'50 mil estão esperando a morte chegar, prestes a ser vítimasplanilha controle apostasum massacreplanilha controle apostasAleppo':planilha controle apostas

Prefeitoplanilha controle apostasAleppo, Brita Hagi Hasan

Crédito, AP

Legenda da foto, Prefeito exiladoplanilha controle apostasAleppo diz que população está apenas esperando o massacre
Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o prefeito Brita Hagi Hasan

Crédito, European Union 2016

Legenda da foto, Prefeitoplanilha controle apostasAleppo fez apelo dramático durante encontro com membros da UE

"Não pedimos a nenhum país que vá à guerra. Só pedimos que garantam a aberturaplanilha controle apostascorredores humanitários e enviem observadores para acompanhar a retirada dos civis", afirmou.

Descrédito

Hassan foi eleitoplanilha controle apostasdezembroplanilha controle apostas2015 como presidente do Conselho Municipalplanilha controle apostasAleppo, estrutura administrativa civil equivalente a uma prefeitura criadaplanilha controle apostasmarçoplanilha controle apostas2013 na cidade então controlada pelo Exército Sírio Livre, leal ao movimentoplanilha controle apostasoposição Conselho Nacional Sírio.

Ferido durante um bombardeioplanilha controle apostasjulho passado, ele deixou a cidade para se tratarplanilha controle apostasum hospital da região e, com a intensificação do cerco feito regimeplanilha controle apostasAssad, não pôde mais voltar.

Desde então, vive "em várias áreas liberadas" do país, como descreve com precaução, e viaja com frequência à Europa para pedir ajuda aos governos ocidentais.

Aos olhosplanilha controle apostasHassan, a Organização das Nações Unidas "perdeu toda a legitimidade" ao fracassar na tentativaplanilha controle apostasimpor uma trégua humanitáriaplanilha controle apostasAleppo, repetidamente bloqueada pelo vetoplanilha controle apostasRússia no Conselhoplanilha controle apostasSegurança.

Mulher após bombardeioplanilha controle apostasAleppo

Crédito, AFP

Legenda da foto, Prefeito pediu que Brasil condene o regimeplanilha controle apostasAssad

"Os crimesplanilha controle apostasguerra e contra a humanidade que foram cometidos na Síria na verdade mataram também o que chamamosplanilha controle apostaslegislação internacional. Nossa última esperança repousaplanilha controle apostasuma solução fora do Conselhoplanilha controle apostasSegurança."

Ao Brasil, ele pede que "simplesmente implemente a legislação internacional e considere que este regime (liderado por Assad), que matou maisplanilha controle apostas500 mil pessoas e desalojou 12 milhões, perdeu a legitimidade".

Os brasileiros também poderiam ajudar os civis sírios enviando ajuda humanitária às regiões que estão recebendo refugiados, disse.

"Esse enorme êxodo forçadoplanilha controle apostaspopulação, queplanilha controle apostassi é um crimeplanilha controle apostasguerra, criará grandes necessidadesplanilha controle apostasmatériaplanilha controle apostashabitação, alimentação, saúde, especialmente nesse períodoplanilha controle apostasinverno (no Hemisfério Norte)", observou.

Cerco a Aleppo

Segundo o enviado especial da ONU para a Síria, Staffanplanilha controle apostasMistura, ao menos 900 pessoas que moram na parte lesteplanilha controle apostasAleppo seriam combatentesplanilha controle apostasgrupos extremistas como a Frente Fatah Al-Cham, ligada à Al Qaeda.

Hassan reduz a cifra para "entre 200 e 300" e afirma que, "mesmoplanilha controle apostasfossem 900, isso não justificaria a aniquilaçãoplanilha controle apostas250 mil pessoas".

O prefeito assegura que a maioria das forças que lutam contra o governoplanilha controle apostasAleppo pertence ao Exército Sírio Livre, que se declara laico, e são formadas por engenheiros, advogados e outros civis que "foram forçados a pegarplanilha controle apostasarmas para se defender da repressãoplanilha controle apostasAssad" no começo do conflito,planilha controle apostas2011.

A cidade logo se converteriaplanilha controle apostasum bastião rebelde e um alvo principal para o exércitoplanilha controle apostasAssad, que desde novembro intensificou a ofensiva à cidade, com apoio da Rússia e do Irã.

Aos líderes europeus, Hassan descreveu como os habitantes da parte leste, onde se concentram as forças rebeldes ao governo, viveram o cerco governamental: "sem ter o que comer, sem nenhum hospital funcionando, correndo riscoplanilha controle apostasser alvejados simplesmente ao sairplanilha controle apostascasa".

De maior cidade da Síria, com uma populaçãoplanilha controle apostas2,3 milhõesplanilha controle apostashabitantes, e centro financeiro e industrial do país, Aleppo se converteuplanilha controle apostasum amontoadoplanilha controle apostasruínas.

Manifestantesplanilha controle apostasAleppo

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Hassan diz que população corre riscoplanilha controle apostasser alvejada 'simplesmente ao sairplanilha controle apostascasa'

Vários acordosplanilha controle apostascessar-fogo foram quebrados. O governo acusou os rebeldesplanilha controle apostasimpedir a fuga da população civil, que estaria sendo usada como escudo humano.

Hassan, por outra parte, acusou a Rússiaplanilha controle apostasabrir corredores humanitários dirigindo a população a áreas controladas pelo regime sírio.

"Por isso os habitantes não querem sair. Nenhum grupo rebelde impediu os civisplanilha controle apostassaírem. O que acontece é que eles não confiam no regime, têm medoplanilha controle apostasser detidos ou assassinados. É por isso que eu insisto na necessidadeplanilha controle apostasabrir corredores controlados pela ONU ou um organismo independente, que permita aos civis ir aonde queiram", disse o prefeito.

Nos últimos dias, a ONU denunciou execuções sumáriasplanilha controle apostascivis na parte lesteplanilha controle apostasAleppo.

Mea culpa

O relatoplanilha controle apostasHassan foi considerado "deprimente" pela chanceler alemã, Angela Merkel, e "arrepiante" pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

Ainda assim, a declaração conjunta dos líderes europeus se limitou a "condenar energicamente" o cerco a Aleppo e a prometer estudar "todas as opções possíveis" para deter o conflito sírio.

Em entrevista coletiva, Tusk admitiu a ineficiência da UEplanilha controle apostassolucionar o conflito sírio, mas pediu que o mundo pareplanilha controle apostasculpar o bloco pela tragédia humanitária no país.

Mulher durante protestoplanilha controle apostasAleppo

Crédito, AP

Legenda da foto, Declaração conjunta dos líderes europeus se limitou a 'condenar energicamente' o cerco a Aleppo e a prometer estudar 'todas as opções possíveis' para deter o conflito sírio

"É importante que sejamos francos: é impossível parar esse conflito à força. A UE não tem intenção ou capacidadeplanilha controle apostasusar esse tipoplanilha controle apostasmétodo. Mas, por favor, paremplanilha controle apostasculpar a UE, porque os países europeus não são a razão pela qual presenciamos hoje essa tragédiaplanilha controle apostasAleppo e outras partesplanilha controle apostasSíria", afirmou, visivelmente emocionado.

"O que podemos oferecer é diplomacia, e acho que podemos dizer que conseguimos alguns resultados importantes na aberturaplanilha controle apostascorredores humanitários. Todos os nossos serviços diplomáticos estão trabalhando duro para isso."