Dia das Crianças: como escolher o presente ou até aproveitar a data sem gastar nada:esporte da sorte tem app
"Brinquedo que anda sozinho e fala sozinho não éesporte da sorte tem appbrincar, éesporte da sorte tem appassistir", argumenta. "Então, uma primeira pergunta a se fazer é: meu filho vai conseguir brincar com este brinquedo quando a pilha acabar? Se sim, ótimo. Se não, siga adiante."
Ao mesmo tempo, ela sugere que os pais deem menos atenção ao "resultado da brincadeira" — acertar o jogo, completar o quebra-cabeça — e mais ao processoesporte da sorte tem appbrincar.
"O resultado vai chegaresporte da sorte tem appalgum momento, ela vai completar o quebra-cabeça. O mais importante é ela brincar." É nesse processo que as crianças aprendem a explorar o mundo ao redor.
Dito isso, Camargo lembra que a criança não se desenvolve sozinha — precisa do adulto para isso, até mesmo na horaesporte da sorte tem appbrincar.
"É na interação, no bate-bola, na risada que a criança faz conexões neuraisesporte da sorte tem appseu cérebro", diz. "Mesmo quando o adulto acha que não sabe brincar, sóesporte da sorte tem appele entrar na linguagem da criança já está construindo um vínculo com ela."
Mais abaixo, veja uma listaesporte da sorte tem appideiasesporte da sorte tem appbrinquedos bacanas para diferentes faixas etárias.
Se você ainda não decidiu se vai atender ao pedido do filho pelo brinquedo da moda…
O mundo real, diz Camargo, é repletoesporte da sorte tem appmarketing e consumo, então o jeito é "lidar com isso sem ser absorvidoesporte da sorte tem appforma prejudicial".
"Não acho que precisamos ser contra o brinquedo da moda, mas entender do que nosso filho gosta para além do que ele pede. O brinquedo que ele pediu vai complementar os brinquedos que ele já tem? Ou ele só quer porque 'todo mundo tem'? Esse presente é factível na nossa rotina ou no nosso orçamento? Se não for, quais outros brinquedos podem proporcionar a mesma sensação gostosa?"
Camargo lembraesporte da sorte tem appquando seu filho, então com cinco anos, pediu a ela um celularesporte da sorte tem apppresente. Ela quis entender o motivo e ouviu dele que "todos na escola estão usando o celular para brincaresporte da sorte tem appPokémon Go, até as crianças mais velhas".
"Ele queria se inserir naquele grupo, mas não tinha idade para ter celular. Descobri que existiam cartasesporte da sorte tem appPokemon e fui mostrar para ele que poderia ser uma brincadeira legal e poderíamos jogar juntos. Ou seja, observar é fundamental para entender o contexto do (pedido) pelo brinquedo, entender se ele vai trazer mais estímulos e complementar os brinquedos que ele já tem."
Se a decisão for aesporte da sorte tem appcomprar o brinquedo, uma data especial pode ser uma boa ocasião para fazer a criança esperar pelo presente. "Hoje as crianças têm tudo muito rápido, sequer precisam esperar pelo horárioesporte da sorte tem appque seu programa favorito vai passar na TV (por conta do streaming)", argumenta Camargo. "(Fazê-la esperar) é uma formaesporte da sorte tem appsubverter a questão do consumo a seu favor."
Se você já decidiu que não vai comprar o que seu filho pediu…
Talvez porque seja muito caro, ou inadequado para a idade, ou ainda porque agrega pouco valor às brincadeiras. Seja qual for o motivo, você pode já ter decidido que não vai atender ao pedido do seu filho.
Se é esse o caso, a especialistaesporte da sorte tem appeducação não violenta Elisama Santos dá a dicaesporte da sorte tem appsimplesmente deixar o pedido anotado, para validar o desejo da criança.
"'Filho, estou anotando aqui o seu pedido. Você queria muito ter o brinquedo, entendo. A gente iria brincar muito com ele' O 'iria' já deixa claro que não vai ser comprado. É uma listaesporte da sorte tem appdesejos, nãoesporte da sorte tem appcompras. Você não precisa tentar justificar muito por que não vai comprar (quando a criança estiver nervosa), porque só vai aumentar a tensão. Acolha os sentimentosesporte da sorte tem appfrustração dela, depois, você pode explicar melhoresporte da sorte tem appum momentoesporte da sorte tem appcalma."
Se você quer criar um dia especial…
Não precisa bolar nada mirabolante, apenas criar um momentoesporte da sorte tem appinteração e estar plenamente presente, defende Paula Perim, autoraesporte da sorte tem app101 Ideias para Curtir com seu Filho (já esgotado) e diretoraesporte da sorte tem appcomunicação da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
"A principal ideia é aumentar as interações — criar vínculo com as crianças é brincar despretensiosamente, sem objetivo final e sem precisar pensar 'vou desenvolver a coordenação motora delas'. A ideia é criar memórias porque, no fim das contas, o mais importante é o quanto você vai aproveitar o momento com as crianças."
Entre as brincadeiras sugeridas por Perim no livro estão pequenas "subversões" das regras do dia a dia, como brincaresporte da sorte tem apppintar com os pés, fazer um acampamento no chão da sala ou um piquenique na varanda.
Pode ser também um projetoesporte da sorte tem appconjunto, como um brinquedo feito a quatro (ou mais) mãos. O importante é ser "algo que faça sentido para a família e para a criança e propicie um momentoesporte da sorte tem appamor", sugere.
Laura Markham, autora americanaesporte da sorte tem applivros sobre educação parental, defende que tempo é o maior presente que os pais podem dar aos filhosesporte da sorte tem appdatas especiais.
"Quando focamosesporte da sorte tem apppresentes, isso alimenta a fantasiaesporte da sorte tem appque coisas materiais podem suprir o que necessitamos internamente", diz ela emesporte da sorte tem appnewsletter.
"Mas isso não funciona, pelo menos não por muito tempo. E passamos a procurar a próxima 'coisa' que realize isso, dificultando que demos valor ao que já temos. E isso coloca as criançasesporte da sorte tem appestadoesporte da sorte tem appfrenesi, rasgando o pacoteesporte da sorte tem apppresenteesporte da sorte tem appbusca da resposta para seus anseios. A verdade é que seu filho é suficiente e tem o suficiente. A felicidade vem da conexão, do significado e da contribuição, e nãoesporte da sorte tem appcoisas."
Se você quer menos consumismo…
Muitos pais têm evitado presentes físicos no Dia das Crianças, preferindo fazer dele um diaesporte da sorte tem apppasseios e atividades especiais.
Uma dessas atividades pode ser a trocaesporte da sorte tem appbrinquedos, que permite às crianças trocar objetos que já não usam muito por outrosesporte da sorte tem appsegunda mão. O site https://feiradetrocas.com.br lista feiras já agendadasesporte da sorte tem appcidades pelo país e permite que usuários organizem seus próprios eventos.
"Para as crianças, o brinquedo trocado pode acabar sendo tão legal quanto o ganho — ela pode acabar gostando da autonomiaesporte da sorte tem appescolher o que trocar e isso pode virar um momento precioso", opina Patricia Camargo.
Ela sugere, também, que paisesporte da sorte tem appcrianças que tenham "montanhas"esporte da sorte tem appbrinquedosesporte da sorte tem appcasa guardem alguns no armário, fazendo uma espécieesporte da sorte tem apprevezamento. "Deixando menos brinquedos disponíveis e revezando-os, você amplia a validade dos brinquedos e eles voltam a ser 'novos'."
Se quer dicasesporte da sorte tem appbrinquedo para cada faixa etária...
Eis algumas delas, dadas por Patricia Camargo, do site Tempo Junto:
esporte da sorte tem app Para bebês e criançasesporte da sorte tem app1 ano: como ele já nasce com a audição pronta, chocalhos são um bom presente para interagir com bebês, porque ele vai conseguir acompanhar o som, segurar e explorar o objeto.
Bolas também são um presente "para a vida toda", diz Camargo, e nessa idade valem mais se tiverem variedadeesporte da sorte tem appcores, texturas e materiais para estimular os bebês.
Jogosesporte da sorte tem appencaixar encantam bebês que já conseguem segurar coisas com as mãos. "Ele não vai encaixar logoesporte da sorte tem appcara, e tudo bem, esse é o processo. O importante é valorizaresporte da sorte tem apptentativa e a interação com o brinquedo, sem esperar resultados."
Blocos e cubos (grandes o suficiente para não causarem riscoesporte da sorte tem appengasgo) já começam a despertar a criatividade e a resoluçãoesporte da sorte tem appproblemas. "Eles adoram montar só para derrubar logo depois", explica Camargo.
"Faz parteesporte da sorte tem appseu desenvolvimento: testar causa e efeito. Por isso as crianças pequenas atiram tanto as coisas no chão, para testar se o efeito vai ser o mesmo toda vez."
Bonecas e bichinhos ajudam a trabalhar sentimentos, verbos ("veja como a boneca está sentada") e reconhecimentoesporte da sorte tem appatividades sociais ("o bichinho vai tomar banho, vai dormir").
Carrinhos e demais brinquedosesporte da sorte tem approda também fascinam desde cedo, por proporcionarem ação, movimento e obstáculos.
E, segundo Camargo, "nunca é cedo para apresentar instrumentos musicais às crianças, porque eles proporcionam ritmos, sons e música".
O mesmo pode ser dito dos livros — "que no começo vão ser colocados na boca, mas que é bom que desde cedo sejam apresentados como uma diversão".
esporte da sorte tem app Para criançasesporte da sorte tem app2 a 4 anos: esse momentoesporte da sorte tem appdescoberta da autonomia é bom para trabalhar sentimentos e convivência. "É quando a criança vai começar a brincaresporte da sorte tem appimaginar e criar coisas a partir dos materiais que deixamos para eles", diz Camargo.
Por isso, massinha, panelinhas e outros objetosesporte da sorte tem appcasa, carrinhos e telefones vão ganhar muito significado nas mãos das crianças. O mesmo vale para fantasias, bonecos e bichinhos.
Camargo sugere também jogos simplesesporte da sorte tem appquebra-cabeça, cabanas e casinhas, bolhasesporte da sorte tem appsabão e brincadeiras que envolvam desenho e expressão artística.
esporte da sorte tem app De 4 a 7 anos: Mais maduras, as crianças passam a desfrutar mais a brincadeira entre amigos. Brinquedos que possam ser usados coletivamente ou que envolvam estratégia costumam fazer sucesso: bingo, dominó, corda, carrinhos, bonecas, peões, pipas e álbunsesporte da sorte tem appfigurinhas.
"Muitos proporcionam a chanceesporte da sorte tem appcooperação,esporte da sorte tem appaprender a perder,esporte da sorte tem appnegociar a troca", explica Camargo.
Objetos colecionáveis também são bons para essa faixa etária por estimularem o cuidado e a paciência (de esperar o próximo item da coleção).
esporte da sorte tem app De 7 a 12 anos: Aqui, valem desde clássicos como bola, futebolesporte da sorte tem appbotão e jogosesporte da sorte tem appraquete até brincadeirasesporte da sorte tem appexperiência, como jogos mais complexos,esporte da sorte tem applaboratório, mágica ou "faça você mesmo".
Camargo opina que videogames, se forem objetosesporte da sorte tem appinteração, também não precisam ser desdenhados, porque estão presentes no dia a dia dessa faixa etária.
"O importante é os pais participarem juntos", defende. "Games que o filho joga isolado, esses ele vai acabar descobrindo por conta própria. Pais podem dar preferência aos que sejam agregadores e permitam que eles ou amigos possam jogar juntosesporte da sorte tem appcasa."
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