O mistério das bombas nucleares que se perderam sem deixar rastro durante a Guerra Fria:jogos de cartas online gratis
Durante a Guerra Fria, a acumulaçãojogos de cartas online gratisarmas nucleares era intensa. Elas estavam por todos os lados. Os americanos tinham permanentemente aviões voando carregados com armas termonucleares. Mas,jogos de cartas online gratisvezjogos de cartas online gratisquando, as coisas não saíam como previsto.
"A razão pelas quais as bombas não foram recuperadas é a dificuldadejogos de cartas online gratischegar até elas. É difícil submergir a 6 mil metrosjogos de cartas online gratisprofundidade", explica Grove.
Os acidentes durante o manejojogos de cartas online gratisuma arma nuclear oujogos de cartas online gratisseus componentes, sem que haja uma detonação, são conhecidos no jargão militar americano como "flecha quebrada". Um dos casos mais intrigantes – ou perturbadores, dependendo do pontojogos de cartas online gratisvista – ocorreujogos de cartas online gratisSavannah, no Estado da Georgia, nos Estados Unidos,jogos de cartas online gratis1958.
Um avião militar B-47 da Força Aérea americana, com uma bombajogos de cartas online gratishidrogênio a bordo, voltava após realizar exercícios conjuntos com outros aviões para lançamento e interceptaçãojogos de cartas online gratisataques nucleares. Era madrugada,jogos de cartas online gratislua cheia, quando ocorreu um erro com graves consequências.
"Houve uma colisãojogos de cartas online gratisgrande altitude. O pilotojogos de cartas online gratisoutro avião conseguiu saltarjogos de cartas online gratisparaquedas, mas o piloto do B-47 pediu àjogos de cartas online gratistripulação que não abandonasse a aeronave, pois planejava uma aterrissagemjogos de cartas online gratisemergência imediata no aeroportojogos de cartas online gratisSavannah", relatou Derek Duke, tenente-coronel da reserva da Força Aérea dos Estados Unidos, à BBC.
Mas a aterrissagemjogos de cartas online gratisemergência não saiu como planejado. Naquela noite, por acaso, a pista do aeroporto estavajogos de cartas online gratisobras. "Houve muita tensão a bordo ejogos de cartas online gratisterra. O piloto decidiu que seria muito melhor se desfazer da arma nuclearjogos de cartas online gratis6,5 mil quilos e ordenou ao navegador a jogar a carga fora", conta Duke.
Assim foi feito, na costa da Georgia, sem que se registrassem chamas ou explosão alguma. "Quando aterrissaram, depois, beijaram a terra, felizes por estarem vivos", disse Duke. Até que se lembraram que haviam jogado um dispositivo nuclear do avião.
Foi organizada então uma operaçãojogos de cartas online gratisbusca com barcosjogos de cartas online gratisguerra, aeronaves e mergulhadores, mas a bomba havia caiujogos de cartas online gratisuma área pantanosa e nunca foi encontrada.
O governo dos Estados Unidos assegura que a bombajogos de cartas online gratishidrogênio estava equipada sem seu detonadorjogos de cartas online gratisplutônio, mas Duke não está tão seguro sobre isso.
O militar da reserva se refere a uma carta datadajogos de cartas online gratisabriljogos de cartas online gratis1966 na qual o então assistente do secretário da Defesa W.J. Howard descreve a bomba como uma "arma completa". O governo diz desde então que Howard se equivocou, mas Duke mantém a dúvida.
"O homem que estava ali nessa noite, um especialistajogos de cartas online gratistecnologia nuclear, disse que nunca havia recebido nem despachado uma bomba que não tivesse plutônio nessa época", afirmou.
Em 2004, Duke estava encarregadojogos de cartas online gratisuma missão para encontrar a bomba perdida, mas ele também não a achou. O pesado e sofisticado instrumentojogos de cartas online gratisguerra simplesmente desapareceu.
E esse não foi o único a desaparecer. Em algum lugar perto do portojogos de cartas online gratisTampa, na Flórida, há outra bomba atômica. Os restosjogos de cartas online gratisoutra estão no fundojogos de cartas online gratisum pântano na Carolina do Norte. Depois,jogos de cartas online gratis1965, um avião carregado com uma destas bombas caiu no mar ao tentar aterrissarjogos de cartas online gratisum porta-aviões próximo das Filipinas. Também se sabejogos de cartas online gratisuma que foi extraviada na Groenlândia.
E essas são só as dos Estados Unidos. A União Soviética também teve perdas, muitasjogos de cartas online gratissubmarinos afundadosjogos de cartas online gratisataques, ainda que, normalmente, não anunciavam isso com frequência. Mas as grandes potências nucleares não foram as únicas que estavam construindo e testando armas atômicas nos anos 1950 e 1960.
Danúbio Azul
O Reino Unido viu com preocupação a corrida nuclear e também decidiujogos de cartas online gratisarmar. Reg Milne, um piloto durante a 2ª Guerra Mundial que trabalhou com o Ministério da Defesa, foi encarregadojogos de cartas online gratistrabalhar na construção da primeira bomba nuclear britânica. Seu codinome: Danúbio Azul.
"Media um metro e meiojogos de cartas online gratisdiâmetro e sete e meiojogos de cartas online gratislargura. Tinha 32 detonadores acoplados e o equivalente a 20 mil toneladasjogos de cartas online gratisdinamite", descreveu Milne.
Em um voojogos de cartas online gratisrotina, a arma estava a bordojogos de cartas online gratisum avião que decolou do centro aeronáuticojogos de cartas online gratisFarnborough, próximojogos de cartas online gratisLondres. Após dez minutos no ar, a tripulação recebeu um alertajogos de cartas online gratisque a bomba havia se soltado e ficado presajogos de cartas online gratisum compartimento. O avião não poderia aterrissar assim.
"Decidiram voar sobre a foz do rio Tâmisa e abrir a comportas. Fizeram isso, e a bomba caiu", relatou Milne à BBC. A bomba nunca chegou a ser encontrada.
Não houve nada mais grave, disse Milne, porque a bomba não explodiu já que não estava carregada. Era um simulacro, sem componentes nucleares.
Não foi assim com a verdadeira Danúbio Azul, que o Reino Unido detonoujogos de cartas online gratisMaralinga, uma região remota no sul da Austrália,jogos de cartas online gratis1956. Milne também esteve ali. "Estava a 12 kmjogos de cartas online gratisdistância. Tínhamos que ficarjogos de cartas online gratiscostas para a explosão, mas parecia que estávamosjogos de cartas online gratisum forno. Ainda que com os olhos fechados, víamos tudo branco", se recordou.
Essa bomba pode ter explodido, mas, com tantas outras submergidas no mar, quão possível é que alguém se apodere delas?
Para encontrar uma bomba atômica, é possível usar um detectorjogos de cartas online gratisradiação, ainda que não seja algo fácil. O problema é que a água é um bom isolantejogos de cartas online gratisradioatividade.
Mesmo com um detector potente, a radiaçãojogos de cartas online gratisuma bomba no fundo do mar se dispersaria ou ficaria contida (e nada poderia ser captado). Mesmo se alguém encontrasse uma bomba com plutônio, detoná-la é um processo muito complicado, explica o especialistajogos de cartas online gratisdefesa, Eric Grove.
"Os detonadores precisam atuarjogos de cartas online gratisforma coordenada e, ainda que os explosivos sejam acionados, pode ser que não ocorra uma reação nuclear."
Também há a dificuldadejogos de cartas online gratisdirecionar uma arma nuclear para o alvo desejado. Essa tecnologia é complexa, como demonstram os lançamentosjogos de cartas online gratismísseis fracassados da Coreia do Norte. Isso reduz o graujogos de cartas online gratisameaça, ainda que não seja possível sentir-se totalmente a salvo.
Maleta-bomba
O famoso escritor britânicojogos de cartas online gratisromancesjogos de cartas online gratisespionagem Frederick Forsyth detalhou no seu livro O Quarto Protocolo uma perturbadora possibilidade. A trama se passa nos anos 1980, quando dois espiões soviéticos criam o Projeto Aurora, um plano para levar para dentrojogos de cartas online gratisuma base militar americana no Reino Unido uma bomba nuclear compactajogos de cartas online gratisuma maleta.
Trata-sejogos de cartas online gratisuma históriajogos de cartas online gratisficção, mas Forsyth trabalhou por um breve período para os serviçosjogos de cartas online gratissegurança britânicos. De onde ele teria tirado a ideia para seu romance?
"Nos anos 1980, me perguntei por que estávamos gastando milhões para desenvolver mísseis intercontinentais capazesjogos de cartas online gratiscarregar uma bomba nuclear e se não seria mais econômico criar uma bomba pequena que pudesse ser levadajogos de cartas online gratisuma maleta até a Rússia", contou o autor à BBC.
"Encontrei um engenheiro nuclear que me confirmou que isso era possível e acrescentei o aspecto político." O livro chamou certa atenção. "Disseram para mim que a KGB havia lido e que o então líder soviético Yuri Andropov pediu 60 cópias e que foram fabricadas (bombas) na Rússia."
Os rumores dão conta que o país teria produzido 250 bombas portáteis e que 100 delas se extraviaram. Os russos garantem que todas foram destruídas, mas Forsyth cita fontes que dizem que foram escondidas na Moldávia e que agora estão à disposição do presidente Vladimir Putin.
Não há confirmaçãojogos de cartas online gratisque isso seja um fato, e,jogos de cartas online gratiscasos assim, é impossível estar 100% seguro. Mas, nos anos 1990, um comitê militar do Congresso americano decidiu investigar o tema. Entre as pessoas chamadas a testemunhar, estava Alexei Yablokov, um cientista que integrou o Conselho Nacionaljogos de cartas online gratisSegurança da Rússia e assessor do então presidente Boris Yeltsin.
Outro convocado foi o general Alexander Lebed, secretário do mesmo conselho. Ambos confirmaram a existênciajogos de cartas online gratisdispositivos nucleares portáteis e que as autoridades os ocultavam. Para aumentar ainda mais o mistério, Lebed morreujogos de cartas online gratisum acidentejogos de cartas online gratishelicópterojogos de cartas online gratiscircunstâncias suspeitas.
Mas Nikolar Sokov, um ex-funcionário do Ministériojogos de cartas online gratisRelações Exteriores russo que hoje é professor do Centrojogos de cartas online gratisEstudosjogos de cartas online gratisNão Proliferação, na Califórnia, tem outra versão. "As maletas nucleares não são um mito, elas existiam, mas eram pesadas e ficavam dentrojogos de cartas online gratisgrandes mochilas", disse ele à BBC.
No entanto, afirma Sokov, havia muitas lendasjogos de cartas online gratistorno delas. Havia pouco maisjogos de cartas online gratis100, e nenhuma estava perdida por aí. "Quando estive no governo, fiz uma verificação, e todas foram localizadas", declarou.
Sokov disse que a notíciajogos de cartas online gratisque as maletas haviam sido localizadas não foi publicada amplamente, fazendo com que o mito perdurasse. Ele não conseguiu confirmar se todos os artefatos haviam sido destruídos, mas garantiu que os dispositivos nucleares teriamjogos de cartas online gratisser refeitos para serem utilizados e que não fazem partejogos de cartas online gratisum arsenal nuclear ativo.
Dado que Sokov é considerado um alarmista quando se tratajogos de cartas online gratistemas nucleares e o do governo russo, ele afirmarjogos de cartas online gratisuma conversa com a BBC que, ao ser ver, todas as maletas nucleares foram desmanteladas ou estão destinadas a isso tem seu peso.
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