Por que intuição pode gerar decisão melhor que a escolha racional:novibet video

Mulher asiática com as mãos no rosto

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Legenda da foto, A intuição muitas vezes é exaltada como fundamental para a tomadanovibet videodecisões

Pode ser tentador observar nossas intuições como uma espécienovibet video"sexto sentido" misterioso, mas não é preciso apelar à paranormalidade para explicar a intuição. Nas últimas duas décadas, psicólogos e neurocientistas fizeram enormes progressos na identificação das fontes das nossas intuições e do seu papel essencial na nossa vida.

Nesse processo, as pesquisas identificaram situações específicasnovibet videoque a nossa intuição provavelmente nos leva pelo caminho certo e os momentosnovibet videoque ela nos desorienta — e esse conhecimento pode nos ajudar a tomar decisões melhores.

A mente no corpo

A compreensão científica da intuição começa com um jogonovibet videolaboratório conhecido pelo nomenovibet videoinglês Iowa Gambling Task ("Jogonovibet videoTarefasnovibet videoIowa",novibet videotradução livre).

Os participantes recebem quatro montesnovibet videocartas na telanovibet videoum computador. A cada vez que uma carta é virada, eles recebem uma recompensa monetária ou uma penalidade.

Dois dos montes tendem a oferecer recompensas relativamente maiores, mas também penalidades ainda maiores — o que significa que, após várias rodadas, eles causarão prejuízo. Os outros dois montes fornecem recompensas relativamente pequenas, mas penalidades menores, o que significa que eles são a opção mais segura.

Os participantes não sabem quais montes serão lucrativos, mas, após cercanovibet video40 tentativas, muitas pessoas começam a formar uma ideianovibet videoquais deles trarão os maiores lucros. Aparentemente, o inconsciente dos participantes começa a observar os padrõesnovibet videoganhos e perdas, mesmo se eles não conseguirem explicar a razão das suas escolhas, exceto pela "intuição".

É importante observar que o melhor desempenho muitas vezes acompanha alterações fisiológicas sistemáticas à medida que os participantes tomam suas decisões. Por exemplo: quando as pessoas começam a observar os montes com maior risco, a maioria começa a demonstrar reaçõesnovibet videoestresse, com leves alterações dos batimentos cardíacos e suor da pele.

Essas mudanças, conhecidas como "marcadores somáticos", aparentemente agem como advertências para evitar que o participante faça a escolha errada e podem fundamentar a sensaçãonovibet videoter uma intuição.

Sem esse tiponovibet videointuição, as pessoas podem sofrer problemas sérios na vida real. Alguns pacientes neurológicos são incapazesnovibet videoformar marcadores somáticos, por exemplo. Sem as intuições para orientá-los, eles muitas vezes ficam presosnovibet videouma "paralisia analítica" quando precisam fazer uma escolha.

E, quando finalmente tomam uma decisão, eles não conseguem ver os riscos que estão correndo. Eles podem investir todo o seu dinheironovibet videouma propostanovibet videonegócios ruim, enquanto outros teriam tido a forte intuiçãonovibet videodesconfiar da empreitada, por exemplo.

Albert Einstein

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Legenda da foto, Albert Einstein defendia abertamente que seguíssemos nossa intuição e nossos instintos

Essas observações indicam que as intuições são uma parte essencial do nosso conjuntonovibet videoferramentas para tomadanovibet videodecisões — que às vezes ignoramos por nossa conta e risco.

O olhar dos especialistas

A evidência da importância da intuição é mais forte nos estudosnovibet videodetecçãonovibet videomentiras.

As pessoas tendem a ser mais precisas ao analisar a honestidadenovibet videouma pessoa — e se ela está mentindo sobre um evento específico — quando solicitadas a confiar nanovibet videointuição e não quando se pede que elas analisem e verbalizem suas razões.

Em outras situações, a força das nossas intuições dependerá da quantidade das nossas experiências. A mente inconsciente percorre seu conhecimento armazenado para encontrar a melhor resposta para os nossos problemas, sem que nós relembremos conscientemente as memórias exatas que alimentam essas sensações.

Considere o experimento conduzido por Erik Dane, professornovibet videoadministração da Universidade Rice, no Texas (Estados Unidos). Em 2012,novibet videoequipenovibet videopesquisa pediu aos estudantes que observassem uma sérienovibet videobolsas da moda, algumas das quais eram produtos autênticos e outras eram falsificações realistas.

Pediu-se à metade dos participantes que ignorassem suas intuições e relacionassem todas as características que eles procurariam para determinar se a bolsa era real ou falsificada. Aos demais, solicitou-se que seguissemnovibet videointuição, permitindo que seus sentimentos orientassem o julgamento. Os pesquisadores também questionaram os participantes sobre seus hábitosnovibet videocompra e se eles possuíam muitos produtosnovibet videomoda.

Entre os participantes que utilizaram a abordagem analítica,novibet videoexperiência anterior fez pouca diferença: todos eles tiveram aproximadamente o mesmo desempenho.

Mas, entre os participantes que foram solicitados a usarnovibet videointuição, a experiência fez enorme diferença, aumentando imensamente a precisão das suas intuições. De fato, os participantes que empregaram suas intuições foram cercanovibet video20% mais precisos que aqueles que utilizaram apenas a análise.

Em outro estudo, Vinod Vincent, professor da Universidade Estadual Clayton, na Geórgia (Estados Unidos), encontrou resultados muito similares ao examinar decisõesnovibet videoseleçãonovibet videopessoal pelos empregadores.

Ele apresentou aos participantes amostrasnovibet videorespostasnovibet videouma sérienovibet videocandidatos a cargosnovibet videoassistência médica e pediu que eles escolhessem o mais adequado. Como no experimentonovibet videoDane, solicitou-se a alguns que seguissem suas intuições (a instrução foi "sua decisão deverá basear-se nanovibet videoprimeira impressão sobre os candidatos"), enquanto a outros pediu-se que usassem deliberação, lógica e análise ("analise cuidadosamente todas as informações disponíveis antesnovibet videotomar a decisão; ignore qualquer decisão com base nanovibet videointuição ou primeira impressão").

Entre os estudantes sem experiêncianovibet videoseleçãonovibet videopessoal, foi possível definir quais candidatos se destacavam, mas eles precisaram realizar uma avaliação ponderada, analisando os prós e os contrasnovibet videocada um deles. Quando tentaram utilizarnovibet videointuição,novibet videoforma geral, eles foram menos precisos.

Bolsa azul

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Em um experimento, os participantes identificaram as bolsas falsificadas com maior precisão quando seguiram seus instintos,novibet videoveznovibet videorealizarem uma abordagem analítica

Já entre os especialistas que haviam trabalhado como recrutadoresnovibet videocompanhiasnovibet videoassistência médica, ocorreu o contrário. Vincent concluiu que eles tinham intuições muito precisas sobre quais candidatos seriam mais adequados, sem que precisassem pensar e analisar, um a um, todos os diferentes critérios. E, quanto mais experiência eles tinham, melhor eles se saíam.

"Se você for um especialista, você conhecerá todas as idiossincrasias que podem fazer com que um candidato seja bom para o cargo, mesmo que seja difícil descrevê-las com palavras", afirma Vincent.

Mas ele enfatiza que a intuição das pessoas não deverá substituir o pensamento analítico e que devemos estar cientesnovibet videoque, às vezes, as pessoas podem ser influenciadas por orientações inconscientes. E, se houver a possibilidadenovibet videoque o seu julgamento seja prejudicado por preconceitonovibet videoraça, idade ou gênero, você precisará estar mais atento sobre o que anovibet videointuição está lhe dizendo.

Mas,novibet videoforma geral,novibet videopesquisa confirma que as sensações intuitivas dos especialistas podem ser fontes importantesnovibet videoinformação e têm um papel a desempenhar no processonovibet videotomadanovibet videodecisões.

Não pense demais

O poder da tomadanovibet videodecisões intuitiva pode ser especialmente importante quando estamos processando uma grande quantidadenovibet videoinformações complexas e difíceisnovibet videolembrar com precisão. Nestes casos, pode haver benefícionovibet videodeixar nosso cérebro vaguear por outra atividade não relacionada, enquanto a mente inconsciente remói as informações e toma a decisão por nós.

Em uma sérienovibet videoexperimentos, os pesquisadores apresentaram aos participantes longos detalhes sobre uma sérienovibet videoapartamentos. Após formarem suas primeiras impressões, alguns dos participantes foram incentivados a ponderar conscientemente as diferentes opções antes que tomassem suas decisões.

Já aos demais, solicitou-se que resolvessem uma sérienovibet videojogosnovibet videopalavras — uma distração projetada para evitar que os participantes utilizassem o processamento analítico para chegar a uma decisão sobre os apartamentos.

Surpreendentemente, os pesquisadores concluíram que os participantes que haviam pensado mais cuidadosamente sobre suas escolhas tiveram dificuldade consideravelmente maior para escolher o apartamento que, objetivamente, tinha a maior quantidadenovibet videoatributos atrativos.

Suas tentativasnovibet videoanalisar as diferentes opções haviam prejudicado seu julgamento, levando-os a escolher uma das opções menos desejáveis. Já as pessoas que haviam se distraído com os jogosnovibet videopalavras foram forçadas a confiar nas suas impressões intuitivas — que acabaram sendo mais precisas.

Embora alguns estudos tenham sugerido que podemos seguir imediatamente com nossa primeira impressão, muitas vezes parece haver uma vantagemnovibet videoatrasar a decisão enquanto nos concentramosnovibet videoalguma outra atividade.

Segundo Marlène Abadie, psicóloga cognitiva da Universidadenovibet videoAix-Marselha, no sul da França, essa pausa permite que a mente inconsciente elabore um resumo preciso das informações complexas que foram apresentadas, o que, pornovibet videovez, aumenta a precisão do nosso julgamento intuitivo.

Essa orientação pode ser útilnovibet videomuitos cenários similares, nos quais estamos formando nossas impressões após uma sobrecarganovibet videoinformações, segundo ela. "Poderá ser relevante sempre que precisarmos escolher entre diversos produtosnovibet videoconsumo descritos por atributos diferentes — como telefones celulares, computadores, televisores, sofás, geladeiras ou fogões."

Ao comprar esses produtos, você poderá preferir tomar um café e folhear uma revista, por exemplo, antesnovibet videotomarnovibet videodecisão.

Inteligência emocional

Segundo as pesquisas mais recentes, a qualidade da intuiçãonovibet videouma pessoa pode depender danovibet videointeligência emocional (IE) geral. E, quando aprendemos a aumentar nossa IE, podemos fortalecer nossa tomadanovibet videodecisões intuitiva.

Os psicólogos determinam a IE utilizando uma sérienovibet videoquestões que medem, por exemplo, a capacidade das pessoasnovibet videoidentificar as emoções expressas nos rostos dos demais e prever as mudançasnovibet videohumornovibet videooutra pessoa, conforme as circunstâncias.

Jeremy Yip, professornovibet videoadministração da Universidade Georgetownnovibet videoWashington, DC (Estados Unidos), comparou recentemente as avaliaçõesnovibet videoIE das pessoas com seu desempenho no Iowa Gambling Task. Embora a maioria dos participantes parecesse exibir maior reaçãonovibet videoestresse ao considerar escolher os montes "ruins", as pessoas com menor IE frequentemente interpretavam erroneamente os seus próprios sinais corporais.

Para esses participantes com IE mais baixa, a maior reaçãonovibet videoestresse pareceu agir como incentivo para tomar as cartas com maior risco — e, por consequência, não lucrativas. Eles simplesmente não pareciam reconhecer a sensação como uma advertência. "Eles podem ter interpretado mal seu estímulo psicológico como sendo excitação e acabaram assumindo maiores riscos", afirma Yip.

Felizmente, é possível treinar a IE. Anna Alkozei, da Universidade do Arizonanovibet videoTucson, nos Estados Unidos, projetou recentemente um curso online com módulos que incentivam as pessoas a pensar com mais cuidado sobre as formasnovibet videoperceber as diferentes emoções e como as sensações, como estímulos psicológicos, podem influenciar a tomadanovibet videodecisões.

Com duas aulas por semana, os participantes do cursonovibet videoAlkozei exibiram melhoria significativanovibet videoum testenovibet videoIE após três semanas, o que se traduziunovibet videomelhor desempenho no Iowa Gambling Task. Já os participantesnovibet videoum grupo controle (que tiveram um curso online sobre meio ambiente) não apresentaram as mesmas melhorias.

Por isso, para sintonizarnovibet videointuição, você poderá primeiro tentar entrarnovibet videocontato com suas emoçõesnovibet videoforma mais geral — questionando cuidadosamente o que está sentindo e quais as fontes daquele estadonovibet videoespírito. Com o passar do tempo, você poderá achar mais fácil distinguir quando está recebendo um sinal preciso e genuíno. As suas intuições nunca serão totalmente à provanovibet videofalhas, mas a prática pode fazer com que elas se tornem um guia importante.

*David Robson é escritornovibet videociências e autor do livro "O efeito da expectativa: como o seu pensamento pode transformar anovibet videovida" (em tradução livre do inglês), publicado no inícionovibet video2022 no Reino Unido pela editora Canongate e, nos EUA, pela Henry Holt. Sua conta no Twitter é @d_a_robson.

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