As milícias anti-imigrantes que se expandem e preocupam a Europa:galera apostas
No entanto, ativistasgalera apostasdireitos humanos, jornalistas e políticos que se posicionam a favorgalera apostasrefugiados também estão sendo ameaçados e hostilizados.
Alemanha
Um caso emblemático é o do que está sendo chamado pelas autoridades da Alemanhagalera apostas"Grupo Freital",galera apostasreferência ao nome da cidade onde atuava, no leste do país.
Oito supostos membros do bando estão sendo julgados por tentativagalera apostasassassinatogalera apostasimigrantes e três ataques com bombas cometidos contra residênciasgalera apostasrefugiadosgalera apostas2015.
Os acusados são considerados como fundadoresgalera apostasuma "organização terroristagalera apostasextrema-direita" que teria reunido até 1.200 simpatizantes com idades entre 18 e 39 anos.
Suas ações visam os 2.200 candidatos a asilo que se instalaram no ano passado entre os 40 mil habitantesgalera apostasFreital.
Em conversasgalera apostasvários canais abertosgalera apostasdiferentes redes sociais, algumas delas criptografadas, membros do grupo se referiam a estrangeiros como "entidades biológicas defeituosas que devem ser aniquiladas", ameaçavam com "pendurá-los no primeiro poste" e se descreviam como "nazistas até o osso".
Hungria
Na Hungria, a FRA detectou atividadesgalera apostas"grupos vigilantes" nas fronteiras com a Sérvia entre julho e agosto passados.
Esses coletivos, dos quais ainda não há registrogalera apostasnomes, se organizam para bloquear a passagemgalera apostasimigrantes e empurrá-losgalera apostasvolta ao lado sérvio da fronteira, infringindo a legislação da União Europeiagalera apostasmatériagalera apostasasilo.
De acordo com essa lei, nenhum imigrante pode ser repelidogalera apostasuma fronteira europeia.
"Organizações não governamentais registraram múltiplos casosgalera apostasviolência nos quais candidatos a asilo e refugiados que tentavam entrar na Hungria, incluindo mulheres e crianças, eram golpeados, ameaçados e expostos a práticas humilhantes por esses grupos paramilitares antesgalera apostasser repelidos até a Sérvia", afirma a FRA.
Bulgária
Ao menos dois grupos similares foram identificados na Bulgária.
A União Militar Búlgara Vasil Levski e o Movimento Nacional Búlgaro Shipka se apresentam como "guardasgalera apostasfronteiras voluntários" dedicados à proteção das entradas do país frente à "invasão descontroladagalera apostasmilhõesgalera apostasimigrantes do Oriente Próximo, África e Ásia".
Formados por cercagalera apostas800 ex-policiais e militares, ambas organizações são acusadasgalera apostasperseguir, deter violentamente, hostilizar e expulsar ilegalmente imigrantes que atravessam algum ponto dos 249 quilômetrosgalera apostasfronteira búlgara com a Turquia.
Emgalera apostaspáginagalera apostasinternet, os "patrulheiros voluntários" afirmam que a atual onda migratória "ameaça a segurança e a economia dos países europeus", "mina suas estruturas sociais", e "conduzirá à assimilação étnica-religiosa das nações europeias".
Os dois grupos dizem ser associados à formação alemã Pegida, à britânica Britain First e ao Knights Templar International, que têmgalera apostascomum uma orientação islamofóbica e xenófoba.
A organizaçãogalera apostasdefesagalera apostasdireitos humanos Anistia Internacional acusa o governo búlgarogalera apostastolerar e incentivar as atividades desses "guardasgalera apostasfronteiras voluntários".
Franquia europeia
Mas o grupo mais conhecido é Soldadosgalera apostasOdin, que se apresenta como um coletivo determinado a proteger as cidades onde atua da "crescente insegurança" provocada pelos "intrusos islâmicos".
Criado na Finlândia,galera apostasoutubrogalera apostas2015, por Mika Ranta, um autoproclamado defensor da "supremacia branca", a organização tem atualmente braços na Bélgica, França, Holanda, Suécia, Noruega, Suécia, Dinamarca, Irlanda, Estônia e outros países.
Vestidos com jaquetas pretas estampadas com um capacete viking, símbolo do grupo, seus membros patrulham as ruas e intimidam indivíduos flagradosgalera apostasatitudes que consideram suspeitas.
"Se vemos alguém que se comporta mal, intervimos, dentro do respeito da lei", explica Ronald Kiewiet, lídergalera apostasum braço holandês do grupo, que admite que as ações visam principalmente imigrantesgalera apostasorigem árabe.
"Os candidatos a asilo aqui têm um comportamento intimidante com as mulheres", justificougalera apostasentrevista a um jornal belga.
Não há registrosgalera apostascrimes cometidos por Soldadosgalera apostasOdin, mas a organização está na mira das autoridades europeias.
"Documentos internos identificam candidatos a asilo e refugiados como grupos contra os quais eles devem lutar", afirma a FRA.
Nas páginas públicasgalera apostasredes sociais, a maioria das filiais internacionais do grupo rejeita acusaçõesgalera apostastendências neonazistas, xenófobas ou ligação com o crime organizado e publica fotos realizando campanhasgalera apostasações cívicas, como limpezagalera apostasmargensgalera apostasrios e distribuiçãogalera apostascomida a sem-tetos.
Só na Finlândia o grupo reúne maisgalera apostas500 integrantes e quase 47 mil simpatizantes emgalera apostaspágina no Facebook.
Responsabilidade
O relatório da FRA não estabelece uma relação diretagalera apostasculpa, mas revela numerosos episódiosgalera apostasviolência contra imigrantes nos países onde as milícias urbanas estão presentes.
Em 2015, 47 ataques contra centrosgalera apostasrecepçãogalera apostasrefugiados foram registrados na Finlândia e 50 na Suécia, incluindo lançamentogalera apostasgranadas, incêndios voluntários, vandalismo e ameaças diretas a indivíduos. A maioria deles teria sido coordenadagalera apostasgruposgalera apostasdiscussãogalera apostasextrema-direita na rede social Facebook.
Na Alemanha, os ataques contra centrosgalera apostasrefugiados aumentaramgalera apostas203galera apostas2014 para 1.031galera apostas2015. Este ano já somam 735,galera apostasacordo com dados publicados pelo Parlamento.
Já na Holanda, a polícia nacional notificou 53 incidentes discriminatórios contra refugiados no ano passado.
A FRA ressalta que a realidade pode ser ainda pior, já que muitos incidentes não são denunciados e a maioria dos países não reúne estatísticas sobre crimesgalera apostasódio ou especifica quando os ataques visam imigrantes.
A agência acusa a classe políticagalera apostasfomentar o atual climagalera apostasódio com uma "retórica sobre imigrantes que faz referência agalera apostassuposta religião muçulmana e o risco que isso representaria para os valores e tradições europeus".
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, que exerce até janeiro a presidência semestral da UE, repetiugalera apostasdiversas ocasiões este ano que "o Islã não tem lugar"galera apostasseu país.