Companhia aérea poderia ter retirado passageiro à forçavaidebet 10 reaisavião nos EUA?:vaidebet 10 reais

Legenda do vídeo, Imagens mostram passageiro sendo arrastado para foravaidebet 10 reaisavião com overbooking nos EUA

vaidebet 10 reais Um vídeovaidebet 10 reaisum passageiro sendo arrastado para foravaidebet 10 reaisum avião da United Airlines no último domingovaidebet 10 reaisChicago, nos Estados Unidos, rodou o mundo e causou polêmica.

Nas imagens, o homem aparece com sangue no rosto e sendo retirado à força pelo corredor da aeronave por policiais,vaidebet 10 reaismeio a protestosvaidebet 10 reaisoutros viajantes.

Nas redes sociais, usuários criticaram a United e ameaçaram um boicote à companhia.

O passageiro, que seria natural do Vietnã, teria se recusado a desembarcar do voo, que estava com overbooking (quando a companhia aérea vende mais passagens do que o númerovaidebet 10 reaisassentos disponíveis).

Ele afirmou ser médico e argumentou que precisava atender pacientes no dia seguinte. O voo tinha como destino Louisville, na Louisiana, onde o homem mora com a esposa há 20 anos.

Avião da United

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Vídeo rodou o mundo e causou polêmica - ações da United tiveram queda

Momentos antes, segundo testemunhas, a United havia tentado convencer quatro passageiros a dar lugar a funcionários da companhia.

Inicialmente, a empresa ofereceu US$ 400 (R$ 1.250), pernoite pagavaidebet 10 reaisquartovaidebet 10 reaishotel e um voo na tarde seguinte àqueles que abdicassemvaidebet 10 reaisseus assentos. Sem voluntáriosvaidebet 10 reaisnúmero suficiente, o montante foi elevado para US$ 800 (R$ 2,5 mil) ─ ainda assim, sem sucesso.

"Como ninguém se voluntariou, a United decidiu escolher por nós", tuitou um passageiro.

Segundo um porta-voz da companhia, a escolha é baseadavaidebet 10 reaisvários fatores, mas passageiros regulares e aqueles que pagam passagens mais caras têm prioridadevaidebet 10 reaisrelação aos demais.

Polêmica

Mas a United tinha direitovaidebet 10 reaisretirar o passageiro do avião?

Surpreendentemente, a resposta é sim. O problema, porém, está na forma como isso foi feito, ponderam especialistas.

Imagens do incidente

Crédito, Tyler Bridges/Twitter

Legenda da foto, Policiais do aeroportovaidebet 10 reaisChicago retiraram passageirovaidebet 10 reaisaeronave da United

Do pontovaidebet 10 reaisvista legal, a United tem o direitovaidebet 10 reaisretirar qualquer passageiro que se recuse a sair da aeronave após determinação do (a) comandante, seja por overbooking ou qualquer outro motivo.

Ele (a) é a autoridade máxima dentro do avião. Assim, se decidir que alguém precisa desembarcar, a ordem temvaidebet 10 reaisser respeitada.

A partir do momentovaidebet 10 reaisque o homem afirmou que não acataria a determinação, ele se tornou um passageiro "subversivo".

Sendo assim, as autoridades tinham legalmente o direitovaidebet 10 reaisretirá-lo do avião - e, como o vídeo mostra, ele acabou sendo arrastado para fora da aeronave.

Em outras palavras: a lei foi violada - pelo passageiro e não pela companhia aérea. Mas possivelmente, por causa da polêmica que o incidente causou, é provável que a United não o processe.

A possibilidadevaidebet 10 reaisretirar um passageiro da aeronave está, inclusive, prevista nas diretrizesvaidebet 10 reaistransporte das companhias aéreas, com cujos termos os passageiros concordam ao comprar passagens.

Assim como no Brasil, a prática do overbooking nos Estados Unidos não é vetada nem bem definida por lei.

Passageiro é retirado à forçavaidebet 10 reaisavião da United

Crédito, Tyler Bridges

Legenda da foto, Tecnicamente, United tem direitovaidebet 10 reaisretirar passageiros do avião por overbooking

Raridade

Contudo, retirar um passageiro à forçavaidebet 10 reaisdentrovaidebet 10 reaisum avião é um caso extremamente raro ─ e a forma como o procedimento foi realizado pode ser considerada agressiva e passívelvaidebet 10 reaisprocesso.

Segundo o Departamentovaidebet 10 reaisTransporte dos Estados Unidos, dos 613 milhões dos passageiros que viajaramvaidebet 10 reaisgrandes companhias aéreas americanasvaidebet 10 reais2015, 46 mil tiveram o embarque negado, ou seja, menos do que 0,008% do total.

A imensa maioria é informada antesvaidebet 10 reaisembarcar na aeronave, ressalva Charles Leocha, fundador do Travelers United, grupovaidebet 10 reaisdefesa dos direitosvaidebet 10 reaispassageiros com sede nos Estados Unidos.

Loecha afirma não conseguir se lembrar da última vez que um passageiro foi "violentamente" retiradovaidebet 10 reaisum avião. "A cena embrulhou meu estômago", diz.

Segundo ele, atrasos crônicos e má qualidade do serviço acabaram se tornando uma constânciavaidebet 10 reaismuitas companhias aéreas americanas.

Somado à faltavaidebet 10 reaisconhecimento sobre seus direitos, muitos passageiros acabamvaidebet 10 reaissituações vulneráveis, ao bel prazervaidebet 10 reaisfuncionários dessas empresas, critica Loecha.

"Nossas expectativas são tão baixas que acabamos aceitando tudo isso sem reclamar", comenta. "O que eles não devem aceitar é ser retiradovaidebet 10 reaisum avião para ceder lugar a um funcionário da companhia", acrescenta.

Regras

Apesarvaidebet 10 reaisterem o direitovaidebet 10 reaisretirar passageirosvaidebet 10 reaisaviões, mesmo quando há overbooking, as companhias aéreas não costumam apelar para o uso da força, diz à rádio americana NPR Patrick Smith, piloto e autor do blog Ask the Pilot ("Pergunte ao Piloto",vaidebet 10 reaistradução livre).

Smith destaca que as empresas sempre oferecem algum tipovaidebet 10 reaiscompensação para evitar situações como a que ocorreu.

"Quase sempre, alguém aceita a oferta e não chegamos a esse ponto", diz ele.

"Tecnicamente, a companhia aérea tem o direitovaidebet 10 reaisretirar um passageiro do avião. Em dado momento, alguém temvaidebet 10 reaissair da aeronave. O problema é a forma como isso será feito", completa.

Oscar Munoz, CEO da United Airlines

Crédito, Reuters

Legenda da foto, CEO da United Airlines, Oscar Munoz pediu desculpas pelo ocorrido, masvaidebet 10 reaise-mail a funcionários criticou passageiro retirado à forçavaidebet 10 reaisavião

Outras polêmicas

A polêmica ganhou força com uma carta enviada a funcionários pelo CEO da United, Oscar Munoz, e vazada pela imprensa americana.

Nela, Munoz disse que estava "tristevaidebet 10 reaisver e ouvir o que aconteceu", mas ponderou que o passageiro que se recusou a desembarcar foi "beligerante".

Segundo ele, os funcionários "seguiram procedimentos pré-estabelecidos". Oficialmente, no entanto, Munoz pediu desculpas e afirmou que a companhia está investigando o ocorrido.

Como resultado da repercussão negativa do caso, as ações da United Continental Holdings, grupo que inclui a companhia aérea, chegou a cair 4% nesta terça-feira.

O Departamentovaidebet 10 reaisAviaçãovaidebet 10 reaisChicago afirmou,vaidebet 10 reaisnota, que um dos agentes envolvidos no incidente foi suspenso na tardevaidebet 10 reaissegunda-feira.

Segundo o órgão, as atitudes do funcionário não são "evidentemente toleradas pelo Departamento", informou o comunicado.

Essa não é a primeira vez que a United vêvaidebet 10 reaisimagem manchada por uma polêmica que viralizou nas redes sociais.

A mais recente envolveu duas meninas, proibidasvaidebet 10 reaisembarcarvaidebet 10 reaisum voo da companhia por estarem vestidas com calças legging.

Na ocasião, a United afirmou que o veto se deu porque as jovens não se adequaram às normasvaidebet 10 reaisvestimenta para viajantes com passes especiais.

"(As duas jovens) foram instruídasvaidebet 10 reaisque não poderiam embarcar até corrigir seu vestuário. Elas aceitaram isso e entenderam completamente", disse Jonathan Guerin, porta-voz da United, acrescentando que as duas e o acompanhante perderam o voo.