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As supreendentes descobertas1xbet aplicaçãoestudo sobre passado genético das Américas:1xbet aplicação
Foram analisados dentes1xbet aplicaçãocerca1xbet aplicaçãomil anos encontrados1xbet aplicaçãodois sítios arqueológicos no Brasil e dentes1xbet aplicaçãocerca1xbet aplicação1.500 anos achados no Uruguai e cedidos pelos arqueólogos Mónica Sans e Gonzalo Figueiro, da Universidade da República1xbet aplicaçãoMontevidéu.
"Expandimos o trabalho para a região onde nasci. Cresci no Nordeste do Brasil, no Ceará. E analisamos dentes encontrados1xbet aplicaçãodois sítios1xbet aplicaçãoPernambuco: Pedra do Tubarão e Alcobaça", disse Santos à BBC News Mundo (serviço1xbet aplicaçãoespanhol da BBC).
"Buscamos analisar dentes1xbet aplicaçãovez1xbet aplicaçãoossos porque o DNA dentro dos dentes é mais protegido. O osso é mais poroso e exposto ao ambiente."
Os genomas do Uruguai e do nordeste do Brasil também foram comparados com outros1xbet aplicaçãovários pontos do continente, como dos Estados Unidos, Panamá e sudeste brasileiro, revelados por estudos anteriores,
A rota norte-sul
Segundo o arqueólogo brasileiro, a pesquisa confirmou uma forte migração do noroeste do continente americano (Estreito1xbet aplicaçãoBering e Alasca) para a América do Sul, provavelmente através da costa do Pacífico.
Os humanos que chegaram à América do Norte provavelmente vieram da Ásia central (Mongólia à Sibéria).
"Dali, subiram para o extremo nordeste da Ásia e atravessaram o Estreito1xbet aplicaçãoBering, que no passado era uma grande ponte terrestre (chamada1xbet aplicaçãoBeríngia) por causa do baixo nível do mar. De lá, foram para o norte do Canadá e depois se espalharam para o resto da América."
Mas como os cientistas conseguem estabelecer a direção1xbet aplicaçãouma migração, se1xbet aplicaçãonorte a sul ou sul ao norte, com base no material genético?
"Fazemos análises comparando o material genético dos indivíduos, levando1xbet aplicaçãoconta também suas idades", explica o arqueólogo. "Por exemplo, quando você faz uma análise genealógica, você vê quem foi o avô, o pai e o filho. Nossa análise filogenética busca ver quem seria o ancestral e quem seria o descendente."
"Assim, vimos que os ancestrais1xbet aplicaçãogeral eram da América do Norte e os descendentes, da América Central e do Sul. Então, a migração deve ter começado na América do Norte e depois descido para a América do Sul."
A rota sul-norte
Foi usando essa técnica1xbet aplicaçãoanálise filogenética que os cientistas confirmaram pela primeira vez a existência1xbet aplicaçãouma rota do sul para o norte.
"Encontramos rotas1xbet aplicaçãomigração1xbet aplicaçãolocais perto do Atlântico que eram independentes das do Pacífico."
"Acreditamos que há cerca1xbet aplicação1.500 anos houve uma migração que conectou o Uruguai ao Panamá, ao longo1xbet aplicaçãomais1xbet aplicação5.200 km. Essa conexão é muito clara nos resultados que obtivemos", diz o pesquisador.
Santos e seus colegas encontraram semelhanças nos genomas dos locais que faziam parte dessa rota.
"Todos eles compartilham material genético. Encontramos uma semelhança muito grande entre os genomas do Uruguai, sudeste do Brasil, nordeste do Brasil e Panamá."
"Acreditamos que a origem dessa semelhança está no sudeste do Brasil. De lá, houve uma expansão tanto para o nordeste do Brasil quanto para o Uruguai e do Uruguai, outra expansão para o norte."
O cientista brasileiro afirma que "esses povos1xbet aplicação1.500 anos atrás eram muito parecidos com os indígenas latino-americanos1xbet aplicaçãohoje".
No contato com os colonizadores europeus, essas etnias passaram por mudanças, mas elas ainda têm características comuns — não apenas no DNA, mas também na cultura.
"Elas tinham uma cultura1xbet aplicaçãofazer pinturas rupestres, como as que você vê no nordeste do Brasil. Elas também tinham rituais funerários e enterravam seus mortos, às vezes1xbet aplicaçãotúmulos coletivos."
Traços neandertais e denisovanos
Hoje, o gênero humano é definido pela nossa espécie, o homo sapiens, também chamada1xbet aplicação"humano moderno". Mas, no passado, essa espécie conviveu com outras que já foram extintas. Uma delas é a dos neandertais, que ocuparam a Eurásia, da Espanha à Sibéria.
"Os neandertais desapareceram há cerca1xbet aplicação40 mil anos e chegaram a viver com os humanos modernos."
Outra espécie1xbet aplicaçãohominídeo desaparecida é a dos denisovanos.
"Na Indonésia, na Papua Nova Guiné, na Austrália e na Polinésia é possível encontrar vestígios genômicos1xbet aplicaçãodenisovanos", diz Santos.
"A relação no passado não era necessariamente1xbet aplicaçãoconflito. Muito provavelmente, o desaparecimento1xbet aplicaçãoneandertais e denisovanos se deu por assimilação, pois eles acabaram incorporados a grupos1xbet aplicaçãohumanos modernos."
"É por isso que, hoje, basicamente todas as populações do mundo, exceto os africanos subsaarianos, têm uma porcentagem1xbet aplicaçãoDNA neandertal e uma porcentagem menor1xbet aplicaçãoDNA denisovano."
O estudo recente sobre as Américas encontrou maior presença1xbet aplicaçãoDNA neandertal e menor1xbet aplicaçãoDNA denisovano. Mas houve exceções.
"As amostras do Uruguai e do Panamá, só elas, têm uma composição genética maior1xbet aplicaçãodenisovanos do que1xbet aplicaçãoneandertais."
"É algo muito intrigante que ainda não conseguimos explicar. Gostaríamos muito1xbet aplicaçãopoder encontrar outros genomas antigos que mostrem essa mesma característica."
Ligação com a Oceania
John Lindo, professor1xbet aplicaçãoantropologia da Universidade Emory, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo, diz que aproximadamente uma dezena1xbet aplicaçãogenomas antigos da América do Sul foram completamente sequenciados — muitos menos do que as centenas da Europa.
Por isso, ainda há muito a descobrir a partir desse tipo1xbet aplicaçãomaterial.
"Encontramos componente genético da Australásia. Isso significa um sinal maior1xbet aplicaçãoafinidade genética com indivíduos modernos da Oceania, incluindo Austrália e Papua Nova Guiné, do que com outras populações não americanas", diz o antropólogo.
"Em outras palavras, há um sinal1xbet aplicaçãoparentesco genômico maior com indivíduos da Oceania do que da Europa ou da Ásia, por exemplo."
Dois outros grupos1xbet aplicaçãocientistas já haviam encontrado esse componente genético da Oceania no sudeste do Brasil e entre o povo Suruí na Amazônia.
"Por isso, pensava-se que esse sinal da Australásia só existia na América do Sul. Mas também o encontramos no material do Panamá", explica Santos.
Os cientistas não sabem como esse traço da Australásia chegou às Américas.
"Nós analisamos genomas1xbet aplicaçãoindivíduos norte-americanos e nenhum deles tinha esse sinal."
"Assim, temos a impressão1xbet aplicaçãoque ele não veio pelo estreito1xbet aplicaçãoBering e pelo noroeste da América do Norte, mas por outras rotas que ainda não conhecemos."
O arqueólogo brasileiro e seus colegas consideram "todas as hipóteses", inclusive a1xbet aplicaçãoque o componente genético da Australásia tenha chegado pelo Pacífico.
"Talvez, no passado, o nível do mar fosse mais baixo e houvesse mais ilhas, então era mais fácil migrar1xbet aplicaçãoilha para ilha", explica o cientista. "Mas isso é apenas um palpite, uma hipótese, não temos nenhuma indicação no momento1xbet aplicaçãoque isso esteja correto."
- Este texto foi publicado1xbet aplicaçãohttp://vesser.net/geral-63551101
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