Seca que pode ter levado ao colapso da civilização maia provocou quedanovibet headquartersaté 70% nas chuvas:novibet headquarters

Máscaras maiasnovibet headquarterslojanovibet headquartersTikal na Guatemala

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Desaparecimento dos maias é alvonovibet headquartersdiversas teorias e mitos

Segundo ele, a pesquisa demonstrou que a umidade relativa diminuiunovibet headquarters2 a 7% no período. "Nossos resultados podem agora ser usados para prever melhor como essas condiçõesnovibet headquartersseca podem ter afetado a agricultura, incluindo os rendimentos das culturas básicas dos maias, como o milho."

Ruína maia

Crédito, CC by SA

Legenda da foto, Auge civilizatório do povo maia ocorreu entre anos 250 e 950, quando população chegou a 13 milhõesnovibet headquartershabitantes

Como a seca afetou os maias?

Os primeiros indícios físicosnovibet headquartersuma correlação temporal entre a seca e uma transformação sociopolítica da civilização maia foram encontrados maisnovibet headquartersvinte anos atrás,novibet headquartersum sedimento do Lago Chichancanab, na penínsulanovibet headquartersYucatán, no México.

A atual análise da presençanovibet headquarterscamadasnovibet headquarterssulfatonovibet headquarterscálcio e o concomitante aumento dos isótoposnovibet headquartersoxigênio nas conchasnovibet headquartersalguns moluscos indicam que a época conhecida como período clássico terminal foi uma das mais secas da história da região.

A teorianovibet headquartersque uma mudança climática por volta do ano 1000 teria levado a civilização ao colapso já havia sido apresentada anteriormente. Essa, entretanto, é a primeira vez que uma pesquisa mostra o quão seca foi essa longa estiagem.

Isso porque os estudos paleoclimáticos anteriores eram baseadosnovibet headquartersreconstruções qualitativas. Ou seja, por comparação, apenas se sabia que um período era mais seco que o outro.

No novo estudo, os pesquisadores reconstruíram a composição isotópica da água do lago Chichancanab, no México, a partirnovibet headquartersnúcleosnovibet headquarterssedimentosnovibet headquarterssulfatonovibet headquarterscálcio hidratado. Eles mediram a presençanovibet headquartersoxigênio e hidrogênio - ou seja, as moléculas da água - nesse material decantado há séculos, depositado como camadas no fundo do lago. Com isso, conseguiram um retrato meteorológico da época do declínio dos maias, entre os anos 800 e 1000.

Os cientistas descobriram que, no período, a precipitação anual nas planícies maias foi reduzidanovibet headquartersquase 50%novibet headquartersmédia - chegando a picosnovibet headquarters70%.

A regiãonovibet headquartersYucatán é ricanovibet headquartersrochas calcárias, que acabam dissolvidas pela chuva. Um cenário perfeito para os cientistas analisarem as mudanças climáticas a partir desse material.

Hoje, a água do lago está próxima da saturação para o sulfatonovibet headquarterscálcio. Durante épocas passadas, com clima mais seco, quando o lago encolheu, esse material acabou preservado como camadas distintas dentro dos sedimentos acumulados. Esse processo registra a composição isotópica,novibet headquartersforma fracionada.

Imagemnovibet headquarterssatélite mostra antigos monumentos maias

Crédito, NASA

Legenda da foto, Imagensnovibet headquarterssatélite têm localizado monumentos maias pela decomposição do calcário

Teorias sobre o declínio dos maias

O auge civilizatório do povo maia ocorreu entre os anos 250 e 950, período chamadonovibet headquartersClássico. Em 750, acredita-se, a população total tenha chegado a 13 milhõesnovibet headquartershabitantes. Daínovibet headquartersdiante, entretanto, houve um declínio rápido e cheionovibet headquartersmistérios.

Várias hipóteses já foram aventadas e pululamnovibet headquarterslivrosnovibet headquartershistória. De surtosnovibet headquartersdoenças a problemas decorrentes da dependência da monocultura, passando por guerras internas, invasãonovibet headquartersalgum povo estrangeiro e mudanças climáticas.

Nos últimos anos, a versão climática tem ganhado força, sobretudo por contanovibet headquartersindícios encontrados por cientistas no solo e no fundonovibet headquarterslagos mexicanos. "Outros estudosnovibet headquarterstoda a região das planícies maias também fornecem pistasnovibet headquarterssincronicidade da seca, com apenas pequenas variações temporaisnovibet headquarterstoda a região. Não podemos dizer se essa seca foi experimentadanovibet headquartersoutras áreas do planeta", ressalta o cientista Nicholas Evans.

Essa hipótese já era apresentada pelo menos desde 1994, quando o arqueólogo Richardson Benedict Gill publicou o livro The Great Maya Droughts (As grandes secas maias,novibet headquarterstradução livre). Na obra, ele afirma que a escasseznovibet headquarterságua teria sido o fator principal no colapso do povo maia. Para isso, ele utilizou o registro históriconovibet headquartersestiagens.

Mais recentemente, estudosnovibet headquartersgeólogos e geógrafos da Universidade da Flórida concluíram que, na América Central, o intervalo mais seco dos últimos 7 mil anos ocorreu justamente entre os anos 800 e 1000 – coincidindo com o ocaso maia.

Uma longa seca não significa que a população maia morreunovibet headquarterssede - ounovibet headquartersfome, considerando a decadência da atividade agrícola devido ao clima complicado. A estiagem não dizimou os maias, mas dispersou a civilização. Os centros populacionais foram sendo abandonados. Cada grupo tratounovibet headquartersbuscar algum outro meionovibet headquartersvida. Foi um retrocesso do pontonovibet headquartersvista social.

Em 2012, outro estudo publicado pela Science apontou que, no caso dos maias, as secas tiveram um papel crucial porque eles dependiam das chuvasnovibet headquartersverão para encher seus reservatórios cheios e garantir a atividade agrícola - já que não há rios nas planíciesnovibet headquartersYucatán.

E por que essa seca teria ocorrido? De acordo com Nicholas Evans, é impossível chegar a uma única explicação.

"Existem várias teorias, mas os dados não sustentam qualquer causa singular. Possíveis teorias incluem o desmatamento, mudanças na frequência dos ciclones tropicais, mudanças na frequência dos eventos El Niño e mudanças na posição da Zonanovibet headquartersConvergência Intertropical, entre outros."

Templo maianovibet headquartersChichen Itza, no México

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Legenda da foto, Templos maia como este,novibet headquartersChichen Itza, no México, atraem turistasnovibet headquarterstodo o mundo

Novas catástrofes no futuro?

Para o pesquisador, não há razão para olharmos para o passado da civilização maia imaginando que algo semelhante possa ocorrer no futuro,novibet headquarterstemposnovibet headquartersaquecimento global e outros descontroles. Pelo menos não pelas mesmas razões.

"Não há ligações diretas entre a seca estudada e os períodos futurosnovibet headquartersseca, já que a globalização hoje significa que os seres humanos são capazesnovibet headquartersmovimentar recursos hídricos e alimentaresnovibet headquarterstodo o planeta, enquanto os maias eram dependentesnovibet headquarterschuvas e viviam como uma sociedade agrícola local", afirma.

"Recursos hídricos, no entanto, são críticos para a sociedade humana, e sem água o mundo não seria capaznovibet headquartersfuncionar. Outros cientistas preveem que a severidade da secanovibet headquartersregiões que já são suscetíveis a baixos níveisnovibet headquarterschuva e altos níveisnovibet headquartersevaporação provavelmente aumentará à medida que os humanos continuarem a influenciar o sistema climático", alerta.