A buscabilhete bets bolacientistas por espéciebilhete bets bolatrigo centenária resistente ao aquecimento global:bilhete bets bola
As variedades centenáriasbilhete bets bolatrigo estão armazenadasbilhete bets bolacentenasbilhete bets bolaantigos arquivosbilhete bets bolapapelão, organizadosbilhete bets bolafileiras, nos cofres do museu. Cada um contém folhas secas, talos ou espigasbilhete bets bolagrãos, ebilhete bets bolaalguns casos todos os três,bilhete bets bolacentenasbilhete bets bolaanos atrás.
Todas variedades foram cuidadosamente rotuladas, detalhando exatamentebilhete bets bolaorigem — informação essencial para os cientistas.
"A coleção remota aos anos 1700, incluindo um espécime coletado da primeira viagem do capitão (e navegador britânico James) Cook à Austrália", conta à BBC Larissa Welton, parte da equipe que está digitalizando o arquivo do Museubilhete bets bolaHistória Natural.
A amostrabilhete bets bolaJames Cook ébilhete bets bolaum trigo selvagem. Parece espichada e semelhante a uma grama — bem diferente das variedadesbilhete bets bolatrigo cultivadas atualmente. E é justamente nessas diferenças que os cientistas têm se concentrado.
"Temos espécimes que sãobilhete bets bolaantes da introduçãobilhete bets bolavárias técnicas agrícolas atuais, então elas podem nos revelar algo a respeitobilhete bets bolacomo o trigo crescia livremente, ou como crescia antesbilhete bets bolahaver fertilizantes artificiais."
Por que o trigo importa tanto?
O trigo é um dos cultivos mais importantes do mundo: é usado para produzirbilhete bets bolapão a macarrão,bilhete bets bolacereais matinais a bolos, e é parte essencial da nossa dieta.
A guerra na Ucrânia, país que é importante exportadorbilhete bets bolatrigo, tem ameaçado o suprimento global.
Mas esse não é o único problema. As mudanças climáticas têm tido um impacto crescente. Cientistas estimam que um aumentobilhete bets bola1°Cbilhete bets bolatemperatura pode causar a reduçãobilhete bets bolaaté 6,4% da quantidadebilhete bets bolatrigo cultivada no planeta.
Pragas e doenças também têm reduzido as colheitas globaisbilhete bets bolacercabilhete bets bola20% ao ano.
De modo geral, colheitas modernasbilhete bets bolatrigo têm enfrentado dificuldades. A revolução verde dos anos 1950 e 1960 direcionou os agricultores às variedades capazesbilhete bets bolaproduzir mais grãos, mas a busca por colheitas maiores fez com que outras variedades fossem deixadasbilhete bets bolalado — incluindo as capazesbilhete bets bolalidar melhor com climas extremos. Ou seja, a diversidade do trigo é menor hojebilhete bets boladia.
"Queremos descobrir se há, entre aquilo que perdemos, coisas que possamos trazerbilhete bets bolavolta às variedades modernas", afirma Matthew Clark, geneticista do Museubilhete bets bolaHistória Natural.
E isso é importante: o mundo precisarábilhete bets bolacercabilhete bets bola60% mais trigo para alimentar uma população crescente até 2050. Daí a busca por variedades que consigam crescerbilhete bets bolalocais onde hoje não há plantio — ou que consigam suportar ambientesbilhete bets bolaprocessobilhete bets bolatransformação.
"Por exemplo, ao analisar colheitas que conseguiram sobreviverbilhete bets bolaáreas mais marginais — locaisbilhete bets bolaclima quente e seco — podemos ajudar mais países desenvolvidos a aumentarbilhete bets bolaproduçãobilhete bets bolacomida", diz Clark.
Ele explica que isso pode ser feito por meio da reprodução tradicional, da modificação genética ou da edição genética (técnicabilhete bets bolaque genes podem ser especificamente adicionados, removidos ou substituídos).
Cientistas no Centro John Innes,bilhete bets bolaNorwich (Inglaterra), também estão "caçando" amostrasbilhete bets bolatrigo.
O arquivo do centro tem amostrasbilhete bets bola100 anos e contém variedades do mundo inteiro. As amostras ficam armazenadas a 4°C, para que as sementes permaneçam viáveis — ou seja, para que possam ser plantadas e consigam crescer.
"O que queremos fazer é procurar variedades genéticas novas e úteis", explica o cientista Simon Griffiths, enquanto analisa a coleção. A busca, diz ele, é por "resistência a doenças e ao estresse, por mais rendimento e por mais eficiência no usobilhete bets bolafertilizantes".
A equipe do John Innes está usando variedades mais antigas e cruzando-as com mais modernas. Alguns testes foram bem-sucedidos.
"Há uma doença grave no trigo, que se chama ferrugem amarela. Isso é um problema global cada vez mais difícilbilhete bets bolase controlar", aponta Griffiths.
"Dentro dessa coleçãobilhete bets bolatrigos antigos, há algumas (variedades) que são resistentes a essa doença, e isso está sendo analisado por criadores neste momento para se defender dessa ameaça significativa à produçãobilhete bets bolatrigo."
A equipe também está interessadabilhete bets bolaencontrar variedadesbilhete bets bolatrigo mais nutritivas.
"E quanto ao conteúdo nutritivo do trigo? Sabemos que somos capazesbilhete bets bolaaumentar o conteúdobilhete bets bolafibras ebilhete bets bolaminerais no trigo", o cientista agrega.
"Há tanta diversidade que não foi plenamente explorada ainda por criadores modernosbilhete bets bolatrigo. Achamos que podemos levar isso a eles."
No futuro, o trigo que a humanidade cultiva precisará mudar. Talvez as respostas para se encontrar a melhor variedadebilhete bets bolatrigo estejam no passado.
- Este texto foi publicadobilhete bets bolahttp://vesser.net/geral-63770939