Cinco epidemias que ajudaram a mudar o rumo da história:galera bet cnpj

Criança usando uma máscara no Aeroporto Internacional Ninoy Aquinogalera bet cnpjManila.

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galera bet cnpj O surtogalera bet cnpjcoronavírus está mudando dramaticamente a maneira como milhõesgalera bet cnpjpessoasgalera bet cnpjtodo o mundo vivem suas vidas.

Muitas dessas mudanças serão temporárias. Mas doenças ao longo da história tiveram enormes efeitos a longo prazo: desde a queda das dinastias, passando pelo aumento no colonialismo, e chegando ao esfriamento do clima.

A Peste bubônica no século 14 e a ascensão da Europa Ocidental

Pessoas orando por alívio da peste bubônica, por voltagalera bet cnpj1350.

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Legenda da foto, Muitas pessoas na Europa rezavam desesperadamente para que a praga terminasse

A praga que atingiu a Europa por voltagalera bet cnpj1350 foi aterrorizante e matou cercagalera bet cnpjum terço da população, mas analistas dizem que pode ter ajudado a região a se desenvolver.

A enorme mortalidade causou escassezgalera bet cnpjmãogalera bet cnpjobra para os proprietáriosgalera bet cnpjterras, fazendo com que o sistema velho sistema feudal, que forçava pessoas a trabalhar nas terrasgalera bet cnpjum senhor para pagar seu aluguel, começasse a desmoronar.

Isso levou a Europa Ocidental a desenvolver uma economia mais moderna, comercializada e baseadagalera bet cnpjdinheiro.

As pessoas queimaram roupas para tentar conter o surto.

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Legenda da foto, As pessoas queimaram roupas para tentar conter o surto.

Como ficou muito mais caro contratar pessoas para trabalhar, os empresários também começaram a investirgalera bet cnpjtecnologias que economizavam mão-de-obra.

Houve até a sugestãogalera bet cnpjque o surto encorajou o imperialismo europeu.

As viagens marítimas e as explorações eram vistas como extremamente perigosas, mas com taxasgalera bet cnpjmortalidade tão altas causadas pela pragagalera bet cnpjcasa, as pessoas estavam mais dispostas a correr os riscos das longas viagens. E isso ajudou a incentivar o colonialismo europeu a se expandir.

Mortes por varíola nas Américas e mudanças climáticas

Hernando Cortesgalera bet cnpjTenochtitlan, Méxicogalera bet cnpj1520.

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Legenda da foto, Conquistadores europeus levaram doenças mortais para a América do Sul

A colonização das Américas no final do século 15 matou tantas pessoas que pode ter alterado o clima mundial.

Um estudo feito por cientistas da University College London, no Reino Unido, descobriu que a expansão europeia viu a população da região cairgalera bet cnpj60 milhõesgalera bet cnpjpessoas (cercagalera bet cnpj10% da população mundial na época) para apenas 5 ou 6 milhõesgalera bet cnpjcem anos.

Muitas dessas mortes foram causadas por doenças introduzidas pelos colonizadores.

O maior assassino foi a varíola. Outras doenças mortais incluíam sarampo, gripe, peste bubônica, malária, difteria, tifo e cólera.

Além da perda catastróficagalera bet cnpjvidas e do terrível sofrimento humano na região, houve consequências para o mundo inteiro.

Ilustraçãogalera bet cnpjuma reunião entre os conquistadores espanhóis e os nativos do Peru.

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Legenda da foto, Milhões morreram após a chegadagalera bet cnpjexploradores espanhóis

O fatogalera bet cnpjter menos pessoas vivas levou a uma queda na quantidadegalera bet cnpjterra que estava sendo cultivada ou ocupada, e grandes áreas voltaram naturalmente a ser florestas ou savanas.

Estima-se que 560 mil km2 foram alterados dessa maneira, o que representa uma área do tamanho da França ou do Quênia.

Esse enorme crescimentogalera bet cnpjplantas e árvores levou a uma queda nos níveisgalera bet cnpjdióxidogalera bet cnpjcarbono (CO2) (registradosgalera bet cnpjamostrasgalera bet cnpjnúcleogalera bet cnpjgelo da Antártica) e, portanto, a uma redução na temperaturagalera bet cnpjdiversas partes do mundo.

Os cientistas acreditam que isso, junto com grandes erupções vulcânicas e uma redução na atividade solar, levou ao iníciogalera bet cnpjum período conhecido como "Pequena Era do Gelo", quando as temperaturas caíramgalera bet cnpjmuitas partes do mundo.

Ironicamente, uma das áreas mais afetadas foi a Europa, que sofreu enormes quebrasgalera bet cnpjsafras e fome.

Febre Amarela e revolta do Haiti contra a França

Rebeliãogalera bet cnpjescravos na noitegalera bet cnpj21galera bet cnpjagostogalera bet cnpj1791.

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Legenda da foto, Febre amarela e rebeliõesgalera bet cnpjescravos levaram ao fim do domínio francês no Haiti

Um surtogalera bet cnpjdoença no Haiti ajudou a empurrar a França para fora da América do Norte, e houve um rápido aumento no tamanho e força dos Estados Unidos.

Em 1801, após várias revoltasgalera bet cnpjescravos contra as potências coloniais europeias, o líder Toussaint Louverture governava o Haiti com o aval da França.

No entanto, depois o líder francês Napoleão Bonaparte se declarou cônsul vitalício. Ele decidiu assumir o controle total da ilha e enviar dezenasgalera bet cnpjmilharesgalera bet cnpjtropas para tomá-la à força.

No campogalera bet cnpjbatalha, tiveram bastante sucesso.

Napoleão

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Legenda da foto, O interessegalera bet cnpjNapoleão pela América terminou depois que suas forças foram derrotadas no Haiti

O efeito da febre amarela, no entanto, foi devastador. Acredita-se que cercagalera bet cnpj50 mil soldados, oficiais, médicos e marinheiros tenham morrido e apenas cercagalera bet cnpj3 mil homens retornaram à França.

As forças europeias não tinham imunidade natural à doença, originada na África.

Com seus exércitos derrotados e desmoralizados, Napoleão abandonou não apenas o Haiti, mas também as ambições coloniais da França na América do Norte.

Apenas dois anos depois que suas forças começaram a missão fracassadagalera bet cnpjacabar com a rebelião haitiana, o líder da França vendeu 2,1 milhõesgalera bet cnpjquilômetros quadradosgalera bet cnpjterra ao governo dos Estados Unidos (conhecido como Compra da Louisiana), dobrando o tamanho do jovem país.

Peste bovina africana e expansão colonial na África

Bois mortos, alguns parcialmente enterrados, que morreramgalera bet cnpjpeste bovina

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Legenda da foto, A peste bovina mata grande parte do gado que infecta.

Uma doença mortal que afeta os animais ajudou a acelerar a colonização europeia na África.

Esse não foi um surto que matou pessoas diretamente, mas um surto que matou animais.

Entre 1888 e 1897, o vírus da peste bovina matou 90% do gado africano, com comunidades devastadas no Sudeste da África, na África Ocidental e no Sudoeste do continente.

A perdagalera bet cnpjrebanho levou à fome, a um colapso na sociedade e à migraçãogalera bet cnpjrefugiados que deixaram áreas afetadas.

Ilustração da conferênciagalera bet cnpjBerlim com um mapa gigante da África

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Legenda da foto, Nações europeias realizaram uma conferênciagalera bet cnpjBerlim para definir como dividir a África, pouco antes do continente ser atingido por um surto

Até as áreasgalera bet cnpjcultivo foram afetadas, pois muitos dependiamgalera bet cnpjbois para arar a terra.

O caos gerado pela doença tornou mais fácil para os países europeus colonizar grandes áreas da África no final do século 19.

Os planos deles começaram apenas alguns anos antes do início do surtogalera bet cnpjpeste bovina.

Em uma conferênciagalera bet cnpjBerlim,galera bet cnpj1884-1885, 14 países da Europa (incluindo Reino Unido, França, Alemanha, Portugal, Bélgica e Itália) negociaram suas reivindicaçõesgalera bet cnpjrelação ao território africano, que foram formalizadas e mapeadas.

O efeito no continente foi sísmico.

Na décadagalera bet cnpj1870, apenas cercagalera bet cnpj10% da África estava sob controle europeu, masgalera bet cnpj1900 esse número subiu para cercagalera bet cnpj90%.

E a apropriaçãogalera bet cnpjterras foi estimulada pelo caos gerado pelo surtogalera bet cnpjpeste bovina.

A Itália fez incursões na Eritreia no início dos anos 1890, devidogalera bet cnpjparte à fome na Etiópia, que matou um terço da população.

Uma descrição da ONU diz que "o colonialismo chegou a uma área que já sofriagalera bet cnpjuma crise econômica com todos os seus efeitos correspondentes".

Praga e a queda da dinastia Ming na China

Gravura com vítimas durante a queda da dinastia Ming

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Legenda da foto, O colapso da dinastia Ming foi sangrento

A dinastia Ming governou a China por quase três séculos, durante os quais exerceu uma enorme influência cultural e política sobre grande parte do leste da Ásia.

Mas tudo isso teve um fim catastrófico,galera bet cnpjparte devido a um surto.

Uma grande epidemia chegou ao norte da Chinagalera bet cnpj1641, trazendo uma terrível quantidadegalera bet cnpjmortes. Em algumas áreas,galera bet cnpj20% a 40% da população morreu.

A praga atingiu a região ao mesmo tempo que uma seca e enxamesgalera bet cnpjgafanhotos.

Gravuragalera bet cnpjpessoas passando por um portão na Grande Muralha da China

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Legenda da foto, Boa parte da Grande Muralha da China foi construída pela dinastia Ming antesgalera bet cnpjcair do poder

Sem plantações nos campos, as pessoas não tinham comida, e há relatosgalera bet cnpjque algumas teriam começado a comer os corpos das vítimas do surto.

A crise foi provavelmente causada por uma combinaçãogalera bet cnpjpeste bubônica e malária. Pode ter sido levada por invasores do norte, que acabariam por derrubar a dinastia.

Ataquesgalera bet cnpjbandidos foram seguidos por uma invasão organizada da Manchúria pela dinastia Qing, que substituiu a dinastia Ming e estabeleceu um império próprio que durou séculos.

A liderançagalera bet cnpjMing passava por vários problemas, como corrupção e fome, mas o surto mortalgalera bet cnpjdoença que varreu o país foi o que ajudou a pôr fim ao seu governo.

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