4 perguntas para entender o que a Coreia do Norte realmente quer com seu programa nuclear:aposta em aberto betano
Em um fórum recenteapostaaposta em aberto betanoaberto betanopaíses da Ásia-Pacífico, realizado na capital das Filipinas, Manila, não houve encontro entre Tillerson e Ri Yong-ho, o ministro das Relações Exteriores norte-coreano.
Além disso, a proposta feita pela chanceler sul-coreana, Kang Kyung-wha para uma possível negociação entre Seul e Pyongyang foi sumariamente ignorada pelos norte-coreanos.
Em teoria, há incentivos que os EUA podem oferecer à Coreia do Norte, incluindo uma abertura ao diálogo sobre o tratadoapostaaposta em aberto betanoaberto betanopaz para encerrar a guerra entre as Coreias (tecnicamente, os dois países ainda estãoaposta em aberto betanoguerra), reconhecimento diplomático (como o estabelecimentoapostaaposta em aberto betanoaberto betanouma missão americanaaposta em aberto betanoPyongyang) ou mesmo um acordo sobre a reduçãoapostaaposta em aberto betanoaberto betanoarmas convencionais na península, mas esses são objetivos, no melhor dos casos,apostaaposta em aberto betanoaberto betanolongo prazo.
Mas as repetidas violações dos acordos diplomáticos com os EUA por parte da Coreia do Norte erodiram qualquer apetite para concessõesapostaaposta em aberto betanoaberto betanoWashington, onde os dois lados do espectro político (democratas e republicanos) nutrem grande desconfiançaapostaaposta em aberto betanoaberto betanoPyongyang e a crençaapostaaposta em aberto betanoaberto betanoque a pressão por meioapostaaposta em aberto betanoaberto betanosanções, como as mais recentes da ONU que restringiram as exportaçõesapostaaposta em aberto betanoaberto betanocomida e minerais, bem como o trabalhoapostaaposta em aberto betanoaberto betanonorte-coreanos no exterior, é a melhor formaapostaaposta em aberto betanoaberto betanodissuadir o regime norte-coreano.
2) Por que a Coreia do Norte quer ter armasapostaaposta em aberto betanoaberto betanodestruiçãoaposta em aberto betanomassa?
Desde que chegou ao poder, no finalapostaaposta em aberto betanoaberto betano2011, Kim Jong-un deixou clara suas prioridades: modernizar as Forças Armadas do país e garantir a prosperidade econômica.
As aspirações nucleares da Coreia do Norte datam da décadaapostaaposta em aberto betanoaberto betano60 e são consistentes com o desejo do regime por autonomia política e militar frente à oposição não sóapostaaposta em aberto betanoaberto betanoseus inimigos tradicionais, como os Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, mas tambémapostaaposta em aberto betanoaberto betanoaliados históricos, como China e Rússia.
Parte da motivação da Coreia Do Norte resultaapostaaposta em aberto betanoaberto betanouma avaliação sensata dos interesses estratégicos do país. O que aconteceu na Líbia e no Iraque é um lembrete para Pyongyangapostaaposta em aberto betanoaberto betanoque a única garantiaapostaaposta em aberto betanoaberto betanosua sobrevivência é a possessãoapostaaposta em aberto betanoaberto betanoarmasapostaaposta em aberto betanoaberto betanodestruiçãoaposta em aberto betanomassa.
Enquanto os Estados Unidos reafirmaram que não têm a intençãoapostaaposta em aberto betanoaberto betanoatacar militarmente a Coreia do Norte, Pyongyang continua a acreditar que Washington, como uma potência nuclear armada e inegavelmente superior, com 28 mil soldados estacionados na Coreia do Sul, representa uma ameaça para o país.
As ambiçõesaposta em aberto betanorelação ao programaapostaaposta em aberto betanoaberto betanotestesapostaaposta em aberto betanoaberto betanobombas e mísseis balísticosapostaaposta em aberto betanoaberto betanoKim Jong-un também são uma expressão da identidade política do regime. A legitimidadeapostaaposta em aberto betanoaberto betanosua dinastia está atrelada à narrativaapostaaposta em aberto betanoaberto betanodefesa contra seu arqui-inimigo, os Estados Unidos.
A Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953, continua a ser usada pelo governo norte-coreano como peçaapostaaposta em aberto betanoaberto betanopropaganda para denunciar a agressão dos Estados Unidos que, na visão do regime, querem destruir o país a todo custo.
Para os mais velhos, que se lembram da intervenção americana durante a guerra, quando praticamente todas as cidades norte-coreanas foram reduzidas a cinzas por bombardeiosapostaaposta em aberto betanoaberto betanoWashington, essa narrativa permanece convincente e é rotineiramente reforçada para a populaçãoaposta em aberto betanogeral a partir da veiculaçãoapostaaposta em aberto betanoaberto betanomensagens diárias pela mídia estatal.
As declarações públicasapostaaposta em aberto betanoaberto betanoTrump também vêm sendo úteis para Kim Jong-un, permitindo ao líder norte-coreano fortalecerapostaaposta em aberto betanoaberto betanoimagemapostaaposta em aberto betanoaberto betanocomandante-chefe e protetor do país.
3) Uma Coreia do Norte com armas nucleares poderia coexistir com os EUA?
A campanhaapostaaposta em aberto betanoaberto betanotestesapostaaposta em aberto betanoaberto betanomísseis da Coreia do Norte e os dois testes nucleares bem-sucedidos no ano passado refletiram o progresso do potencial armamentista do país.
Relatórios recentes da inteligência americana indicam que o país já pode ter 60 bombas nucleares, mas os dados são questionados por analistas.
Além disso, os testes com mísseisapostaaposta em aberto betanoaberto betanolonga distância realizados nos dias 4 e 28apostaaposta em aberto betanoaberto betanojulho indicaram que a Coreia do Norte poderia atingir alvos nos EUA.
Mas uma nota do Boletimapostaaposta em aberto betanoaberto betanoCientistas Atômicos questionou se isso realmente seria possível.
De qualquer forma, o governo americano deixou claro que não vai reconhecer ou tolerar qualquer escalada armamentistaapostaaposta em aberto betanoaberto betanoPyongyang.
Aceitá-la significaria uma vitória simbólica para a Coreia do Norte, prejudicando criticamente as relações dos Estados Unidos com seus aliados mais próximos na região, como Japão e Coreia do Sul, possivelmente provocando uma corrida às armas na região e desestabilizando a ordem mundialapostaaposta em aberto betanoaberto betanonão-proliferação nuclear.
4) O que a Coreia do Norte quer é realista?
A prioridadeapostaaposta em aberto betanoaberto betanoPyongyang é continuar com os testes, tantoapostaaposta em aberto betanoaberto betanomísseis quantoapostaaposta em aberto betanoaberto betanosuas armas nucleares,aposta em aberto betanoum esforço para solidificar seu arsenal. Para o líder norte-coreano, isso faz sentido como meio para fortalecerapostaaposta em aberto betanoaberto betanoautoridade política eapostaaposta em aberto betanoaberto betanolegitimidadeaposta em aberto betanocasa.
Kim Jong-un pode encontrar consolo na aparente relutância da China para impor restrições econômicas à Coreia do Norte, apesarapostaaposta em aberto betanoaberto betanoseu recente apoio por sanções mais duras da ONU.
Ele também pode fazer um cálculo racionalapostaaposta em aberto betanoaberto betanoque,aposta em aberto betanoúltima análise, os Estados Unidos, como muitos observadores experientes argumentam, aceitarão a necessidadeapostaaposta em aberto betanoaberto betanonegociar com a Coreia do Norte.
Até lá, Kim acreditaria ser possível viabilizar uma gamaapostaaposta em aberto betanoaberto betanoconcessões dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, seja na formaapostaaposta em aberto betanoaberto betanoassistência econômica, na reduçãoapostaaposta em aberto betanoaberto betanoarmas convencionais ou, mais importante, no respeito político como um Estado soberano independente - pelo qual a Coreia do Norte por muito tempo lutou.
Ainda não se sabe, contudo, o quão longe a retórica agressivaapostaaposta em aberto betanoaberto betanoTrump poderá evitar que a Coreia do Norte continue seus programasapostaaposta em aberto betanoaberto betanotestesapostaaposta em aberto betanoaberto betanomísseis. As Forças Armadas do país ameaçaram disparar quatro mísseisapostaaposta em aberto betanoaberto betanoalcance intermediário contra o território americanoapostaaposta em aberto betanoaberto betanoGuam no fim deste mês.
Nenhum presidente americano toleraria um ataque direto, mas a realizaçãoapostaaposta em aberto betanoaberto betanoum testeaposta em aberto betanoáguas internacionais perto da ilha representaria, sem dúvida, uma contingênciaapostaaposta em aberto betanoaberto betano"zona cinzenta", que exigiria uma resposta mais branda, antesapostaaposta em aberto betanoaberto betanoum conflito militarapostaaposta em aberto betanoaberto betanograndes proporções.
A tensão na Coreia do Norte já está sendo comparada por estudiosos à Criseapostaaposta em aberto betanoaberto betanoMísseisaposta em aberto betanoCubaaposta em aberto betanoagostoapostaaposta em aberto betanoaberto betano1962, quando o então presidente americano, John F. Kennedy, foi duramente criticado por seu julgamento estratégico.
É irônico e também revelador que, mais uma vez, o mêsapostaaposta em aberto betanoaberto betanoagosto volte a assombrar o mundo, quando a retórica, as avaliações e as açõesapostaaposta em aberto betanoaberto betanolíderes nacionais terão provavelmente um significado profundo para a segurança regional e global.
*John Nilsson-Wright é pesquisador-sênior para o nordeste da Ásia no think tank internacional Chatham House e professor-sênioraposta em aberto betanopolítica japonesa e relações internacionais do leste da Ásia na Universidadeapostaaposta em aberto betanoaberto betanoCambridge.