'Brexit' reflete guinada a extremos e deve forçar reforma da UE para conter debandada:raja magic freebet tanpa deposit
"As pessoas sentem que têm sido ignoradas pelos políticos e que seus verdadeiros problemas não têm sido levadosraja magic freebet tanpa depositconsideração", afirmou Zuleeg à BBC Brasil.
Segundo o especialista, essa sensação, exarcebada com a crise econômica, intensificou a oposição à globalização e à imigração, que já existiamraja magic freebet tanpa depositmenor grau.
"Há uma interação entre todos esses elementos e uma profunda incerteza a respeito do futuro. E isso favorece o populismo e os extremos, tanto à direita como à esquerda", acredita.
Giles Merritt, secretário-geral do gruporaja magic freebet tanpa depositpressão Friends of Europe, vê na decisão britânica uma consequência da crescente rejeição dos europeus à centralizaçãoraja magic freebet tanpa depositpoderes na UE.
Um estudo publicado no começoraja magic freebet tanpa depositjunho pelo instituto americano Pew Research Center revela que a maioria da população nos principais países europeus é a favor da devoluçãoraja magic freebet tanpa depositdeterminados poderes às capitais nacionais.
'Antiga glória'
Tal sentimento é compartilhado por 65% dos britânicos, uma proporção que chega a 73% entre as pessoas com maisraja magic freebet tanpa deposit50 anosraja magic freebet tanpa depositidade.
"O resultado do plebiscito sugere que a maioria dos britânicos acredita que se libertou dos 'estúpidos ditados do super Estado da UE' e que o Reino Unido será capazraja magic freebet tanpa depositredescobrirraja magic freebet tanpa deposit'antiga glória'", estima Merritt.
Para Michael Emerson, analista do Centre for European Policy Studies (CEPS), a ascensão populista é particularmente perigosa no caso da saída britânica da UE, já que "se uniu a um plebiscito irreversível".
"A tendência populista está realmente generalizada. Donald Trump (virtual candidato à Presidência americana) pode ser algo similar", disse à BBC Brasil.
Teme-se que a decisão britânica contagie outros países do bloco europeu - na França e na Holanda, por exemplo, já há pedidos por líderesraja magic freebet tanpa depositextrema-direita para que plebiscitos semelhantes sejam realizados.
A direitista francesa Marine Le Pen disse que o resultado da votação no Reino Unido é uma "vitória da liberdade".
Emerson observa que muitos países da América do Sul estão passando por uma tendência inversa, elegendo governantes liberais depoisraja magic freebet tanpa depositum longo período populista. Ele cita como exemplos Peru, Argentina e o próprio Brasil.
Já no caso do divórcio entre o Reino Unido e o bloco europeu não se pode voltar atrás.
Reformas
Para o analista, os líderes europeus "seriam muito insensatos se ignorassem as pressões por reforma".
Também o ex-primeiro-ministro belga e atual líder do grupo liberal no Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, defende que a UE "precisa se reformar para sobreviver".
"Cada vez mais europeus sentem que a UE é incapazraja magic freebet tanpa deposittratar as múltiplas crises que enfrentamos hoje. A UE foi longe demais na tentativaraja magic freebet tanpa depositlidar com as coisas pequenas, ao mesmo temporaja magic freebet tanpa depositque não ofereceu soluções suficientes ao grandes problemas que mais preocupam as pessoas: a criseraja magic freebet tanpa depositrefugiados, a crise econômica e a criseraja magic freebet tanpa depositsegurança."
É com issoraja magic freebet tanpa depositmente que os ministrosraja magic freebet tanpa depositRelações Exteriores dos seis países fundadores da UE - França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália e Luxemburgo - se reunirão no sábado,raja magic freebet tanpa depositBerlim.
"É o momentoraja magic freebet tanpa depositsermos dignos dos pais fundadores,raja magic freebet tanpa depositfundar mais uma vez uma nova Europa escutando o povo. A Europa não pode mais intervirraja magic freebet tanpa deposittudo o tempo todo", disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, para quem a decisão britânica revela um "mal ignorado durante tempo demais".
"Esta saída balança as convicções e impõe uma reação coletiva. Vemos bem que não podemos continuar como antes. O risco é o deslocamento puro e simples da Europa. E desfazer a Europa, para nossas nações, é se enfraquecer consideravelmente."
O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, disse esperar uma "posição clara" do eixo franco-germânico para acalmar os ânimos e os mercados.