China anuncia satélites e multas pesadas contra poluição:aposta ganha prognóstico

Moradoresaposta ganha prognósticoPequim

Crédito, AFP

Legenda da foto, Moradores usam máscara para tentar amenizar efeitos da fumaça na capital chinesa

Na semana passada, o mandatário cobrou o usoaposta ganha prognósticoenergia limpa, segundo a agência estatal Xinhua.

"Promover a energia limpa pode ajudar a manter o norte da China aquecida e, ao mesmo tempo, reduzir a poluição", disse.

Assombração

O país que mais investeaposta ganha prognósticoenergias renováveis do mundo não consegue se livraraposta ganha prognósticoum problema que assombra a população há décadas. O carvão ainda é a principal fonteaposta ganha prognósticoenergia chinesa, com uma fatiaaposta ganha prognóstico64% da matriz energética.

De acordo com estudo da Universidadeaposta ganha prognósticoNanquim, publicadoaposta ganha prognósticonovembro na revista Science of total environment, a poluição está por trásaposta ganha prognósticoum terço das mortes na China. Segundo a OMS, no país é registrado o maior númeroaposta ganha prognósticoóbitos no mundo por esta razão.

Legenda do vídeo, 'Arpocalipse' na China: poluição coloca meio bilhãoaposta ganha prognósticopessoasaposta ganha prognósticoalerta vermelho

A poluição tornou-se uma das maiores queixas da população chinesa, sobretudo da nova classe média, e é exatamente isso o que assusta o governo.

De acordo com pesquisa realizada pelo Pew Centeraposta ganha prognósticomeados deste ano, seteaposta ganha prognósticocada dez pessoas apontam a poluição atmosférica e da água como um grande problema.

Mesmo acostumados a altos índicesaposta ganha prognósticopoluição, moradores da capital chinesa e outras grandes cidades viajaram para fugir das nuvens espessasaposta ganha prognósticofumaça que se instalaram no céuaposta ganha prognósticodezembro.

Ironicamente, muitos possivelmente foram impedidos, pois centenasaposta ganha prognósticovoos foram cancelados pela faltaaposta ganha prognósticovisibilidade -aposta ganha prognósticomenosaposta ganha prognóstico50 metrosaposta ganha prognósticoalguns casos.

"Souaposta ganha prognósticoPequim e penseiaposta ganha prognósticome mudar, mas a minha família não quis. O que mais me preocupa hoje? É saber quando vai chegar láaposta ganha prognósticocasa o novo purificadoraposta ganha prognósticoar que comprei anteontem", diz Zhao Li, que organizou,aposta ganha prognósticoúltima hora, uma viagem à Françaaposta ganha prognósticooutubro para fugir da poluição da capital.

"Saíaposta ganha prognósticoPequim e voltei para a minha cidade natal, Xiamen, no sul, onde o céu está azul neste momento. A poluição foi a principal razão", disse o especialistaaposta ganha prognósticocomércio exterior, Lu Ping.

Na semana passada, advogados entraram com ações contra Pequim, Tianjin e outras cidades na provínciaaposta ganha prognósticoHebei responsabilizando-os pelos efeitos nocivos da poluição sobre a vida das pessoas e pedindo indenização para quem for afetado.

Naaposta ganha prognósticoconta no Weibo, um primo chinês do Twitter, Li Zhongwei, acusou a regiãoaposta ganha prognóstico"falar muito e fazer pouco".

Ele disse que os alertas vermelhos eram provaaposta ganha prognósticoque "os governos locais não cumpriram as suas obrigações legaisaposta ganha prognósticocontrolar a poluição".

Nuvens no horizonte

Tudo indica que o céu azul dos últimos três dias deve voltar a ficar poluído na próxima semana. Por mais que esses dias sejam mais frequentes hoje do que no passado recente, os chineses sabem que é apenas uma questãoaposta ganha prognósticotempo até que um novo sinalaposta ganha prognósticoalerta máximo seja emitido.

As indústrias que queimam carvão sem parar para garantir o crescimento ainda acelerado da economia, nesta época, trabalham sob a pressão adicional das encomendasaposta ganha prognósticofimaposta ganha prognósticoano do resto do mundo.

"Definitivamente, viver no quintal da fábrica do Papai Noel não é fácil", disse um diplomata estrangeiro que vive na capital há três anos, enquanto ajustava aaposta ganha prognósticomáscara antipoluição na semana passada.

Chinês usa máscara para evitar poluição

Crédito, AP

Legenda da foto, Governo chinês pediu que as pessoas não usassem carros e permanecessemaposta ganha prognósticocasa para reduzir poluição

O frio do inverno tampouco ajuda. Radiadores ficam ligados no turbo para aquecer quase 1,4 bilhãoaposta ganha prognósticopessoas, sobretudo no norte no país, onde as temperaturas se mantêm negativas por mais tempo.

A eletricidade consumida pelas residências vem sobretudoaposta ganha prognósticousinas movidas a carvão.

Em um país deste tamanho, as escalas são sempre gigantescas. Os chineses consomem pouco maisaposta ganha prognósticoum quarto da energia gerada no planeta e a metadeaposta ganha prognósticotodo o carvão.

Indignação

Críticasaposta ganha prognósticotodo o país invadiram a internet e a própria mídia local, controlada pelo Estado, pede uma saída para o problema. Alguns jornais locais e internautas questionam a capacidade das autoridadesaposta ganha prognósticolidar com o problema.

No dia 11, um protesto com 20 pessoas foi organizadoaposta ganha prognósticoChengdu por artistas locais. Os manifestantes, que se sentaram silenciosos com máscarasaposta ganha prognósticouma das praças centrais da cidade, foram rapidamente dispersados pela polícia.

As fotos do protesto foram colocadas na internet com a hashtag #euamochengdu, #medeixarespirar. Este é o tipoaposta ganha prognósticoreação que as autoridades temem e tentam evitar.

O tema também virou alvoaposta ganha prognósticopiadas entre os internautas, que fizeram um trocadilho com o slogan do governo "Serve para o povo" (为人民服务). Os ideogramas foram alterados para "Alimentar o povo com ar tóxico" (喂人民服雾). Nos dois casos, a pronúncia é rigorosamente a mesma.

A prontidão do governoaposta ganha prognósticotentar distensionar a situação ficou evidente durante os cinco diasaposta ganha prognósticoalerta vermelhoaposta ganha prognósticoparte das grandes cidades do país.

Com um nívelaposta ganha prognósticopartículas no ar qe chegou a bater quase cem vezes o limite considerado razoável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo pediu que as pessoas não usassem carros e permanecessemaposta ganha prognósticocasa.

Em Pequim, as autoridades locais determinaram o fechamento ou o corte expressivo da produçãoaposta ganha prognóstico1.200 fábricas que operam nos arredores da capital, entre elas, uma grande refinariaaposta ganha prognósticopetróleo controlada pela estatal Sinopec.

Indústriaaposta ganha prognósticoPequim

Crédito, AFP

Legenda da foto, Chineses consomem pouco maisaposta ganha prognósticoum quarto da energia gerada no planeta e a metadeaposta ganha prognósticotodo o carvão

Direção ambiental

Desde 2012, o país tem tentado fechar também minasaposta ganha prognósticocarvãoaposta ganha prognósticomédio e pequeno porte.

São visíveis as iniciativas do governo para diversificar a matriz energética. O poder central tem cobrado das administrações regionais medidasaposta ganha prognósticocombate às emissões e já deixou claro que serão responsabilizadas pelo descumprimentoaposta ganha prognósticometas e pela faltaaposta ganha prognósticopunição às indústrias que não seguirem as diretrizes impostas ao país.

Em outubro, o ministério da Proteção do Meio Ambiente anunciou que 55 grandes empresas chinesas "ultrapassaram gravemente" os limitesaposta ganha prognósticopoluição estipulados pelo governo para o segundo trimestre do ano.

Elas estão concentradas nas regiões da Mongólia Interior, Liaoning e Hebei, a província que mais produz aço no país, vizinha bem próximaaposta ganha prognósticoPequim, que registrou um dos piores índicesaposta ganha prognósticopoluição durante os dias do alerta vermelho.

A meta prevista no 13º Plano Quinquenal da China éaposta ganha prognósticoque o consumo do carvão caia para 58% até 2020.

No mesmo período, a fatia do gás na composição da matriz energética deve bater 10% eaposta ganha prognósticoenergias renováveis passe a pelo menos 15% do total.

O objetivo é que estas últimas cheguem a 20% até 2030.

A China tem liderado os investimentosaposta ganha prognósticonovas plantasaposta ganha prognósticoenergias renováveis no mundo, que somaram US$ 286 bilhões no período. No ano passado, o país bateu um recordeaposta ganha prognósticoproduçãoaposta ganha prognósticoenergias solar e eólica: instalou 16,5 gigawats e 30,5 gigawatts, respectivamente,aposta ganha prognósticoapenas um ano.