Boris Johnson: 'Trump britânico' abre caminho para aliança transatlântica com Bolsonaro?:cupom f12 bet
Se as comparações forem justas, Trump já tem um sósia na América do Sul e na Europa. Afinal, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é apelidadocupom f12 bet"Trump dos trópicos" pela imprensa internacional - e se orgulha disso.
Mas o que as supostas semelhanças entre Johnson e Trump podem representar para as relações do Brasilcupom f12 betJair Bolsonaro com o Reino Unido? Há espaço para uma aliança transatlântica entre esses líderes?
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que os interesses comerciais do Reino Unido e a defesacupom f12 betBolsonaro ao liberalismo econômico devem contar muito mais para uma aliança com Johnson do que similaridadescupom f12 betpersonalidade oucupom f12 betideologia.
Além disso, há diferenças substanciais entre Johnson e Trump, principalmentecupom f12 betrelação à defesacupom f12 betdireitos LBGT, igualdadecupom f12 betgênero e meio-ambiente, que tornam a aproximação a nível pessoal entre Bolsonaro e o novo premiê britânico improvável.
"Em termoscupom f12 betposição sobre direitos sociais, direitos humanos e questõescupom f12 betcostumes, Bolsonaro e Trump são criaturas completamente diferentescupom f12 betBoris Johnson", disse à BBC News Brasil o professorcupom f12 betRelações Públicas Internacionais Christopher Sabatini, da Universidadecupom f12 betColumbia,cupom f12 betNova York.
"Mas a necessidadecupom f12 beto Reino Unido firmar acordos comerciais pode promover uma aliançacupom f12 betconveniência com o Brasil", completa Sabatini, que também integra a Chatham House, uma das instituiçõescupom f12 betpesquisa mais respeitadas do Reino Unido.
As semelhanças Trump-Boris-Bolsonaro
A comparaçãocupom f12 betBoris Johnson com Trump não é estimulada só pelo presidente americano. A oposição no Reino Unido também se utiliza dela, mas para atacar o premiê.
Durante a primeira participaçãocupom f12 betJohnsoncupom f12 betuma sessão do Parlamento, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, destacou que o novo primeiro-ministro é conhecido como "Trump britânico".
"As pessoas temem que, longecupom f12 bettomarcupom f12 betvolta o controle sobre os rumos do nosso país, o primeiro-ministro nos torne um Estado vassalo da Américacupom f12 betTrump", disse.
Na visão do professorcupom f12 betRelações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas Oliver Stuenkel, o que aproxima Johnsoncupom f12 betTrump é o estilo "populista"cupom f12 betvender "soluções fáceis para problemas complexos".
"Eles se assemelham na dimensão da retórica. Usam argumentos que não se sustentam do pontocupom f12 betvista acadêmico e científico para promover propostas que carecemcupom f12 betdetalhes", afirma.
Para difundir propostas sem tercupom f12 betrespaldá-las com dados que comprovem eficácia, os dois líderes se utilizam, segundo Stuenkel, das paixões evocadas pelo nacionalismo.
No casocupom f12 betJohnson, a principal agenda é o Brexit- a saída do Reino Unido da União Europeia. O atual primeiro-ministro foi um dos líderes da campanha pelo Brexit no plebiscito realizadocupom f12 bet2016.
Apostandocupom f12 betideias nacionalistas,cupom f12 betresgate da soberania ecupom f12 betretorno a um império global, o premiê aposta numa ruptura radical com a União Europeia apesarcupom f12 beto Banco da Inglaterra (equivalente ao Banco Central brasileiro) apontar para o riscocupom f12 beto Reino Unido entrar numa recessão pior que a provocada pela crise financeira internacionalcupom f12 bet2008.
"Vejo semelhanças nessa estratégiacupom f12 betoferecer soluções simplistas a problemas que são muito complexos e que requereriam participação ativa da população", avalia Stuenkel.
O professor americano Christopher Sabatini também aponta o nacionalismo, a retórica e a aparência como principais semelhanças entre Trump e Johnson.
"Claramente tanto Boris Johnson quanto Trump compartilham da vontadecupom f12 betsacudir o sistema internacional atual e os dois são nacionalistas. Boris Johnson quer um Brexit radical e Trump tem focado nos interesses dos Estados Unidoscupom f12 betacordos comerciais com a União Europeia ecupom f12 betdecisões da ONU", diz.
"Eles usam a mesma estratégiacupom f12 betfomentar uma base eleitoral nacionalistacupom f12 betbuscacupom f12 betapoio para isso."
cupom f12 bet 'Outsiders' cupom f12 bet ?
Johnson se vende como irreverente, tem um aspecto físico até parecido com Trump e é conhecido por frases polêmicas. Mas, diferentemente do presidente americano, ele não é um "outsider" ou uma figuracupom f12 betfora da política tradicional.
Foi parlamentar, prefeitocupom f12 betLondres, ministrocupom f12 betRelações Exteriores e ocupou postoscupom f12 betdestaque no partido político mais tradicional do Reino Unido.
Nisso, Johnson também se diferecupom f12 betBolsonaro, que embora tenha sido deputado por 27 anos, sempre foi do baixo clero e nunca ocupou postoscupom f12 betliderança nos partidos que integrou.
"Boris Johnson pertence ao 'establishment', enquanto Trump e Bolsonaro não. Boris é mais afeito ao toma-lá-dá-cá da política. Ele é um produto do partido, embora tenha um aspecto e estilo diferentes dos políticos britânicos tradicionais", ressalta Sabatini, da Universidadecupom f12 betColumbia.
Já Stuenkel acredita que, embora Johnson tenha um currículo tradicional como político britânico, o novo primeiro-ministro se utilizacupom f12 betgafes "programadas" e do estilo irreverente para se apresentar como "diferente dos políticos tradicionais".
"Ele usacupom f12 betmaneira bem pensada gafes para se diferenciar. Inclusive dizcupom f12 betentrevistas que tem plantado gafes para confundir seus inimigos. Claro que essa é uma maneiracupom f12 betprojetar autenticidade ecupom f12 betdifundir a imagemcupom f12 betque ele não é aquele político cauteloso, burocrata."
Mas a principal diferença entre Bolsonaro, Trump e Johnson diz respeito a questõescupom f12 betcostume e direitos sociais, apontam Sabatini e Stuenkel. E são essas diferenças que tornam difícil a possibilidadecupom f12 betuma "tripla aliança".
Igualdadecupom f12 betgênero, aborto e direitos LGBT
O novo premiê britânico é defensorcupom f12 betamplos direitos reprodutivos para as mulheres (o aborto é liberado no Reino Unido), do respeito aos direitos LGBT ecupom f12 betmedidas ambiciosas no combate ao aquecimento global.
Como prefeitocupom f12 betLondres, ficou conhecido por estimular o "transporte limpo" na cidade, com ampliaçãocupom f12 betciclovias e estímulo para que bicicletas passassem a ser distribuídas para aluguelcupom f12 bettodos os pontos da capital britânica.
Johnson também não é afeito a ataques diretos à imprensa profissional, diferentementecupom f12 betTrump e Bolsonaro.
"Nesse sentido, acho que Boris Johnson não é como Trump e Bolsonaro. Ele não tem posições ultraconservadorascupom f12 betrelação a questões como aborto e liberdadecupom f12 betexpressão. Esses não são temas dele. Johnson tem uma veia mais liberal que os populistascupom f12 betdireita", diz Stuenkel.
"Bolsonaro é um político conservador e eu diria que até retrógradocupom f12 betquestões relacionadas a inclusão social, direitos LGBT, direitos das mulheres e direitos humanoscupom f12 betgeral", opina Christian Sabatini, da Universidadecupom f12 betColumbia e da Chatham House.
"Boris Johnson não é isso. O que quer que pensemos sobre as visões dele sobre Brexit, nacionalismo e populismo, o gabinete dele é diverso e inclui inglesescupom f12 betorigem indiana, paquistanesa, mulheres... Algo que está longecupom f12 betser do DNAcupom f12 betBolsonaro."
E como deve ser a relação Reino Unido-Brasil na gestão Boris Johnson?
Jair Bolsonaro reagiu com entusiasmo à eleiçãocupom f12 betJohnson. Como costume, publicou no Twittercupom f12 betvisão sobre o novo primeiro-ministro.
"Parabéns @BorisJohnson, novo Primeiro-Ministro do Reino Unido, eleito com o compromisso louvávelcupom f12 betrespeitar os desígnios do povo britânico. Conte com o Brasil na busca por livre comércio, na promoção da prosperidade para nossos povos, e na defesa da liberdade e da democracia", escreveu o presidente no Twitter.
Para o professor Oliver Stuenkel, as necessidades econômicas do Reino Unidocupom f12 betcasocupom f12 betum Brexit radical com a União Europeia serão o fator decisivo numa relação mais ou menos próxima com o Brasil.
Johnson tem reiterado que seu país vai deixar o bloco europeu no dia 31cupom f12 betoutubro (data marcada para o Brexit) com ou sem acordo comercial ecupom f12 bettransição com os europeus.
Se isso ocorrer, o Reino Unido terá que firmar rapidamente acordos comerciais com outros países, para evitar desabastecimento e suprir o consumocupom f12 betprodutos antes importados a preços baratos da União Europeia.
Atualmente, 28% dos alimentos consumidos pelos britânicos chegamcupom f12 betpaíses europeus. O Brasil, como um dos maiores exportadorescupom f12 betcommodities do mundo, seria um candidato natural a parcerias comerciais.
"Não acho que esse paralelismo entre Boris Johnson e Trump possa ser um fator decisivo para aproximar Johnsoncupom f12 betBolsonaro. Mas há uma chance realcupom f12 bethaver uma aproximação comercial entre Brasil, ou o Mercosul, e o Reino Unido", diz Stuenkel.
O professor Christian Sabatini diz que o acordo recentemente firmado entre Mercosul e União Europeia favorece a visão no exteriorcupom f12 betque Bolsonaro é um político aberto ao "livre comércio" e a firmar parcerias do tipo com outros blocos e nações.
Essa característica do presidente brasileiro pode favorecer, segundo Sabatini, uma aproximação entre Brasil e Reino Unido na gestãocupom f12 betBoris Johnson.
"Se Boris Johnson pressionar por um Brexti radical, o Reino Unido vai perder acesso a commodities mais baratas. Como consequência disso, pode tercupom f12 betbuscar acordoscupom f12 betlivre comércio com o restante do mundo, especialmente com países produtorescupom f12 betcommodities, como Brasil", afirma.
"Um acordo com o Brasil, por meio do Mercosul, pode muito bem sercupom f12 betinteressecupom f12 betBoris Johnson para contrabalançar o Brexit."
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