'Passo mais tempo com eles do que com minha família': o veterinário que dedica a vida a cuidarelefantes doentes:
Na área rural onde mora, na Índia, Kushal Konwar Sarma é conhecido afetuosamente como "o médico dos elefantes".
"Sou mais feliz quando estou cercadoelefantes", afirma Sarma, que é veterinário e chefe do DepartamentoCirurgia e Radiologia do ColégioCiências VeterináriasAssam, na Índia. Ele passou seus últimos 35 anos cuidando desses animais — e salvando as vidasmilhares delas nas florestas da Índia e da Indonésia.
"A quantidadetempo que passei com elefantes é maior do que a que passei com a minha família."
Sarma, 60, cresceuuma aldeia chamada Barma, no nordeste da Índia,uma região que abriga 5 mil dos mais27 mil elefantes do país, segundo o levantamento mais recente,2017.
O veterinário afirma ter aprendido a "linguagem" dos elefantes. "Alémalimentá-los, me comunico com eles por meiosinais", ele conta, acrescentando que a maioria dos animais com os quais se relaciona já o reconhece.
Neste ano, o médico recebeu uma das maiores honrarias civis da Índia, o prêmio Padma Shri. Segundo suas próprias estimativas, ele já tratou mais10 mil elefantes.
O começo
A proximidade profissional com os animais começou1984, quando Sarma pela primeira vez tratou um animal doente sob a tutelaseu mentor, o professor Subhash Chandra Pathak.
"Lembro a primeira vezque fui com ele ao Parque Nacional Manas para cuidar dos elefantes. Eu estava tão animado", conta.
Mas a conexão com os elefantes vem desde antes, eminfância, quando a famíliaSarma tomou conta, empropriedade,uma elefante fêmea chamada Laxmi. "Quando eu tinha sete anos, sentava na Laxmi e passeava pela aldeia - é umaminhas memórias mais vívidas dela. Foi quando eu comecei a amar os elefantes."
Esse laço forjado com os animais moldoucarreira como médico local, particularmente durante as temporadasmonções. A região costuma ser afetada por grandes enchentes, que colocam os animaisrisco.
O Parque Nacional Kaziranga, considerado patrimônio pela Unesco (braço da ONU para cultura), é uma dessas áreas sensíveis a inundações - uma delas,julho, resultou na morte51 animais do parque.
"Os animais sofrem muito durante a temporadaenchentes. Até elefantes são levados pela água", afirma Sarma, que costuma ajudar as autoridades nos esforçosresgate. "É comum que bebês elefantes sejam separadossuas mães. Nesses casos, precisamcuidados e ajuda extra."
Mesmo quando não é oficialmente chamado para ajudar, "eu sempre vou, porque quero salvar a maior quantidade possívelanimais", diz.
oSarma já esteve m mais300 mil quilômetros das densas florestasAssam, se deparando com e tratandomilhareselefantes. Mas, alémLaxmi, outro animal ocupa um espaço especial navida? Geeta, uma fêmea que mora no Parque Kaziranga.
"Certa vez, quando eu estavaviagem aos EUA, soube que alguém havia atirado na Geeta. Felizmente, nenhuma das cinco balas atingiu qualquer órgão vital, mas eu fiquei muito nervoso", relembra. Ele cogitou interromperviagem e voltar à Índia.
"Mas,vez disso, ajudei no tratamento dela pelo telefone", conta.
Assim que voltou ao seu país,primeira missão foi visitar o animal ferido.
"Assegurei a ela que a trataria bem e que tiraria as balasseu corpo. Depoislocalizá-las com um detectormetal, removi as três primeirasuma cirurgia".
As outras duas balas estavam alojadaspontos difíceisserem extraídos. "Mas continuei o tratamento e, depoiscinco cirurgias, todas as balas foram tiradas do corpo dela. Minha querida Geeta está viva e muito saudável."
Apesaramar seu trabalho, ele diz que muitas vezes ele viuvidarisco na selva.
"Às vezes me pergunto? como sobrevivi? Certa vez, tivepassar a noite inteirauma árvore para tentar sedar um elefante selvagem que nós tentávamos capturar para um tratamento."
A despeito disso, ele espera inspirarfilha a seguir seus passos. Ela acabaobter seu diplomaciências veterinárias e costuma acompanhar o pai nas missões.
"Quero que ela carregue adiante a responsabilidadetratar dos elefantes depoismim."
- Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticausocookies e os termosprivacidade do Google YouTube antesconcordar. Para acessar o conteúdo clique"aceitar e continuar".
FinalYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticausocookies e os termosprivacidade do Google YouTube antesconcordar. Para acessar o conteúdo clique"aceitar e continuar".
FinalYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticausocookies e os termosprivacidade do Google YouTube antesconcordar. Para acessar o conteúdo clique"aceitar e continuar".
FinalYouTube post, 3