As novidades que têm revolucionado a luta contra o câncer:aposta esportiva robo
Em julhoaposta esportiva robo2018, ela retirou metade do pulmão. Hoje, continua fazendo acompanhamento.
"Câncer é como uma doença crônica, precisaaposta esportiva robocontrole e vigilância. Mas depois da imunoterapia posso levar uma vida absolutamente normal. Trabalho, passeio, viajo... ter esse diagnóstico não é uma sentençaaposta esportiva robomorte", pondera.
Imunoterapia
O tratamento do câncer atingiu marcos importantes desde a chegada da quimioterapia, na décadaaposta esportiva robo1940, porém, nos últimos anos, houve um grande salto tecnológico e muitas novidades surgiram, como a imunoterapia a que Suzane se submeteu.
Angélica Dimantas, diretora médica da Bristol-Myers Squibb (BMS), biofarmacêutica que desenvolve pesquisas e drogas imuno-oncológicas, explica que esse procedimento utiliza o próprio sistema imunológico humano para combater a enfermidade.
"São medicamentos que, ao invésaposta esportiva robomirar o câncer, focam no paciente e na defesa do organismo, para que ela detecte as células tumorais e as combata. Acreditamos que até 2025, 2030, 70% dos casos da doença,aposta esportiva roboalgum momento, serão tratamos a baseaposta esportiva roboimunoterapia", informa.
O mecanismoaposta esportiva roboatuação do procedimento parte da premissaaposta esportiva roboque o desenvolvimentoaposta esportiva roboum câncer promove uma redução da atividade do sistema imunológico, uma vez que as células tumorais não são reconhecidas por ele e começam a cresceraposta esportiva roboforma descontrolada.
Para superar isso, pesquisadores descobriram maneirasaposta esportiva roboreverter o processo, ou seja, ajudar o sistema imunológico a reconhecer as células tumorais e, ao mesmo tempo, aumentaraposta esportiva roboresposta, causando a morte das "invasoras".
Gelcio Mendes, oncologista e coordenadoraposta esportiva roboAssistência do Instituto Nacionalaposta esportiva roboCâncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), comenta que a estratégia, reconhecida com o Prêmio Nobelaposta esportiva roboMedicinaaposta esportiva robo2018 - conquistado pelos imunologistas James P. Allison, dos Estados Unidos, e Tasuku Honjo, do Japão -, vem sendo exitosa, sobretudo no cânceraposta esportiva robopele melanoma, mas também noaposta esportiva robopulmão, rim, bexiga, cabeça e pescoço eaposta esportiva roboalguns linfomas.
"É um procedimento que se aplica, na maioria das vezes,aposta esportiva robopacientes com metástase", pontua o médico. "Ainda não falamosaposta esportiva robocura da doença, mas, com ele, conseguimos melhorar a qualidadeaposta esportiva robovida e aumentar a sobrevida."
Na área da imonoterapia, uma das principais novidades é a junçãoaposta esportiva roboduas drogas para estimular ainda mais o sistemaaposta esportiva robodefesa - até pouco tempo, usava-se apenas uma por vez.
No Brasil, inclusive, a Agência Nacionalaposta esportiva roboVigilância Sanitária (Anvisa) aprovou há alguns meses o uso combinado dos medicamentos nivolumabe e ipilimumabe, ampliando as possibilidadesaposta esportiva robotratamento para todos os tipos e estágios do melanoma.
"Outras combinações, para outros tiposaposta esportiva robocâncer, estão sendo pesquisadas e testadas, eaposta esportiva robobreve serão lançadas no mercado", diz Angélica, da BMS.
Por causa do alto custo, são raras as opçõesaposta esportiva roboimunoterapia na rede pública e na maioria das vezes os pacientes precisam recorrer aos hospitais privados. Porém, existem alguns centrosaposta esportiva robopesquisas clínicas que podem ser uma boa opção para os pacientes sem convênio.
aposta esportiva robo Anticorpos
Outra notícia positiva na luta contra o câncer, inicialmente para as leucemias, são os tratamentos com anticorpos monoclonais biespecíficos.
"Eles possibilitam que haja uma ligação a um alvo determinado nas células tumorais e a célulaaposta esportiva robodefesa (linfócito T), destruindo o tumor. São extremamente efetivos", explica Nelson Hamerschlak, coordenadoraposta esportiva roboHematologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
Nessa linha, a biofarmacêutica Amgen desenvolveu a tecnologia T BiTE, que, assim como a imunoterapia, ajuda o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas.
"Essa técnica possibilita a ligação do anticorpo a dois tipos diferentesaposta esportiva robocélulas ao mesmo tempo. De um lado, a uma célula do sistema imune do paciente (linfócito T) e, do outro, a uma célula tumoral que precisa ser combatida. Essa ligação ativa e estimula a produçãoaposta esportiva robomais linfócitos T e, com isso, o medicamento faz com que o próprio sistema imune ataque e elimine as células tumorais", diz Tatiana Castello Branco, diretora médica da empresa no Brasil.
Um estudo apresentado pela Amgen neste ano, no 24º congresso da Associação Europeiaaposta esportiva roboHematologia (EHA), realizado na Holanda, constatou que a sobrevidaaposta esportiva roboadultos portadoresaposta esportiva roboleucemia linfoblástica aguda (LLA) com doença residual mínima (DRM) - pacientes que ainda apresentam uma quantidade baixa da doença mesmo após tratamento com quimioterapia - foiaposta esportiva robo36,5 meses quando tratados com a nova terapia.
Para Hamerschlak, esse resultado representa um avanço no combate à doença.
"A LLA é o câncer hematológico mais comumaposta esportiva robocrianças, e para esse perfilaposta esportiva robopacientes apresenta alto índiceaposta esportiva robocura, masaposta esportiva roboadultos o prognóstico era muito ruim há alguns anos, já que o tratamento com quimioterapia não conseguia uma resposta completa na maioria dos casos. Ele deixava um residualaposta esportiva robocélulas doentes que causavam recidivas ainda mais agressivas, até mesmoaposta esportiva robopacientes com transplanteaposta esportiva robomedula óssea", diz.
No Brasil, o tratamento com anticorpos monoclonais biespecíficos é oferecido apenas na rede privadaaposta esportiva robosaúde.
Terapia celular
Outro capítulo recente no combate aos cânceres hematológicos é a terapia celular,aposta esportiva roboespecial a modalidade CAR T-Cells (siglaaposta esportiva roboinglês para "receptoraposta esportiva roboantígeno quiméricoaposta esportiva robocélulas T"), que utiliza células modificadas do próprio sistema imune do paciente.
De acordo com Angélica, da BMS, ela funciona assim: as células linfócitos T são extraídas do sangue do enfermo e reprogramadas geneticamenteaposta esportiva robolaboratório para reconhecerem as células cancerosas; depois, são reintroduzidos na pessoa para combater a patologia.
"Este é um tratamento totalmente individualizado e promissor, tem tido resultados impressionantes. Ainda não está disponível no Brasil, e mesmo nos Estados Unidos e na Europa é muito restrito, mas acreditamos que será o futuro na luta contra o câncer", afirma a especialista.
Aprovada nos Estados Unidosaposta esportiva robo2017, pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador com atuação semelhante a Anvisa, a técnica é utilizada por enquanto nos casosaposta esportiva roboLLA e linfoma não-Hodgkin difusoaposta esportiva robocélulas B.
Radioterapia
Mesmo a radioterapia, um dos tratamentos mais tradicionais na luta contra o câncer, tem novidades. Rodrigo Munhoz, oncologista clínico especialistaaposta esportiva robomelanoma, tumores cutâneos e sarcomas do Hospital Sírio Libanês e do Instituto do Câncer do Estadoaposta esportiva roboSão Paulo (ICESP), destaca a ultra-hipofracionada.
"Nela, são aplicadas altas dosesaposta esportiva roboradiaçãoaposta esportiva roboforma mais certeira sobre o tumor. Essa técnica, alémaposta esportiva roboeficaz, é mais segura, pois diminui o riscoaposta esportiva robomatar as células saudáveis e permite diminuir o númeroaposta esportiva robosessões", afirma o médico.
A abordagem é adotada no combate a certos tiposaposta esportiva robocâncer,aposta esportiva roboespecial oaposta esportiva robopulmão. No ano passado, alguns hospitais brasileiros, como o Sírio Libanês, também passaram a utilizá-la nosaposta esportiva robopróstata.
Números do câncer
Umaposta esportiva robocada cinco homens e umaaposta esportiva robocada seis mulheresaposta esportiva robotodo o mundo desenvolvem câncer durante a vida, e umaposta esportiva robocada oito homens e umaaposta esportiva robocada 11 mulheres morremaposta esportiva robodecorrência da doença.
Esses dados fazem parte do estudo Globocan 2018, da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC, na siglaaposta esportiva roboinglês).
No Brasil, pelas projeções do Instituto Nacionalaposta esportiva roboCâncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), serão registrados, até o finalaposta esportiva robo2019, 582.590 novos casosaposta esportiva roboenfermidade, sendo 282.450aposta esportiva robohomens e 300.140aposta esportiva robomulheres.
O tipo mais prevalenteaposta esportiva roboambos os sexos deve ser oaposta esportiva robopele não melanoma, um tipoaposta esportiva robotumor menos letal, com 165.580 casos novos.
Excetuando-se ele, as maiores incidências previstas entre as mulheres serãoaposta esportiva robocânceresaposta esportiva robomama (59.700), colorretal (18.980), colo do útero (16.370), pulmão (12.530), glândula tireoide (8.040), estômago (7.740), corpo do útero (6.600), ovário (6.150), sistema nervoso central (5.510) e leucemias (4.860).
Para os homens, os mais incidentes serão osaposta esportiva robopróstata (68.220), pulmão (18.740), colorretal (17.380), estômago (13.540), cavidade oral (11.200), esôfago (8.240), bexiga (6.690), laringe (6.390), leucemias (5.940) e sistema nervoso central (5.810).
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