América Latina despertou para a violência contra mulher, diz organizadorapoker online paypalprotesto argentino:poker online paypal

Protesto no dia 3poker online paypaljunho reuniu milharespoker online paypalpessoas na Argentina

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Protesto reuniu milharespoker online paypalpessoas na Argentina no início do mês

A passeata ocorreupoker online paypal3poker online paypaljunho, exatamente um ano após a primeira - organizadapoker online paypalreação à mortepoker online paypaluma adolescente grávida, assassinada e enterrada no quintal da casa do namorado, confessado por ele e que chocou os argentinos.

Em muitos casos, famílias inteiras, incluindo crianças pequenas, aderiram ao protesto. O movimento, organizado pelas redes sociais, ganhou apoio dos principais comunicadores do país.

Familiares das vítimas e mulheres que sofreram agressões participaram da manifestação levando cartazes com fotos pedindo justiça.

Questionada sobre os desdobramentos práticos das manifestações, Pomeraniec afirma que o movimento tem conseguido alertar a sociedade para a violência, seja ela física ou não.

"Acho que todos estamos cada vez mais atentos. O feminicídio antes saía nas páginas policiais da imprensa. Agora époker online paypalsociedade. Ao mesmo tempo, fica evidente que a polícia já não pode mais definir um feminicídio como crime passional", diz.

'Ni Una Menos'

Crédito, AFP

Legenda da foto, Entre 2015 e 2016, 275 mulheres morreram vítimaspoker online paypalviolência na Argentina

Napoker online paypalopinião, é um avanço também o fatopoker online paypala própria palavra "feminicídio" ser conhecida hoje por muitas crianças - o que não ocorria no passado.

"A educação é fundamental porque fatos que antes outras gerações consideravam normais, não são, e as crianças começam a entender isso", diz.

Segundo ela, ao se falar no assunto, as mulheres ameaçadas perdem o temorpoker online paypaldenunciar o vizinho e não se sentem malpoker online paypaltocar a campainha da casa ao lado se escutarem indíciospoker online paypalviolência doméstica. "Existe maior conscientização social para o problema".

Mortes

Ainda assim, ela reforça que muitas mulheres ameaçadas acabam mortas, mesmo tendo registrado queixa e solicitado proteção da polícia ou da Justiça.

"Entre uma marcha Ni Una Menos e outra (2015 e 2016), morreram 275 mulheres (vítimaspoker online paypalviolência na Argentina)", afirma.

Entre as propostaspoker online paypalseu grupo está apoker online paypalque homens denunciados por violência sejam obrigados a usar tornozeleiras, para evitar que se aproximem das vítimas - elas próprias já usam um botão antipânico no país.

O dispositivo é entregue pela polícia ou pela Justiça àquelas pessoas que fazem denúnciaspoker online paypalagressoes ou ameaças sofridas. Elas apertam o dispositivo que diz SOS, e a polícia é imediatamente acionada. Para isso, ela saberá que està sendo monitorada permanentemente pelos órgãos que devem protegê-la.

No entanto, às vezes essa medida não é suficiente. No ano passado, uma professorapoker online paypaleducação infantil foi assassinada pelo ex-marido diante dos alunos, sem ter tido tempopoker online paypalacionar o botãopoker online paypalpânico, explica Pomeraniec.

Índice

A ativista acredita que a cultura machista está tão instaurada no continente que muitas mulheres sequer se dão contapoker online paypalque são vítima da violênciapoker online paypalgênero - só percebem quando são questionadas mais a fundo.

'Ni Una Menos'

Crédito, AFP

Legenda da foto, Fotos das mulheres mortas vítimaspoker online paypalviolência na Argentina

"A violência machista pode se manifestarpoker online paypalvárias formas, como uma mulher receber salário menor para um mesmo postopoker online paypaltrabalho, ou ela ser tocada sem ter dado consentimento, ou ser impedidapoker online paypaladministrar seu próprio dinheiro, apesarpoker online paypalter trabalhado para recebê-lo", explica.

As organizadoras do movimento lançaram um Índice Nacionalpoker online paypalViolênciapoker online paypalGênero que é para identificar comportamentos arraigados na cultura local, mas nem sempre percebidos como machismo.

"O debate, as manifestações e a informação contribuem para vermos melhor o que está ocorrendo na nossa cultura. Essas ações são fundamentais para que a violência contra a mulher seja extinta".

A jornalista afirma que sindicatos, partidos políticos e outros setores acabaram criando grupos contra a violência depois da primeira edição da Ni Una Menos.

"Esperamos começarpoker online paypalabril do ano que vem a organizar uma manifestação que repercuta ainda maispoker online paypaltoda a América Latina", diz.