Por que Bolsonaro pode esperarbolaopixbetpresidente eleito do Uruguai parceria comercial, mas não ideológica:bolaopixbet
Ainda que Lacalle Pou tenha tentado se distanciarbolaopixbetBolsonaro logo após o primeiro turno, recusando o apoio do brasileiro, suas propostas econômicas liberais são alinhadas às do governo brasileiro.
Nesta quinta, o Itamaraty "asseguroubolaopixbetdeterminaçãobolaopixbettrabalharbolaopixbetconjunto" e convidou o novo líder uruguaio para visitar o Brasil.
Em entrevista à BBC News Brasil, o analista político uruguaio Andrés Malamud, pesquisador do InstitutobolaopixbetCiências Sociais da UniversidadebolaopixbetLisboa, acredita que o governobolaopixbetLacalle Pou terá uma melhor sintonia com Bolsonaro do que o governo que está saindobolaopixbetMontevidéu, mas não necessariamente será um aliado.
"Aliados não, parceiros, sim. AliadosbolaopixbetBolsonaro são Donald Trump (presidente dos EUA), Netanyahu (ex-primeiro-ministrobolaopixbetIsrael) e Viktor Orbán (premiê da Hungria). A parceriabolaopixbetLacalle Pou com Bolsonaro seria mais instrumental, relacionada à abertura comercial, e não ideológica", explica Malamud.
Malamud lembra ainda que a vitóriabolaopixbetLacalle Pou é mais uma consequência do descontentamento do eleitorado com seus atuais governantes na região — e não exatamente guinada ideológica. "Veja a direita no Chile com problemas. Na Argentina e no México, venceram partidosbolaopixbetesquerda. não é uma questãobolaopixbetideologia, é antigovernista", explica.
O professorbolaopixbetRelações Internacionais da PUC-SP David Magalhães, que participa do monitoramento do Observatório da Extrema Direita, concorda que a dimensão da proximidade entre Lacalle e Bolsonaro é mais econômica, e não ideológica.
"Existem muitas ideiasbolaopixbetcomum entre o grupo do ministro (brasileiro) da Economia, Paulo Guedes, e a visão pró-mercado da centro direita uruguaia. Mas as afinidades acabam aí", diz o especialista.
"Em outros aspectosbolaopixbetpolítica externa, por exemplo o compromisso com a agendabolaopixbetdireitos humanos e meio ambiente que o Uruguai tem, tudo aquilo que o governo brasileiro chamabolaopixbet'globalismo', a centro-direita uruguaia entende como um compromisso fundamental e se mantém como políticabolaopixbetEstado, independentemente do governobolaopixbetcentro-direita ou centro-esquerda", explica Magalhães.
Segundo o professor da PUC-SP, os compromissos que o Brasil tem rejeitadobolaopixbetrelação à agenda ambientalista ebolaopixbetdireitos humanos são consensuais no establishment político uruguaio.
"Nesse aspecto, o governo Bolsonaro não pode esperar nenhuma convergência. Você não verá o Uruguai mudandobolaopixbetvotação na ONU como o Brasil tem feito, por exemplo. Mas no pontobolaopixbetvista do alinhamento econômico, essa convergência existe", explica.
Distante da Venezuela, próximo da Argentina
O analista uruguaio aposta aindabolaopixbetuma virada nas posições uruguaiasbolaopixbetrelação à Venezuela, que hoje não reconhece Juan Guaidó como presidente interino do país. "Lacalle Pou deve afastar o Uruguaibolaopixbet(Nicolás) Maduro, mas ainda não dá para afirmar se reconhecerá Guaidó como presidente", diz Malamud.
Em um post publicado no Twitter nesta quinta, Lacalle Pou agradeceu as felicitaçõesbolaopixbetGuaidó porbolaopixbetvitória nas urnas uruguaias. "Em defesa das democracias e dos direitos humanos", respondeu o eleito.
DiferentementebolaopixbetBolsonaro, que demonstrou insatisfação com a vitória do futuro presidente argentino Alberto Fernández ebolaopixbetsua vice, Cristina Kirchner, Malamud acredita que Lacalle Pou terá boas relações com o novo governobolaopixbetBuenos Aires, eleito mês passado.
"Será uma relação pragmática. E o fatobolaopixbetCristina estar no governo não representaria um problema. (O vice-presidente brasileiro Hamilton) Mourão não governa no Brasil, Cristina Kirchner também não governará na Argentina", justifica.
Em relação ao Mercosul, ainda que Lacalle Pou simpatize com as ideias do governobolaopixbetBolsonarobolaopixbetabrir o bloco comercial, Malamud aposta que a vitória do uruguaio não mudará a atual situação da aliança.
"É antipático dizer, mas o Mercosul será o que o Brasil e a Argentina fizerem dele. O cenário mais provável é a continuidade formal do blocobolaopixbetcoexistência com a violação permanentebolaopixbetsuas regras", avalia o analista uruguaio.
Magalhães avalia que a mudançabolaopixbetgoverno no Uruguai poderia até ajudar a dinamizar o Mercosul. "Mas o Uruguai não tem o mesmo peso que a Argentina no bloco. Não é o mesmo que se o argentino Mauricio Macri tivesse conseguido a reeleição", diz o professor.
Herdeirobolaopixbetpolíticos conservadores
Lacalle Pou chega à Presidência uruguaia embolaopixbetsegunda disputa pelo cargo — na eleição anterior,bolaopixbet2014, foi derrotado pelo presidente Tabaré Vázquez no segundo turno. Desta vez, alinhou-se a partidosbolaopixbetdireita ebolaopixbetextrema-direita embolaopixbetcoalizão.
Advogadobolaopixbet46 anos, Lacalle Pou vembolaopixbetuma geraçãobolaopixbetpolíticos uruguaios do Partido Nacional, ou Partido Blanco,bolaopixbetcentro-direita. É filho do ex-presidente uruguaio conservador Luis Alberto Lacalle, que governou o país entre 1990 e 1995, e bisnetobolaopixbetLuis AlbertobolaopixbetHerrera, um dos líderes mais destacados da história do Partido Nacional.
Inicioubolaopixbetcarreira política assim que se formoubolaopixbetdireito, aos 26 anos, quando foi eleito deputado,bolaopixbet1999. Foi reeleito para três mandatos consecutivos, e chegou a ser presidente da Câmara entre 2011 e 2012.
Após a derrota para Vázquezbolaopixbet2014, foi eleito senador, cargo que ocupava até agora. É casado com Lorena PoncebolaopixbetLeón, que conheceu ainda na adolescência, e tem três filhos.
Apesarbolaopixbetter sido eleitobolaopixbetum partidobolaopixbetcentro-direita e contar com o apoio da extrema-direita, Lacalle Pou afirmou durantebolaopixbetcampanha que não planejava rever leis aprovadas pelas gestões anteriores como a autorização do casamento homossexual, a liberalização da maconha e a legalização do aborto.
Magalhães lembra ainda que a influência da extrema-direita no governobolaopixbetLacalle depende muito da forma como os ministérios serão distribuídos entre a coalizão. "Eles não devem ficar com os ministérios mais importantes, como Defesa e Relações Exteriores, por exemplo", diz o professor.
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