Aniversáriopixbet crashSão Paulo: dez fotos que mostram a cidadepixbet crashmeados do século 20:pixbet crash

Esses retratos e dezenaspixbet crashoutras imagenspixbet crashSão Paulo feitas por ele entre 1940 e 1960 fizeram parte da mostra restrospectiva sobre Scheier no Instituto Moreira Salles (IMS),pixbet crashSão Paulo, que ocorreupixbet crash2020 e marcou o aniversáriopixbet crash466 anos da cidade.

Scheier chegou à capital paulistapixbet crash1937, fugindo da perseguição aos judeus na Alemanhã nazista. Empixbet crashterra natal era comerciante e contador, mas chegou aqui com uma cartapixbet crashrecomendação para trabalharpixbet crashum açougue, depois foi vendedorpixbet crashcúpulaspixbet crashabajur.

Fotógrafo amador, ele começou a fazer do hobby uma profissão, e conseguiu abrir um estúdiopixbet crashfotografia nos anos 1940.

Começou fazendo retratos e fotospixbet crasheventos sociais, como casamentos e batizados. Depois ficou conhecido como fotógrafopixbet crasharquitetura, trabalhando como nomes que marcaram o modernismo no Brasil: Gregori Warchavchik, Rino Levi, Carlos Bratke e Lina Bo Bardi.

Também registrou cenas do cotidiano para a revista O Cruzeiro, mostrando a vida nos bairros do Brás epixbet crashSanto Amaro.

Crescimento e euforia

Chamado para montar um livro que promoveu São Paulo no exterior — São Paulo, a Cidade que Cresce Mais Rápido no Mundo — Sheier mostra uma visãopixbet crashSão Paulo como uma cidade que está crescendo, se expandindo e que pode gerar muitos negócios, segundo Heloisa Espada, curadora da exposiçãopixbet crash2020 do IMS e que pesquisou durante dois anos o acervo do fotógrafo.

"Há um otimismo com o crescimento, (a obra) registra a euforia dos anos 1950", diz Espada.

"Um dos motivos pra ele ter sido escalado provavelmente é porque ele realmente achava isso sobre a cidade", diz Lucas Lenci, neto do fotógrafo.

"Ele tinha uma visão positiva, primeiropixbet crashter sido uma cidade que o recebeu quando ele precisou fugir da perseguição. Depois, chegando aqui, ele se encantou com a cidade, ficou contente que foi bem recebido, que ninguém se importava que ele era judeu."

"Dá para ver que ele tinha ele encantamento, esse desejopixbet crashexplorar. Ele era um cara muito sensível, tinha um fascínio muito grande por uma terra que era muito diferente da onde ele veio", diz o neto.

No entanto, ao mesmo tempopixbet crashque mostrava a São Paulo otimista com o crescimento, ele também registrou a pobreza e os problemas para a revista O Cruzeiro, explica Heloisa Espada.

"O trabalho dele mostra vários aspectos da cidade", afirma a curadora. "O trabalho para a Cruzeiro passa muito pelo tipopixbet crashjornalismo que tentava chamar atenção para curiosidades, uma coisa mais sensacionalista que via a classe média branca e urbana como padrão."

"Ele mostra muita pobreza, crianças com deficiência, pessoas doentes, trabalhadores do circo, semprepixbet crashum jeito sensacionalista", diz ela. "Ele acaba revelando meio involuntariamente essa contradição entre o crescimento da cidade, o nascimento das instituições modernas, e esse outro lado mais pobre e com problemas."

Para a revista O Cruzeiro, Scheier registrou trabalhadores do circo Piolinpixbet crash1945, paulistanos passeando no bairropixbet crashSanto Amaro — que ainda era bastante campestre —pixbet crash1948, lutadoraspixbet crashluta livrepixbet crash1950 e os cortiços do bairro do Brás.

Seu trabalho ficou conhecido também pelo registro da construçãopixbet crashBrasília nos anos 1950.

Mesmo com o sucesso na carreira, Scheier se aposentou cedo. Aos 58 anos voltou para a Alemanha para morarpixbet crashum prédio preparado para pessoas idosas — que tinha rampas, farmácia e supermercado no condomínio para os idosos não precisarem sair na rua no inverno.

"Era muito diferente. Imagina que, aos 60 anos, ele já achava que estava no final, que já tinha feito o que tinha que fazer", diz Lucas.

Ao chegar no Brasil,pixbet crash1937, Scheier tinha abdicadopixbet crashsua cidadania alemã.

"Ele ficou muito muito triste, muito chateado, muito decepcionado, acho que até envergonhado (da situação na Alemanha antes da Segunda Guerra)", conta o neto Lucas, que soubepixbet crashtudo pelos relatospixbet crashsua avó.

Mas, 30 anos depois, abriu mão da cidadania brasileira e virou alemãopixbet crashnovo.

"Acho que foi um período para ele curar a ferida", diz Lucas. "Ele morreu na Alemanha, junto com a minha avó, onde ficou fazendo trabalhos audiovisuais no fim da vida."

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