O homemsite estrela betcem anos que está no corredor da morte:site estrela bet
É o único gesto que faz, já que permanece o tempo todosite estrela betsilêncio, ao contrário dos outros detentos da prisãosite estrela betsegurança máximasite estrela betEnugu, no sudeste da Nigéria, que falamsite estrela betvoz alta.
Seu filho, Paul Egbunuche,site estrela bet41 anos, fica sentado ao lado dele numa atitude protetora. É ele quem conta a história do pai, já que está preso pelo mesmo crime.
Os dois são acusados de terem contratado pistoleiros para matar um homem durante um conflito sobre terras no estadosite estrela betImo.
Eles foram presossite estrela betjunhosite estrela bet2000 e condenados à mortesite estrela bet2014. Mas Paul diz que ele e o pai são inocentes.
A BBC não conseguiu entrarsite estrela betcontato com a família da vítima, tampouco os serviços penitenciários da Nigéria conseguiram encontrá-los.
Paul explica que o pai quase não fala mais e não tem muita consciência do que acontece ao seu redor.
"Quando você pergunta algo, ele responde outra coisa. O médico disse que é por causa da idade, que ele voltou a ser criança."
O filho conta que, às vezes, ele aponta para os demais prisioneiros e pergunta:
"O que essas pessoas estão fazendo aqui?"
Paul diz que raramente se separa do pai - ele se tornou seu principal cuidador desde quesite estrela betsaúde começou a deteriorar na prisão.
Os problemassite estrela betsaúde incluem diabetes e perdasite estrela betvisão.
Fotosite estrela betaniversário
Pai e filho dividem a cela com outros condenados à morte, separados do restante dos prisioneiros.
"Quando acordosite estrela betmanhã, coloco água para ferver e dou banho nele", conta.
"Troco as roupas dele e preparo a comida. Se abrirem a cela, levo ele para tomar banhosite estrela betsol."
"Estou sempre perto dele, conversando e brincando", completa.
Paul diz que outros presos às vezes ajudam a cuidarsite estrela betseu pai e que muitos gostariamsite estrela betvê-lo livre.
Foi no aniversáriosite estrela betCelestine,site estrela bet4site estrela betagosto, que começou uma sériesite estrela beteventos que podem levar àsite estrela betlibertação.
Uma foto dos dois viralizou depois que um jornal local publicou um artigo sobre a celebração dos 100 anossite estrela betCelestine na prisão.
A notícia abriu um debate sobre penasite estrela betmorte e o tempo que os nigerianos passam no corredor da morte, onde há maissite estrela bet2 mil pessoas,site estrela betacordo com os dados mais recentes dos serviços penitenciários nigerianos.
Muitos aguardam a execução há anos, já que a penasite estrela betmorte não costuma ser levada a cabo no país. Entre 2007 e 2017, houve apenas sete execuções, sendo a últimasite estrela bet2016, segundo a Anistia Internacional.
Pobreza e castigo
No entanto, os juízes continuam a aplicar a pena para crimes como traição, sequestro e assalto à mão armada.
"Há pessoas que estão há 30 anos no corredor da morte, é algo comum", diz Pamela Okoroigwe, advogada do Projetosite estrela betDefesa e Assistência Jurídica (Ledap, na siglasite estrela betinglês).
Segundo ela, os governantes são relutantessite estrela betassinar ordenssite estrela betexecução.
"E não estão dispostos a conceder indultos. É por isso que temos um grande númerosite estrela betprisioneiros no corredor da morte", acrescenta.
A advogada diz ainda que a penasite estrela betmorte é um "castigo para os pobres" e que cada vez mais nigerianos pedem seu fim.
"Você já viu um homem rico no corredor da morte?", pergunta.
"Quantas pessoas podem pagar um advogado para representá-lassite estrela betum julgamento? Um homem rico que vai ao tribunal pode pagar o melhor (advogado) e vai ficar livre."
Franklin Ezeona, presidente da Sociedade Global Anticorrupção (GSAC, na siglasite estrela betinglês), compartilha essa opinião. Foi a organização dele que tornou público o casosite estrela betCelestine e está pedindo seu indulto.
Eles estão aguardando a resposta do governador, Rochas Okorocha.
Ezeona acredita que não faz sentido manter alguém no corredor da morte há tantos anos, pois o "o trauma e a tortura são demasiados".
O procurador do estadosite estrela betImo, Miletus Nlemedim, sugeriu que Celestine seja libertado.
Paul está confiantesite estrela betque isso vai acontecer e que será incluído no indulto para que possa cuidar do pai.
"Seria bom se ele fosse libertado. Assim, morreriasite estrela betpazsite estrela betcasa, e não na prisão", diz ele.
"Todo mundo merece uma segunda chance", conclui Ezeona.