Osteoporose, a silenciosa doença incapacitante que pode ser fatal:code freebet betclic
Para se ter uma ideia,code freebet betclicacordo com a IOF, anualmente, causa maiscode freebet betclic8,9 milhõescode freebet betclicfraturas osteoporóticas, resultandocode freebet betclic1 a cada 3 segundos.
E tudo isso gera um enorme impacto humano, com sequelas físicas e emocionais, e também socioeconômico - um estudo conduzido pela consultoria americana Cornestone Research Group, e apoiado pela biofarmacêutica Amgen, mostra que o custo anual mundialcode freebet betclichospitalização por fraturas causadas pela osteoporose écode freebet betclicR$ 19,8 bilhões; no Brasil, esse valor écode freebet betclicR$ 1,2 bilhão.
A principal preocupação, hojecode freebet betclicdia, é que, com o envelhecimento da população, o númerocode freebet betcliccasos da doença e também os gastos com ela tendem a crescer substancialmente.
A IOF estima que o númerocode freebet betclicfraturas osteoporóticas subirá 32% até 2050code freebet betclictodo o mundo. Só no Brasil,code freebet betclic2030, deverão ser registradas 608 mil, aumentocode freebet betclic63%code freebet betclicrelação a 2015 (373 mil).
Já a carga econômica global chegará a US$ 132 bilhões (cercacode freebet betclicR$ 536 bilhões) nos próximos 31 anos - na América Latina,code freebet betcliccinco anos, deverá subir para US$ 6,25 bilhões (aproximadamente R$ 25,3 bilhões).
O que é a osteoporose?
Pela definição da AHF, a osteoporose é "uma doença sistêmica do esqueleto, caracterizada por uma baixa massa óssea e a deterioração do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade dos ossos e suscetibilidade à fratura".
Distúrbio esquelético extremamente comum, e que afeta populaçõescode freebet betclictodo o planeta, ele não provoca sintomas. Sua implicação mais grave é justamente a fratura, e nem todas geram incômodo.
"Isso pode acontecer com traumas mínimos e até sem traumas,code freebet betclicsituações normais do dia a dia, como tossir e espirrar, pelo fatocode freebet betclico osso estar menos resistente", diz Ben-Hur Albergaria, professorcode freebet betclicEpidemiologia Clínica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e vice-presidente da Comissão Nacionalcode freebet betclicOsteoporose da Federação Brasileira das Associaçõescode freebet betclicGinecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Segundo o médico, que também é diretor-técnico do CEDOES Diagnóstico e Pesquisa da Osteoporose, as principais fraturas decorrentes da doença sãocode freebet betclicvértebra, antebraço e fêmur, sendo essa última a mais devastadora.
"De cada 4 pacientes que quebram o fêmur, 1 morre no primeiro ano após a ocorrência, por contacode freebet betclicsuas possíveis complicações, como infecção, embolia e trombose. E dentre os que não morrem, cercacode freebet betclic80% ficam com limitação para exercer uma ou duas funções básicas, por exemplo, cuidar da casa, se vestir ou caminhar", relata Albergaria.
Francisco Bandeira, vice-presidente do Departamentocode freebet betclicMetabolismo Ósseo e Mineral da Sociedade Brasileiracode freebet betclicEndocrinologia e Metabologia (SBEM), pontua que as fraturas sem sintomas também são perigosas.
"A mais comum é a vertebral, e seu maior agravamento é a cifose dorsal (encurvamento da coluna para frente). É uma condição bastante limitante, pois a pessoa fica com dor crônica e tem dificuldade para sentar, andar, dormir, andar...", adverte.
Mas o perigo dos ossos quebrados não para por aí. Estudos mostram que pacientes que tiveram algum tipocode freebet betclicfratura relacionada à osteoporose têmcode freebet betclicduas a três vezes mais chancecode freebet betclicter uma nova, especialmente nos dois primeiros anos após a ocorrência.
No Brasil, a Abrasso considera que, das 10 milhõescode freebet betclicpessoas com a doença, 14% têm fraturas. As mulheres são o maior grupo: pelos dados da IOF, 1code freebet betcliccada 3 com maiscode freebet betclic50 anos sofrerá uma. No caso dos homens, essa relação écode freebet betclic1code freebet betcliccada 5.
Por que a doença acomete mais as mulheres?
Durante a vida, os hormônios estrógeno (feminino) e testosterona (masculino) têm um papel importante para manter os ossos saudáveis, regulando as células responsáveis pela perda e pelo ganhocode freebet betclicmassa óssea.
Porém, após os 50 anos, o corpo passa a produzi-loscode freebet betclicmenor quantidade, o que contribui significativamente para o aparecimento da osteoporose. No caso das mulheres, esse processo se dácode freebet betclicforma mais abrupta, na menopausa, por isso elas são as mais afetadas.
"O homem ainda tem uma vantagem, a geometria dos seus ossos. Eles são maiores e mais fortes", explica o reumatologista Charlles Heldancode freebet betclicMoura Castro, presidente da Abrasso e professor adjunto da disciplinacode freebet betclicReumatologia da Escola Paulistacode freebet betclicMedicina da Universidade Federalcode freebet betclicSão Paulo (EPM-Unifesp).
Mas isso não quer dizer que eles estão livres da patologia. Muitos também a têm, especialmente após os 70 anos. "Eles, por demorarem mais para procurar o médico, têm um diagnóstico tardio, feito, normalmente, depois do aparecimentocode freebet betclicalguma fratura", acrescenta o especialista.
De acordo com a IOF, embora a prevalência geralcode freebet betclicfraturas por fragilidade seja maior nas mulheres, os homens apresentam taxas mais altascode freebet betclicmortalidade -code freebet betclicse tratandocode freebet betclicquebra do fêmur, o riscocode freebet betclicmorte neles é duas vezes maior do que nelas.
O que causa a osteoporose?
Além do sexo e da idade, existem outros fatorescode freebet betclicrisco para o desenvolvimento da osteoporose. Um dos mais evidentes é a deficiênciacode freebet betcliccálcio, provocada por dieta pobre no mineral ou por alguma síndromecode freebet betclicmá absorção (doença celíaca e inflamação intestinal, por exemplo).
Histórico familiar, baixo peso (mulheres pequenas e com menoscode freebet betclic54 quilos), uso prolongadocode freebet betclicmedicamentos a basecode freebet betcliccorticóide, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivocode freebet betclicbebidas alcoólicas (acimacode freebet betclictrês doses diárias) e baixa exposição à luz solar também são possíveis causas.
Ainda entram na lista: possuir enfermidades como artrite reumatóide, diabetes, aids e alguns tiposcode freebet betcliccâncer, ter deficiência ou excessocode freebet betcliccertos hormônios e ter feito cirurgia bariátrica.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento da osteoporose?
Em muitos casos, a osteoporose só é diagnosticada após a ocorrência da fratura, mas o ideal, claro, é que isso seja feito antes. Portanto, a indicação é procurar o médico regularmente, e são várias as especialidades aptas a tratar doença, como ginecologia, endocrinologia, ortopedia, reumatologia, fisiatria, geriatria e gerontologia.
Uma das ferramentas utilizadas pelos profissionaiscode freebet betclicsaúde para identificá-la é a FRAX (Fracture Risk Assessment Tool). Validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma espéciecode freebet betcliccalculadora, online e gratuita - está disponível no site da Abrasso -, que avalia o graucode freebet betclicrisco para fraturas maiores oucode freebet betclicquadril nos próximos 10 anos.
Os dados utilizados nela incluem idade, sexo, peso, altura, fatorescode freebet betclicrisco e a densidade mineral óssea (DMO), se disponível. Com base no valor obtido, e também no histórico do paciente, pode ser necessária a realizaçãocode freebet betclicexames.
O principal deles é a densitometria óssea, que permite fazer a medida da massa óssea e quantificar acode freebet betclicredução. Geralmente, ele é indicado para mulheres acimacode freebet betclic65 anos e homens a partir dos 70 anos.
Seus resultados são divididoscode freebet betclictrês categorias: normal, osteopenia (entre 10 e 25%code freebet betclicperdacode freebet betclicmassa óssea) e osteoporose (a partircode freebet betclic25%code freebet betclicperdacode freebet betclicmassa óssea).
Quanto ao tratamento, já deve ser iniciado na fasecode freebet betclicosteopenia, para que ela não evolua para a doença. Nessa condição, se a pessoa não apresenta outros fatorescode freebet betclicrisco para fraturas, geralmente não se faz necessário o usocode freebet betclicfármacos, apenas a adoçãocode freebet betclicum estilocode freebet betclicvida mais saudável, com alimentação equilibrada, aumento no consumocode freebet betcliccálcio ecode freebet betclicvitamina D - se com os alimentos não for suficiente, indicam-se os suplementos -, práticacode freebet betclicatividade física regular (de baixo impacto) e exposição solar diária.
Para os casos confirmadoscode freebet betclicosteoporose, além dos mesmos cuidados, quase sempre a terapia medicamentosa é prescrita. "Apesarcode freebet betclica enfermidade não ter cura, temos disponível um grupocode freebet betclicremédios que atuamcode freebet betclicforma segura e efetiva para reduzir a chancecode freebet betclicfratura", afirma o presidente da Abrasso.
"O grande desafio do tratamento é a questão da percepção do risco. A maioria dos pacientes não tem noção da gravidade, e mesmo no caso das fraturas, acreditam que se tratacode freebet betclicum evento mecânico, que basta engessar e está resolvido, mas, infelizmente, não é assim. A fratura, sobretudo acode freebet betclicquadril, requer hospitalização e cirurgia para reparação, pode causar dor crônica e a morte", complementa o médico.
Atualmente, estão disponíveis no Brasil três classescode freebet betclicremédios. Os mais usados são os antirreabsortivos bisfofonatos. Eles atuam inibindo a reabsorção óssea, e alguns são ofertados na rede pública.
Há opções indovenosas e orais. Nas primeiras, a infusão é aplicada a cada 12 meses. Na oral, têm os com ingestão semanal e mensal. Porém, como a absorção deles é baixa, existe todo um ritual para o uso, o que pode dificultar a adesão.
Como explica o doutor Bem-Hur, da Ufes e da Febrasgo, eles devem ser tomadoscode freebet betclicjejum e com um copo grandecode freebet betclicágua. Na sequência, é preciso ficar sem ingerir outros medicamentos ou alimentos por 60 minutos. A pessoa também não pode deitar.
Outra droga antirreabsortiva encontrada no país é a denosumabe. Trata-secode freebet betclicum anticorpo monoclonal pra uso subcutâneocode freebet betclicinjeções semestrais. "Ele é altamente efetivo e mais conveniente para o paciente, porém, mais caro", pontua Castro, da Abrasso.
Também é comercializada por aqui a teriparatida, medicamento anabólico que aumenta a formaçãocode freebet betclicosso. Sua aplicação é por via subcutânea, com injeções diárias pela manhã, por um períodocode freebet betclic24 meses.
Por ter um preço mais elevado, é reservada para os casos mais graves da patologia, ou seja, pacientes com múltiplas fraturas, com densidade mineral óssea muito baixa ou que falharam com os tratamentos com os outros fármacos.
Em breve, o arsenal terapêutico nacional contra a osteoporose aumentará, com a chegada da droga romosozumabe. O diferencial dela é agir como antirreabsortivo (diminuindo a perdacode freebet betclicmassa óssea) e anabólico (ajudando nacode freebet betclicformação).
Já aprovada nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA), estácode freebet betclicprocessocode freebet betclicanálise pela Agência Nacionalcode freebet betclicVigilância Sanitária (Anvisa) para ser liberado no Brasil.
Castro pondera que alguns casos ainda podem ser tratados com reposição hormonal. "Vale para as mulheres nos primeiros 5 a 10 anos da menopausa, desde que não haja contraindicação e que elas não tenham doenças cardiovasculares e câncer."
Como prevenir a osteoporose?
Como adiantamos, a osteoporose, depoiscode freebet betclicinstalada, não tem cura. Porém, há formascode freebet betclicpreveni-la, e elas devem começar ainda na infância.
Segundo Bandeira, da SBEM, o mais importante é construir um bom patrimônio ósseo durante a vida.
"O picocode freebet betclicmassa óssea se dá até os 30 anos, a partir daí, ela começa a diminuir. Nos primeiros três anos da menopausa, a mulher pode perde até 20%, por isso é fundamental ter uma boa reserva", explica.
Para atingir esse objetivo, a primeira coisa a fazer é consumir boas quantidadescode freebet betcliccálcio e vitamina D, nutrientes essenciais para o desenvolvimentocode freebet betclicum esqueleto saudável.
No caso do primeiro, as principais fontes são o leite e seus derivados, mas ele também está disponívelcode freebet betclicvegetais verde-escuros, como brócolis, couve e espinafre, peixes e alimentos enriquecidos.
A recomendaçãocode freebet betclicingestão para crianças e adolescentes é entre 700 e 1.300 mg/dia. Para os adultos, vaicode freebet betclic1.000 a 1.300 mg/dia. Para quem tem problemas como produtos lácteos ou outro tipocode freebet betclicrestrição alimentar, existem os suplementos.
A vitamina D, porcode freebet betclicvez, é encontradacode freebet betclicpoucos alimentos emcode freebet betclicforma natural: peixes gordurosos, como arenque, salmão e sardinha, óleocode freebet betclicfígadocode freebet betclicpeixe, castanhas e gemacode freebet betclicovo.
O melhor jeitocode freebet betclicabsorvê-la é tomando sol entre 15 e 30 minutos todos os dias - é preciso expor as pernas e os braços. Vale destacar que até a fase adulta, essa vitamina é sintetizada na pele pela ação dos raios ultravioletas, porém, com o envelhecimento, o corpo perde essa capacidade.
A quantidade indicada écode freebet betclic600 UI/dia até os 18 anos, ecode freebet betclic800 UI/dia a partir daí. Assim como no cálcio, pode-fazer a suplementação.
Junto a esses cuidados, é primordial praticar atividade física regularmente - musculação, alternada com exercícios aeróbicos -, para fortalecer os músculos e o tecido ósseo e desenvolver o reflexo e o equilíbrio.
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