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Como a Bolívia se tornou o país que mais cresce na América do Sul:kirna zabete
Apesar disso, o crescimento ocorrido nos governos do presidente Evo Morales, que está no poder há maiskirna zabete10 anos, tem sido chamadokirna zabete"milagre econômico boliviano".
No ano passado, a Bolívia cresceu 4,3%, sendo seguida por Paraguai (4,1%) e Peru (4%). A lista segue com Colômbia (2%), Chile (1,6%) e Uruguai (1,5%).
O desempenho foi bastante alto se comparado ao dos Estados Unidos, que cresceu apenas 1,5%, e com a América Latina, que teve uma retraçãokirna zabete0,9%. O Brasil teve retraçãokirna zabete3,6%kirna zabete2016.
No campo político, a gestãokirna zabeteEvo tem sido elogiada por suas reformas inclusivas, mas duramente criticada por suas supostas tendências autoritárias, casoskirna zabetecorrupção e o nascimentokirna zabeteuma chamada "burguesia aymara" –kirna zabetereferência ao povo indígena do qual Evo faz parte.
Embora haja posições distintaskirna zabeterelação à atuação política do governo Morales, sobre a condução da economia os especialistas nacionais e internacionais convergem.
Segundo eles, estes são os três pilares do sucesso econômico da Bolívia:
1. Gás e petróleo
Em 2006, quando Evo Morales decretou a nacionalização dos hidrocarbonetos (como gás e petróleo), a economia boliviana entroukirna zabeteuma nova era.
Essa fase incluiu,kirna zabetealguns casos, a transferênciakirna zabeteempresas privadas para as mãos do Estado e,kirna zabeteoutros, a renegociaçãokirna zabetecontratos com empresas estrangeiras que continuaram operando no país.
Uma dezenakirna zabetemultinacionais assinaram novos contratos com a estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), concordandokirna zabetepagar uma taxakirna zabeteentre 50% e 85% sobre o valor da produção, entre outras coisas.
"O governo aumentou consideravelmente as receitas do Estado", diz o economista Luis Pablo Cuba, professor convidado da Universidade Mayorkirna zabeteSan Simón.
"A nacionalização e o imposto direto cobrado sobre os hidrocarbonetos foram alguns dos principais elementos que explicam o alto crescimento econômico", afirma.
A alta nas receitas foi acompanhadakirna zabetefortes investimentos públicos ekirna zabeteum modelokirna zabetedesenvolvimento produtivo baseado na demanda interna.
2. Investimento planejado
"Nos últimos 14 anos, o crescimento econômico foi impulsionado principalmente pelo explosão dos preços das matérias-primas, pelo aumentokirna zabeteimpostos, pelos significativos investimentos públicos e pelo alto gastokirna zabetepolíticas sociais", disse um porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI) à BBC Mundo.
"Durante a explosão das commodities, a pobreza diminuiu e o governo sabiamente guardou uma parte dos recursos, construindo uma grande reserva financeira'", afirma.
Essa poupança passoukirna zabeteUS$ 700 milhões para US$ 20 bilhões, o que permitiu ao governo absorver o impacto da queda nos preços a partirkirna zabete2014.
A liderança da Bolívia no crescimento na América do Sul deve ser mantida neste ano e no próximo, segundo as projeções do FMI.
Uma análise da economista Nicole Laframboise, publicada no blog do órgão, sugere que outro fator importante foi a queda no usokirna zabetedólares (que costumava ser usadokirna zabetevez da moeda local) há cercakirna zabetedez anos.
"Isso ajudou a melhorar a efetividade da política monetária, contribuiu para a estabilidade do setor financeiro e permitiu que mais bolivianos tivessem acesso a crédito e a serviços financeiros", disse a economista.
3. Estabilidade
Tanto economistas do FMI quanto analistas locais concordam que a estabilidade social contribuiu para o crescimento econômico.
Entre 2001 e 2005, a Bolívia teve cinco presidentes e um climakirna zabetealta polarização e conflito. O início do mandatokirna zabeteEvo também teve momentos complicados, como o processo constituinte e a oposição política se entrincheirando nas regiões ricas do país.
Mas o radicalismo dos primeiros anos foi diminuindo.
A isso se somam indicadoreskirna zabeteinclusão social que favorecem a estabilidade. A pobreza diminuiu consideravelmente. Em 2004, 63% da população era pobre. Em 2015, esse índice passou a 39%.
A distribuiçãokirna zabeterenda também melhorou nesse período,kirna zabeteacordo com dados do FMI. A Bolívia passoukirna zabetepaís mais desigual da América do Sul a uma posição média no continente.
Esses sucessos beneficiaram a imagem internacionalkirna zabeteum país governado por um partido composto por organizações sindicais e centrais agrárias indígenas e camponesas – e que negociaram com o governo um acordo para evitar uma crise.
Adversários políticos do governo criticam o fatokirna zabetealguns grupos foram excessivamente favorecidos pela entradakirna zabetedinheiro e que o crescimento, apesarkirna zabetetrazer benefícios, trouxe também a corrupçãokirna zabetepolíticos da situação.
Mesmo assim, a oposição reconhece que Evo tem tido uma política econômica segura e pragmática apesar do seu discurso radical - que inclui, por exemplo, a vendakirna zabetegás atravéskirna zabetecontratoskirna zabetelongo prazo com cotação fixa, o controle da inflação e a manutenção das reservas fiscais.
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