Por que a condenação da ONU a assentamentos israelenses é histórica?:www brabet com

Assentamento israelense na palestina

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Cercawww brabet com500 mil judeus vivemwww brabet comaproximadamente 140 assentamentos construídos na Cisjordânia e na Jerusalém Oriental

O Conselhowww brabet comSegurança das Nações Unidas declarou na última sexta-feira que condena os assentamentos israelenseswww brabet comterritório palestino. A decisão da ONU é frutowww brabet comuma abstenção inédita dos Estados Unidos, que teriam o poderwww brabet comvetar esta resolução.

Segundo o comunicado do órgão das Nações Unidas, os assentamentoswww brabet comIsraelwww brabet comterritório palestino são ilegaiswww brabet comacordo com leis internacionais e inviabilizam uma solução pacífica para os dois povos.

Aprovada por 14 votos a zero, com apenas uma abstenção (a dos EUA), a resolução exige que Israel imediatamente "cesse todas as atividadeswww brabet comassentamento no território palestino ocupado, incluindo na Jerusalém Oriental".

O primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu imediatamente, afirmando que "não vai tolerar os termos da decisão" e classificando a posição da ONU no conselho como "anti-israelense".

De outro lado, para o porta-voz do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, a resolução foi um "grande golpe para a política israelense".

Na avaliação da correspondente da BBC, Barbara Plett, a decisão reflete um consenso internacionalwww brabet comque o crescimento dos assentamentoswww brabet comIsrael se tornou uma ameaça à viabilidadewww brabet comum Estado palestinowww brabet comum eventual acordowww brabet compaz no futuro.

"Esta é uma visão fortemente compartilhada pela administraçãowww brabet comBarack Obama, e por esta razão os Estados Unidos reverteramwww brabet compolíticawww brabet comvetar qualquer crítica vinda do Conselhowww brabet comSegurança da ONU direcionada a Israel", avalia Plett.

Segundo a especialista, a decisão foi tomada após meseswww brabet comdebate interno sobre a possibilidadewww brabet como presidente Obama definirwww brabet compreferência por uma solução que inclua os dois Estados (Israel e Palestina), anteswww brabet comdeixar o cargo.

Mas seu sucessor, Donald Trump, já deixou claro que pretende apoiar fortemente as posições do governo israelense. Ele inclusive rompeu novamente o protocolo antes da votação, pedindo publicamente para que Barack Obama vetasse a resolução.

www brabet com Que diz a resolução?

Obama e Netanyahu

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Legenda da foto, Netanyahu e Obama tiveram um relacionamento difícil durante os últimos anos

A publicação da resolução da ONU só foi possível depois que os Estados Unidos, contrariando suas posições recentes, se recusaram a vetá-la.

Todos os 15 países membros permanentes do Conselho têm o poderwww brabet combloquear este tipowww brabet composicionamento. E, tradicionalmente, Washington protege o Estadowww brabet comIsraelwww brabet comdecisões condenatórias.

O texto afirma que os assentamentos judaicos são uma "flagrante violação do direito internacional e um grande obstáculo para a concretização da soluçãowww brabet comdois Estados e umawww brabet compaz justa, duradoura e abrangente".

A resolução original,www brabet comautoria do governo egípcio, foi postergada depoiswww brabet comIsrael pedir a Donald Trump para invervir a seu favor. Mas, depois, foi proposta novamente por um conjuntowww brabet compaíses formado por Malásia, Nova Zelândia, Senegal e Venezuela.

A questão é uma das mais controversas entre israelenses e palestinos. Cercawww brabet com500 mil judeus vivemwww brabet comaproximadamente 140 assentamentos construídos desde a ocupaçãowww brabet comIsrael,www brabet com1967, na Cisjordânia e na Jerusalém Oriental.

Os assentamentos são considerados ilegaiswww brabet comacordo com leis internacionais, embora Israel conteste esta visão.

Que dizem Israel e os palestinos?

"Num momentowww brabet comque o Conselhowww brabet comSegurança não faz nada para impedir a matançawww brabet commeio milhãowww brabet compessoas na Síria, a ONU desgraçadamente conspira contra a única verdadeira democracia no Oriente Médio: Israel", afirmou o primeiro-ministro israelense Netanyahu.

A declaração emitida pelo gabinetewww brabet comNetanyahu afirma que o governo Obama "não só não protegeu Israel contra este complô na ONU, mas participou do conluio nos bastidores".

Israel também anunciou que seus embaixadores na Nova Zelândia e o Senegal foram convocados a retornar para consultas. O país também cortou todos os programaswww brabet comajuda humanitária destinados ao Senegal - Israel não tem relações diplomáticas com a Malásia e a Venezuela.

Um porta-voz da Autoridade Nacional Palestinae disse: "A resolução do Conselhowww brabet comSegurança é um grande golpe para a política israelense, uma condenação internacional unânime dos assentamentos e um forte apoio para a solução pela criaçãowww brabet comdois Estados".

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, disse: "A ação do Conselho, já há muito tempo, é oportuna, necessária e importante".

Como reagiram os EUA?

A enviada dos EUA à ONU, Samantha Power, disse que a resolução reflete o "fato concreto"www brabet comque crescimento dos assentamentos tem se acelerado.

"O problema do assentamento ficou muito pior e está ameaçando a soluçãowww brabet comcriaçãowww brabet comdois Estados", disse ela.

Criticando Netanyahu, ela afirmou: "Não se pode defender, ao mesmo tempo, a expansão dos assentamentos e uma soluçãowww brabet comdois Estados que ponha fim ao conflito".

No entanto, ela disse que os EUA não votaram a favor da resolução, porque era "demasiadamente focada" nos assentamentos.

Ela acrescentou que, mesmo que todos os assentamentos sejam desmantelados, ambos os lados ainda terãowww brabet comreconhecer "verdades desconfortáveis" e fazer "escolhas difíceis" para alcançar a paz.

Enquanto isso, Donald Trump, que tomará possewww brabet com20www brabet comjaneiro, tuitou após a votação: "Quanto à ONU, as coisas serão diferentes depoiswww brabet com20www brabet comjaneiro."

Na quinta-feira, ele pediu ao Conselho que rejeitasse a resolução.

"A paz entre os israelenses e os palestinos só virá atravéswww brabet comnegociações diretas entre os dois lados, e não através da imposiçãowww brabet comtermos pelas Nações Unidas", disse.