'Maior roubobetanocassinoartebetanocassinotodos os tempos' continua sem solução e é temabetanocassinodocumentário na Netflix:betanocassino

Crédito, Netflix

Legenda da foto, Maisbetanocassino30 anos depois, o roubo do Museu Isabella Stewart Gardner,betanocassinoBoston, continua sem solução

O museu ainda marca o local onde as peças estavam expostas com molduras vazias, à esperabetanocassinoseu retorno, e continua oferecendo recompensabetanocassinoUS$ 10 milhões (cercabetanocassinoR$ 56 milhões) por "informações que levem à recuperaçãobetanocassinotodas as obras roubadas".

Mas apesarbetanocassinoinúmeras teorias e suspeitos, que envolvem desde pessoas com acesso privilegiado ao museu até membros da máfia, as investigações nunca levaram a uma conclusão sobre quem seriam os culpados ou onde as obras estão escondidas.

Ao longo dos anos, esse mistério cativou o público americano e foi temabetanocassinovários livros, podcasts e atébetanocassinocapítulosbetanocassinosériesbetanocassinoTV, como Os Simpsons.

Agora, o assunto voltou a despertar interesse com a estreia nesta semana do documentário O Maior RoubobetanocassinoArtebetanocassinoTodos os Tempos, na Netflix. Divididabetanocassinoquatro episódios e dirigida por Colin Barnicle, a série explora os detalhes do roubo e da investigação.

Crédito, Netflix

Legenda da foto, O valor total das obras roubadas, que incluem pinturas, gravuras e artefatos históricos, é avaliadobetanocassinomaisbetanocassinomeio bilhãobetanocassinodólares

Os detalhes do roubo

Muita gente ainda estava na rua naquela madrugada, voltando para casa depois das comemorações do DiabetanocassinoSt. Patrick. Algumas dessas pessoas depois disseram ter visto dois homens com uniformes policiaisbetanocassinoum carro estacionado nas proximidadesbetanocassinouma porta lateral do museu por voltabetanocassino0h30min.

"Dois guardas estavambetanocassinoplantão naquela noite", relata Anthony Amore, o chefebetanocassinosegurança,betanocassinodepoimentobetanocassinoáudio divulgado pelo museu.

Segundo Amore, à 1h24min os ladrões, vestidos como policiais do DepartamentobetanocassinoPolíciabetanocassinoBoston, chegaram à porta externa da áreabetanocassinosegurança onde os guardas ficavam.

"Pelo interfone, do ladobetanocassinofora, os ladrões disseram que estavam respondendo a um relatobetanocassinodistúrbio. Parecia plausível. Afinal, era a noite do DiabetanocassinoSt. Patrick e foliões ainda estavam na rua", lembra.

Contrariando o protocolo, um dos guardasbetanocassinoplantão, Richard Abath, abriu a porta para os supostos policiais, permitindo que entrassem pela portaria dos funcionários.

"Uma vez dentro do museu, eles imediatamente dominaram os guardas. Cobriram seus olhos e suas bocas com fita adesiva e os colocaram no porão, longe um do outro, algemados", diz Amore.

Durante maisbetanocassinouma hora, os criminosos percorreram várias galerias do museu, cortando obrasbetanocassinoartebetanocassinosuas molduras e espalhando cacosbetanocassinovidro pelo chão.

Entre as obras roubadas estavam pinturas valiosas, como Cristo na Tempestade no Mar da Galileia (1633) e Dama e CavalheirobetanocassinoPreto, ambasbetanocassinoRembrandt, e O Concerto (1663-1666),betanocassinoVermeer.

Mas, segundo o chefebetanocassinosegurança, os ladrões também deixaram para trás obras raras e valiosíssimas, enquanto levaram outras peçasbetanocassinomenor valor, o que confunde os investigadores. Para Amore, os criminosos "não eram exatamente especialistasbetanocassinoarte".

Crédito, Netflix

Legenda da foto, Dois homens vestidos com uniformes policiais convenceram os guardas a abrirem a porta e entraram no museubetanocassinomadrugada

Os ladrões partiram às 2h45min, depoisbetanocassinofazer duas viagens separadas ao carro carregando as obrasbetanocassinoarte.

"Eles ficaram 81 minutos no museu. Imagine isso, uma hora e 21 minutos! A maioria dos roubosbetanocassinoarte são ações rápidas,betanocassinocinco a dez minutos", observa Amore.

A investigação

Os guardas permaneceram algemados até a chegada da polícia, às 8h15min da manhã.

Poucos dias depois, o FBI (a polícia federal americana) divulgou um retrato falado e descreveu os suspeitos como "dois homens brancosbetanocassinocabelos e olhos escuros".

Inicialmente, havia suspeitas sobre Abath, o guarda que abriu a porta para os criminosos, que na época tinha 23 anosbetanocassinoidade.

Naquela noite, antes do roubo, ele teria aberto e fechado a porta do museu rapidamente, o que, para alguns, poderia significar um sinal para os ladrões.

Outra suspeita era abetanocassinoque ele poderia ter roubado uma peça que sumiu da Sala Azul, galeria onde os detectoresbetanocassinomovimento captaram apenas abetanocassinopresença, durante uma das rondas, mas não a dos ladrões.

Em entrevistas à imprensa americana nos anos posteriores, Abath admitiu que às vezes chegava ao trabalho bêbado ou após usar drogas e que chegou a deixar que um grupobetanocassinoamigos entrasse no museu depois do fechamento, o que era proibido.

Segundo Abath, o principal atrativo do emprego era o tempo livre que tinha para se dedicar ao que realmente gostava, que era tocarbetanocassinobandasbetanocassinorock.

Mas ele sempre negou qualquer participação no crime, e disse que suas ações naquela madrugada eram resultado da faltabetanocassinotreinamento adequado. Ele nunca foi acusado formalmente.

As teorias

Também havia suspeitas do envolvimentobetanocassinomembros da máfia oubetanocassinogangues locais ebetanocassinoque as peças roubadas estariam sendo transportadas para outras cidades por meio dessas redes criminosas.

Muitos acreditavam que James "Whitey" Bulger, um dos mafiosos mais poderososbetanocassinoBoston, tinha algum tipobetanocassinoparticipação no crime, mas isso nunca foi provado, e ele foi mortobetanocassino2018.

Myles Connor Jr, um conhecido ladrãobetanocassinoarte que já havia roubado vários museus, estava preso na época, mas alguns acreditavam que ele poderia ter organizado o crime mesmobetanocassinodentro da prisão.

Crédito, Netflix

Legenda da foto, Os criminosos percorreram várias galerias do museu durante 81 minutos e levaram tanto obras valiosas quanto peçasbetanocassinomenor valor

Outra teoria era abetanocassinoque o mafioso Robert Donati estaria planejando trocar as obras pela liberdadebetanocassinoum dos chefões presos na época. Donati foi mortobetanocassino1991.

Outro mafioso, Carmello Merlino, teria dito a informantes que planejava recuperar as peças roubadas e receber a recompensa. Ele morreubetanocassino2005, enquanto cumpria penabetanocassinoprisão por um roubo armado sem relação com o crime no museu.

Em 2015, doisbetanocassinoseus comparsas, George Reissfelder e Leonard DiMuzio, chegaram a ser apontados como os prováveis criminosos. Eles haviam morrido anos antes,betanocassino1991.

Ao longo dos anos, vários outros foram suspeitosbetanocassinoenvolvimento no crime, entre eles o ladrãobetanocassinobancos Robert Guarente, mortobetanocassino2004, o criminoso irlandês Martin Foley, chamado "The Viper", e os gângsters Louis Royce e David Turner.

Até hoje, no entanto, apesarbetanocassinomúltiplas suspeitas, ninguém nunca foi preso e não se sabe o destino das obras roubadas.

Nesses maisbetanocassino30 anos desde o crime, as autoridades envolvidas na investigação calculam ter recebido pelo menos 30 mil contatosbetanocassinopessoas que diziam ter alguma pista.

"Nós ainda temos esperançabetanocassinoque as peças serão recuperadas", diz Amore, ao pedir que quem tiver alguma pista entrebetanocassinocontato.

"Entrebetanocassinocontato se você tiver qualquer informação concreta. Qualquer fato. Mas não teorias. Acredite, nós já ouvimos todas as teorias mil vezes."

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