‘Diziam que eu parecia uma porca’: ginasta americanaaposta final copa do brasilperformance perfeita relata pressão por magreza:aposta final copa do brasil
aposta final copa do brasil "Diziam que eu não parecia uma ginasta. Diziam que eu parecia uma porca ou que eu parecia ter engolido um elefante", lembra a ginasta americana Katelyn Ohashi.
Depoisaposta final copa do brasilo vídeo com uma apresentação nota 10aposta final copa do brasilKatelyn Ohashi viralizaraposta final copa do brasiljaneiro, muitas pessoas comentaram nas redes sociais sobreaposta final copa do brasil"paixão contagiante" e sobre a atleta parecer "tão divertida".
A alegria percebida durante a apresentação perfeita, contudo, não revela a difícil jornada que a ginasta enfrentou.
Antesaposta final copa do brasilse tornar um sucesso global, Ohashi venceu a também americana Simone Biles - hoje quatro vezes campeã olímpica - na copa americanaaposta final copa do brasil2013.
Mas uma lesão nas costas a tirou da competiçãoaposta final copa do brasilelite. Depoisaposta final copa do brasiluma pausa, ao voltar para a academia, começou uma batalha devido à imagem corporal.
"Eu estava tentando treinar mesmo com dor e chorava literalmente a cada giro que eu dava", disse ela, aos 22 anos. "O treinador estava insatisfeito por eu ter engordado - e disse que era por isso que eu estava sentindo dores."
Ela aponta ainda como os corpos das ginastas ficam expostos.
"Como ginastas, nossos corpos são constantemente vistos nesses maiôs. Eu me sentia muito desconfortável me olhando no espelho. Eu me sentia desconfortável na academia, como se sempre estivessem me olhando. Eu odiava tirar fotos. Eu odiava tudo sobre mim mesma."
"Até mesmo ficaraposta final copa do brasilcasa era difícil. Minha mãe é supermagra e supersaudável e ela dizia 'vamos nadar' e eu só conseguia pensar 'eu não vou vestir um maiô naaposta final copa do brasilfrente'".
'Formaaposta final copa do brasilabuso'
A imagem corporal é definida pela Mental Health Foundation (Fundaçãoaposta final copa do brasilSaúde Mental) como "um termo que pode ser usado para descrever como percebemos e nos sentimos a respeito do nosso corpo".
Ohashi, que começou a praticar ginástica aos três anos, diz que os comentáriosaposta final copa do brasilterceiros fizeram com que ela se sentisse insegura na adolescência.
"Você começa a encarar isso como se fosse normal porque é isso que você conhece, você cresce cercado por pessoas que estão passando pela mesma coisa que você, então isso se torna quase o que você já espera que aconteça", disse. "Mas quando você olha para trás, eu acho que é uma formaaposta final copa do brasilabuso. Era comum, especialmente no contextoaposta final copa do brasilcompetiçãoaposta final copa do brasilelite."
Hoje, Ohashi descreve o corpo dela aos 16 anos como "anormalmente magro".
'Efeito desastroso'
Treinadoresaposta final copa do brasilginástica têm mais chanceaposta final copa do brasilprovocar problemasaposta final copa do brasilimagem corporal nos atletas devido ao foco colocado na aparência das atletas nesse esporte,aposta final copa do brasilacordo com Jill Owens, psicóloga especializada na áreaaposta final copa do brasilesportes.
"Treinadores nessa área têm que trilhar com mais cuidado, já que no passado esses esportes foram muito associados à magreza. A consequência é que, se estamos pensando negativamente sobre o corpo, ficamos muito menos propensos a cuidar dele adequadamente. No esporte, isso é desastroso. Pode chegar a um estágio mais profundo e podemos tratá-loaposta final copa do brasiluma maneira doentia por não comer o suficiente ou por treinaraposta final copa do brasilexcesso", afirmou Owens.
Ao mesmo tempoaposta final copa do brasilque as ginastas sentem pressão para ter um corpo esguio, atletasaposta final copa do brasiloutros esportes geralmente têm uma estrutura maior -aposta final copa do brasilalguns casos, com um formato corporal que alguns considerariam "não femininos".
Um desses esportes é o remo, no qual os competidores geralmente são altos e musculosos, com ombros largos.
Vicky Thornley, que tem medalha olímpicaaposta final copa do brasilprata, disse ter ficado desconfortável com isso no inícioaposta final copa do brasilsua trajetória, mas a carreira no remo transformou a relação dela com o corpo.
"Antesaposta final copa do brasilcomeçar a remar, eu queria ser modelo. Queria ser muito magra e não ter nenhum músculo", disse. "Hoje eu fico horrorizada por já ter pensado aquelas coisas. Naquela época, não podia imaginar que no futuro eu ia querer ficar mais musculosa. E estou sempre tentando aumentar a massa muscular."
"Adoro quando meus braços parecem grandes e quando tem uma veia aparecendo ou o que quer que seja. Sei que algumas pessoas podem não achar atraente, mas isso me faz me sentir mais forte e mais poderosa."
Mudança
A ginasta Katelyn Ohashi também mudou a forma como encara o próprio corpo. No caso dela, isso aconteceu quando ela começou a estudar na Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), onde se formou recentementeaposta final copa do brasilestudosaposta final copa do brasilgênero.
Inicialmente, ela disse ao treinador na universidade que não queria "ser ótima" novamente porque relacionava isso a uma situaçãoaposta final copa do brasilsofrimento. Mas ela conta que recebeu o apoio que precisava para ter sucesso - foi levada a atendimento psicológico e diz que esteve cercada por uma equipe técnica que enxerga os atletas "como pessoas" e os colocaaposta final copa do brasilprimeiro lugar.
"Definitivamente, isso foi crucial para o meu crescimento como pessoa e para a minha saúde mental", disse ela.
"Agora eu tenho vontadeaposta final copa do brasilatuar nessas questões das mulheres. Eu luto pelo empoderamento feminino. Os corposaposta final copa do brasiltodas são diferentes e não há um único modelo que seja o perfeito. É importante estar confortável com a única pessoa que importa: você mesma. É algo que você pode trabalhar para sempre. Você é a única pessoa que está naaposta final copa do brasilpele 100% do tempo."
Reportagemaposta final copa do brasilBecky Gray, entrevistasaposta final copa do brasilJo Currie, Emma Cook, Kate McKenna e Melissa Sharman.
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