‘Diziam que eu parecia uma porca’: ginasta americanasportingbet cperformance perfeita relata pressão por magreza:sportingbet c

Ohashisportingbet capresentação

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Performance nota 10sportingbet cOhashi teve maissportingbet c40 milhõessportingbet cvisualizações no YouTube

sportingbet c "Diziam que eu não parecia uma ginasta. Diziam que eu parecia uma porca ou que eu parecia ter engolido um elefante", lembra a ginasta americana Katelyn Ohashi.

Depoissportingbet co vídeo com uma apresentação nota 10sportingbet cKatelyn Ohashi viralizarsportingbet cjaneiro, muitas pessoas comentaram nas redes sociais sobresportingbet c"paixão contagiante" e sobre a atleta parecer "tão divertida".

A alegria percebida durante a apresentação perfeita, contudo, não revela a difícil jornada que a ginasta enfrentou.

Antessportingbet cse tornar um sucesso global, Ohashi venceu a também americana Simone Biles - hoje quatro vezes campeã olímpica - na copa americanasportingbet c2013.

Mas uma lesão nas costas a tirou da competiçãosportingbet celite. Depoissportingbet cuma pausa, ao voltar para a academia, começou uma batalha devido à imagem corporal.

"Eu estava tentando treinar mesmo com dor e chorava literalmente a cada giro que eu dava", disse ela, aos 22 anos. "O treinador estava insatisfeito por eu ter engordado - e disse que era por isso que eu estava sentindo dores."

Ela aponta ainda como os corpos das ginastas ficam expostos.

"Como ginastas, nossos corpos são constantemente vistos nesses maiôs. Eu me sentia muito desconfortável me olhando no espelho. Eu me sentia desconfortável na academia, como se sempre estivessem me olhando. Eu odiava tirar fotos. Eu odiava tudo sobre mim mesma."

"Até mesmo ficarsportingbet ccasa era difícil. Minha mãe é supermagra e supersaudável e ela dizia 'vamos nadar' e eu só conseguia pensar 'eu não vou vestir um maiô nasportingbet cfrente'".

'Formasportingbet cabuso'

A imagem corporal é definida pela Mental Health Foundation (Fundaçãosportingbet cSaúde Mental) como "um termo que pode ser usado para descrever como percebemos e nos sentimos a respeito do nosso corpo".

Ohashi, que começou a praticar ginástica aos três anos, diz que os comentáriossportingbet cterceiros fizeram com que ela se sentisse insegura na adolescência.

"Você começa a encarar isso como se fosse normal porque é isso que você conhece, você cresce cercado por pessoas que estão passando pela mesma coisa que você, então isso se torna quase o que você já espera que aconteça", disse. "Mas quando você olha para trás, eu acho que é uma formasportingbet cabuso. Era comum, especialmente no contextosportingbet ccompetiçãosportingbet celite."

Hoje, Ohashi descreve o corpo dela aos 16 anos como "anormalmente magro".

'Efeito desastroso'

Treinadoressportingbet cginástica têm mais chancesportingbet cprovocar problemassportingbet cimagem corporal nos atletas devido ao foco colocado na aparência das atletas nesse esporte,sportingbet cacordo com Jill Owens, psicóloga especializada na áreasportingbet cesportes.

"Treinadores nessa área têm que trilhar com mais cuidado, já que no passado esses esportes foram muito associados à magreza. A consequência é que, se estamos pensando negativamente sobre o corpo, ficamos muito menos propensos a cuidar dele adequadamente. No esporte, isso é desastroso. Pode chegar a um estágio mais profundo e podemos tratá-losportingbet cuma maneira doentia por não comer o suficiente ou por treinarsportingbet cexcesso", afirmou Owens.

Ao mesmo temposportingbet cque as ginastas sentem pressão para ter um corpo esguio, atletassportingbet coutros esportes geralmente têm uma estrutura maior -sportingbet calguns casos, com um formato corporal que alguns considerariam "não femininos".

Um desses esportes é o remo, no qual os competidores geralmente são altos e musculosos, com ombros largos.

Vicky Thornley, que tem medalha olímpicasportingbet cprata, disse ter ficado desconfortável com isso no iníciosportingbet csua trajetória, mas a carreira no remo transformou a relação dela com o corpo.

"Antessportingbet ccomeçar a remar, eu queria ser modelo. Queria ser muito magra e não ter nenhum músculo", disse. "Hoje eu fico horrorizada por já ter pensado aquelas coisas. Naquela época, não podia imaginar que no futuro eu ia querer ficar mais musculosa. E estou sempre tentando aumentar a massa muscular."

"Adoro quando meus braços parecem grandes e quando tem uma veia aparecendo ou o que quer que seja. Sei que algumas pessoas podem não achar atraente, mas isso me faz me sentir mais forte e mais poderosa."

Katherine Grainger e Vicky Thornley remando

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Vicky Thornley (direita) e Katherine Grainger conquistaram medalhasportingbet cprata nas Olimpíadas do Rio

Mudança

A ginasta Katelyn Ohashi também mudou a forma como encara o próprio corpo. No caso dela, isso aconteceu quando ela começou a estudar na Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), onde se formou recentementesportingbet cestudossportingbet cgênero.

Inicialmente, ela disse ao treinador na universidade que não queria "ser ótima" novamente porque relacionava isso a uma situaçãosportingbet csofrimento. Mas ela conta que recebeu o apoio que precisava para ter sucesso - foi levada a atendimento psicológico e diz que esteve cercada por uma equipe técnica que enxerga os atletas "como pessoas" e os colocasportingbet cprimeiro lugar.

"Definitivamente, isso foi crucial para o meu crescimento como pessoa e para a minha saúde mental", disse ela.

"Agora eu tenho vontadesportingbet catuar nessas questões das mulheres. Eu luto pelo empoderamento feminino. Os corpossportingbet ctodas são diferentes e não há um único modelo que seja o perfeito. É importante estar confortável com a única pessoa que importa: você mesma. É algo que você pode trabalhar para sempre. Você é a única pessoa que está nasportingbet cpele 100% do tempo."

Reportagemsportingbet cBecky Gray, entrevistassportingbet cJo Currie, Emma Cook, Kate McKenna e Melissa Sharman.

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