COP27: o que significa o conceitocasa de aposta tv'perdas e danos' nas discussões sobre as mudanças climáticas:casa de aposta tv
Após intensas negociações durante dois dias e a apenas uma noite da abertura da COP27, os delegados concordaramcasa de aposta tvincluir a questão das "perdas e danos" na agenda oficial.
O dinheiro que os países mais pobres estão exigindo ultrapassam os US$ 100 bilhões por ano que os países mais ricos já concordaramcasa de aposta tvtransferir para os países mais pobres, visando ajudar estes a:
• reduzir os gasescasa de aposta tvefeito estufa, algo conhecido como "mitigação" nas negociações climáticas;
• tomar medidas para lidar com os impactos das mudanças climáticas, a "adaptação".
"As pessoas estão sofrendo perdas e danos causados por tempestades potencializadas, inundações devastadoras e derretimentocasa de aposta tvgeleiras, e os paísescasa de aposta tvdesenvolvimento têm pouco apoio para se reconstruir e se recuperar antes do próximo desastre", diz Harjeet Singh, chefecasa de aposta tvestratégia global da ONG Climate Action Network International.
"São as comunidades que menos contribuíram para causar a crise que agora estão na linhacasa de aposta tvfrente dos piores impactos."
Quão grande é a fatura por perdas e danos?
Um relatório publicado pela Loss and Damage Collaboration, um grupocasa de aposta tvmaiscasa de aposta tv100 pesquisadores e formuladorescasa de aposta tvpolíticascasa de aposta tvtodo o mundo, revelou que 55 das economias mais vulneráveis ao clima sofreram perdas econômicascasa de aposta tvmaiscasa de aposta tvUS$ 500 bilhões entre 2000 e 2020. E isso poderia aumentarcasa de aposta tvmais US$ 500 bilhões na próxima década.
"Cada fraçãocasa de aposta tvaquecimento a mais significa mais impactos climáticos, com perdas nos paísescasa de aposta tvdesenvolvimento estimadas entre US$ 290 bilhões e US$ 580 bilhões até 2030", escreveram os autores.
O documento destaca que o nível do mar nas Américas tem subido a um ritmo mais rápido do que no resto do mundo, especialmente ao longo da costa atlântica da América do Sul, no Atlântico Norte subtropical e no Golfo do México.
"A grande seca no centro do Chile já dura 13 anos. Essa é a seca mais longa na regiãocasa de aposta tvpelo menos mil anos, agravando uma tendência mortal e colocando o Chile na vanguarda da crise hídrica."
O ano passado também registrou o terceiro maior númerocasa de aposta tvtempestades nomeadas no Atlântico. Foram 21, incluindo sete furacões.
O Banco Mundial estima que entre 150 mil e 2,1 milhõescasa de aposta tvpessoas são a cada ano empurradas para a pobreza extrema na América Latina devido a desastres, incluindo aqueles causados pelas mudanças climáticas; e que cercacasa de aposta tv1,7% do PIB da região é perdido a cada ano devido a desastres relacionados ao clima.
"Vários países estão passando por secas mais profundas e prolongadas, por tempestades e inundações mais intensas que estão atrapalhando as atividades econômicas e afetando os meioscasa de aposta tvsubsistência", diz o banco.
"No Uruguai, por exemplo, os choques relacionados ao clima tornaram-se mais frequentes e intensos. As secascasa de aposta tv2017-18 e as perdas na agropecuária custaram cercacasa de aposta tv0,8% do PIB somentecasa de aposta tv2018."
O planeta viu um aumento médio da temperatura globalcasa de aposta tv1,1°Ccasa de aposta tvcomparação com o período pré-industrial.
Os países mais pobres e menos industrializados defendem que o impacto do clima extremo prejudica qualquer progresso que façamcasa de aposta tvtermoscasa de aposta tvdesenvolvimento econômico. Alguns apontam que se encheramcasa de aposta tvdívidas ao tomar empréstimos para reconstruir o que foi danificado e perdido.
Desde quando se discute o pagamentocasa de aposta tvperdas e danos?
Sete anos atrás, o inovador Acordocasa de aposta tvParis reconheceu a importânciacasa de aposta tv"evitar, minimizar e lidar com perdas e danos associados aos efeitos adversos das mudanças climáticas". Mas nunca foi decidido como fazer isso.
"Perdas e danos continuam sendo um tópico bastante tóxico e tivemos discussões muito, muito acaloradas entre países desenvolvidos ecasa de aposta tvdesenvolvimento", diz Jochen Flasbarth, secretário do Ministériocasa de aposta tvCooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha.
"Havia preocupação entre os países desenvolvidoscasa de aposta tvque isso pudesse se tornar uma obrigação legal para grandes emissores (de poluentes). Isso sempre foi uma linha vermelha para a maioria dos países desenvolvidos."
Alguns negociadores da COP27 disseram que os países ricos queriam deixar claro que não aceitariam qualquer responsabilidade ou obrigaçãocasa de aposta tvpagar indenização por perdas e danos, algo a que os paísescasa de aposta tvdesenvolvimento se opuseram fortemente. Finalmente, foi acordado que o tema será apenas discutido na conferência atual. No próximo ano, na COP28casa de aposta tvAbu Dhabi, espera-se uma decisão provisória e,casa de aposta tv2024, uma decisão conclusiva sobre a questão.
"Exigimos financiamento regular, previsível e sustentável para lidar com as crises que algum paíscasa de aposta tvdesenvolvimento sofre quase todos os dias", defendeu Alpha Oumar Kaloga, negociador-chefe do Grupo Africano,casa de aposta tvuma reunião nas Nações Unidas.
Singh, da Climate Action Network, demonstra reprovar a postura dos países ricos.
"Na verdade, é uma traição à confiança a forma como os países ricos encurralaram os paísescasa de aposta tvdesenvolvimento para aceitar uma linguagem que mantém os poluidores históricos a salvocasa de aposta tvcompensações e responsabilidades, sem oferecer qualquer compromisso concretocasa de aposta tvapoiar as pessoas e os países vulneráveis", afirma.
Os países desenvolvidos apontam que já existem mecanismos previstos por convenções do clima anteriores que contemplam as demandas dos paísescasa de aposta tvdesenvolvimento — enquanto estes consideram que nenhum organismo e convenção existente hoje é apropriado.
Representantes do Grupo Africano e da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis) têm pressionado para a criaçãocasa de aposta tvuma nova agência dedicada à reparação financeira, mas Jochen Flasbarth, da Alemanha, afirma que essa proposta talvez não consiga apoio suficiente.
Na prática, já houve problemas tanto com as instituições financeiras que liberam o financiamento climático quanto com os países que o recebem. A burocracia das agências financeiras internacionais faz com que os fundos demorem muito para serem disponibilizados. E,casa de aposta tvalguns dos países receptores, há problemascasa de aposta tvmá governança e corrupção.
Houve algum progresso no período anterior à COP27?
Durante a COP26, a Escócia prometeu pouco maiscasa de aposta tv£ 1 milhãocasa de aposta tvfundos para perdas e danos. No mês passado, a Dinamarca anunciou que contribuiria com US$ 13 milhões.
E na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução pedindo foco no pagamento a paísescasa de aposta tvdesenvolvimento e a priorizaçãocasa de aposta tvdoações sobre empréstimos.
Além disso, o G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) e o V20, um grupocasa de aposta tv55 países vulneráveis, concordaram recentementecasa de aposta tvlançar uma iniciativa chamada Escudo Global contra os Desastres Climáticos, que pretende arcar com perdas e danos por meiocasa de aposta tvum sistemacasa de aposta tvseguro.
A Aosis demonstrou desconfiançacasa de aposta tvrelação à iniciativa, argumentando que o V20 não tem nem metade dos membros da Aosis.
"O G7 deve falar com todos nós, e não apenas com os países que selecionou", disse o principal negociadorcasa de aposta tvfinanças climáticas do grupo, Michai Robertson.
- Este texto foi publicado originalmentecasa de aposta tvhttp://vesser.net/geral-63593520