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Os traficantes 'invisíveis' que controlam o comérciofar betweendrogas na Colômbia - e não se parecemfar betweennada com Pablo Escobar:far between
A cultura dos 'traquetos'
Na Colômbia, narcotraficantes à moda antiga são chamadosfar between"traquetos". A "cultura traqueta" é composta por hábitos, termos e símbolos que foram criados nos primeiros anos dos cartéisfar betweenMedellín efar betweenCali.
Nesse sentido, Escobar era o "traqueto" por excelência. Ele saiufar betweenuma família humilde com pouca formação acadêmica, masfar betweenambição efar betweeniniciativa o levaram a ser considerado o traficante mais famoso da históriafar betweenpoucos anos (só o mexicano Joaquín "el Chapo" Guzmán poderia disputar o título nos diasfar betweenhoje).
Escobar chegou a ser deputado suplente no país, e espalhoufar betweenfortunafar betweenLas Vegas, nos Estados Unidos, até o Riofar betweenJaneiro.
Ele também teve um zoológico próprio com espécies importadas dos Estados Unidos e da África, uma coleçãofar betweencarros clássicos e uma fazenda batizada com o nome da cidadefar betweenque nasceu o pai do mafioso americano Al Capone: Nápoles.
Seu gosto por excentricidades era acompanhadofar betweenum caráter sanguinário e implacável, que o levou a oferecer dinheiro a qualquer pessoa que matasse um policialfar betweenMedellín e a planejar um atentado a bombafar betweenum voo.
O traficante colombiano chegou a ser o homem mais procurado do mundo entre o fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990. Ele foi morto por forçasfar betweensegurançafar between1993, depoisfar betweenter declarado guerra ao Estado e, segundo alguns dos que participaramfar betweensua captura, ter chegado pertofar betweenvencer.
Sobfar betweensombra se formou uma geraçãofar between"traquetos" ansiosos para ser o novo "patrón", como Escobar era chamado. Mas nenhum chegou a terfar betweenfama.
A mudança depois da caçada a Escobar
Depois da extinção dos poderosos cartéisfar betweenMedellín efar betweenCali houve uma mudança na dinâmica do narcotráfico, explica Hernando Zuleta, diretor do Centrofar betweenEstudos sobre Segurança e Drogas (Cesed) da Universidadefar betweenLos Andesfar betweenBogotá.
A partir desse momento, na décadafar between90, o cultivo da folhafar betweencoca se multiplicou no território colombiano e grupos armados como guerrilheiros e paramilitares entraramfar betweenvez no negócio.
Este também é o períodofar betweenque os cartéis mexicanos tomam o controle do mercado americanofar betweencocaína.
"Na Colômbia, começam a surgir novos atores na etapafar betweendistribuição da droga. Eles haviam aprendido que, no passado, a visibilidade dos grandes cartéis foi o que os destruiu", disse Zuleta à BBC Mundo, o serviçofar betweenespanhol da BBC.
De acordo com o especialista, os novos narcotraficantes colombianos se caracterizam justamente por "não levantarem suspeitas à primeira vista".
"Eles conseguem se misturar facilmente com pessoas da alta sociedade. São urbanos, têm contato próximo com a máfia mexicana, mas podem passar despercebidos, como um vizinhofar betweenum bairrofar betweenclasse média alta que dirige um carro normal."
Em geral, eles estão vinculados a redes empresariais sofisticadas, segundo as investigações das autoridades colombianas.
"Eles podem, por exemplo, pedir créditofar betweenum banco e usar o dinheiro para financiar um carregamento para um mafioso mexicano. Disfarçam esses acordos com viagensfar betweennegócios ao México porque faz sentido que um colombiano vá ao país para exportar produtos", explica.
Mais lucro para os 'invisíveis'
Os "sucessos" da guerra ao narcotráfico alcançados na Colômbia na primeira década desse século - juntamente com o empoderamento das organizações mexicanas que se apropriaram do mercado americano - fizeram crer que o tráfico poderia ter finalmente sido derrotado no país.
No entanto, o relatório "A nova geraçãofar betweennarcotraficantes colombianos pós-FARC: 'Os Invisíveis'", escrito por Jeremy McDermott, do centrofar betweenpesquisa sobre crime organizado Insight Crime, o diagnóstico otimista foi apenas uma impressão.
"Os narcotraficantes colombianos aprenderam que a violência é contraproducente para o negócio. A nova geraçãofar betweentraficantes aprendeu que o anonimato é a melhor proteção e que o dinheiro é mais eficiente que o chumbo", diz o estudo.
O relatório destaca que essa geração cedeu o mercado dos Estados Unidos - ainda o maior consumidor mundialfar betweencocaína - aos mexicanos, mas não como um sinalfar betweenfraqueza, e, sim, como uma habilidosa manobra empresarial.
"O tráficofar betweendrogas para o mercado americano não é um bom negócio. Os traficantes correm um grande riscofar betweenserem interceptados e extraditados. (...) Os preços mais altos ficam entre US$ 20 mil e US$ 25 mil por quilo (de cocaína)", afirma o texto.
"Os colombianos preferem mirar na Europa, onde um quilofar betweencocaína vale mais que US$ 35 mil, na China (US$ 50 mil) ou na Austrália (US$ 100 mil). Os riscos lá são menores, e o lucro, maior."
Hoje, ressalta McDermott, os novos narcotraficantes colombianos "não tocam nuncafar betweenum quilofar betweencocaína e muito menosfar betweenuma pistola 9 mm banhada a ouro".
"Suas armas são um telefone celular criptografado, uma cartela variadafar betweennegócios legais e um bom conhecimento das finanças mundiais."
O que as autoridades podem fazer?
A principal pergunta que surge é: como combater mafiosos que são especialistasfar betweenpassar por debaixofar betweentodos os radares?
Para Hernando Zuleta, o trabalho das agênciasfar betweeninteligência se tornou mais importante do que nunca.
"Sabemos que isso está acontecendo justamente porque alguns já foram pegos. Isso se consegue com boas operaçõesfar betweeninteligência e colaboração internacional. As forçasfar betweeninteligência dos Estados Unidos, da Colômbia e do México precisam atuar juntas."
Não é a primeira vez que o narcotráfico se modifica considerando que, segundo especialistas, é o setor com maior capacidadefar betweenadaptação efar betweeniniciativa do mundo.
"Agora ninguém está livrefar betweensuspeitas e o esforçofar betweeninteligência terá um custo maior", afirma o pesquisador.
Segundo ele, esta é mais uma das razões pelas quais a luta contra as drogas, como está sendo realizada, estaria longefar betweenser eficiente.
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