'Fico deprimida': como médicos que combateram meningite na ditadura veem pandemiabaixar aplicativo do bet365covid-19:baixar aplicativo do bet365

Campnha vacinação meningite SP

Crédito, Museubaixar aplicativo do bet365Saúde Pública Emílio Ribas/Inst. Butantan

Legenda da foto, Pistolasbaixar aplicativo do bet365vacinação foram usadas por profissionaisbaixar aplicativo do bet365saúde para imunizar a população

A epidemia dos anos 70

Era abrilbaixar aplicativo do bet3651971 quando teve início aquela que se tornaria a maior epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite da história do Brasil. Os primeiros casos foram identificados no distritobaixar aplicativo do bet365Santo Amaro, na Zona Sulbaixar aplicativo do bet365São Paulo. Meses depois, a propagação da enfermidade ganhou proporções epidêmicas.

O país havia passado por dois surtos da doença anteriormente,baixar aplicativo do bet3651923 ebaixar aplicativo do bet3651945, mas nenhum deles havia sido tão grave.

Durante a epidemia, o Brasil foi acometido por dois subtiposbaixar aplicativo do bet365meningite meningocócica: do tipo C, a partirbaixar aplicativo do bet365abrilbaixar aplicativo do bet36571, e do tipo A,baixar aplicativo do bet365maiobaixar aplicativo do bet3651974.

Os mais atingidos, a princípio, foram moradoresbaixar aplicativo do bet365regiões carentes, que tiveram sintomas clássicos da doença, como dorbaixar aplicativo do bet365cabeça, febre alta e rigidez na nuca. Nos bairros mais pobres, muitas pessoas morreram sem diagnóstico ou tratamento.

O avanço da epidemia foi pouco noticiado. Isso porque era tempobaixar aplicativo do bet365'milagre econômico' e o governo militar não admitia a existência do problema sanitário. Na época, médicos foram proibidosbaixar aplicativo do bet365conceder entrevistas sobre o tema. Reportagens sobre a enfermidade foram censuradas. Não havia dados oficiais.

"Desde o início, os médicos alertaram as autoridades sobre a epidemia e a necessidadebaixar aplicativo do bet365ações para que ela fosse contida. Mas os militares não tomavam medidas sobre o assunto", relembra o epidemiologista Eliseu Waldman,baixar aplicativo do bet36573 anos, que na época era residente no Institutobaixar aplicativo do bet365Infectologia Emílio Ribas,baixar aplicativo do bet365São Paulo.

Militaresbaixar aplicativo do bet365tanques na avenida Rio Branco

Crédito, ACERVO ARQUIVO NACIONAL

Legenda da foto, Na décadabaixar aplicativo do bet36570, militares proibiram divulgaçãobaixar aplicativo do bet365informações sobre casosbaixar aplicativo do bet365meningite; médicos apontam semelhanças entre o ato e condutabaixar aplicativo do bet365Bolsonaro

Em alguns pontos, os profissionaisbaixar aplicativo do bet365saúde que trabalharam durante a epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite consideram que o período atual é muito pior,baixar aplicativo do bet365decorrênciabaixar aplicativo do bet365medidas do presidente e por se tratarbaixar aplicativo do bet365um vírusbaixar aplicativo do bet365propagação muito rápida. Em outros aspectos, ressaltam que a situação atual é melhor, como sob o pontobaixar aplicativo do bet365vista da democracia, que impede que as principais informações sobre a covid-19 sejam ocultadas.

Para os médicos que atuaram no combate à meningite, no entanto, a postura atualbaixar aplicativo do bet365Brasília lembra a dos militaresbaixar aplicativo do bet365cinco décadas atrás.

"Estou revivendo algo que jamais imaginei que fosse acontecerbaixar aplicativo do bet365novo, no sentido sanitário e político", desabafa o infectologista Roberto Focaccia,baixar aplicativo do bet36574 anos, que atuou na linhabaixar aplicativo do bet365frente contra a epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite.

Da meningite ao coronavírus

Quando os casosbaixar aplicativo do bet365meningite começaram a aumentar exponencialmente, o governo militar se preocupoubaixar aplicativo do bet365esconder a situação. Poucas pessoas sabiam do problema. Os veículosbaixar aplicativo do bet365comunicação logo foram impedidosbaixar aplicativo do bet365informar sobre o assunto.

"Os epidemiologistas da época tiveram acesso às notificações e viram que a incidênciabaixar aplicativo do bet365meningite estava muito acima do habitual. Nós, profissionais da saúde, sabíamos da real situação, mas éramos impedidosbaixar aplicativo do bet365falar com a mídia", relata a epidemiologista Rita Barradas Barata,baixar aplicativo do bet36568 anos. No período, ela era aluna do internatobaixar aplicativo do bet365medicina do Emílio Ribas.

"A preocupação dos militares na época era com o 'milagre econômico'. Eles não queriam,baixar aplicativo do bet365hipótese nenhuma, associar um país crescendo economicamente com o desgaste causado por uma epidemia", acrescenta Rita.

O descaso das autoridades com a epidemia causou mortes e subnotificações, apontam os profissionaisbaixar aplicativo do bet365saúde.

"A população não sabia, a princípio, que tinha que tomar medidas, como evitar aglomerações, para se prevenir da meningite. Isso não saía na mídia, porque a ditadura não permitia. Foi uma época terrível", comenta a infectologista Marinella Della Negra,baixar aplicativo do bet36575 anos, que era residente do Emílio Ribas na época.

"Essa tentativabaixar aplicativo do bet365silenciamento impediu que ações rápidas e adequadas fossem tomadas", disse a jornalista Catarina Schneider,baixar aplicativo do bet365entrevista à BBC News Brasil no fimbaixar aplicativo do bet365março. Mestrebaixar aplicativo do bet365Comunicação Social, ela é autora da tese 'A Construção Discursiva dos jornais O Globo e Folhabaixar aplicativo do bet365S.Paulo sobre a Epidemiabaixar aplicativo do bet365Meningite na Ditadura Militar Brasileira' (1971-1975).

A censura da época proibia matérias sobre o tema porque afirmava que elas seriam alarmistas e tendenciosas.

"Era muito fácil ocultar dados na época, porque não havia um sistemabaixar aplicativo do bet365informação consolidado com levantamentos da saúde pública", diz o infectologista Eliseu Waldman.

Campnha vacinação meningite SP

Crédito, Museubaixar aplicativo do bet365Saúde Pública Emílio Ribas/Inst. Butantan

Legenda da foto, Vacinação para a meningite aconteceubaixar aplicativo do bet36575, anos após surgimentobaixar aplicativo do bet365diversos casos da doença

Os médicos passavam informaçõesbaixar aplicativo do bet365"off" para os jornalistas, para alertar a população. As poucas matérias publicadas sobre o assunto eram desmentidas pelas autoridades, que diziam que não se tratavabaixar aplicativo do bet365uma situação preocupante.

"Diziam que esconder isso era questãobaixar aplicativo do bet365Segurança Nacional. Por várias vezes, demos entrevistas a jornais e pedíamos para não nos identificar. No dia seguinte, havia uma receitabaixar aplicativo do bet365bolo ou uma poesia,baixar aplicativo do bet365vez da reportagem", relembra Roberto Focaccia.

Os profissionaisbaixar aplicativo do bet365saúde traçam um paralelo entre a situação vivida com a covid-19 e a da meningite nos anos 70.

"O presidente Bolsonaro quis esconder a real situação da pandemia (em referência ao período, no começobaixar aplicativo do bet365julho,baixar aplicativo do bet365que o Ministério da Saúde deixoubaixar aplicativo do bet365divulgar dados consolidadosbaixar aplicativo do bet365mortes por covid-19), como se fosse possível. Hoje, todo mundo já sabe o que estamos passando com o coronavírus", diz Rita Barradas.

Uma das principais aliadas da população,baixar aplicativo do bet365meio à pandemia do novo coronavírus, é a tecnologia. A internet se tornou peça importante no enfrentamento à covid-19.

"A diferença entre a pandemiabaixar aplicativo do bet365agora e a epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite é que no passado havia uma censura muito grande e não era possível veicular o que realmente estava acontecendo. Hoje não cabe mais a postura totalitária, principalmente com o advento da internet. O medo acabou e os profissionaisbaixar aplicativo do bet365saúde falam sobre o que está acontecendo, apesarbaixar aplicativo do bet365o presidente tentar negar a gravidade da doença", declara Marinella Della Negra.

Bolsonarobaixar aplicativo do bet365manifestação

Crédito, EVARISTO SA/AFP

Legenda da foto, Presidente critica constantemente as medidasbaixar aplicativo do bet365isolamento e chegou a classificar a covid-19 como "gripezinha"

O negacionismo

Em 1973, a meningite chegou também nas áreas mais nobres e pessoasbaixar aplicativo do bet365alto poder aquisitivo passaram a morrerbaixar aplicativo do bet365decorrência da meningite. O governo militar continuou negando a existência da epidemia.

O pico da epidemia no país foi registradobaixar aplicativo do bet3651974. Na época, a propagaçãobaixar aplicativo do bet365outro sorotipo causou crescimento ainda maiorbaixar aplicativo do bet365casos.

Alémbaixar aplicativo do bet365São Paulo, ao menos outro seis Estados brasileiros, nas regiões Sul e Sudeste, sofreram intensamente com a enfermidade. Havia, ao menos, 67 mil casos nas áreas mais afetadas, sendo 40 mil deles apenasbaixar aplicativo do bet365São Paulo.

O Instituto Emílio Ribas, que era referência no tratamento, tinha 300 leitos disponíveis, mas chegou a acompanhar cercabaixar aplicativo do bet3652 mil pacientes. "O sistemabaixar aplicativo do bet365saúde não estava preparado para isso. Hospitais que não estavam ativados precisaram ser alugados pelo poder público para receber os pacientes", relata Eliseu Waldman.

"Vi muita gente morrerbaixar aplicativo do bet365quatro ou cinco horas. Era uma coisa louca. Não cabia mais gente no Emílio Ribas. Não havia mais área administrativa. Tudo virou espaço para pacientes com meningite. Muitos pacientes dormiam no chão. Alguns seguravam o próprio soro", diz Roberto Focaccia.

"Nós, médicos, trabalhávamos como loucos. Morávamos no hospital, praticamente", comenta Focaccia. Sobrecarregados, os profissionaisbaixar aplicativo do bet365saúde usavam capacetes, óculos e botas para se proteger. Assim como no contexto do novo coronavírus, também houve registrosbaixar aplicativo do bet365trabalhadores da saúde contaminados com a meningite.

Infectologista Roberto Focacciabaixar aplicativo do bet3651972

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Infectologista Roberto Focacciabaixar aplicativo do bet3651972, períodobaixar aplicativo do bet365que atuou no combate à epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite. "Éramos proibidosbaixar aplicativo do bet365falar com a imprensa", diz o médico.

Com o aumentobaixar aplicativo do bet365casos, os pacientes menos graves passaram a ser levados outras unidadesbaixar aplicativo do bet365saúdebaixar aplicativo do bet365São Paulo. Até escolas foram adaptadas para receber doentes. Os mais graves permaneceram no Emílio Ribas.

Sem informações, muitas pessoas desconheciam os cuidados necessários para se prevenir e não sabiam os sintomas da meningite. "Muita gente morreu por faltabaixar aplicativo do bet365informação. Não houve pressão do governo para adotar medidas urgentes. As consequências da postura dos militares foram terríveis", lamenta Focaccia.

Em marçobaixar aplicativo do bet3651974, o general Ernesto Geisel assumiu a Presidência do país, no lugar do general Médici. Ele nomeou o médico sanitarista Paulobaixar aplicativo do bet365Almeida Machado para o Ministério da Saúde.

Machado concedeu uma entrevista para a jornalista Eliane Cantanhede, na época repórter da revista Veja. Ele admitiu que o Brasil vivia uma epidemia, alertou a população e ensinou medidasbaixar aplicativo do bet365higiene. No entanto, a entrevista foi vetada pela censura. O principal argumento era que as declarações poderiam causar pânico e não havia vacina para todos.

Ao comparar a epidemia do passado com a situação do novo coronavírus, os médicos que atuaram no enfrentamento à meningite acreditam que a conduta negacionistabaixar aplicativo do bet365Bolsonaro, que chegou a classificar a covid-19 como uma "gripezinha", pode ser mais perigosa que a postura dos militares da décadabaixar aplicativo do bet36570.

"Os militares tentavam reduzir a importância da epidemia, mas não havia nenhum deles abraçando alguém ou incentivando que as pessoas se expusessem. Na época, apesarbaixar aplicativo do bet365não divulgarem o correto a fazer, não havia alguém incentivando práticas erradas, como temos hoje. Por exemplo, quando um presidente sai sem máscara, sendo que a orientação é para usá-la, ele está incentivando as pessoas a agirem errado", diz Marinella Della Negra.

Marinella também critica fala recentebaixar aplicativo do bet365Bolsonaro, que incentivou seus seguidores a invadirem hospitais e filmarem o que encontrarem no interior.

"É totalmente insano pedir para as pessoas entrarembaixar aplicativo do bet365hospitais para filmar, sem ter conhecimento dos riscos disso. É preciso respeitar os pacientes e os profissionaisbaixar aplicativo do bet365saúde. Nem na ditadura foi sugerido algo parecido. É uma conduta fora da racionalidade. É uma ausência totalbaixar aplicativo do bet365respeito", assevera a infectologista.

Jair Bolsonaro

Crédito, REUTERS/ADRIANO MACHADO

Legenda da foto, Bolsonaro tem adotado postura semelhante àbaixar aplicativo do bet365militares na décadabaixar aplicativo do bet36570, avaliam médicos

O fim da epidemia

Em meadosbaixar aplicativo do bet3651974, o governo já não conseguia mais esconder o grave problema sanitário. Na época, aulas foram suspensas e eventos foram cancelados, como os Jogos Pan-Americanosbaixar aplicativo do bet3651975, que aconteceriambaixar aplicativo do bet365São Paulo, mas foram transferidos para a Cidade do México.

"Começou uma psicose coletiva e as pessoas ficaram com medobaixar aplicativo do bet365se contaminar. Ninguém passava maisbaixar aplicativo do bet365frente ao Emílio Ribas. Os táxis não paravam mais lá", relembra Focaccia.

Na época, assim como no período atual, também havia as notícias mentirosas sobre a epidemia, hoje conhecidas como fake news. Ainda que não houvesse redes sociais, os boatos eram propagados rapidamente por meio do boca a boca. Uma dessas mentiras dizia que uma pessoa poderia contrair meningite apenas ao passar na rua do Emílio Ribas, mesmo sem proximidade com qualquer pessoa infectada.

"As fake news sempre são desinformativas. Em meio a uma pandemia, como agora, é um crime contra a saúde pública. É tão grave quanto a faltabaixar aplicativo do bet365informação, pois ambos levam a população a condutasbaixar aplicativo do bet365risco", pontua Marinella Della Negra. As redes sociais e aplicativosbaixar aplicativo do bet365mensagem colaboram atualmente para a rápida propagação das fake news, que têm alcance maior que os boatos do passado. Em razão disso, especialistas ressaltam a necessidadebaixar aplicativo do bet365buscar informações corretas ebaixar aplicativo do bet365fontes confiáveis.

Filas se formaram durante vacinação contra a meningitebaixar aplicativo do bet365abrilbaixar aplicativo do bet36575

Crédito, Museubaixar aplicativo do bet365Saúde Pública Emílio Ribas/Inst. Butantan

Legenda da foto, Filas se formaram durante vacinação contra a meningitebaixar aplicativo do bet365abrilbaixar aplicativo do bet36575

As notícias oficiais sobre a epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite, confirmadas pelo governo militar, começaram a ser veiculadas somente no começobaixar aplicativo do bet3651975. Isso porque o Brasil havia assinado, no ano anterior, um acordo com o Instituto Pasteur Mérieux e importou cercabaixar aplicativo do bet36580 milhõesbaixar aplicativo do bet365dosesbaixar aplicativo do bet365vacina contra a meningite.

Os números oficiais sobre a doença passaram a ser divulgados pelo governo militar para estimular a população a aderir à Campanha Nacionalbaixar aplicativo do bet365Vacinação Contra a Meningite Meningocócica (Camem), que teve iníciobaixar aplicativo do bet365abrilbaixar aplicativo do bet36575.

Em menosbaixar aplicativo do bet365uma semanabaixar aplicativo do bet365campanha, cercabaixar aplicativo do bet36590% da população brasileira foi vacinada. "Fizeram uma operação militar para imunizar as pessoas", comenta Eliseu Waldman. A imunização era feita por meiobaixar aplicativo do bet365uma pistolabaixar aplicativo do bet365vacinação.

"Mas na época da vacinação, a epidemia estavabaixar aplicativo do bet365franco declínio, porque a população já estava naturalmente imunizada", diz Focaccia à BBC News Brasil.

Os números sobre as mortes causadas pela epidemia (de 1970 a 75) são divergentes. Há levantamentos que apontam para 1,6 mil apenasbaixar aplicativo do bet365São Paulo. Já uma edição do jornal O Globo,baixar aplicativo do bet36530baixar aplicativo do bet365dezembrobaixar aplicativo do bet36574, diz que foram 2,5 mil mortosbaixar aplicativo do bet365São Paulo, 304 no Riobaixar aplicativo do bet365Janeiro e 111 no Rio Grande do Sul.

"Os dados da epidemia foram minimizados, assim como acontece agora com a covid-19. Na época, computavam apenas testes com cultura positiva, mas a maioria era falso negativo, porque muitos pacientes se automedicavam com antibióticos para a meningite e isso falseava os resultados do examebaixar aplicativo do bet365cultura do líquor (o líquido da espinha) oubaixar aplicativo do bet365sangue", relata Focaccia.

Hidroxicloroquina

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Bolsonaro defende uso da cloroquina no tratamento da covid-19, mesmo sem comprovação científica

'Situação muito pior'

Enquanto a epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite demorou anos para ser controlada, a pandemia do novo coronavírus segue permeada por incertezas. Apesarbaixar aplicativo do bet365haver diversos testes pelo mundo, ainda não há vacinas ou medicamentos com eficácia comprovada contra o Sars-Cov-2, nome oficial do vírus.

Do pontobaixar aplicativo do bet365vista sanitário, a epidemiologista Rita Barradas Barata cita que o Sars-Cov-2 traz mais prejuízos que a epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite, pois se tratabaixar aplicativo do bet365um vírus com rápida propagação.

"Os primeiros casosbaixar aplicativo do bet365meningite foram registrados no começo do século passado. Por isso, muitas pessoas desenvolveram imunidade ao longo da vida. Além disso, já havia tratamento indicado no período da epidemia, apesarbaixar aplicativo do bet365a vacina ter chegado depois ao país. Mas o novo coronavírus circula pela primeira vez entre humanos, então ninguém tem imunidade ou memória relacionada a ele, por isso a propagação é muito rápida", explica.

Sob o aspecto político, ela ressalta a importânciabaixar aplicativo do bet365vivermosbaixar aplicativo do bet365um períodobaixar aplicativo do bet365democracia. No entanto, avalia que grande parte da condutabaixar aplicativo do bet365Bolsonaro é mais prejudicial para os brasileiros que as medidas adotadas pelos militares no combate à epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite.

"Há coisas que nem na ditadura aconteceram. Na epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite, nenhum profissionalbaixar aplicativo do bet365saúde recebeu ordem para tratar um paciente assim ou assado. Os médicos tinham liberdade para seguir o tratamento que consideravam adequado", declara,baixar aplicativo do bet365referência à orientação do governo Bolsonaro para o tratamento com cloroquinabaixar aplicativo do bet365pacientes com a covid-19.

Campnha vacinação meningite SP

Crédito, Museubaixar aplicativo do bet365Saúde Pública Emílio Ribas/Inst. Butantan

Legenda da foto, Em pouco tempo, cercabaixar aplicativo do bet36590% da população estava vacinada contra meningite

Rita considera as açõesbaixar aplicativo do bet365Bolsonaro preocupantes. Em todo o mundo, o presidente tem sido criticadobaixar aplicativo do bet365razão da postura adotada no enfrentamento à pandemia. Com maisbaixar aplicativo do bet36553 mil óbitos, o Brasil é o segundo com mais mortes pelo novo coronavírus.

"É muito bom termos a liberdadebaixar aplicativo do bet365imprensa, que permite que as pessoas saibam o que está acontecendo. A ditadura foi um período horrível. Mas não havia nada como o que está acontecendo agora,baixar aplicativo do bet365relação à postura do presidente. O que estamos vivendo hoje é algo que nunca vi", diz.

"Não há um comando. O Ministério da Saúde está tomado por diversos militares. Na época da epidemiabaixar aplicativo do bet365meningite, os médicos sanitaristas eram os responsáveis por avaliar as medidas que seriam tomadas. Mas agora, nem os médicos são ouvidos mais", critica Rita.

Em meio à pandemia, o Brasil está há um mês sem ministro da saúde, desde a saída do médico Nelson Teich. Ele deixou a pasta por se recusar a contraria evidências científicas para relaxar o isolamento social e recomendar o uso da cloroquina no tratamento da covid-19, como queria Bolsonaro. Desde então, o Ministério da Saúde é comandado por um militar que está interinamente na função, o general Eduardo Pazuello.

"Nunca imaginei que fosse ver algo assim. É uma coisa assustadora. Sinceramente, fico deprimida com os rumos que as coisas estão tomando no país", lamenta Rita.

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