Pássaros desaparecemnovibet bolaoárea intacta da Amazônia, e resposta do enigma pode estar fora da floresta:novibet bolao

Cyphorhinus arada-uirapuru-verdadeiro

Crédito, Philip Stouffer

Legenda da foto, Estudo envolveu espécies como Cyphorhinus arada-uirapuru-verdadeiro

Entre 2008 e 2016, o biólogo Philip Stouffer, do Departamentonovibet bolaoRecursos Naturais da Universidade Estadualnovibet bolaoLouisiana (LSU, na siglanovibet bolaoinglês), liderou um grupo que repetiu o trabalho que havia sido feito entre 1980 e 1984 por seu conterrâneo, o zoólogo Rob Bierregaard, que dirigiu o projeto nos oito primeiros anosnovibet bolaosua existência.

Cyphorhinus arada-uirapuru-verdadeiro

Crédito, Philip Stouffer

Legenda da foto, Cyphorhinus arada-uirapuru-verdadeiro é uma espécienovibet bolaoave que se alimenta no solo

Em entrevista à BBC News Brasil, Stouffer contou que o objetivo do seu trabalho era capturar uma amostra adequadanovibet bolaoespéciesnovibet bolaopássaros, na mesma área que Bierregaard coletou, para comparar a abundância delas com os dadosnovibet bolao1980-1984.

"Reparamos que por volta 2008 os insetívoros terrestres ficaram mais difíceisnovibet bolaoencontrar do que na época do estudo anterior", explica.

"Resolvemos, então, testar a hipótese. Levamos anos — até 2016 — para acumular dadosnovibet bolao21 sítios, numa faixanovibet bolao40 kmnovibet bolaofloresta, para comparar com os 34 dos anos 1980."

As amostras dos dois trabalhos foram coletadas exatamente com o mesmo método.

"Usamos linhasnovibet bolaoredesnovibet bolaoneblina (redes especiais utilizadas na capturanovibet bolaoaves e morcegos para fins científicos, quase invisíveis para os animais)novibet bolao200 metrosnovibet bolaolargura por 2,5 metrosnovibet bolaoaltura, para capturar pássaros passivamente — sem isca ou algo para atraí-los", conta Stouffer.

"Assim é fácil padronizar o esforço e não há problemasnovibet bolaoidentificação com as aves na mão. Observamos que um grupo que usa o chão ou a vegetação mais baixa tem abundância reduzida, comparada com os dados da mesma florestanovibet bolao1980-1984."

Segundo Stouffer, a conclusão mais importante da pesquisa, "e péssima para a biodiversidade", é que as aves especializadasnovibet bolaose alimentar no chão estão menos comum do que eram.

"(O pior) é que isso está ocorrendo sem perturbação da paisagem, como, por exemplo, fogo, fragmentação da floresta ou espécies invasivas, que são as ameaças típicas", diz.

"Ou seja, os resultados indicam que, mesmo na mata intacta, está havendo perdanovibet bolaobiodiversidade."

Em números, o trabalho mostra que das 79 espécies capturadas e estudadas, 52 mostraram declínionovibet bolaosuas populações; 24, aumento; e três se mantiveram estáveis.

"Entre as que tiveram a maior redução do númeronovibet bolaoindivíduos está a choquinha-de-barriga-ruiva (Isleria guttata), que havia sido registradanovibet bolao59% dos sítios pesquisadosnovibet bolao1980-1984 e agora só foi encontradanovibet bolao14% dos locais estudados", revela o biólogo Cameron Rutt, hoje pesquisadornovibet bolaopós-doutorado na George Mason University, que foi alunonovibet bolaoStouffer e participou do estudo quando estava na LSU.

Microcerculus bambla-uirapuru-de-asa-branca

Crédito, Philip Stouffer

Legenda da foto, Microcerculus bambla-uirapuru-de-asa-branca também foi uma das espécies com variação na população

Na lista também está o vira-folha-pardo (Sclerurus caudacutus),novibet bolao53% para 10%; o uirapuru-verdadeiro (Cyphorhinus arada),novibet bolao59% para 29%; o uirapuru-de-asa-branca (Microcerculus bambla),novibet bolao50% para 19%; o pinto-do-mato-carijó (Myrmornis torquata),novibet bolao47% para 19%: "Na verdade, mesmo que tenha passado um ano e meio fazendo pesquisasnovibet bolaocampo na área, nunca vi o vira-folha-pardo", conta Rutt.

"Apesar dessas aves específicas, que registraram grande declínio, quando são considerados somente os resultados estatisticamente relevantes, das 79 estudadas, apenas 17 sofreram alterações, 9novibet bolaodeclínio e 8 com aumento", explica Rutt.

Ou seja, há um número semelhantenovibet bolaoespéciesnovibet bolaodeclínionovibet bolaocomparação às que estão aumentando.

Por isso, poderia se pensar que se trata um resultado aleatório, natural e sem importância. Mas não é.

O que faz a descoberta do novo estudo ser impactante e preocupante é o local onde ela foi feita: uma áreanovibet bolaomata intocada.

O pesquisador Mario Cohn-Haft, do Departamentonovibet bolaoBiodiversidade (COBIO) e Coleções Zoológicas - Aves, do Instituto Nacionalnovibet bolaoPesquisas da Amazônia (Inpa), explica por quê.

"Se fossem mudanças simplesmente aleatórias, eranovibet bolaose esperar essa variação, algumas espéciesnovibet bolaodeclínio e outrasnovibet bolaoascensão", diz.

"O que faz a diferença é que os pesquisadores descobriram que ocorreu o que se esperaria que acontecessenovibet bolaoáreasnovibet bolaodegradação florestal."

Myrmornis torquata - pinto-do-mato-carijó

Crédito, Philip Stouffer

Legenda da foto, Pesquisadores analisaram impacto climático nos Myrmornis torquata - pinto-do-mato-carijó

De acordo com ele, as espécies que diminuíram são as mesmas que teriam quedanovibet bolaoáreas alteradas. E as que aumentaram são as aquelas que se beneficiariam com a destruição da floresta, porque são oportunistas e têm melhor capacidadenovibet bolaoadaptação às mudanças ambientais.

"Isso é uma forte evidêncianovibet bolaoque a mudança no tempo é no mesmo sentido daquela quando há degradação e fragmentação da mata", explica.

Ou seja, não são mudanças aleatórias, refletindo, assim, um padrãonovibet bolaodegradação florestal.

"Aquelas espécies mais sensíveis a mudanças são justamente as que diminuíram", diz Cohn-Haft.

"Enquanto as que aumentaram são as que se beneficiam da abertura da mata, aumento da temperatura e da luz. Geralmente são os pássaros que comem frutas. Isso sugere que as condições da floresta não estão sendo tão estáveis como se imagina, que ela está se degradandonovibet bolaoalguma forma, com mudanças do microclimanovibet bolaoseu interior. O que fortalece a ideianovibet bolaoque as mudanças macroclimáticas, ou seja, globais, que vão no sentidonovibet bolaoesquentar e secar, estão influenciando profundamente o interior da floresta da amazônica."

Embora ainda não saibam com certeza qual a causa do fenômeno, os pesquisadores têm uma hipótese.

"Nesse trabalho, descrevemos o padrãonovibet bolaodeclínios e aumentos, mas nós ainda não sabemos qual pode ser a causa dessas reduções", admite Rutt.

"Mas, nesse momento, nossa suposição é que o que estamos vendo está ligado a eventos causados pelas mudanças climáticas globais. O mecanismo pode ser uma mudança nas populaçõesnovibet bolaoinsetos, que vivem no solo (que os pássaros comem), uma mudança na estrutura da mata mesmo, ou algo mais. É claro que mais pesquisas são necessárias para entender por que essas perdas invisíveis estão acontecendo na maior floresta tropical do mundo."

Línea

novibet bolao Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube novibet bolao ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnovibet bolaoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanovibet bolaousonovibet bolaocookies e os termosnovibet bolaoprivacidade do Google YouTube antesnovibet bolaoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenovibet bolao"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonovibet bolaoterceiros pode conter publicidade

Finalnovibet bolaoYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnovibet bolaoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanovibet bolaousonovibet bolaocookies e os termosnovibet bolaoprivacidade do Google YouTube antesnovibet bolaoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenovibet bolao"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonovibet bolaoterceiros pode conter publicidade

Finalnovibet bolaoYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnovibet bolaoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanovibet bolaousonovibet bolaocookies e os termosnovibet bolaoprivacidade do Google YouTube antesnovibet bolaoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenovibet bolao"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonovibet bolaoterceiros pode conter publicidade

Finalnovibet bolaoYouTube post, 3