A crítica sem precedentesMelania Trump à separaçãoimigrantes ilegaisseus filhos nos EUA:
A primeira-dama dos Estados Unidos , Melania Trump, surpreendeu ao fazer um apelo pelo fim da políticaseparaçãopais e filhos que entram ilegalmente por meio da fronteira com o México .
Por meioum comunicado, lido por uma porta-voz, ela disse que "precisamos ser um país que respeita as leis, mas também um país que governa com o coração".
Segundodiretoracomunicações, Stephanie Grisham, a mulher do presidente, Donald Trump, "odeia ver crianças separadassuas famílias e espera que ambos os lados (republicanos e democratas) possam finalmente unir-se para aprovar uma reforma migratória exitosa".
Os comentários foram feitosmeio à crescente política"tolerância zero" imposta no iníciomaio pelo governo contra imigrantes ilegais.
Em seis semanas, cerca2 mil famílias foram separadas.
Adultos que tentam cruzar a fronteira, muitos com a intençãopedir asilo, são detidos e enfrentam um processo criminal por terem entrado ilegalmente no país. Como consequência, centenasmenores18 anos são levados para outros centrosdetenção e mantidos separados dos pais.
Donald Trump argumenta que a situação resultauma lei que diz ter herdado dos democratas. No sábado, ele também pediu aos adversários políticos que trabalhem junto com o Partido Republicano, ao qual é filiado, para aprovar novas leis.
"Os democratas podem consertar a separaçãofamílias na fronteira trabalhando com os republicanos numa nova legislação, para mudar!", tuitou Trump. "É por isso que nós precisamosmais republicanos eleitosnovembro. Democratas são bonsapenas três coisas, Impostos Elevados, Altos Crimes e Obstrução. Triste."
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FinalTwitter post
Muitos observaram, no entanto, que a iniciativadeter os filhos e separá-los dos pais faz parte do pacotemedidas da política"tolerância zero" introduzidas no mês passado pelo procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions. E que, para ser suspensa, a medida não precisariauma ação do Congresso.
Trump assinou um documento que determina que elas fiquemum mesmo centrodetenção que os pais. O presidente americano, Donald Trump, afirmou na última quarta-feira que irá acabar com a separaçãopais e filhos detidos na fronteira.
Abrigos sem espaço
As detenções dos filhos, que incluem bebês e crianças bem pequenas, causaram reclamaçõesalbergues e abrigos, que alegam estar ficando sem espaço para atender a demanda.
No domingo, um grupocongressistas democratas visitou um centrodetenção do ServiçoImigração e ControleAduanas (ICE, na siglainglês),Nova Jersey. A ideia era ver pessoas detidas e separadas dos filhos.
Enquanto isso, autoridades anunciaram o planoerguer acampamentos para acolher centenascrianças que estão no deserto do Texas, onde as temperaturas alcançam, com frequência, 40ºC.
Também no domingo, manifestantes fizeram uma passeata até um desses acampamentosTornillo, no Texas, que acolhe centenascrianças separados dos pais, para protestar pelo que consideram uma medida "totalmente desumana".
Nas primeiras duas semanas da política"tolerância zero", 658 menoresidade foram separados dos adultos que viajavam com eles, segundo dados das autoridades da fronteira dos EUA.
De outubro2017 a abril deste ano foram pouco mais700 as famílias afetadas.
Em muitos desses casos, contudo, as famílias puderam se reunir depois que os pais foram liberados. Há relatos, entretanto, pessoas que ficaram separadas por semanas e até meses.
Houve separaçõesfamíliasimigrantes indocumentadosgovernos anteriores, mas ativistasdireitos humanos afirmam que o númeroafetados era muito pequeno se comparado com as estatísticas registradas durante o governoDonald Trump.
No domingo, pelo menos cinco imigrantes ilegais morreram e vários ficaram feridos depoisum acidente com o veículoque viajavam, quando tentava fugir da patrulhafronteira no sul do Texas.
Segundo as autoridades locais, o veículo andava a 160 km/h com 14 pessoas a bordo.
Reportagem atualizada dia 21junho2018.