Cabeleireira fica careca após diagnóstico1xbet embaixadoraalopecia: 'perdi os fios e minhas clientes':1xbet embaixadora

Yasmin Torquato Ribeiro sem cabelo

Crédito, Arquivo pessoal

"No começo, a falta1xbet embaixadorafios atingia uma parte do meu coro cabeludo, formando um buraco do tamanho1xbet embaixadoraum copo. Com o tempo ele foi aumento e a cada semana meu cabelo caia mais. Mesmo fazendo acompanhamento psiquiátrico e psicológico, entrei1xbet embaixadoradepressão, principalmente por trabalhar na área da beleza e saber o que o cabelo representa. Aquela situação me assustou demais", conta a cabeleireira.

Além dos olhares atravessados, a queda dos fios e a falta deles1xbet embaixadoraalgumas áreas do couro cabeludo também afetou os negócios da cabeleireira. Muitas clientes pararam1xbet embaixadorafrequentar o salão que ela tem e até mesmo familiares se afastaram após o diagnóstico da condição rara.

"Receber o diagnóstico tão nova foi um baque muito grande. Minhas clientes foram se afastando, algumas achavam que era uma doença contagiosa, outras pensavam que eu pudesse ter usado produtos1xbet embaixadoramá qualidade que causou a queda dos meus cabelos. Por mais que eu explicasse que não era nada disso, nada adiantou e minha situação financeira ficou bastante complicada", recorda a cabeleireira.

"Não tive apoio, apenas duas pessoas ficaram ao meu lado desde o diagnóstico até quando eu decidi raspar meu cabelo", acrescenta Yasmin.

Yasmin quando o cabelo começou a cair

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Yasmin1xbet embaixadorafoto1xbet embaixadoraquando o cabelo começou a cair

Raspar os fios e assumir o visual careca

Sem tratamento que fizesse seus fios nascerem e crescerem novamente nos pontos1xbet embaixadorafalha, Yasmin decidiu há dois anos raspar totalmente os cabelos, conviver com o visual careca e encarar o preconceito e olhares tortos das pessoas.

"Determinei que se até o dia 311xbet embaixadoradezembro [de 2020] os tratamentos não fizessem efeito eu iria raspar meu cabelo. A data já é um marco por determinar uma passagem para o novo ano e eu determinei que era a data que eu tomaria as rédeas da minha vida, porque até então a doença estava tomando conta1xbet embaixadoramim. Ali seria o prazo máximo do meu sofrimento", conta Yasmin.

Desde então, Yasmin raspa seus fios e mantém um visual careca. Hoje, ela afirma que convive melhor com a1xbet embaixadoracondição e vê a reação das pessoas como falta1xbet embaixadoraconhecimento sobre a alopecia e1xbet embaixadoracondição autoimune, que pode atingir qualquer pessoa independentemente dos cuidados que ela tem com os cabelos.

"Às vezes na rua uma pessoa me via com a cabeça raspada e perguntava o que eu fiz com o meu cabelo e aquilo me doía muito, porque não era o que eu fiz, mas o que aconteceu para eu perder o meu cabelo. Eu voltava para casa arrasada. Hoje sou muito bem resolvida quanto a isso. Eu não fico mais observando as pessoas ao meu redor e não olho quem está me olhando. Eu estar bem comigo, evita que as pessoas façam comentários maldosos, que me julguem pelo meu cabelo e aparência, ou me façam perguntas desconfortáveis", conta.

Laces dão novo visual

Mesmo aceitando1xbet embaixadorafalta1xbet embaixadoracabelos e assumindo o visual careca, Yasmin afirma que possui quatro laces, as populares perucas, e as utiliza como acessório sempre que quer mudar o visual.

"Aproveito para ter vários visuais diferentes, amo essa versatilidade1xbet embaixadorapoder ser loira e daqui a um segundo estar morena com o cabelo grande ou curto, essa é a parte legal1xbet embaixadorausar a lace, virou um acessório", diz.

Além1xbet embaixadorafazer a manutenção das próprias laces - elas precisam ser lavadas e cuidadas como nosso cabelo - Yasmin, por ser cabeleireira, também faz esse tipo1xbet embaixadoraserviço1xbet embaixadoraseu salão, atraindo diversas mulheres com a mesma condição que a sua.

Yasmin com cabelo comprido

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Yasmin1xbet embaixadorafoto que mostra seu cabelo comprido, antes do diagnóstico

Ajudando outras pessoas

Hoje Yasmin fala abertamente sobre1xbet embaixadoracondição rara e busca, através do seu exemplo, ajudar outras mulheres que possuem alopecia e enfrentam situação semelhante.

Através1xbet embaixadoravídeos nas redes sociais e até mesmo conversas pessoalmente1xbet embaixadoraseu salão, a cabeleireira busca acolher essas pessoas e mostrar que há muita vida apesar da condição que as fazem perder os cabelos.

"Muita gente me procura para pedir ajuda, como deixar a lace mais natural, cortar ou fazer mexas e dou esse suporte para essas pessoas. Ajudo até mesmo com uma palavra, recebo essas pessoas, converso com elas e passo um pouco da minha experiência. É uma forma1xbet embaixadoramostrar para que é possível ter uma vida normal após o diagnóstico da alopecia e não há nada1xbet embaixadoraanormal1xbet embaixadoraser careca", conta.

Quando buscar ajuda?

Toda pessoa perde,1xbet embaixadoramédia, 100 fios1xbet embaixadoracabelo por dia, mas quando os fios caem além desse padrão, isso é considerado queda e é importante buscar ajuda profissional, segundo a Sociedade Brasileira1xbet embaixadoraDermatologia (SBD).

"Cada fio1xbet embaixadoracabelo cresce por média1xbet embaixadora6 anos, quando ele cai deve ser substituído por um fio igual a ele e muitas dessas alopecias não permitem que esse novo fio substituía o que caiu interrompendo o ciclo natural do cabelo", explica a dermatologista Fabiane Andrade Mulinari Brenner, coordenadora do Departamento1xbet embaixadoraCabelos e Unhas da SBD.

Os tratamentos variam conforme o tipo da doença e1xbet embaixadoraalguns casos, como1xbet embaixadorasituações1xbet embaixadorafalta1xbet embaixadoradeterminadas vitaminas no corpo, o cabelo retoma o crescimento com a mudança na alimentação. Em outras situações, é indicado o uso1xbet embaixadoramedicamentos e até mesmo terapias para estimulação da área.

Tipos1xbet embaixadoraalopecia

Há basicamente três tipos1xbet embaixadoraalopecias, sendo popularmente chamadas1xbet embaixadoraqueda1xbet embaixadoracabelo excessiva e cada uma possui características especificas. Elas afetam homens, mulheres e até mesmo criança, já que não tem relação direta com o sexo ou idade.

  • Alopecia areata. É uma inflamação do couro cabeludo e considerada rara. O problema geralmente tem relação com um grande trauma emocional, alterações na tireoide ou com doenças autoimunes, como diabete, por exemplo.
  • Alopecia androgenética. É a mais comum e é popularmente chamada1xbet embaixadoracalvície. Apesar1xbet embaixadoraocorrer1xbet embaixadoramulheres, os homens são os mais afetados. Nela os fios vão caindo e ficando cada vez mais finos com o passar dos anos. Geralmente tem causa genética, mas também pode estar relacionada à sensibilidade a hormônios masculinos, como a testosterona.
  • Eflúvio telógeno. É uma queda1xbet embaixadoracabelo acelerada e que normalmente acontece alguns três meses após o corpo receber um estímulo externo como parto, cirurgia e até mesmo infecção por covid-19. Normalmente, essa queda é controlada com o uso1xbet embaixadoravitaminas.
Yasmin Torquato Ribeiro

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Legenda da foto, Hoje Yasmin fala abertamente sobre1xbet embaixadoracondição e busca, através do seu exemplo, ajudar outras mulheres com alopecia

Grupo1xbet embaixadoraapoio ajuda pessoas com alopecia

Encarar o diagnóstico1xbet embaixadoraalopecia areata nem sempre é tarefa fácil; por isso, há 20 anos, foi fundado o AAGAP - Grupo1xbet embaixadoraApoio aos Paciente com Alopecia Areata, com parceria com a Sociedade Brasileira1xbet embaixadoraDermatologia.

O objetivo do grupo é dar orientações sobre como conviver com a condição e com mais qualidade1xbet embaixadoravida. Além dos pacientes, familiares e amigos também podem participar.

Uma vez por mês, aos sábados, acontecem encontros presenciais1xbet embaixadoraSão Paulo, onde os presentes recebem orientações1xbet embaixadoradermatologistas e psicólogos.

"Nós criamos o grupo onde fazemos reuniões informais para auxiliar essas pessoas e tirar dúvidas. Além disso, o ambiente com diversos pacientes que compartilham da mesma dor, ajuda com que eles se sintam acolhidos, dividam experiências e criem mais forças para seguir uma vida normal", explica a dermatologista Enilde Borges Costa, que integra o AAGAP.

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