O caso raro do americano que entrou na puberdade aos 2 anos:slotscharm casino

slotscharm casino Entrar na puberdade slotscharm casino nunca é algo fácil. As mudanças no corpo, pelos que surgemslotscharm casinolugares estranhos, oscilaçõesslotscharm casinohumor. Agora, imagine enfrentar isso aos 2 anosslotscharm casinoidade.

Foi o que aconteceu com Patrick Burleigh, que tem uma condição hereditária conhecida como puberdade precoce. Ele explica que,slotscharm casinoseu caso, trata-seslotscharm casinoum tipo raro transmitido entre os homensslotscharm casinosua família há gerações.

A testotoxicose é causada por mutações do gene do receptor LH, responsável por ativar a ovulaçãoslotscharm casinomulheres e a produçãoslotscharm casinotestosteronaslotscharm casinohomens. Essa mutação faz com que os testículos comecem a produzir testosterona muito cedo.

É uma condição tão rara que não se sabe ao certo quantas pessoas no mundo são por ela afetadas. Estima-se que sejam ao todo mil casos. Ao nascer, Burleigh tinha 50%slotscharm casinochanceslotscharm casinoherdá-la. "Quando tinha 2 anos e meus primeiros pelos pubianos surgiram, não foi uma surpresa", diz ele, que hoje tem 34 anos.

Ele conta que, aos 3, tinha os níveisslotscharm casinotestosteronaslotscharm casinoum adolescenteslotscharm casino14 anos. Ele se recordaslotscharm casinosentir-se deslocado quando criança, por ser maior do que outros meninosslotscharm casinosua idade, já queslotscharm casinocondição o fez crescer mais rápido e, aos 5 anos, ter o corposlotscharm casinoum meninoslotscharm casino10. "Não me encaixava na escola e no mundoslotscharm casinogeral. Isso marcou minha infância desde muito cedo."

Burleigh se recordaslotscharm casinoum episódio quando ele tinha 4 anos eslotscharm casinomãe o levou para as aulasslotscharm casinonatação. Ela entrou com ele no banheiro feminino para colocar nele suas roupasslotscharm casinobanho.

"Como tinha pelos pubianos e parecia ser muito mais velho, uma mulher repreendeu minha mãe, gritou com a gente e nos envergonhou. Minha mãe tentou explicar, mas as pessoas geralmente não acreditavam por ser algo muito raro e estranho", conta Burleigh.

Ele diz que essa situação sempre foi muito difícil paraslotscharm casinomãe. "Ela era minha primeira linhaslotscharm casinodefesa, e isso era algo bastante estressante e a abalava emocionalmente."

Burleigh conta que, mesmo que seu pai também tivesse essa mesma condição, ele não foi um pontoslotscharm casinoapoio durante essa experiência. "Por uma sérieslotscharm casinorazões,slotscharm casinoinfância foi bem traumática, então, ele não queria falar disso e nunca sentou comigo quando eu era criança para me explicar o que eu estava sentido e como lidar com aquilo."

O tratamento

Os paisslotscharm casinoBurleigh buscaram ajuda médica quando ele tinha cercaslotscharm casino2 anos. Sua mãe soube por um anúncioslotscharm casinojornal que cientistas estavam recrutando participantes para um estudo sobre essa mesma condição.

Sua mãe entrouslotscharm casinocontato, e ele passou a ficar uma semana no hospital a cada semestre para participar do estudo e receberslotscharm casinotroca tratamento gratuito. "Foi bom, porque não tínhamos muito dinheiro", diz Burleigh.

"Eles faziam uma sérieslotscharm casinoexames. Mediam meus testículos para saber minha idade fisiológica. Era incômodo, mas me acostumei. Só me deitava na maca e deixava me examinarem. Ser diferente e estar constantemente sendo analisado, fosse no hospital ou no mundo real, tornou-se algo comum."

Ele conta que fez parte do primeiro gruposlotscharm casinomeninos com testotoxicose a receber tratamento médico e medicamentos para o problema. "Eles testavam coquetéisslotscharm casinodrogas e só conseguiram encontrar um que funcionasse bem quando tinha 8 ou 9 anos."

Mas isso significava tomar uma grande doseslotscharm casinoremédios e, por um longo período, receber uma injeção na perna todas as noites. A combinaçãoslotscharm casinodrogas desacelerou o processoslotscharm casinoamadurecimento do seu corpo, mas Burleigh diz que a solução chegou "um pouco tarde demais".

Drogas, expulsão da escola e prisão

Nesta época, diz Burleigh, ele se comportava como uma criança e um adolescente ao mesmo tempo. "Não tinha controle dos meus impulsos, então, era agressivo. Mas como era grande e peludo, implicavam comigo, e minha reação era sempre brigar."

Burleigh se meteuslotscharm casinomuitas encrencas no ensino básico e acabou sendo rotulado como uma criança-problema. Ele diz que isso foi frustrante, porque não queria ser visto desta forma, mas acabou incorporando esse papel. "Comecei a fumar aos 9 anos, a fazer pichações, a fumar maconha. Isso foi se tornando uma bolaslotscharm casinoneve."

Aos 12 anos, o hospital concluiu que seu corpo eslotscharm casinoidade haviam entradoslotscharm casinosintonia, e seu tratamento foi interrompido. Ele parouslotscharm casinotomar os medicamentos sem um períodoslotscharm casinotransição, e, sem as drogas que funcionavam como uma barragem para a testosteronaslotscharm casinomeu corpo, todos aqueles hormônios contidos por anos foram liberadosslotscharm casinouma vezslotscharm casinoseu corpo. "Isso amplificou aquele meu padrãoslotscharm casinomau comportamento. As coisas pioraram."

Nesta época, ele se envolveu com uma adolescenteslotscharm casino17 anos que havia fugidoslotscharm casinocasa e estava morando com um traficante. Burleigh conta que ela ligou certa noite e disse que tinha conseguido um poucoslotscharm casinoLSD, uma droga alucinógena ilegal, e perguntou se ele queria. Ele comprou, esperou seus pais dormirem e tomou uma dose dupla.

"Tive uma noite terrível e disse aos meus pais no dia seguinte que estava doente e não queria ir à escola, mas eu ainda estava sob o efeito do LSD. Eles não acreditaramslotscharm casinomim, porque eu tinha um históricoslotscharm casinomatar aula e fingir estar doente, então, eles me obrigaram a ir."

Burleigh ainda tinha uma doseslotscharm casinoLSD e a levou para a escola - isso se provou uma péssima decisão. No almoço naquele dia, ele ofereceu a droga ao amigos, que recusaram. Mas um deles achou que seria uma boa ideia colocar na bebidaslotscharm casinoalguém.

"Uma hora depois, estava na aula quando a minha amiga que tomou o LSD sem saber e entrouslotscharm casinodesespero, me abraçou e começou a chorar porque não entendia o que estava acontecendo. Ela foi levada para a enfermaria, e contei o que tinha feito. Ela foi levada para o hospital, e eu fui preso."

Burleigh se recordaslotscharm casinosair da escola algemadoslotscharm casinofrenteslotscharm casinotodos os alunos e ser levado para a delegacia. Ele foi expulso e proibidoslotscharm casinoestudarslotscharm casinoqualquer instituição do mesmo distrito escolar. Seus pais o mandaram para uma escola militar a milharesslotscharm casinoquilômetrosslotscharm casinodistânciaslotscharm casinocasa, mas acabou sendo expulsoslotscharm casinolá também.

A virada

Mas as coisas começaram a melhorar quando ele tinha 14 anos e começou a cursar o ensino médioslotscharm casinouma escola pertoslotscharm casinocasa, onde se sentiu mais confortávelslotscharm casinomeio aos seus colegas.

"Eu não me destacava mais. Isso, junto com o fatoslotscharm casinomeus hormônios terem se estabilizado e eu finalmente ter a aparência certa para minha idade, me fez perceber que não queria mais levar aquela vida, que não estava me fazendo feliz."

Ele se afastouslotscharm casinouma sérieslotscharm casinoamigos, começou a estudar e a praticar esportes e decidiu que queria ir para a faculdade. "Passei a negar meu passado. Não falavaslotscharm casinominha puberdade precoce, que tinha sido preso. De certa forma, passei a lidar com meu trauma e minha vergonha da forma como me comportei do mesmo jeito que meu pai."

Ele foi para uma boa universidade, onde tornou-se um atleta e teve um bom desempenho acadêmico. "Criei uma nova identidade para mim."

Burleigh tornou-se um escritor, e essa profissão o fez revisitar seu passado. Ele passou a falar sobreslotscharm casinoinfância com amigos próximos eslotscharm casinonamorada, Meredith, com quem viria a se casar. Ele percebeu então que era infundado seu medoslotscharm casinoque as pessoas o julgariam e reagiriam da mesma formaslotscharm casinoquando era criança.

"Fiquei surpreso. As pessoas reagiam com compaixão, demonstravam interesse, e foi uma catarse falar sobre o assunto, senti como se fosse um processoslotscharm casinocura. Foi bom pararslotscharm casinome esconder."

Neste processo, ele decidiu pesquisar sobre como seu avô e seu bisavô haviam enfrentado essa condição, mesmo diante da resistênciaslotscharm casinoseu paislotscharm casinofalar do assunto. Assim, descobriu que seu bisavô foi o mais jovem soldado americano na Primeira Guerra Mundial, porque aparentava ter 20 anos quando na verdade tinha metade desta idade.

"Ele fugiuslotscharm casinocasa e se alistou com outro nome. Foi mandado para o front, e seu primeiro trabalho foi ser motoristaslotscharm casinoaltos oficiais, o que era algo doido, porque ele sequer tinha idade para dirigir. Mas acho que isso não foi excitante suficiente para ele."

Burleigh conta que seu bisavô fugiu para Paris e foi a muitos bordéis. Acabou sendo descoberto, levado à corte marcial e mandadoslotscharm casinovolta para a guerra.

"Ele ficou bêbado com amigos, eles pegaram um aviãoslotscharm casinocarga e sobrevoaram a região que separava as tropas francesas e alemães. Quando pousou, foi mandadoslotscharm casinovolta à corte marcial e para o front, onde ele sofreu envenenamento por gás mostarda e foi levado para o hospital."

Só então foi descoberto que o bisavôslotscharm casinoBurleigh tinha na verdade 13 anosslotscharm casinoidade e não 22 como pensavam. O jovem soldado foi mandadoslotscharm casinovolta para os Estados Unidos. "Aos 14 anos, ele já tinha vivido mais do que muitas pessoasslotscharm casinotodaslotscharm casinovida."

Seu avô também tinha a mesma condição e,slotscharm casinotorno dos 10 anos, fugiuslotscharm casinocasa e foi parar no Canadá, onde se juntou à guarda da fronteira aos 12 anos. "Temos um históricoslotscharm casinopassar por alguém mais velho, porque é mais fácil dizer que você tem a idade que aparenta ter."

O dilema

Hoje, Burleigh tem um filho, um dos motivos pelos quais diz começado a tratar mais abertamenteslotscharm casinocondição. Ele eslotscharm casinomulher fizeram fertilização in vitro e souberam que poderiam fazer exames nos embriões para saber se eles tinham a mesma mutação e eliminar os que dessem resultado positivo. Assim, ele seria o últimoslotscharm casinosua família a ter testotoxicose.

Diante daslotscharm casinoinfância difícil, ele diz que esta poderia parecer uma escolha óbvia. "Mas meu pai me ligou e disse que confiavaslotscharm casinomim para criar um filho com essa condição."

Burleigh diz que interpretou isso como uma formaslotscharm casinoseu pai dizer que, mesmo diante dos problemas causados pela puberdade precoce, ele não teria mudado nada. "Isso foi chocante, porque veioslotscharm casinoalguém que não falava sobre o assunto. Fiquei emocionado, porque, pela primeira vez, meu pai estava se abrindo comigo, e isso nos conectou."

Assim, o escritor concluiu que, se seu filho tivesse esta condição, ele e Meredith estariam preparados para lidar com a situação. "Há coisas boas que vieram disso. É como diz o ditado: 'O que não te mata, te fortalece'. De certa forma, ter puberdade precoce me fez ter compaixão por pessoas que fogem ao normal, uma confiançaslotscharm casinoque posso superar dificuldades."

Fazer aquela escolha seria como rejeitar uma parte essencialslotscharm casinosi mesmo, concluiu Burleigh. Então, ele e Meredith decidiram não fazer os exames. No fim das contas, seu filho não herdou a condição. Hoje, tem 4 anos.

"Ele dá muito trabalho. Não consigo imaginar como seria se ele também tivesse puberdade precoce. Não passa um dia sem que eu e minha mulher não digamosslotscharm casinobrincadeira: 'Onde a gente estava com a cabeça quando tomou aquela decisão?'. Escapamosslotscharm casinouma boa."

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