Como a saída da UE afeta os brasileiros no Reino Unido:4bet
"Aqueles que satisfizerem os critérios poderão ficar. Mas eles vão ter mais dor4betcabeça e mais custos", diz o consultor.
Porém, ele enfatiza que "nada está claro", porque nenhuma proposta concreta foi apresentada durante a campanha.
"Não é que vão mandar os europeus embora, mas será criada uma nova bucroacia e eles vão ter4betcumprir requisitos que a gente ainda não sabe quais são."
Que sistema?
Durante a campanha, os proponentes da saída enfatizaram que preferem substituir as regras4betlivre circulação da UE por um sistema4betpontos e cotas, como acontece na Austrália.
Nesse sistema, os imigrantes vão acumulando pontos4betacordo com os critérios que cumprirem, e são aceitos4betvagas disponíveis nas diferentes categorias4betcotas.
Ricardo Zagotto explica que o Reino Unido já possui um sistema baseado4betcategorias, que rege a entrada4betestudantes, visitantes, trabalhadores qualificados e trabalhadores com pouca qualificação, por exemplo.
Porém, nem todas as categorias são preenchidas, porque o livre fluxo4betcidadãos da UE naturalmente atende à demanda por imigrantes. Setores que empregam mão4betobra pouco qualificada, como construção civil, agricultura e limpeza, por exemplo, são tipicamente abastecidos com trabalhadores do Leste Europeu.
Em teoria, muitos europeus poderiam simplesmente continuar a viver no Reino Unido dentro das novas categorias. Igualmente, explica Zagotto, cidadãos com passaporte brasileiro que querem entrar no Reino Unido poderiam ser aceitos dentro4betuma dessas categorias expandidas.
A grande incógnita da equação é desvendar qual o nível4betimigração que um Reino Unido fora da União Europeia vai comportar.
No ano passado, entraram no país 330 mil imigrantes, metade deles, da União Europeia. O primeiro-ministro, David Cameron, prometeu reduzir esse número para menos4bet100 mil por ano e tem estado sob forte pressão por não conseguir cumprir essa promessa.
Após o anúncio dos resultados -4betque a opção4betsair da União Europeia venceu a opção4betficar por 51,9% a 48,1% - Cameron anunciou que vai deixar o cargo até outubro.
Mudança gradual
Sejam quais forem as próximas regras, analistas e políticos dizem que a mudança será gradual e que ninguém terá4betdeixar o país da noite para o dia.
"Quero tranquilizar os britânicos vivendo na União Europeia e os cidadãos da União Europeia vivendo no Reino Unido que não haverá mudança imediata (nas suas circunstâncias)", disse Cameron4betdiscurso na manhã desta sexta-feira.
Atualmente, cerca4bet3 milhões4betcidadãos europeus vivem no Reino Unido, principalmente da Polônia (850 mil), República da Irlanda (330 mil) e diversos países do antigo bloco soviético.
Zagotto explica que, atualmente, estes cidadãos podem pedir a residência permanente no Reino Unido quando completarem cinco anos vivendo no país.
Porém, essa autorização, o Certificado4betResidência Permanente para Cidadão da UE, deve deixar4betvaler.
Já quem vive no Reino Unido com um visto regido pela legislação nacional recebe o Indefinite Leave to Remain - a autorização para viver no Reino Unido indefinidamente - e não é provável que isto seja modificado.
Em ambos os casos, a cidadania só é obtida um ano depois, mediante o cumprimento4betrequisitos como domínio da língua e conhecimento básico do funcionamento da sociedade britânica.
Alguém tranquilo?
O especialista da Abras acredita que, para efetuar uma transição suave, as autoridades britânicas vão: 1) criar provisões temporárias para lidar com a questão dos europeus que já vivem aqui e 2) impor restrições aos que vão entrar.
"Até o brasileiro europeu que ficou aqui cinco anos e pediu o documento4betresidência permanente está4betuma situação incerta. Só está 100% tranquilo aquele brasileiro que já se naturalizou", disse Zagotto.
"Mas tem muito brasileiro que só se preocupa com a papelada quando acontece um evento, um fato. Agora aconteceu o evento."