A trágica históriasportingbet brasileiraoJumbo, o elefante mais famoso do mundo, que inspirou Disney e apelidou avião:sportingbet brasileirao

Jumbo carrega oito pessoas sobre seu lombo no zoológicosportingbet brasileiraoLondres
Legenda da foto, Jumbo passeia com visitantes do zoológicosportingbet brasileiraoLondres; peso provocou lesões nos quadris e joelhos do elefante | Foto: Wiki Commons

sportingbet brasileirao Ele se tornou uma celebridade assim que chegou a Londres, onde multidões se aglomeravam para ver o "maior elefante do mundo".

Jumbo, como era conhecido, desembarcou na capital britânicasportingbet brasileirao1865, vindo da África, onde foi capturado quando era filhote.

O elefante era tão popular na época que até os filhos da rainha Victoria eram seus fãs.

Ele inspirou um dos filmes mais famosos ​​da Disney: Dumbo, que conta as aventurassportingbet brasileiraoum elefante voador. E foi também a origem do apelido dado ao Boeing 747, devido ao tamanho da aeronave.

Um documentário da BBC, apresentado pelo renomado naturalista britânico David Attenborough, reuniu especialistassportingbet brasileiraodiferentes áreas para examinar o esqueletosportingbet brasileiraoJumbo, que está no Museusportingbet brasileiraoHistória Naturalsportingbet brasileiraoNova York.

David Attenboroughsportingbet brasileiraofrente ao crâniosportingbet brasileiraoJumbo
Legenda da foto, O naturalista David Attenborough e um gruposportingbet brasileiraocientistas examinaram o esqueletosportingbet brasileiraoJumbo para um documentário da BBC | Foto: Humble Bee Films

A ideia era desvendar alguns mistérios que rondam o célebre elefante. Como ele morreu exatamente? Por que sofria ataquessportingbet brasileiraofúria? Será que ele foi realmente o "maior elefante do mundo"?

Os resultados da investigação causaram tanto surpresa quanto tristeza nos especialistas.

O fato é que a vida realsportingbet brasileiraoJumbo foi muito diferente da fantasia criada pelos estúdios Disney.

sportingbet brasileirao Uísque como calmante

Fotografias e gravuras da época mostram Jumbo no zoológicosportingbet brasileiraoLondres, carregando diversos visitantes -sportingbet brasileiraocrianças a adultos - nas "costas".

Ter a oportunidadesportingbet brasileirao"andarsportingbet brasileiraoJumbo" era certamente uma das aventuras mais emocionantes para as crianças londrinas.

Mas o elefante que era manso durante o dia sofria "ataquessportingbet brasileiraofúria" à noite - os acessossportingbet brasileiraoraiva chegaram a danificar,sportingbet brasileiraodiversas ocasiões, as cercassportingbet brasileiraomadeira que ficavam ao seu redor.

Alguns relatos sugerem que Matthew Scott, o fiel cuidadorsportingbet brasileiraoJumbo, costumava dar uísque ao animal para acalmá-lo.

O zoológico concluiu então que Jumbo poderia se tornar uma ameaça para o público e decidiu vendê-lo,sportingbet brasileirao1882, para o circo norte-americano PT Barnum.

O animal se recusou, no entanto, a entrarsportingbet brasileiraoum curralsportingbet brasileiraomadeira para ser levado para o navio, quebrando várias vezes as correntes que tentavam contê-lo.

E só "concordou"sportingbet brasileiraoembarcar quando os donos do circo aceitaram que Scott viajasse com ele - o cuidador conseguiu acalmá-lo.

Centenassportingbet brasileiraopessoas foram até o porto se despedirsportingbet brasileiraoJumbo, que duas semanas depois desembarcaria na costa leste dos Estados Unidos.

Em terras norte-americanas, o elefante continuou super popular - percorreu todo o país com o circo, chegando até o Canadá. Mas morreu ainda jovem, com apenas 24 anos, quando foi atropelado por um trem,sportingbet brasileiraoum incidente rodeadosportingbet brasileiraomistério.

sportingbet brasileirao Dores fortes

Attenborough e um gruposportingbet brasileiraocientistas começaram então a examinar o esqueletosportingbet brasileiraoJumbo.

Poster do século 19 sobre Jumbo
Legenda da foto, Jumbo, 'o maior elefante do mundo', foi uma grande atração nos dois lados do Atlântico | Foto: Wiki Commons

Richard Thomas, arqueólogo da Universidadesportingbet brasileiraoLeicester, no Reino Unido, observou que Jumbo tinha uma sobreposição incomumsportingbet brasileiraocamadassportingbet brasileiraoossos novos e velhos nos quadris.

"São sinaissportingbet brasileiraolesões que seu organismo estava tentando reparar", disse Thomas no documentário da BBC.

"Essas lesões devem ter sido incrivelmente dolorosas e foram resultado do peso que Jumbo teve que transportar, carregando grupossportingbet brasileiraovisitantes".

De acordo com Thomas, o excessosportingbet brasileiraopeso também causou lesões no joelho do animal.

"Quando olhamos seus joelhos, vemos todos os tipossportingbet brasileiraomodificações que você não esperaria encontrarsportingbet brasileiraoum elefante daquela idade. Não esqueçam que Jumbo tinha apenas 24 anos e ainda estava crescendo."

"Os ossos dele parecem mais com os (ossos)sportingbet brasileiraoum elefantesportingbet brasileirao40 ou 50 anos", completa.

Fúria noturna

Os ataques da fúria noturnos eram tão violentos que o animal desesperado chegou a quebrar,sportingbet brasileiraoalgumas ocasiões, suas presas.

Jumbo carregando crianças
Legenda da foto, Jumbo era muito popular entre as crianças, incluindo os filhos da rainha Victoria | Foto: Wiki Commons

E quando a presas começavam a crescer, o elefante as desgastava, esfregando-as contra as cercas.

Uma das autoridades do zoológico, Abraham Bartlett, atribui o comportamento noturnosportingbet brasileiraoJumbo a um fenômeno conhecido como must - períodosportingbet brasileiraoque elefantes do sexo masculino apresentam comportamento agressivo, acompanhadosportingbet brasileiraoum forte aumento nos níveis hormonais.

Mas Vicki Fishlock, pesquisadorasportingbet brasileiraoelefantes baseada no Quênia, discorda.

Segundo ela, se os hormônios tivessem sido a causa da irasportingbet brasileiraoJumbo, o elefante teria sido violento até mesmo com seus cuidadores, o que não aconteceu.

Dentes deformados

Os cientistas encontraram no crânio do animal uma pista que também pode explicar o comportamento violento - malformações muito pronunciadas nos dentes.

Jumbo junto a seu cuidador, Matthew Scott, e um funcionário do zoológicosportingbet brasileiraoLondres
Legenda da foto, O cuidadorsportingbet brasileiraoJumbo, Matthew Scott, foi a única pessoa que conseguiu acalmar o elefante para embarcar no navio rumo aos Estados Unidos | Foto: Wiki Commons

"Os elefantes têm seis dentes, mas apenas umsportingbet brasileiraocada lado se desgastasportingbet brasileiraodeterminado momento. Quando o dente cai, outro dente nasce para substituí-lo, mas se o dente velho não se desgasta o suficiente, não cai, fazendo com que o novo dente fique deformado", explica Thomas.

A dietasportingbet brasileiraoJumbo no zoológico e no circo era bem diferente dasportingbet brasileiraoum elefantesportingbet brasileiraoseu habitat natural, onde os animais comem uma variedadesportingbet brasileiraovegetação que permite a eles desgastar os dentes.

A conclusãosportingbet brasileiraoThomas é que Jumbo "sofria com uma dorsportingbet brasileiraodente terrível", que ficava mais latente durante a noite, quando não havia distrações. E provocava os ataques.

Tamanho

Mas Jumbo era realmente o maior elefante do mundo?

Talvez sim, dizem os pesquisadores do documentário da BBC.

Estátuasportingbet brasileiraoJumbosportingbet brasileiraoSt. Thomas,sportingbet brasileiraoOntário, no Canadá
Legenda da foto, Jumbo ganhou estátuasportingbet brasileiraoSt. Thomas,sportingbet brasileiraoOntário, no Canadá, onde o célebre elefante morreu | Foto: Wiki Commons

Uma fenda na cabeça do fêmursportingbet brasileiraoJumbo indica que o elefante ainda estava crescendo quando morreu.

Ao analisar os ossos, os cientistas determinaram que ele tinha uma alturasportingbet brasileirao3,45 metros - do ombro até o chão.

Um elefante africano selvagem da mesma idade tem,sportingbet brasileiraomédia, 2,84 metros.

E Jumbo ainda estavasportingbet brasileiraofasesportingbet brasileiraocrescimento, então poderia ter se tornado o maior elefante africano do mundo,sportingbet brasileiraoacordo com Thomas.

Pelos da cauda

Após a morte, o corposportingbet brasileiraoJumbo foi embalsamado e preservado pela Universidade Tufts,sportingbet brasileiraoMassachusetts, nos Estados Unidos.

Um incêndio destruiu os restos mortais do animal, com exceção do rabo, ​​que a pesquisadora Holly Miller, da Universidadesportingbet brasileiraoNottingham, na Inglaterra, analisou para descobrirsportingbet brasileiraodieta.

Cauda embalsamadasportingbet brasileiraoJumbo
Legenda da foto, A cauda embalsamadasportingbet brasileiraoJumbo foi salvasportingbet brasileiraoum incêndio e se encontra nos arquivos da Universidade Tufts,sportingbet brasileiraoMassachussetts | Foto: Wiki Commons

Miller encontrou grandes níveissportingbet brasileiraonitrogênio nos pelos da caudasportingbet brasileiraoJumbo, o que indica que ele não era saudável.

Segundo ela, o corpo do animal não recebia os nutrientes necessários - e seu organismo extraía níveis anormaissportingbet brasileiraonitrogênio dos alimentos na tentativasportingbet brasileiraocicatrizar as frequentes lesões.

Morte misteriosa

A vidasportingbet brasileiraoJumbo chegou ao fim quando ele e outro elefante menor embarcaramsportingbet brasileiraoum trem na cidadesportingbet brasileiraoSt. Thomas,sportingbet brasileiraoOntário, no Canadá.

Jumbo ganhou uma estátua na cidade - e o museu local é quase um memorial do elefante.

Fotosportingbet brasileiraoJumbo morto ao ladosportingbet brasileiraoseu cuidador
Legenda da foto, Matthew Scott, o cuidadorsportingbet brasileiraoJumbo, aparece junto às orelhas do elefantesportingbet brasileiraofoto tirada após a morte do animal | Foto: Wiki Commons

Entre as muitas fotografias e gravuras do acervo, uma chamou a atençãosportingbet brasileiraoAttenborough.

A imagem mostra Jumbo morto após a colisão com o trem - e é possível observar marcas profundassportingbet brasileiraoseu quadril.

O dono do circo disse inicialmente que ele teria se jogado na frente do trem para proteger heroicamente o elefante menor.

Mas as marcas indicam que, na realidade, o trem atropelou Jumbo por trás, quando o elefante estava sendo embarcadosportingbet brasileiraoum vagão.

O esqueleto que está no Museusportingbet brasileiraoHistória Naturalsportingbet brasileiraoNova York não apresenta fraturas, o que fez os cientistas concluírem que Jumbo morreusportingbet brasileiraohemorragia interna.

Elefantes 'aposentados'

A históriasportingbet brasileiraoJumbo tem contornos muito atuais.

Attenborough visitou um santuário no Tennessee, nos Estados Unidos, para elefantessportingbet brasileiraocirco "aposentados" - e muitos animais que estão ali apresentam sintomas semelhantes aossportingbet brasileiraoJumbo.

Elefante africano

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Na foto, as longas presassportingbet brasileiraoum elefante africano, que não estavam presentessportingbet brasileiraoJumbo porque quebraram ou foram desgastadas devido ao estresse

Os elefantes do santuário têm as presas desgastadas, esfregando-as constantementesportingbet brasileiraosinalsportingbet brasileiraoagitação e estresse.

Segundo Vicki Fishlock, zoológicos e circos não podem ser o larsportingbet brasileiraoelefantes como Jumbo.

Eles devem viversportingbet brasileiraoseu habitat natural - são animais sociais, que precisamsportingbet brasileiraocontato com seus pares,sportingbet brasileiraoacordo com a pesquisadora.

Na foto tirada após a mortesportingbet brasileiraoJumbo, Matthew Scott, seu fiel cuidador, aparece ao lado do corpo. Segundo contam, ele chorou inconsolavelmente diante da partida do amigo inseparável.

A empatiasportingbet brasileiraoScott foi certamente o grande incentivosportingbet brasileiraoJumbo ao longosportingbet brasileiraosua breve existência - tão célebre quanto trágica.