Empresas abandonam 'influenciadores digitais' que inflam perfis com seguidores falsos:apostas esportivas betmotion

Crédito, Olivia Rink/@aesthetiica

Legenda da foto, Olivia Rink diz que trabalha 70 horas por semana no seu blog sobre moda e estiloapostas esportivas betmotionvida

O engajamento com outros usuáriosapostas esportivas betmotionredes sociais e a quantidadeapostas esportivas betmotionseguidores são as principais métricasapostas esportivas betmotionavaliação dos influencers.

A multinacional Unilever disse que quer ver "mais transparência" na indústriaapostas esportivas betmotionmarketing dos influenciadores digitais. O temor é que, por causa das trapaças para obter "curtidas", os consumidores deixemapostas esportivas betmotionconfiar nos donos desses perfis e nas marcas associadas a eles.

O Instagram diz que bloqueia milhõesapostas esportivas betmotioncontas falsas todos os dias e trabalha "duro" para construir o relacionamento entre marcas e influenciadores digitais.

Mas alguns dos verdadeiros influencers temem ser atingidos no fogo cruzado. "Eu sou contra os bots", diz a moradoraapostas esportivas betmotionNova York Olivia Rink, 27, uma blogueiraapostas esportivas betmotionmoda e estiloapostas esportivas betmotionvida que já foi líderapostas esportivas betmotiontorcida (cheerleader).

Crédito, Olivia Rink/@aesthetiica

Legenda da foto, Será que o boomapostas esportivas betmotionmarketing por meioapostas esportivas betmotion"influencers" está prestes a acabar?

"É desencorajador competir com inlfuencers que usam bots para criar engajamentos falsos."

Rink já trabalhou com maisapostas esportivas betmotion600 marcas e diz que dedica quatro horas por dia à audiência do seu blog.

"Eu trabalho duro para criar um conteúdo único e autêntico, que sei que vai agradar ao meu público."

Movimento crescente

Mas a Unilever não é a única marca insatisfeita com os rumos do mercadoapostas esportivas betmotioninfluenciadores digitais- algumas redesapostas esportivas betmotionhotéis disseram à revista The Atlantic que não querem mais trabalhar com influencers.

Eles afirmam que recebem uma enxurradaapostas esportivas betmotionpedidosapostas esportivas betmotionhospedagem e despesas gratuitas, mas o retorno desses investimentos não é nada tangível.

Outros resorts passaram a implementar um processoapostas esportivas betmotionanálise e seleção para garantir que os influenciadores realmente possuem engajamento real e orgânico com o público, sem o usoapostas esportivas betmotionbots.

Em outro sinalapostas esportivas betmotiondesencanto, parece que agênciasapostas esportivas betmotionmarketing estão dispensando os influencersapostas esportivas betmotionsuas estratégiasapostas esportivas betmotionação, segundo a agênciaapostas esportivas betmotionmarketing baseada no Reino Unido Zazzle Media.

A empresa, que tem 10 mil influencers naapostas esportivas betmotionlista, se surpreendeu ao descobrir que nenhuma das empresasapostas esportivas betmotionmarketing britânicas que responderam a um levantamento planejavam investirapostas esportivas betmotioninfluencers nos próximos 12 meses.

"Acreditamos que há duas razões para isso. Uma delas é a dificuldadeapostas esportivas betmotionmedir como os influencers realmente afetam as vendas. E há a questão dos bots", diz Simon Penson, fundador e diretor-executivo da Zazzle Media.

Crédito, Natascha Glock

Legenda da foto, O públicoapostas esportivas betmotionNatascha Glock é formado, principalmente, por jovens alemãesapostas esportivas betmotion18 a 25 anos

Natascha Glock, 25, uma influencerapostas esportivas betmotionbeleza e estiloapostas esportivas betmotionvida que moraapostas esportivas betmotionFrankfurt, na Alemanha, diz que não é "justo" o usoapostas esportivas betmotionbots. "É difícil evitar que isso aconteça. Mas é mais eficiente e você se sente melhor quando seus seguidores são reais, porque você recebe atenção e feedback verdadeiros."

Ela tem maisapostas esportivas betmotion51 mil seguidores - a maioria homens e mulheres entre 18 e 25 anos, na Alemanha- e já trabalhou com 200 marcas, inclusive a Dove, que é da Unilever.

O trabalho como influenciadora digital garante uma boa remuneração, diz a jovem. Mas ela precisouapostas esportivas betmotiondois anos para conquistar um público grande o suficiente para atrair as marcas.

Toula Rose, uma blogueiraapostas esportivas betmotionmoda que moraapostas esportivas betmotionLondres diz que a "a pressão por audiência" faz com que alguns influenciadores recorram aos bots.

"E algumas marcas só olham para o númeroapostas esportivas betmotionseguidores, sem se importar com o engajamento. Agora, obviamente que não é correto e é injusto (usar bots), mais injusto ainda para as marcas, se elas trabalharem com alguém e não receberem nada por isso."

Crédito, Toula Rose

Legenda da foto, Toula Rose diz que usar bots para alavancar perfis é "incorreto e injusto"

Todas as três mulheres com quem esta reportagem conversou destacam que o Instagram não se resume a fotos bonitas - leva horas para produzir e estilizar as fotos, planejar e criar conteúdo, engajar o público e propor ideias às marcas.

"Eu trabalho pelo menos 70 horas por semana no meu perfil", diz Olivia Rink.

Joio do trigo

Apesar da preocupação, a Unilever não está dispensando os influencers por completo. Na verdade, a empresa considera que esse tipoapostas esportivas betmotionmarketing tem se tornado uma "parte cada vez mais importante" das estratégias geraisapostas esportivas betmotioncomunicação.

"A ideiaapostas esportivas betmotionusar personalidades para reforçar produtos não é nova. Vemapostas esportivas betmotionanos e anos atrás, quando estrelasapostas esportivas betmotionHollywood, como Rita Hayworth e Lana Turner, apareciam nas nossas campanhasapostas esportivas betmotionsabonete", diz o chefeapostas esportivas betmotionmarketing da Unilever, Keith Weed,

"Mas os influenciadores digitais acrescentam uma nova e complexa dinâmica. Queremos trabalhar para desenvolver relacionamentos significativos com influencers que são tão apaixonados pelos seus públicos quanto nós somos pelas pessoas que usam nossos produtos no dia a dia."

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estrelasapostas esportivas betmotioncinema como Rita Hayworth já estimulavam a compraapostas esportivas betmotionprodutos na décadaapostas esportivas betmotion1940

Mas a empresa admite que é difícil verificar o exato impacto dos influencersapostas esportivas betmotionrelação a outras formasapostas esportivas betmotionpublicidade. Algumas marcas acreditam que qualidade não é quantidade e que esse pensamento é "chave" quando se falaapostas esportivas betmotionrede social.

Por exemplo, a Melissa, marca brasileiraapostas esportivas betmotionsapatos, que tem 270 lojas pelo mundo, diz que prefere trabalhar com influencers que tenham públicos menores, mas bastante interação com os seguidores.

"Preferimos lidar com micro influencers, que têm entre 2 mil e 10 mil seguidores, mas que sejam realmente influentes nas suas comunidades", diz Raquel Scherer, diretoraapostas esportivas betmotionmarketing da empresa.

"Não nos interessa se você tem 100 mil seguidores, se essas pessoas não interagirem com o conteúdo."

Embora a competição nesse mercado esteja cada vez maior, Toula Rose diz acreditar que ainda há espaço para quem quer criar conteúdo original.

"Eu não me sinto ameaçada. Isso só me motiva a continuar a trabalhar enquanto o Instagram ainda estiver por aí. Nós não sabemos como será o futuro para os blogueiros. As coisas mudaram muito nos últimos anos."