Ameaçafaz o bet aí não pagarepressão a protestos aumenta tensão no Irã; entenda:faz o bet aí não paga
faz o bet aí não paga Relatos apontam que o Irã vive seu quinto dia seguidofaz o bet aí não pagaprotestos, apesarfaz o bet aí não pagadeclarações do presidente do país afirmando que os conflitos "não são nada".
A Guarda Revolucionária Islâmica, braço das Forças Armadas do Irã, avisou que os manifestantes terãofaz o bet aí não pagaenfrentar o "punhofaz o bet aí não pagaferro" do país se continuarem a promover manifestações contra o regime.
Os últimos dias já são considerados o maior protesto contra o regime iraniano desde 2009, quando foram realizados comícios pedindo reformas no país. Os manifestantes reclamam da queda no padrãofaz o bet aí não pagavida do país nos últimos anos.
Eles estão nas ruas desde a última quinta-feira. Tudo começoufaz o bet aí não pagaMashhad, inicialmente contra o aumentofaz o bet aí não pagapreços e corrupção, no que agora tornou-se um protesto mais amplo, com muitas manifestações contra o governo.
O presidente hassan Rouhani afirmou que isso é "uma oportunidade, não uma ameaça" e prometeu combater os "baderneiros e criminosos". Já os Estados Unidos deu seu apoio aos manifestantes porfaz o bet aí não paga"corajosa resistência". O presidente Donald Trump afirmou que o "grande povo iraniano é reprimido há muitos anos". "Eles têm fomefaz o bet aí não pagacomida e liberdade."
Já a União Europeia fez um pedido ao Irã para garantir o direitofaz o bet aí não pagaseus cidadãos protestarem pacificamente, afirmando estarfaz o bet aí não pagacontato com autoridades do país e monitorando a situação.
Um comandante da Guarda Revolucionária disse que os protestos degeneraramfaz o bet aí não pagadepredação do patrimônio público efaz o bet aí não pagapropaganda política. Manifestações estão acontecendo nas principais cidades iranianas desde a última quinta-feira.
Pelo menos dois manifestantes foram baleados no país e morreram. Na madrugadafaz o bet aí não paga1ºfaz o bet aí não pagajaneiro, a ondafaz o bet aí não pagaprotestos deixou mais dez mortos, elevando o totalfaz o bet aí não pagamortes para 12 desde quinta-feira.*
Autoridades da cidadefaz o bet aí não pagaDorud, no oeste do Irã, disseram que as forçasfaz o bet aí não pagasegurança não atiraram nos manifestantes. As mortes teriam sido provocadas por extremistas islâmicos sunitas e por países estrangeiros, segundo as autoridades.
Protestos nas cidadesfaz o bet aí não pagaKhoramabad, Zanjan e Ahvaz pediram o afastamento ou a morte do líder supremo do país, o Aiatolá Ali Khamenei.
A Guarda Revolucionária Islâmica, porfaz o bet aí não pagavez, é ligada diretamente a Khamenei. Tem por função proteger a república islâmica instaurada no país com a Revolução Iraniana (1979), principalmente contra tumultos e grupos dissidentes.
"Se as pessoas foram às ruas para reclamar da altafaz o bet aí não pagapreços, não deveriam estar gritando slogans políticos e nem depredando automóveis e bens públicos", disse o general-brigadeiro Esmail Kowsari à agênciafaz o bet aí não paganotícias ISNA.
O ministro do Interior do Irã, Abdolreza Rahmani-Fazli, disse que os manifestantes serão responsabilizados por seus atos.
"Aqueles que destruírem patrimônio público, subverterem a ordem e infrigirem as leis terãofaz o bet aí não pagapagar o preço", disse ele. "Vamos nos opor a quem tentar espalhar a violência, o medo e o terror", completou Rahmani-Fazli.
Para onde vão os protestos?
faz o bet aí não paga Análisefaz o bet aí não pagaKasra Naji, da BBC Persa
O descontentamento está crescendo no Irã - onde a repressão é onipresente e as dificuldades econômicas estão piorando - levantamento da BBC Persa mostra que, na média, os iranianos ficaram 15% mais pobres nos últimos 10 anos.
Por enquanto, os protestos estão restritos a gruposfaz o bet aí não pagahomens jovens que pedem a derrubada do regime clerical que vigora no país. Mesmo assim, as manifestações já começam a chegar até mesmo às cidades menores e têm potencial para crescer.
As manifestações também não têm líderes óbvios. As principais figuras da oposição foram silenciadas ou mandadas para o exílio.
E, mesmo no exílio, não existem nomesfaz o bet aí não pagaoposição com grande apelo. Alguns manifestantes pediram a volta da monarquia. O filho do antigo xá do Irã, Reza Pahlavi, que vive exilado nos EUA, emitiu notafaz o bet aí não pagaapoio aos protestos. Por enquanto, porém, ele parece também não entender qual direção as manifestações vão tomar.
O que está acontecendo?
Os protestos começaram na cidadefaz o bet aí não pagaMashhad, a segunda mais populosa do país, na quinta-feira. No dia seguinte, os protestos se espalharam para outras grandes cidades iranianas.
No sábado, um pequeno protesto na capital, Teerã, evoluiu para uma manifestação com milharesfaz o bet aí não pagapessoas. Houve confronto entre policiais e estudantes. Várias outras cidades também registraram episódios violentos durante as manifestações.
Entre os eventos recentes no Irã:
- Em Abhar, manifestantes atearam fogofaz o bet aí não pagaum banner com a imagem do líder supremo Ali Khamenei;
- Em Arak, manifestantes teriam sido responsáveis por atear fogo à sede local da milícia Basij, que apoia o governo;
- Em Mashhad, manifestantes queimaram motociclet as da polícia,faz o bet aí não pagaum confronto registradofaz o bet aí não pagavídeo;
- O CEO do aplicativofaz o bet aí não pagamensagens Telegram disse que uma conta do Irã foi suspensa por enviar mensagens defendendo ataques contra a polícia;
- Vários relatosfaz o bet aí não pagatodo o paísfaz o bet aí não pagapessoas perdendo o acesso à internetfaz o bet aí não pagaseus celulares.
Segundo o correspondente da BBC no Irã, Kasra Naji, a pauta comum às manifestaçõesfaz o bet aí não pagatodas as cidades é fim do comando religioso no país.
Há também descontentamento com as intervenções do Estado iranianofaz o bet aí não pagaoutros países. Em Mashhad, por exemplo, alguns manifestantes usaram uma palavrafaz o bet aí não pagaordem que dizia "Nem Gaza, nem Líbano, minha vida pelo Irã". Segundo os manifestantes, o governo atual está mais focado na política externa quefaz o bet aí não pagaresolver problemas internos do país.
O Irã é um aliado-chave do regimefaz o bet aí não pagaBashar al-Assad na Síria. Também é acusadofaz o bet aí não pagafornecer armas para rebeldes Houthis no Yemen, o que o governo iraniano nega. O país também é aliado do movimento xiita Hezbollah, no Líbano.
O serviço persa da BBC - que atuafaz o bet aí não pagaTV, rádio e Internet a partirfaz o bet aí não pagaLondres - está proscrito no Irã. Funcionários e seus familiares são continuamente assediados e questionados por autoridades naquele país.
Repercussão
Autoridades iranianas acusam forças anti-revolucionárias e governos estrangeirosfaz o bet aí não pagafomentar os protestos.
No sábado, milharesfaz o bet aí não pagamanifestantes compareceram a protestos agendados para marcar os oito anos da repressão às manifestações anti-governofaz o bet aí não paga2009.
Os Estados Unidos têm expressado apoio aos manifestantes.
O presidente norte-americano, Donald Trump, tuitou a respeito. "Regimes opressivos não podem durar para sempre. Está chegando o diafaz o bet aí não pagaque o povo iraniano teráfaz o bet aí não pagafazer uma escolha. O mundo está observando!".
O ministro das Relações Exteriores iraniano disse que os comentáriosfaz o bet aí não pagaTrump efaz o bet aí não pagaoutras autoridades norte-americanas eram "oportunistas e enganosos".
Quem é a Guarda Revolucionária?
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC,na siglafaz o bet aí não pagainglês) foi criada pouco depois da revoluçãofaz o bet aí não paga1979, com o objetivofaz o bet aí não pagadefender a República Islâmica recém-implantada no país.
A partirfaz o bet aí não pagaentão, tornou-se uma das principais forças na vida política, econômica e militar do país, assim como o exército, a marinha e a aeronáutica. A Guarda controla ainda uma milícia voluntária composta por milharesfaz o bet aí não pagapessoas, a Forçafaz o bet aí não pagaResistência Basij.
A IRGC às vezes trabalhafaz o bet aí não pagaconjunto com a polícia, e anunciou que fará o mesmo desta vez. O estatuto da IRGC diz que ela pode cooperar com autoridades policiais "quando necessário", mas há controvérsias sobre a abordagemfaz o bet aí não pagaGuardafaz o bet aí não pagarelação aos civis.
*Esta reportagem foi atualizada na noitefaz o bet aí não paga1ºfaz o bet aí não pagajaneirofaz o bet aí não paga2018