'O Último Tangomrjack.bet loginParis' e outras 6 polêmicas cenasmrjack.bet loginsexo no cinema:mrjack.bet login
mrjack.bet login "Eu não queria que Maria interpretasse a raiva e a humilhação. Queria que ela as sentisse". Com estas palavras, o diretor italiano Bernardo Bertolucci justificou por que não contou os detalhes da cenamrjack.bet loginestupromrjack.bet loginO Último Tangomrjack.bet loginParis mrjack.bet login para a atriz Maria Schneider, então com 19 anos. mrjack.bet login O filme,mrjack.bet login1972, explorava a relação entre o personagem cinquentãomrjack.bet loginMarlon Brando e uma jovem 20 anos mais nova, vivida por Schneider, então uma desconhecida atriz francesa.
O roteiro incluía uma cena violenta simulando uma penetração anal, na qual Brando usou manteiga como lubrificante.
O uso da manteiga, segundo o diretor, foi "uma ideia que tive com Brando naquela manhã, antesmrjack.bet loginrodar a cena". E os dois resolveram não contar nada à atriz.
"Não contei (a Schneider) o que ia acontecer porque queria que amrjack.bet loginreação fosse amrjack.bet loginuma garota, não amrjack.bet loginuma atriz", disse o italianomrjack.bet loginuma entrevistamrjack.bet login2013, parcialmente divulgada novamente na internet nos últimos dias e que vem provocando uma enxurradamrjack.bet logincríticas.
Em uma entrevistamrjack.bet login2007, a própria Schneider - que morreumrjack.bet logincâncermrjack.bet login2011, aos 58 anos e teve a vida marcada por internaçõesmrjack.bet loginhospitais psiquiátricos, problemas com drogas e pelo menos uma tentativamrjack.bet loginsuicídio - disse que tinha se sentido "humilhada" e "um pouco violada" na cena com o uso não consentido da manteiga.
"Eu devia ter chamado o meu agente ou o meu advogado até o set, porque não se pode forçar alguém a fazer algo que não está no roteiro. Mas eu não sabia disso", disse a atriz na época.
Na entrevista, Bertolucci admite: "de alguma forma agi mal com Maria, porque não disse a ela o que ia acontecer". Ele acrescenta que se sente "muito culpado" com a cena, embora não se arrependamrjack.bet logintê-la filmado.
A polêmica envolvendo o filme, que rendeu um Oscar para Brando e outro para Bertolucci, tomou conta da internet no último fimmrjack.bet loginsemana.
Tudo depois que uma ONG espanhola divulgou um vídeomrjack.bet logindois minutos e meio com um trecho da antiga entrevista do diretor italiano, como partemrjack.bet loginuma campanhamrjack.bet logincombate à violência contra a mulher.
Várias atrizes e astrosmrjack.bet loginHollywood usaram as redes sociais para condenar duramente o diretor.
A polêmica ganhou mais força depois que Bertolucci,mrjack.bet login76 anos, divulgou uma declaração na última segunda-feira afirmando que o caso não passamrjack.bet loginum "ridículo mal entendido".
"As pessoas acham que Maria não sabia da violência que ia sofrer (na cena). Isso é falso!", disse o diretor, citado pela agênciamrjack.bet loginnotícias americana AP.
Ele acrescentou que o único detalhe que a atriz desconhecia era o uso da manteiga.
O fato é que o filme, que provocou escândalo quando estreou e foi proibidomrjack.bet loginvários países, agora está no centro das críticas pelo suposto casomrjack.bet loginabuso que representaria.
Não é a primeira vez que uma cena violentamrjack.bet loginsexo no cinema causa controvérsia. Relembre outros momentos que mexeram com o público e a crítica.
1. Laranja Mecânica (1971)
No premiado filmemrjack.bet loginStanley Kubrick, repletomrjack.bet logincenas violentas, o protagonista e três dos seus seguidores invadem uma casa onde atacam um casal e abusam sexualmente da mulher.
Esta cena e outras com conteúdo sexual explícito e violento fizeram com que Laranja Mecânica, de 1971, fosse classificado como "só para adultos" nos Estados Unidos e tiradomrjack.bet logincircuito na Inglaterra a pedido do próprio Kubrick, que recebera ameaçasmrjack.bet loginmorte.
Nos anos seguintes ao lançamento, o filme provocou protestos e crimes que supostamente imitavam a tramamrjack.bet loginficção.
A atriz que protagonizou a cenamrjack.bet loginestupro, Adrienne Corri, também reclamou das várias tomadas que Kubrick fez, segundo o site especializadomrjack.bet logincinema IMDB.
Em todas as repetições da cena, Corri, que morreu aos 84 anos,mrjack.bet loginmarço deste ano, teve que permanecer quase nua e com as roupas rasgadas.
Apesar da polêmica, Laranja Mecânica foi indicadomrjack.bet loginquatro categorias do Oscar, inclusive amrjack.bet loginmelhor filme.
2. Veludo Azul (1986)
O filme do diretor americano David Lynch foi descrito como uma "mistura divertida e pertubadora do real, do surrealista e do fantástico" pelo críticomrjack.bet logincinema Philip French, do jornal britânico The Guardian.
No filme, um jovem chamado Jeffrey acha uma orelha humana num jardim. A decisãomrjack.bet logininvestigar a estranha descoberta o leva a participar da relação sadomasoquista e violenta entre o psicopata Frank Booth e a cantora Dorothy.
Frank, interpretado por Dennis Hopper, usa uma máscara para inalar um gás que potencializamrjack.bet loginexperiência sexual com Dorothy, vivida por Isabella Rossellini.
A cenamrjack.bet loginsexo causou polêmica entre os críticos.
Roger Ebert, do jornal Chicago Sun Times, afirmou na época que a atriz italiana era "humilhada e denegrida diante da câmera".
Em uma entrevistamrjack.bet login2002, Isabella Rossellini disse que Veludo Azul enfrentara dificuldadesmrjack.bet logindistribuição por ser um filme para adultos e que recebera "muitas críticas ruins" após a estreia.
"Disseram que eu estava disposta a fazer um filme pornô e tirar a roupa para conseguir algum reconhecimento próximo ao da minha mãe", disse a atriz, que é filha da estrela Ingrid Bergman.
3. Kids (1995)
Interpretada por atores menoresmrjack.bet loginidade, a primeira cenamrjack.bet loginKids mostra um adolescente convencendo uma meninamrjack.bet login12 anos a ter relações sexuais pela primeira vez.
"Todos os garotos estavam interpretando, porque nem eram sexualmente ativos. Eles tinham 15 ou 16 anos", disse à revista Rolling Stone o ator Leo Fitzpatrick, que interpretou o jovem Telly.
"Eu só tinha feito sexo uma vez antes", contou o ator.
Por causamrjack.bet logincenas como essas, a crítica se dividiumrjack.bet logindescrever o filme como retratomrjack.bet loginuma geração precoce nas suas práticas sexuais emrjack.bet loginconsumomrjack.bet logindrogas, e como "pornografia infantil" pura e simples, como classificou Rita Kempley, crítica do jornal The Washington Post.
Kids recebeu a classificaçãomrjack.bet loginimpróprio para menoresmrjack.bet login17 anos (NC-17) da Associação Cinematográfica Americana (MPAA, na siglamrjack.bet logininglês).
O director, Larry Clark, apelou mas a MPAA manteve a classificação etária e determinou que o filme não fosse editado para que seu impacto fosse preservado,mrjack.bet loginacordo com o portal IMDB.
4. De olhos bem fechados (1999)
A sequência mais icônica do filme, segundo os críticos, mostra Tom Cruise (no papelmrjack.bet loginWilliam Harford) observando uma orgia entre pessoas mascaradas enquanto percorre os salõesmrjack.bet loginuma mansão.
Apesar do seu grande conteúdo erótico, a Warner modificou digitalmente a cena da orgia para manter a classificação (R) que permitia aos menoresmrjack.bet login17 anos assistirem ao filme na companhiamrjack.bet loginum adulto.
A decisão não foi bem recebida pelos fãs do diretor Stanley Kubrick, que morreu pouco depoismrjack.bet loginacabarmrjack.bet loginrodar o filme,mrjack.bet loginmarçomrjack.bet login1999.
A críticamrjack.bet logincinema do jornal The New York Times, Janet Maslin, classificou as alterações feitas pela Warner como "uma piada".
"O significado e o efeito dos atos assistidos continuam sendo os mesmos", escreveu.
A versão sem censura do filme, estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman (na época marido e mulher), foi lançadamrjack.bet loginDVD nos EUA,mrjack.bet login2007.
Os atores sempre destacaram a intensidade da filmagem, que durou 400 dias, com grande voltagem sexual e elementosmrjack.bet loginprofundo impacto psicológico.
As coisas com Kubrick eram "voláteis e intensas", disse Cruise, "por vezes devastadoras".
"Fico feliz porque Nic (Nicole Kidman) e eu não fizemos este filme no primeiro ou segundo ano do nosso casamento", disse o ator,mrjack.bet loginuma entrevistamrjack.bet login1999.
5. Irreversível (2002)
A cenamrjack.bet loginestupro neste filme do diretor argentino Gaspar Noé é uma sequência sem cortes que dura 10 minutos.
A atriz italiana Monica Bellucci, que interpreta Alex, saimrjack.bet loginuma discoteca e, a caminhomrjack.bet logincasa, é atacada e violentada por um homemmrjack.bet loginuma sombria passagem subterrânea para pedestres.
"Eu não sabia como ia atuar nessa cena até a horamrjack.bet loginfazê-la. Foi forte porque a filmagem foi feitamrjack.bet loginuma maneira muito realista", contou Belluccimrjack.bet loginuma entrevistamrjack.bet login2002.
O crítico David Ansen, da revista Newsweek, relatou que várias mulheres saíram da salamrjack.bet loginprojeção quando o filme foi exibido no Festivalmrjack.bet loginCannes, na França.
E o mesmo aconteceumrjack.bet loginmuitas outras salas, onde o filme enfrentou todo tipomrjack.bet loginrejeição.
Bellucci admitiu que Irreversível era altamente controverso e que "alguns o amaram e outros odiaram".
"Este filme é difícil, eu sei, mas é importante", argumentou a atriz.
6. Anticristo (2009)
O filmemrjack.bet loginLars von Trier começa com uma sequênciamrjack.bet loginsexo explícitomrjack.bet logincâmera lenta que termina com duas cenasmrjack.bet loginmutilação genital.
E assim continua o filmemrjack.bet loginterror, repletomrjack.bet logincenas carregadasmrjack.bet loginviolência sexual e sadomasoquismo.
"Só consegui ver os incrivelmente arrepiantes últimos 20 minutos do filme por entre os dedos da minha mão", escreveu o crítico Peter Bradshaw, do jornal britânico The Guardian.
Von Trier contou que rodar o filme o ajudou a superar uma depressão paralisante, mas o resultado causou profundo desconfortomrjack.bet loginmuitos espectadores.
Vários críticos afirmam que as cenasmrjack.bet loginviolência sexual explícita não se justificam na trama.
O diretor dinamarquês menosprezou as críticas e disse que "se sentia bem" quando lhe perguntaram sobre a reação negativa a Anticristo, segundo a agênciamrjack.bet loginnotícias Reuters.
E mesmo sete anos depois do lançamento, o filme continua dando o que falar.
Em fevereiro, um tribunal da França proibiu a exibiçãomrjack.bet logincinemas, televisão e vídeo por causa do seu conteúdo sexual e violento.
O grupo católico francês Promouvoir recorreu à justiça pedindo a reclassificaçãomrjack.bet loginAnticristo para evitar que menoresmrjack.bet login18 anos o assistissem.
Antes dessa decisão, o filme era proibido para menoresmrjack.bet login16 anos.
Um juiz acatou o pedidomrjack.bet loginfunção das cenasmrjack.bet login"grande violência" emrjack.bet login"sexo não simulado".
Mas como a produção datamrjack.bet login2009 e está foramrjack.bet logincartaz há anos, o impacto principal diz respeito à vendamrjack.bet loginDVDs, que precisariam ser atualizados com a nova indicação etária, e às exibições na TV, restritas a horários noturnos específicos.
O Proumovoir é conhecido por se manifestar radicalmente contra cenasmrjack.bet loginsexo no cinema.
O grupo já obteve sucessomrjack.bet loginprocessos semelhantes contra Azul é a Cor Mais Quente, Love, Cinquenta Tonsmrjack.bet loginCinza e Ninfomaníaca, este último tambémmrjack.bet loginLars von Trier.