Com raro apoio da Nasa, cientistas planejam criar guia para caçar sinaiscoritiba e botafogo palpitecivilizações alienígenas:coritiba e botafogo palpite

Ilustraçãocoritiba e botafogo palpiteum estudo feito pelo físico Adam Frank, que imaginou uma suposta população alienígena baseada na Ilhacoritiba e botafogo palpitePáscoa

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, Ilustraçãocoritiba e botafogo palpiteum estudo feito pelo físico Adam Frank, que imaginou uma suposta população alienígena baseada na Ilhacoritiba e botafogo palpitePáscoa

"Você pode pensar nas tecnoassinaturas como parte da SETI, mas na verdade elas representam uma expansão dessa busca. É uma nova direção, que só é possível graças à descobertacoritiba e botafogo palpiteoutros planetas fora do Sistema Solar", explica Frank.

O astrônomo se refere à confirmação oficial da existênciacoritiba e botafogo palpiteplanetas orbitando outras estrelascoritiba e botafogo palpitenossa galáxia, ocorridacoritiba e botafogo palpite1995. Desde então, já se sabe que existem maiscoritiba e botafogo palpite4 mil exoplanetas, como eles são conhecidos, alguns deles dentrocoritiba e botafogo palpiteregiões consideradas propícias à vida.

"A dúvida sobre a existênciacoritiba e botafogo palpiteplanetas orbitando outras estrelas remonta aos gregos, há cercacoritiba e botafogo palpite2,5 mil anos, e só foi respondida 25 anos atrás. Depoiscoritiba e botafogo palpiteacharmos os primeiros, rapidamente percebemos que a galáxia estava repleta deles. E, quando você tem planetas, tem também um lugar para onde olhar na busca por civilizações extraterrestres", esclarece o astrônomo.

Quando tudo começou

Frank entrou pela primeira vezcoritiba e botafogo palpitecontato com o espaço sideral aos 5 anoscoritiba e botafogo palpiteidade. Seu pai era jornalista e mantinha uma biblioteca com diversas ediçõescoritiba e botafogo palpiterevistascoritiba e botafogo palpiteficção científica. "Eu me lembrocoritiba e botafogo palpitedescer as escadas e dar uma espiada nas capas, que tinham ilustraçõescoritiba e botafogo palpitepessoas flutuando ao redor da Luacoritiba e botafogo palpitesuas naves espaciais."

Mais tarde, passou a devorar livroscoritiba e botafogo palpiteficção científica. Ele diz ter desde cedo um interesse especial por formascoritiba e botafogo palpitevida alienígenas. Só há pouco tempo, porém, se debruçou sobre o tema profissionalmente, após uma carreira acadêmica principalmente dedicada a estudar a formação e mortecoritiba e botafogo palpiteestrelas.

O físico e astrônomo Adam Frank, da Universidadecoritiba e botafogo palpiteRochester

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Legenda da foto, O físico e astrônomo Adam Frank, da Universidadecoritiba e botafogo palpiteRochester, nos Estados Unidos, lidera a pesquisa para 'caçar' sinaiscoritiba e botafogo palpitecivilizações alienígenas

A partir da publicaçãocoritiba e botafogo palpiteseu último livro, Light of the Stars: Alien Worlds and the Fate of the Earth (Luz das Estrelas: Mundos Alienígenas e o Destino da Terra,coritiba e botafogo palpitetradução livre),coritiba e botafogo palpiteque ele questiona como a descobertacoritiba e botafogo palpitecivilizações alienígenas poderia afetar nossa percepção sobre o futuro da humanidade, Frank mergulhoucoritiba e botafogo palpitefato nesse universo.

A propostacoritiba e botafogo palpitepesquisa que recebeu apoio da Nasa nasceu há dois anos, durante uma oficina sobre tecnoassinaturas organizada pela agência,coritiba e botafogo palpiteHouston, no Texas. Hoje, o projeto também inclui os professores e pesquisadores Avi Loeb, da Universidade Harvard, Jacob-Haqq Misra, da organização Blue Marble Space, Manasvi Lingam, do Institutocoritiba e botafogo palpiteTecnologia da Flórida, e Jason Wright, da Universidade do Estado da Pensilvânia.

Frank ressalta que a pesquisa, com duração máximacoritiba e botafogo palpitetrês anos, marca o iníciocoritiba e botafogo palpiteum projeto muito maior, que deve se estender por décadas, e que inicialmente vai englobar apenas dois tiposcoritiba e botafogo palpitetecnoassinaturas.

À procuracoritiba e botafogo palpitesinaiscoritiba e botafogo palpiteinteligência

A escolha por procurar tecnoassinaturas vem da insistência do grupocoritiba e botafogo palpitecientistascoritiba e botafogo palpiteencontrar vida inteligente. O foco difere, por exemplo, daqueles que optam pela busca por bioassinaturas, área que historicamente tem recebido mais incentivos da Nasa e que busca indícioscoritiba e botafogo palpitequalquer tipocoritiba e botafogo palpitevida, o que incluiria também seres como plantas e micro-organismos.

"A Nasa financiou fortemente buscas por bioassinaturas, com um grande esforço para encontrar formascoritiba e botafogo palpitevida 'burras', mas jamais apoiaria a pesquisacoritiba e botafogo palpitevida inteligente? Isso simplesmente não faz mais sentido nenhum", diz Frank.

Ao longo dos próximos três anos, com o apoio financeiro ainda relativamente modesto concedido pela agência (aproximadamente US$ 300 mil, ou cercacoritiba e botafogo palpiteR$ 1,59 mihões), os cientistas buscarão entender melhor as assinaturas visuais que podem ser geradas por dois indícios específicoscoritiba e botafogo palpiteexistênciacoritiba e botafogo palpitetecnologia, à distânciacoritiba e botafogo palpitevários anos-luz: a poluição e o usocoritiba e botafogo palpiteenergia solar.

"Em relação à poluição, devemos procurar especificamente por sinaiscoritiba e botafogo palpiteCFC (clorofluorocarbonetos), um químico gerado por aparelhoscoritiba e botafogo palpiterefrigeração e que foi banido por aqui devido aos danos que causa à camadacoritiba e botafogo palpiteozônio. Também queremos estabelecer qual assinatura deixaria a luz refletidacoritiba e botafogo palpitepainéis solares, caso uma civilização, como a nossa, tenha tido a ideia coletar energiacoritiba e botafogo palpiteuma estrelacoritiba e botafogo palpitelarga escala."

Se tudo der certo, esses devem ser os primeiros tópicos a serem incluídoscoritiba e botafogo palpiteum catálogocoritiba e botafogo palpitetecnoassinaturas que será mais extensamente desenvolvido ao longo das próximas décadas e servirá como guia aos astrônomos que estiverem observando outros planetascoritiba e botafogo palpitebuscacoritiba e botafogo palpiteindícioscoritiba e botafogo palpitevida inteligente.

O pesquisador acrescenta que os estudiosos deverão ter bastante tempo para preencher o catálogo até que os registros possamcoritiba e botafogo palpitefato ser colocadoscoritiba e botafogo palpiteprática, já que os instrumentos para captar essas informações com a eficácia necessária ainda estão para ser desenvolvidos.

Segundo Frank, somente as próximas geraçõescoritiba e botafogo palpitetelescópios ópticos, com diâmetros que "podem chegar ao tamanhocoritiba e botafogo palpiteum campocoritiba e botafogo palpitefutebol americano" (aproximadamente 110 metros), terão um alcance que permitirá analisar as tecnoassinaturas desses planetas. "Só assim poderemos observar se o espectro encontrado na luz emitida por eles corresponde às digitais que estamos prevendo."

A busca que nunca aconteceu

Céu estrelado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os cientistas vão buscar entender melhor as assinaturas visuais que podem ser geradas pela poluição e o usocoritiba e botafogo palpiteenergia solar

Contrariando as teorias conspiracionistas, muitas das quais pregam que o governo e cientistas americanos vêm estudando espécimes alienígenas às escondidas durante décadaso astrônomo afirma que pouquíssimas pesquisas científicas sobre vida inteligente fora da Terra foramcoritiba e botafogo palpitefato realizadas até o momento.

Na verdade, segundo ele, a humanidade vem engatinhando cientificamente nessa área, que ainda sofre com a faltacoritiba e botafogo palpitefinanciamentos significativos e cujos principais avanços teriam acontecido "graças a um punhadocoritiba e botafogo palpiteastrônomos dispostos a gastar seu tempo livre olhando pela lente do telescópio".

"As pessoas têm essa noçãocoritiba e botafogo palpiteque há cientistas procurando sinaiscoritiba e botafogo palpitecivilizações inteligentes todos os dias. Elas acham que estamos profundamente engajados nessa busca, que mapeamos todo o céu e não encontramos coisa alguma", explica Frank. "Isso não poderia estar mais distante da realidade."

O pesquisador lembra ainda que houve uma tentativa por parte da Nasacoritiba e botafogo palpitelançar um programa mais ambiciosocoritiba e botafogo palpitebusca por vida inteligente na décadacoritiba e botafogo palpite1990. A iniciativa, no entanto, acabou sendo barrada pelo Congresso americano, por motivos que variam do controlecoritiba e botafogo palpitegastos até o preconceito que ainda existia contra a procura por alienígenas.

Para o astrônomo, a importância da empreitada é óbvia. Aprender sobre outras civilizações nos ajudaria a entender melhor o futuro da nossa, especialmentecoritiba e botafogo palpiterelação aos desafios que devemos enfrentar para a sobrevivência da humanidade. Entre eles, as mudanças climáticas.

"Nós nem sequer sabemos se a natureza do Universo permite a criaçãocoritiba e botafogo palpitecivilizações com longo prazocoritiba e botafogo palpiteduração. Talvez toda civilização, caso realmente existam outras, chegue ao pontocoritiba e botafogo palpiteque estamos, dê início a algo parecido com o aquecimento global e, então, seja extinta 200 anos depois", afirma Frank.

Por outro lado, descobrir a existênciacoritiba e botafogo palpitecivilizações muito mais antigas pode significar que há um futuro possível para nós e que temos muitas lições a aprender com nossos vizinhos, ainda que estabelecer esse diálogo seja uma tarefa extremamente complicada — dependendo da distância, uma mensagem poderia levar centenascoritiba e botafogo palpiteanos para chegar e o mesmo tempo para voltar até nós.

Esse é um dos motivos pelo qual o astrônomo aposta que observar a partir da Terra traços da tecnologia e do modocoritiba e botafogo palpitevidacoritiba e botafogo palpiteuma civilização extraterrestre poderia ser o suficiente para estudarcoritiba e botafogo palpitetrajetória e, quem sabe, aprender algo com ela.

O caminho à frente

Frank assegura que hoje o ambiente é muito mais propício à busca por vida inteligente, tanto graças à descobertacoritiba e botafogo palpiteplanetas habitáveis quanto à popularização da ficção científica, que deixoucoritiba e botafogo palpiteser a "coisacoritiba e botafogo palpitenerd" que era 50 anos atrás e se tornou parte integral da nossa cultura.

"Antes, costumava ser motivocoritiba e botafogo palpiterisada. Se você era um cientistacoritiba e botafogo palpite1975 e queria falar sobre isso, as pessoas já começavam a revirar os olhos. Agora, até mesmo para jovens geraçõescoritiba e botafogo palpitecientistas não há nenhum estigmacoritiba e botafogo palpitepensar sobre civilizações extraterrestres", conta o pesquisador.

Apesar da visão positiva, o astrônomo alerta contra o imediatismo, já que a ciência "tem o costumecoritiba e botafogo palpiteser chata" e pode levar um tempo enorme para chegar a algum resultado.

"Pense nas ondas gravitacionais. Einstein previu há maiscoritiba e botafogo palpiteum século que elas poderiam existir. Levou cem anoscoritiba e botafogo palpiteum trabalho inacreditavelmente detalhado para termos alguma resposta sobre isso [a existência delas foi finalmente comprovadacoritiba e botafogo palpite2017", destaca o astrônomo.

"Sobre a vida extraterrestre, a única coisa que podemos dizer é que ainda não olhamos lá fora. Pode ser que descubramos novos indícios amanhã, mas o mais provável é que levem décadas. Estamos apenas no começo, colocando nossos barquinhos na água para dar início a uma jornada que promete ser longa, com um destino final valioso para a humanidade."

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