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O acontece no nosso cérebro que nos faz ficar viciadosroleta webjogosroleta webazar:roleta web
Diferentemente da dependênciaroleta webálcool e drogas,roleta webque os sintomas são fisicamente perceptíveis, o vícioroleta webjogosroleta webazar apresenta sinais menos óbvios.
Nosso novo artigo, publicado na revista The Lancet Psychiatry, analisa pesquisas sobre a dependênciaroleta webjogosroleta webazar e faz recomendações sobre a melhor formaroleta webprevenir e tratar a condição.
O jogoroleta webazar é um grande problema. De acordo com a estimativa mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS),roleta web2016 a perda global anual dos apostadores foi estimadaroleta webUS$ 400 bilhões.
Em 2021, a Comissãoroleta webJogos do Reino Unido estimou a prevalência do distúrbio do jogo compulsivoroleta web0,4% da população.
Outro levantamento mostrou que as taxas mais altasroleta webcompulsão por jogosroleta webazar estavam na Ásia, seguidas pela Australásia e América do Norte, com taxas mais baixas na Europa.
Os pesquisadores desenvolveram simulaçõesroleta webjogos (que eles chamamroleta webtasks — "tarefas") para medir o vícioroleta webjogosroleta webazar, como o Iowa Gambling Task e o CANTAB Cambridge Gambling Task.
Neste último, que avalia a tomadaroleta webdecisões e apostas arriscadas, os participantes são solicitados a adivinhar se uma ficha amarela está escondida dentroroleta webuma caixa azul ou vermelha, com as proporçõesroleta webcaixas azuis e vermelhas mudando ao longo do tempo.
Eles podem então decidir quantosroleta webseus pontos apostar emroleta webescolha.
Se acertam, os pontos são adicionados ao seu total, mas se perdem, os pontos são subtraídos. Eles são instruídos a tomar cuidado para não "ir à falência" — perdendo todos os pontos.
Esta tarefa pode detectar os apostadores que "correm risco"roleta webdesenvolver distúrbioroleta webjogo compulsivo, mas podem ainda não ter chegado lá — sobretudo se apresentarem sinaisroleta webimpulsividade.
Por meio destas tarefas, as pesquisas mostraram que apostar,roleta webindivíduos saudáveis, é mais comumroleta webpessoas entre 17 e 27 anos e diminui à medida que envelhecemos.
Outro estudo revelou que jogadores com problemasroleta webdependência tendem a aumentar suas apostas ao longo do tempo e acabam indo à falência.
A dependênciaroleta webálcool e nicotina também tem sido associada a uma maior compulsão por apostas.
O cérebro do jogador
A partirroleta webestudosroleta webneuroimagem, fica claro que existem várias regiões do cérebro associadas ao jogoroleta webazar.
Pesquisas mostraram que regiões importantes associadas à tomadaroleta webdecisão arriscada incluem o córtex pré-frontal ventromedial (envolvido na tomadaroleta webdecisão, memória e regulação das emoções); o córtex frontal orbital (que ajuda o corpo a responder às emoções); e a ínsula (que regula o sistema nervoso autônomo).
Os jogadores compulsivos podem, portanto, apresentar uma maior atividade nestas áreas.
Quando os jogadores observam o resultadoroleta websua aposta, eles também apresentam uma ativação cerebral aumentada no sistemaroleta webrecompensa do cérebro, incluindo o núcleo caudado. E isso pode ser particularmente forteroleta webpessoas viciadasroleta webjogosroleta webazar.
A dopamina, neurotransmissor que ajuda as células nervosas a se comunicarem, também é conhecida por ser uma importante substância química no sistemaroleta webrecompensa do cérebro.
Um estudo mostrou que jogadores compulsivos apresentaram níveis significativamente mais altosroleta webexcitação quando a dopamina foi liberadaroleta webseus cérebrosroleta webcomparação com pessoas saudáveis.
A liberaçãoroleta webdopamina parece reforçar a compulsão por jogos por meio do aumento dos níveisroleta webexcitação, reduzindo a inibiçãoroleta webdecisões arriscadas ou uma combinaçãoroleta webambos.
Além disso, foi demonstrado que o núcleo accumbens, que desempenha um papel no processamento da recompensa, está envolvidoroleta webcomportamentosroleta webriscoroleta webadolescentes e adultos.
Esta região é ricaroleta webdopamina e sugere um papel adicional da dopaminaroleta webcomportamentosroleta webrisco.
Como combater o vícioroleta webjogosroleta webazar
Atualmente, o distúrbio do jogo compulsivo é diagnosticado por meio do Manual diagnóstico e estatísticoroleta webtranstornos mentais (DSM-5), publicado pela Associação Americanaroleta webPsiquiatria.
As diretrizes para o tratamento e gerenciamento do transtorno do Instituto Nacional para Excelênciaroleta webCuidadosroleta webSaúde do Reino Unido (NICE, na siglaroleta webinglês) também estão sendo desenvolvidas e devem ser publicadasroleta web2024.
As opções atuaisroleta webtratamento incluem certas formasroleta webterapia cognitivo-comportamental (que pode ajudar as pessoas a mudar padrõesroleta webpensamento) e gruposroleta webautoajuda.
Alguns medicamentos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs), podem ser eficazes na reduçãoroleta webaspectos dos sintomas do transtorno do jogo compulsivo, como a depressão.
Também sabemos que os receptores opioides no cérebro o ajudam a processar recompensas — e há muito tempo se suspeita que sejam impulsionadores da dependência.
Descobrimos que há algumas evidências indicando que uma droga chamada Naltrexona, que bloqueia os receptores opioides, pode ajudar algumas pessoas com transtorno do jogo compulsivo.
Mas são necessárias mais pesquisas antes que possa se tornar um tratamento padrão.
Há também coisas que você mesmo pode fazer para controlar seu hábitoroleta webjogar. O site Live Well, do sistema públicoroleta websaúde britânico (NHS, na siglaroleta webinglês), oferece informações sobre serviços disponíveis para jogadores compulsivos.
E dá dicas como pagar suas contas antesroleta webfazer apostas, passar tempo com amigos e familiares que não jogam e lidar com suas dívidas.
Os jogadores também seriam sábios ao evitar ver o jogo como uma formaroleta webganhar dinheiro, pararroleta webreprimir suas preocupações sobre o hábitoroleta webjogar e evitar usar cartõesroleta webcrédito para pagar pelas apostas.
Assim como acontece com todos os problemasroleta websaúde mental, o segredo é obter ajuda e tratamento precoces.
Isso é especialmente importante para que recompensas normais, como passar tempo com a família e desfrutarroleta webcaminhadas e exercícios, ainda sejam prazerosas e o sistemaroleta webrecompensas não seja "sequestrado" pelo jogo.
*Barbara Jacquelyn Sahakian é professoraroleta webneuropsicologia clínica da Universidaderoleta webCambridge, no Reino Unido.
Christelle Langley é pesquisadora associadaroleta webpós-doutoradoroleta webneurociência cognitiva na Universidaderoleta webCambridge.
Henrietta Bowden-Jones é pesquisadora visitante honorária da Universidaderoleta webCambridge.
Sam Chamberlain é professorroleta webpsiquiatria da Universidaderoleta webSouthampton, também no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no siteroleta webnotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).
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