As diferenças históricas que culminaram no anúncio da saídafreebet itu apaEUA e Israel da Unesco:freebet itu apa
freebet itu apa Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feirafreebet itu apasaída da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que se torna efetiva a partirfreebet itu apa31freebet itu apadezembro.
Em comunicado sobre a decisão, o Departamentofreebet itu apaEstado americano ressaltou a necessidadefreebet itu apauma reforma "fundamental" na entidade e criticou seu suposto "viés anti-Israel". Horas depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que acompanharia a medida e que já havia dado instruções a seu ministrofreebet itu apaRelações Exteriores para iniciar os preparativos para a retirada.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, lamentou "profundamente" a decisãofreebet itu apaWashington, a qual qualificou como uma "perda para o multilateralismo" e para a família das Nações Unidas.
Esta não é, entretanto, a primeira vez que os americanos se retiram da organização. Eles também deixaramfreebet itu apaser membros da Unescofreebet itu apa1984, durante o governo do republicano Ronald Reagan, e só retomaram assentofreebet itu apa2003.
O retorno - após os atentadosfreebet itu apa11freebet itu apasetembrofreebet itu apa2001 - não foi por acaso, segundo afirma a socióloga francesa Divina Frau-Meigs. "A agência aparece então como um dos lugares estratégicos para combater a intolerância e o terrorismo."
Nos últimos anos, contudo, uma sériefreebet itu aparesoluções efreebet itu apaposicionamentos do organismo desagradaram os americanos, que cortaramfreebet itu apacontribuição financeirafreebet itu apa2011, quando a Palestina foi aceita como membro efetivo.
Velhas diferenças
Em 1974, o país também chegou a suspender os pagamentos, motivado pelo reconhecimento da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e pelas resoluções que repreendiam Israel.
As reclamações sobre a existênciafreebet itu apauma burocracia excessiva na Unesco e as demandas por reforma mencionadas no comunidadofreebet itu apasaída desta quinta-feira datam desse período.
Ao anunciar a saída dos EUA da organização dez anos depois, o governo Reagan usou como justificativa a condução por parte da agênciafreebet itu apauma suposta "política externa forafreebet itu apasuas atribuições" e pela "hostilidade endêmica frente às instituiçõesfreebet itu apabasefreebet itu apauma sociedade livre,freebet itu apaparticular, uma imprensa livre, mercados livres e, acimafreebet itu apatudo, os direitos do indivíduo".
A crítica foi interpretada como uma reação ao famoso Relatório McBride, documento assinado pelo Nobel da Paz Seán MacBridefreebet itu apa1980 e encomendado pela organização que chamava atenção para a concentração da mídia global e para o acesso desigual à informação e comunicação.
"Os países que apoiavam o documento desejavam encontrar uma alternativa para o que viam como uma dominação ocidental sobre a informação e uma abordagem parcial dos meiosfreebet itu apacomunicação ocidentais", afirma a socióloga Frau-Meigsfreebet itu apaensaio sobre o tema.
"Seus opositores consideravam que esta nova ordem (proposta pelo relatório) queria estabelecer um controle da imprensa e da liberdadefreebet itu apaexpressão pelos governos, que refletia as visões soviéticas e restringia a liberdade dos indivíduos", acrescenta.
'Contra Israel'
Desde a décadafreebet itu apa1980, ressalta a socióloga, muita coisa mudou na Unesco e parte das reivindicações americanas foram atendidas.
O descontentamentofreebet itu apaWashington com a postura da organização diante do conflito árabe-israelense, contudo, continua.
Em outubrofreebet itu apa2011, a Unesco reconheceu a Palestina como membrofreebet itu apapleno direito. Contrários à adesão, os Estados Unidos decidiram suspender as contribuições financeiras ao organismo - o que levou a agência a retirar o diretofreebet itu apavoto do paísfreebet itu apaoutubrofreebet itu apa2014.
No fim do ano passado, o país condenou, porfreebet itu apavez, resolução da Unesco que criticava o uso da força por Israel e a imposiçãofreebet itu aparestrições a fiéis e ao trabalhofreebet itu apaarqueólogosfreebet itu apalugares sagradosfreebet itu apaJerusalém e nas áreas ocupadas da Cisjordânia - um exemplo do que seria o "viés anti-Israel" ao qual os americanos fizeram referência no comunicadofreebet itu apadesligamento.
Proposta pela Palestina, a resolução cita o Monte do Templo, como é conhecido por judeus e cristãos, apenas pelo nome muçulmano - Esplanada das Mesquitas -, e por isso foi acusadafreebet itu apaignorar o vínculo do judaísmo com o lugar.
O governofreebet itu apaIsrael comemorou a retirada dos Estados Unidos da organização e declarou que a iniciativa mostra que "a discriminação contra Israel" tem um preço.
"A decisãofreebet itu apahoje é um pontofreebet itu apainflexão para a Unesco. As absurdas e vergonhosas resoluções contra Israel têm consequências", afirmoufreebet itu apacomunicado o embaixador israelense na ONU, Danny Danon.
'A lógicafreebet itu apaTrump'
Para alguns, contudo, a decisão anunciada nesta quinta-feira por Washington só confirma o rechaço do governo Trump ao multilateralismo.
Sob essa perspectiva, o presidente americano - bastante crítico às Nações Unidas como um todo durante a campanha eleitoral - estaria apenas começando a cortar o laço pelo "mais fácil".
"Reflete a lógicafreebet itu apaTrump", disse a funcionária do ministério das Relações Exteriores da Rússia Eleonora Mitrofanova, conforme a agência RIA Novosti.
Mitrofanova afirmou que a Unesco "não perde nada" com a decisão, qualificada pelo porta-voz do Kremlin Dmitry Peskovfreebet itu apa"notícia triste".