Brasil participafreebet betanoestudo global que busca tratamento barato para covidfreebet betanopaíses pobres:freebet betano
Pensando nisso, 27 organizaçõesfreebet betanosaúde internacionais e instituiçõesfreebet betanopesquisa renomadas se uniram para fazer um grande estudo clínico, o ANTICOV, cujo objetivo é identificar tratamentos baratos e acessíveis, que possam ser usados no mundo todo — incluindofreebet betanopaíses e regiões com recursos limitados.
"É uma coalização internacionalfreebet betanopesquisa, uma plataformafreebet betanopesquisa pré-clínica e clínica para paísesfreebet betanobaixa renda e meia renda. Iniciamos na África e agora temos também a colaboração do Brasil", afirma Sergio Sosa, diretor da DNDI (Drugs for Neglected Diseases Initiative,freebet betanoinglês), iniciativa que ajudou a criar e coordena o consórcio ANTICOV.
O estudo tem diversas fases — cada uma testando medicamentos diferentes — e acontece simultaneamentefreebet betano13 países africanos. A nova fase do estudo terá participação do Brasil através do Together Trial, plataforma brasileira que se une ao ANTICOV e vai coordenar a pesquisa clínica no país. Até 600 pacientes brasileiros devem participar da pesquisa, que será realizadafreebet betano21 locais diferentes — majoritariamente no SUS (Sistema Únicofreebet betanoSaúde) — e terá a participaçãofreebet betanodezenasfreebet betanopesquisadores e médicos.
Sosa afirma ser extremamente importante que as pesquisasfreebet betanomedicamentos sejam realizadas nos paísesfreebet betanodesenvolvimento, pois isso agiliza a disponibilização dos remédios para a população.
"Até pouco tempo atrás, 90% das pesquisas eram no norte global (países ricos como EUA ou países da Europa). Agora temos a colaboração entre os países do sul global que, alémfreebet betanoadequar as pesquisas para essas populações, reduz o tempo para o acesso ao medicamento", diz o diretor da DNDI.
Isso porque quando uma pesquisa clínica é autorizada e acompanhada pelo comitê ético e pela agência reguladorafreebet betanoum país, todos os processos são mais rápidos: a apresentação dos resultados,freebet betanoanálise, a discussão com o Ministério da Saúde, a recomendação.
"Quando a pesquisa vemfreebet betanofora, por mais que tenha sido aprovada pela OMS ou pelas agências americanas e europeias, a agência reguladora vai precisar fazerfreebet betanoprópria análise — que vai começar do começo e demorar mais", afirma Sosa.
Plataformafreebet betanopesquisa brasileira
O grupo brasileiro que participa do consórcio ANTICOV é o Together Trial, uma iniciativafreebet betanopesquisadoresfreebet betanoMinas Gerais que começoufreebet betanojunhofreebet betano2020, inicialmente para testar remédiosfreebet betanopacientesfreebet betanohospitais e que depois evoluiu para testesfreebet betanopacientes ambulatoriais. Sem conseguir recursos no Brasil, os pesquisadores conseguiram financiamento atravésfreebet betanouma parceria com a McMaster University, no Canadá, efreebet betanouma bolsa Universidadefreebet betanoWashington, nos EUA.
O grupo foi responsável pela criaçãofreebet betanoum protocolo para pesquisa clínica contra covid-19 e pelo estudo brasileiro que demonstroufreebet betanooutubrofreebet betano2020 que a hidroxicloroquina não funcionava no tratamento da covid. O estudo foi publicadofreebet betanoabrilfreebet betano2021.
"O estudo foi um sucesso e fomos demandados por diversas instituições internacionais, então criamos uma nova plataforma, que passou a se chamar Together Trial, para um estudo adaptativofreebet betanomedicamentos para tratamento da fase inicialfreebet betanocovid", explica o pesquisador Gilmar Reis, líder da pesquisa e professorfreebet betanomedicina da PUC-Minas.
"Em vezfreebet betanodiversos estudos, temos uma plataforma que é um único estudo, com o mesmo protocolo, onde entram e saem medicamentos", afirma Reais.
O testefreebet betanoum desses medicamentos resultou na publicaçãofreebet betanoum paper na renomada revista Lancet,freebet betanooutubrofreebet betano2021.
A plataforma já fez triagemfreebet betano25 mil pessoas e teve a participaçãofreebet betanomaisfreebet betano6 mil pacientes. Seus estudos mostraram também a ineficácia do uso da metformina e da ivermectina contra covid.
Ao se unir ao ANTICOV, o Together Trial será responsável pela realização da pesquisafreebet betanoum dos braços do consórcio no Brasil. Essa nova fase vai começar testando a eficácia contra a covid-19freebet betanouma nova combinaçãofreebet betanomedicamentos com ação antiinflamatória — ambos amplamente disponíveis, seguros e já usados no Brasil.
Uma dessas substâncias que será testada é da mesma classe da fluvoxamina, um dos medicamentos já testados pelo Together e cuja pesquisa teve resultados positivos — freebet betano mas que ainda não foi aprovado pela Anvisa e não é indicado para uso nos pacientes.
"A fluvoxamina é um remédio antidepressivo que também tem um mecanismofreebet betanoação que bloqueia o processo inflamatório do corpo", explica Reis.
Em muitos dos casosfreebet betanocovid, o agravamento do quadro é resultadofreebet betanoreação imunológica exagerada do corpo — e essa substância atua no início desse processo. A expectativa é que os dois medicamentos que serão testadosfreebet betanoconjunto também sejam capazesfreebet betanointerromper esse processo inflamatório.
"Hoje,freebet betanojulhofreebet betano2022, sabemos que o efeito redutorfreebet betanoeventos graves da fluvoxamina é o mesmo do antiviral Molnupiravir, mas nenhuma farmacêutica requisitou à Anvisafreebet betanoaprovação. E nós pesquisadores não vamos submeter isso à Anvisa, nosso interesse não é comercial."
A nova combinação que será pesquisada pelo ANTICOV no Brasil será testadafreebet betanopacientes no início da doença, que não estejam hospitalizadas. Espera-se que os medicamentos diminuam os casosfreebet betanoagravamento e hospitalização, explica Reis. Se o resultado for positivo, a grande vantagem dos remédios é seu preço efreebet betanodisponibilidade.
Ainda não se sabe se a combinação também pode ter o efeitofreebet betanodiminuir a incidência da chamada "covid longa", ou seja, quando sintomas da doença perduram por mesesfreebet betanoalguns pacientes.
"Essa é uma questão central que ainda precisa ser estudada mais a fundo."
Para Sergio Sosa, da DNDI, a inclusão dos brasileiros na pesquisa agrega conhecimento e tecnologia e permite dar consistência aos resultados.
"O conhecimento isoladofreebet betanociência não é suficiente. É importante, mas não é suficiente. Procuramos demonstrar consistência, que é a repetiçãofreebet betanoresultado similar por grupos independentesfreebet betanodiferentes contextos", explica.
Tratamento e vacina
Diferentemente da vacinação, que é um medicamento preventivo e tem objetivofreebet betanopreparar o sistema imunológico do corpo para evitar a contaminação, os tratamentos com medicamentos são administrados durante o desenvolvimento da doença, após a contaminação. O objetivo é combater o vírus e evitar o agravamento da doença.
Os tratamentos não substituem a vacinação — segundo a Anvisa, a vacinação continua sendo a melhor formafreebet betanoevitar a covid-19 grave, hospitalizações e óbitos. Iniciada no Brasil no começo do ano passado, mudou decisivamente a evolução da pandemia, com uma enorme diminuição na transmissão, nos casos graves e na mortalidade da doença.
No entanto, tratamentos ainda são necessários, explica Reis, porque "ainda temos um contingente importantefreebet betanopessoas que ao adquirir o covid-19, mesmo vacinados, desenvolvem a resposta inflamatória grave, muitas vezes interferem e muitas vezes acabam perdendo a vida."
"Mesmo na população vacinada, a taxafreebet betanomortalidade ainda é cinco ou seis vezes a mortalidade da Influenza (o vírus da gripe). Ainda é uma doença muito grave", afirma.
Além disso, o coronavírus têm grande capacidadefreebet betanomutação, e regiões do mundo onde não há vacinação da maior parte da população funcionam como localfreebet betanosurgimentofreebet betanonovas cepas.
Reis explica também que os pacientes não devem se automedicar com nenhum dos medicamentos testados contra a covid — e nem mesmo os aprovados pela Anvisa, que devem ser indicados pelos médicos.
"Cada medicamento é testadofreebet betanoum cenário diferente, funciona para certos públicos, efreebet betanomomentos diferentes do desenvolvimento da doença. A indicação pelo médico é necessária, pois eles avaliam se o paciente se encaixafreebet betanoalguma dessas situações", destaca o pesquisador.
Tratamentos disponíveis contra covid-19 no Brasil
Na maioria dos casos, o tratamento contra o covid, explica a OMS, é feito através do cuidado paliativo dos sintomas — e o próprio corpo combate o vírus e se recupera da doença. Em casosfreebet betanopacientes com riscos, no entanto, podem ser indicados tratamentos contra a covid-19 que ajudam a evitar o agravamento dos casos.
Há três tiposfreebet betanomedicamentos disponíveis hoje para tratamentofreebet betanocovid: os antivirais, que dificultam a reprodução do vírus dentro do corpo; os anti-inflamatórios, que contém reações exageradas e potencialmente letais do nosso sistema imunológico e terapiasfreebet betanoanticorpos monoclonais, que imitam o sistema imunológico para atacar o vírus.
No momento, há seis* remédios para tratamento contra covid-19 aprovados pela Anvisa:
- freebet betano Rendesivir - produzido pela farmacêutica Gilead, é um antiviral injetável efreebet betanouso hospitalar. É destinado no Brasil a pacientes com pneumonia que precisamfreebet betanosuplementaçãofreebet betanooxigênio, mas que não estão sob ventilação artificial.
- freebet betano Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir) - antiviral oral da Wyeth/Pfizer, indicado como tratamento precoce para pessoas com maior riscofreebet betanoter covid-19 grave. Deve ser tomado assim que possível dentrofreebet betanocinco diasfreebet betanoinício dos sintomas. A pesquisa que mostrou alta redução na taxafreebet betanohospitalização foi feita com pessoas não vacinadas, por isso o paciente deve discutir com seu médico se há vantagem para o seu caso.
- freebet betano Molnupiravir - antiviral da farmacêutica MSD (Merck Sharp & Dohme), foi o remédio aprovado mais recentemente. Deve ser indicado por um médico e é destinado principalmente a pacientes com quadros leves e moderados e com riscofreebet betanoagravamento. Também deve ser tomado via oral dentrofreebet betanocinco dias do início dos sintomas.
- freebet betano Sotrovimabe - anticorpos monoclonais da GSKfreebet betanouso restrito a hospitais. Indicado pela anvisa para pessoas com covid-19 leve a moderada, mas que estãofreebet betanoriscofreebet betanoprogressão para o estágio grave da doença. No serviçofreebet betanosaúde britânico, costuma ser administrado como transfusão para receptoresfreebet betanotransplantes, pacientes com câncer e outros gruposfreebet betanoalto risco.
- freebet betano Baricitinibe - anti-inflamatório recomendado pela OMS para pacientes graves; e autorizado pela Anvisa para usofreebet betanopacientes adultos hospitalizados que "necessitamfreebet betanooxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitamfreebet betanoalto fluxofreebet betanooxigênio ou ventilação não invasiva".
- freebet betano Evusheld (cilgavimabe + tixagevimabe) - tratamento injetável da AstraZeneca com anticorpos monoclonais indicado como profilaxia (ou seja, deve ser tomado antes da exposição à covid-19) para pessoas com comprometimento imunológico moderado a grave oufreebet betanotratamento com imunossupressores. A Anvisa destaca que a profilaxia com Evulshed não substitui a vacinação para indivíduosfreebet betanoque a vacinação é recomendada.
*outros três remédios chegaram a ser aprovados, mas tiveram uso suspenso ou revogado.
Fontes: Anvisa, OMS, NHS, GSK, MSD, Pfizer, Gilead, AstraZeneca.
- Este texto foi originalmente publicadofreebet betanohttp://vesser.net/geral-62047495
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