'Amo futebol, mas ele me odeia': como torcedores LGBTQ+ sofrem com homofobia:1xbet global app
"Nunca me sinto segura no estádio, nem como mulher, nem como lésbica. Há tanto preconceito, assédio e agressão", disse ela à BBC.
"Nós mulheres e pessoas LGBTQ+ amamos um jogo que nos odeia."
À medida que a Copa do Mundo Masculina da Fifa1xbet global app2022 se aproxima, tem havido crescentes críticas ao Catar, país anfitrião.
Sua repressão aos direitos1xbet global applésbicas, gays, bissexuais e transgêneros tem sido incessantemente destacada, e há preocupação com a segurança dos torcedores LGBTQ+ presentes na competição.
As autoridades do país do Oriente Médio declararam publicamente que "todos serão bem-vindos, independentemente1xbet global appraça, origem, religião, gênero, orientação sexual ou nacionalidade", mas também apontaram que "demonstrações públicas1xbet global appafeto não fazem parte1xbet global appnossa cultura" - alertando que existem normas que devem ser respeitadas.
A homofobia, no entanto, é uma questão que afeta o mundo do futebol como um todo. Mesmo1xbet global apppaíses onde jogadores e órgãos esportivos assumiram alguma forma1xbet global appapoio aos direitos LGBTQ+.
Intolerância1xbet global appascensão na Inglaterra e no País1xbet global appGales
Inglaterra e País1xbet global appGales, cujos capitães devem usar braçadeiras arco-íris durante a Copa do Mundo, tiveram um aumento no número1xbet global appincidentes1xbet global appódio relatados relacionados à sexualidade no futebol profissional.
Mais1xbet global app130 casos foram notificados às forças policiais na temporada 2021/22, segundo dados do governo. É o número mais alto desde que começaram a compilar os dados há cinco anos.
"Já fui a jogos com amigas e as beijei, mas não me sentiria confortável1xbet global appmãos dadas com um homem1xbet global appum estádio1xbet global appfutebol", explica o torcedor do Manchester United Tommy Stewart, que é bissexual.
"E eu sou um cara que tem 1,85m1xbet global appaltura e pesa 95kg", acrescenta.
Stewart diz que não presenciou incidentes diretos entre torcedores nos jogos que assistiu, mas acredita que a típica torcida1xbet global appfutebol na Inglaterra e1xbet global appmuitas partes do mundo - predominantemente masculina, heterossexual e muitas vezes embriagada - pode ser intimidante mesmo para alguém com seu porte físico.
"Tenho certeza1xbet global appque a atmosfera pode ser ainda mais difícil para mulheres e pessoas LGBTQ+", observa Stewart.
"Outro dia eu estava1xbet global appum jogo fora1xbet global appcasa, e os torcedores do Manchester United ao meu redor começaram a cantar uma música homofóbica. Foi muito desconfortável."
As autoridades inglesas tomaram uma série1xbet global appmedidas nos últimos anos para conter o racismo e a homofobia nas arquibancadas, o que inclui a detenção1xbet global apptorcedores pela polícia por comportamento abusivo, mas Stewart diz que a homofobia nunca está muito distante dos estádios.
A outra onda mexicana
O México é outro país que luta com a questão. Os coanfitriões da próxima Copa do Mundo (ao lado1xbet global appEstados Unidos e Canadá) são mais conhecidos mundialmente por terem criado a famosa coreografia da "ola" nos estádios, mas as autoridades esportivas também tentaram há anos impedir que os torcedores entoassem um canto homofóbico nos jogos.
Ele foi ouvido até mesmo durante os jogos da seleção masculina1xbet global appcompetições internacionais.
Em novembro1xbet global app2021, a Fifa ordenou que o México jogasse dois jogos1xbet global appqualificação para a Copa do Mundo com portões fechados por esse motivo.
Apesar da promessa das autoridades esportivas mexicanas1xbet global appbanir os criminosos por até cinco anos, o canto foi ouvido novamente1xbet global appuma partida1xbet global appcasa contra os Estados Unidos no início deste ano.
"Como mexicanos, somos conhecidos por exportar esse canto", disse o ativista LGBTQ+ mexicano Andoni Bello1xbet global appuma entrevista coletiva1xbet global appagosto, aludindo a relatos1xbet global appque o insulto agora é ouvido1xbet global appjogos no Brasil e nos Estados Unidos.
'Devemos erradicar isso'
Onde estão os jogadores LGBTQ+?
Não ajuda que o futebol masculino seja um esporte com uma incrível baixa incidência1xbet global appjogadores abertamente LGBTQ+.
Até hoje, apenas um jogador das principais ligas do mundo se assumiu publicamente enquanto ainda estava1xbet global appatividade - Justin Fashanu, da Inglaterra,1xbet global app1990.
"Deve haver milhares1xbet global appjogadores1xbet global appfutebol gays, mas eles não estão se assumindo porque o abuso sofrido por aqueles que fazem isso é horrendo", acredita Tommy Stewart.
"Este é o maior sinal1xbet global appque há um problema com o futebol masculino."
Até 111xbet global appnovembro, apenas um jogador abertamente gay, o australiano Josh Cavallo, que se declarou publicamente1xbet global appoutubro1xbet global app2021, estava previsto para participar da Copa no Catar.
Compare essa situação com o futebol feminino, no qual uma das jogadoras mais famosas1xbet global apptodos os tempos, a atacante americana Megan Rapinoe, é abertamente lésbica e casada com a jogadora1xbet global appbasquete Sue Bird.
A seleção da Inglaterra que venceu o torneio da Euro 2022 tinha várias jogadoras "fora do armário e orgulhosas disso".
Mas o assunto é polêmico na África. De acordo com uma análise1xbet global app2021 do Reality Check da BBC, existem 69 países com leis que criminalizam a homossexualidade, e quase metade eram nações africanas - incluindo a Nigéria, cuja equipe feminina domina as competições continentais.
Em 2016, quando a equipe não se classificou para as Olimpíadas do Rio, o vice-presidente da Federação1xbet global appFutebol da Nigéria, Seyi Akinwunmi, culpou o "lesbianismo" pelas más atuações.
'Estamos perdendo'
A Indonésia não criminaliza a homossexualidade, mas restringe uma série1xbet global appdireitos, como casamento e adoção. No entanto, a discriminação é comum,1xbet global appacordo com grupos1xbet global appdireitos humanos.
Portanto, talvez não seja surpreendente que Stan, um consultor1xbet global appmarketing LGBTQ+1xbet global appJacarta, não estivesse com vontade1xbet global appassistir a partidas1xbet global appfutebol antes mesmo do desastre que matou mais1xbet global app130 pessoas1xbet global appum estádio1xbet global appEast Java no mês passado.
"Fui a um jogo há quatro anos e fiquei realmente surpreso com as pessoas gritando insultos homofóbicos a jogadores e outros torcedores", diz o torcedor1xbet global app25 anos, que preferiu omitir seu sobrenome.
"Não é um lugar seguro para mim, e é uma pena. Torcedores LGBTQ+ como eu, que realmente amam futebol, estão perdendo."
Partida longa
A boa notícia é que,1xbet global apptodo o mundo, as autoridades esportivas e os clubes1xbet global appfutebol estão intensificando os esforços para a inclusão1xbet global apptorcedores LGBTQ+ e coibindo o comportamento homofóbico. Várias equipes têm grupos1xbet global apptorcedores LGBTQ+.
Mas Milly Lacombe acredita que são necessárias mais campanhas educativas1xbet global apptodos os níveis para mudar a imagem do futebol como um "jogo1xbet global apphétero".
"Foi só há pouco tempo que as torcedoras finalmente puderam comprar camisas1xbet global appfutebol feitas especificamente para o corpo feminino", diz ela.
"Mulheres e pessoas LGBTQ+ também querem fazer parte do futebol, mas o jogo é uma espécie1xbet global appúltimo reduto inimigo na luta contra a misoginia e a homofobia."
- Este texto foi publicado1xbet global apphttp://vesser.net/geral-63618945