.

A Revolução Islâmicabetboo 9381979

Apenas duas semanas depois da saída do xá do país, o líder islâmico religioso Ruhollah Musavi Khomeini, que havia sido forçado a deixar o Irãbetboo 9381964 por suas críticas ao governo, voltou do exílio.

Durante os 15 anosbetboo 938que esteve fora do Irã, morando no Iraque e na França, o aiatolá e futuro líder supremo do país criticou fortemente o regime monárquico. Ele acusou o xábetboo 938se vender aos Estados Unidos, nação a que apelidoubetboo 938"Grande Satã".

Aiatolá Ali Khomeini

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Legenda da foto, O aiatolá Khomeini se tornou o mais duro crítico das interferências dos EUA nos assuntos internos do Irã

"Khomeini se converteu progressivamente num opositorbetboo 938destaque ao regime monárquico. É possível ver o sentimento antiamericano nos discurso delebetboo 9381964, mas isso ganhou ainda mais força entre lideranças iranianas nos anos 90, quando os EUA impuseram uma sériebetboo 938sanções ao Irã", diz Siavush Randjbar-Daemi, da Universidade St. Andrews.

Para Adib-Moghaddam, professor da Universidade SOAS,betboo 938Londres, a desconfiança da populaçãobetboo 938relação aos EUA também ajudou o líder espiritual Khomeini a consolidar o sucesso da Revolução Islâmica.

"O aiatolá Khomeini canalizou esses sentimentos durante o processo revolucionário e tornou a independência do Irãbetboo 938relação aos EUA uma das bases mais importantes para o êxito da República Islâmica", diz o professor.

Após um referendo realizadobetboo 9381ºbetboo 938abrilbetboo 9381979, foi declarada a República Islâmica do Irã. O declínio das relações com os Estados Unidos alcançou seu ápice com a tomada da embaixada americanabetboo 938Teerã.

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Em novembrobetboo 9381979, um grupobetboo 938manifestantes manteve como reféns diplomatas e outros cidadãos americanos que estavam no edifício. O cerco à embaixada durou 444 dias.

Seis americanos conseguiram fugir da embaixada se fazendo passar por uma equipebetboo 938cineastas, como retrata o filme americano Argo, estrelado e dirigido por Ben Affleck e ganhador do Oscar para melhor filmebetboo 9382013.

Os últimos 52 reféns foram liberadosbetboo 938janeirobetboo 9381981, no mesmo diabetboo 938que Ronald Reagan tomou posse como presidente dos EUA.

Enquanto ainda durava o sequestro,betboo 938abrilbetboo 9381980, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com o Irã. As relações permanecem congeladas até hoje.

Foi após esse grave incidente que se iniciou o longo históricobetboo 938sanções dos EUA contra o país do Oriente Médio.

Americanos reféns na embaixada dos EUAbetboo 938Teerá,betboo 9381979

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Legenda da foto, Diplomatas americanos e cidadãos dos EUA que estavam na embaixada do paísbetboo 938Teerã foram mantidos reféns por maisbetboo 938um ano, a partirbetboo 9384betboo 938novembrobetboo 9381979, quando um grupobetboo 938estudantes iranianos invadiu o edificio

A estratégia do embargo

As sanções econômicas impostas pelos EUA ao Irã, e reforçadas recentemente por Trump, são um mecanismobetboo 938pressão usado desde os tempos do presidente Jimmy Carter.

Carter proibiu as importaçõesbetboo 938petróleo do Irã, congelou cercabetboo 938US$ 12 milhõesbetboo 938ativos iranianos no território americano e suspendeu todo o intercâmbio comercial com a República Islâmica, assim como as viagensbetboo 938autoridades dos EUA ao território iraniano.

As sanções foram suspensas quando o Irã libertou os reféns americanos, mas nos anos subsequentes outras foram impostas pelos EUA.

Em 1984, no governobetboo 938Ronald Reagan, o Irã foi declarado país patrocinador do terrorismo e Washington voltou a lançar sanções. Os EUA se opuseram a que o Irã recebesse empréstimos internacionais e proibiu a importaçãobetboo 938alguns produtos iranianos, entre eles os chamadosbetboo 938"uso duplo" — que podem ser destinados tanto ao uso civil quanto ao militar.

Durante o governo Ronald Reagan, os EUA também apoiaram Saddam Hussein na guerra entre Iraque e Irã, que duroubetboo 9381980 a 1988.

Saddam Husseinbetboo 9382002

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Legenda da foto, Os Estados Unidos se aliaram a Saddam Hussein, na guerra entre Iraque e Irã entre 1980 e 1988, iniciada por uma disputa territorial na fronteira entre os dois países

Isso deteriorou ainda mais a imagem dos EUA junto à população iraniana, diz o professor Arshin Adib-Moghaddam.

"O apoio dos Estados Unidos a Saddam Hussein é, possivelmente, percebido como mais traiçoeiro que o golpebetboo 938Estado (que derrubou o primeiro-ministro e restaurou a monarquia). Esse apoio permitiu a Saddam Hussein usar armas químicas contra iranianos e contra a própria população iraquiana, o que levou à campanha genocidabetboo 938Anfal, que matou milharesbetboo 938curdosbetboo 938minutos", lembra.

As relações entre Irã e EUA não melhoraram na Presidênciabetboo 938George H. W. Bush, que também aprovou sanções contra o regime iraniano. Mas até as sanções impostas recentemente por Donald Trump, as que mais haviam causado danos ao Irã eram asbetboo 938Bill Clinton, diz o professor Randjbar-Daemi, da Universidade St. Andrews.

"Até então os iranianos podiam comercializar partebetboo 938seu petróleo e seus ativos, mas a partir das sançõesbetboo 938Clinton, funcionários do governo iraniano passaram a dizer que a situação ficou insustentável", lembra.

Bill Clinton

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Legenda da foto, Segundo o professorbetboo 938históriabetboo 938Oriente Médio Siavush Randjbar-Daemi, as sanções impostas por Clinton eram, até as aprovadas por Trump, as que mais haviam provocado danos à economia iraniana

Clinton proibiu qualquer participaçãobetboo 938empresas americanas na indústria petroleira iraniana, vetou investimentosbetboo 938capital no Irã e limitou ao mínimo o intercâmbio comercial entre os dois países, sob o pretextobetboo 938que Teerã estava fabricando armasbetboo 938destruiçãobetboo 938massa.

Mais sanções foram impostas nos governosbetboo 938George W. Bush e Barack Obama.

Mas,betboo 9382015, ainda durante a Presidênciabetboo 938Obama, foi firmado o acordo nuclear entre o Irã e potências mundiais, como Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha, após anosbetboo 938difíceis negociações.

O Irã se comprometeu a parar o seu programa nuclearbetboo 938troca da suspensãobetboo 938sanções. O acordo perdurou por quase três anos até que,betboo 938maiobetboo 9382018, o presidente Donald Trump decidiu rompê-lo, apesar da oposição dos países europeus.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

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Legenda da foto, Em 2018, Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear iraniano e passou a impor uma sériebetboo 938sanções ao país do Oriente Médio

Com isso, sanções voltaram a entrarbetboo 938vigor contra o Irã e os efeitos delas são visíveis na economia do país do Oriente Médio.

O Fundo Monetário Internacional calcula que a economia iraniana deve ter sofrido uma retraçãobetboo 9386%betboo 9382019.

Esse históricobetboo 938sanções é, segundo Siavush Randjbar-Daemi, o verdadeiro motivo por trás das hostilidades recentes entre iranianos e americanos. Mas o professor rechaça usar o termo ódio entre populações e lembra que há milhõesbetboo 938iranianos exilados nos EUA.

"Muitas famílias no Irã têm algum parente vivendo nos Estados Unidos, portanto os ódios e os enfrentamentos são mais nas altas esferasbetboo 938comando", avalia.

O professor Arshin Adib-Moghaddam tem uma opinião similar.

"As principais razões (dos conflitos entre EUA e Irã) são geopolíticas,betboo 938parte majoradas por atores regionais como Israel e Arábia Saudita, que desconfiam do poder do Irã no Oriente Médio", diz.

Línea.

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