Estrela do YouTube na Itália surpreende ao revelar ser filhopokeramafioso preso:pokera
No Instagram, tem 564 mil seguidores; no YouTube, 174 mil assinantes; no Twitter, 43 mil seguidores; e no Facebook, 33 mil curtidas empokerapágina. Um número significativo quando comparado à população italiana,pokeracercapokera60 milhões.
Ele viaja pelo país, com outras estrelas da web, apresentando-sepokerashoppings e levando à loucura meninas dapokerafaixa etária.
Biografia reveladora
Agora, depoispokeratodo o sucesso, publicou um livro no qual revela os segredospokerasua família: a vida fácil durante a infância, a prisão do seu pai, os problemas escolares e a ascensão como ídolo social.
"Meu pai ainda não conseguiu ver o livro. Vou levar quando visitá-lo na próxima semana, mas sei que ele está orgulhoso da minha carreira", disse Marcopokeraentrevista à BBC Brasil. "Ele sempre soube que estava escrevendo um livro e nunca me impediupokerarevelar nossa história ao público."
"Eu construí meu sucesso sozinho, e meu pai está orgulhosopokeramim porque com apenas 15 anos consigo sustentar minha família. Até poucos anos atrás, eu trabalhava coletando ferro para juntar dinheiro. Não tenho vergonha disso", acrescenta.
Marco, segundo relata, consegue sustentar as despesas da casa, pagar o advogado do pai e ajudarpokeramãe desempregada.
A vida do youtuberpokera15 anos pode ser divididapokeraduas: antes e depois da prisão do pai. Francesco Leonardi já havia sido preso por assalto duas vezes: foi condenado a dois anos e oito meses na primeira vez; e a dois anos, na segunda.
Na biografia, o adolescente reconhece os crimes do pai, mas também o defende.
"Meu pai pode parecer um criminoso, que vivepokeraroubos e coisas do tipo", escrevepokeraseu livro "Il web mi ha tolto dalla strada" ("A web me afastou da estrada", da editora Mondadori). "Eu não digo o contrário. Ele cometeu muitos erros, mas nunca fez mal a ninguém, nunca usou armas."
Apesar das prisões do pai, a infânciapokeraMarco foi repletapokeramimos - bancados provavelmente com recursos do crime.
"Ninguém entendia a vida que tinha quando pequeno. Todos os dias eu ganhava roupaspokeragrife novas, meu pai não deixava faltar nada", escreve.
"Às vezes, ele voltava para casa e, inesperadamente, com os bolsos cheiospokeradinheiro vivo, nos dizia: 'Vamos tirar umas férias!'. Lembro-me que fazíamos viagens todos os finspokerasemana, tenho várias fotospokerafazendas, resorts... tínhamos férias maravilhosas".
Uma vida que permitia à família trocarpokeracarropokeraum dia para outro: "Nós tínhamos um Twingo, mas depois o vendemos para comprar um Mini Cooper. Meu pai fez isso por mim, eu era vidrado no Mini, mas custava 12 mil euros (quase R$ 40 mil)."
"Um dia meu pai chegoupokeracasa e com naturalidade me mostrou um montepokeranotaspokera50 euros dizendo: 'Vamos sair!'. E fomos comprá-lo", conta o menino siciliano.
Operação anti-máfia
Em 2013, no entanto, a operação contra grupos mafiosos invadiu a vida dos Leonardi. "Por volta das 4h30, ouvimos ruídos vindospokeratodos os lados: helicópteros, passos, luzes azuis que se infiltraram através das janelas. Era a polícia", lembra o jovem.
"Chegarampokerarepente, quando eu ainda estava na cama, embaixo dos lençóis, abraçado a meu pai. Um deles apontou a arma para mim porque não conseguia entender quem eu era. Então perguntei para o meu pai gritando: 'O que está acontecendo?'. Ele tentou me tranquilizar: 'Nada, é apenas um controle'."
Na Itália, ser acusadopokeraassociação mafiosa é um crime muito grave. O simples fatopokerapertencer a uma máfia pode levar a penaspokera10 a 15 anospokeraprisão. Este é o resultadopokerauma legislação que se adaptoupokeraresposta às frequentes ações das organizações criminosas.
O paipokeraMarco não é um "chefão" da Cosa Nostra, a máfia siciliana. Seria apenas um "soldado", como se diz na Itália. Um famoso canalpokeratelevisão, apresentando o livropokeraMarco, disse que o pai era um "chefão", o que contrariou o adolescente, que foi desabafar nas redes sociais.
"Eu quis me pronunciar porque é uma notícia falsa. Ele foi acusadopokeraassociação mafiosa, mas não é um chefe da máfia, caso contrário, estaria isolado e sem poder falar com ninguém."
O adolescente se refere a um regime disciplinar diferenciado, chamadopokera"prisão rigorosa" e que costuma ser aplicado a condenados por associação mafiosa. Trata-sepokerauma medidapokeraprisão muito controversa, que restringe ao máximo o contato externo ou com outros detentos.
A Promotoria pediu 12 anospokeraprisão por associação mafiosa, mas o pai foi condenado a cinco anos e quatro meses.
A prisão do pai fez com que Marco se sentisse deprimido. Ele não conseguia interagir e chegou a abandonar a escola. Assistentes sociais queriam colocá-lo num centropokerareabilitação, quando então ele descobriu o mundo das redes sociais.
"No início eu usava o perfil da minha mãe, e do outro lado da tela percebia que existiam pessoas como eu. Pouco a pouco, conversando com elas, comecei a acreditarpokeramim mesmo e pensei que talvez também pudesse compartilhar vídeos."
Em 2013, ele inaugurou o primeiro perfil no Facebook, que não evoluiu. Em 2015, ele voltou à rede e gravou um vídeo. Os resultados chegarampokeratrês dias: 60 mil visualizações e três mil curtidas. Em seguida, os vídeos se multiplicaram, entre imitações, desafios e brincadeiras.
Sua fama cresceu e, junto com os amigos, começoupokeravidapokeraweb star na Itália.
"Acho que minha história vai ser útil para os adolescentes que não gostampokerasi mesmos. É uma históriapokeraesperança. Não há necessidadepokerase denegrir, há outras maneiraspokeraencarar os problemas", afirmou.
Seu livro foi apresentado nas livrarias mais importantespokeraMilão, e já nos primeiros dias chegou aos mais vendidos pela Amazon no país.
Os fãs não parecem condicionados ao seu passado, eles parecem na verdade gostarpokerasua sinceridade. O sucessopokeraMarco Leonardi ainda reabriu um velho debate na sociedade italiana sobre como se comportar diante dos filhospokeramafiosos.
"Não é automático que o filhopokeraum mafioso também se dedique ao crime. É preciso saber distinguir isso", afirmou o professor Enzo Ciconte, historiador das organizações criminosas na Itália.
Alguns políticos, no passado, propuseram que o Estado retire a guarda das criançaspokerafamílias mafiosas.
Houve também casospokerafilhos que testemunharam contra os próprios pais mafiosospokeraprocessos judiciais. É uma discussão aberta, que hoje, também graças ao sucesso do jovem youtuber siciliano, volta ao debate público.