'Ficava feliz quando meu marido tinha casos': assexuais relatam como é viverbet jogossociedade sexualizada:bet jogos
bet jogos Como é ser assexualbet jogosuma sociedade cada vez mais sexualizada?
O sentimento variabet jogosestranhamento à anormalidade, passando por culpa e "invisibilidade".
Para quem não sente prazer com sexo e tenta evitar a relação sexualbet jogostodas as formas, mesmo estando casado, viverbet jogosuma sociedade cada vez mais sexualizada pode ser extremamente difícil.
Segundo o norueguês Michael Doré, que se define como assexual e integra a redebet jogoseducação e visibilidade assexual (AVEN,bet jogosinglês),bet jogosapoio a assexuais, essa sensaçãobet jogosnão pertencimento é muito comum.
Ele defende que, quem acredita ser assexual, busque apoiobet jogoscomunidades, para combater o isolamento e a solidão.
"A assexualidade é apenas uma orientação sexual, não tem nada patológico nisso", diz ele à BBC.
"Claro que sempre existiram assexuais, mas era muito difícil para eles se encontrarem", acrescenta.
Por muito tempo, opina Doré, o assunto não foi discutido abertamente.
"As pessoas acham que se você não é heterossexual, você provavelmente é gay ou pode ser bi. Apesarbet jogoshaver mais conscientização sobre a assexualidade nos últimos anos, ainda é um movimento relativamente jovem e há um grande caminho a ser percorrido", argumenta.
A BBC recebeu relatosbet jogospessoas que se dizem assexuais. Confira abaixo.
bet jogos Sarah, Cambridge
"Como assexual, me sinto irrelevante numa culturabet jogosque tudo é sobre sexo: o quanto do seu dia é sobre atrair ou agradar um parceiro? Não sou avessa a ter um parceiro, mas quem investiria tempo e esforçobet jogosum relacionamento que não vai resultarbet jogosnenhum sexo? De uma certa maneira, passar pelo mundo como um tipo invisível é um privilégio – você tem uma visão mais objetiva das relações humanas quando está fora da multidão – mas também há muita reflexão e você começa a ver como não é mais necessária. Talvez algum dia eu aceite isso, mas ainda não cheguei lá."
bet jogos Gill, Londres
"Estou nos meus 60 anos e tive dois casamentos fracassados, mas nunca gosteibet jogosfazer sexo. Quando adolescente, era fácil recusar o sexo, era o esperado para uma "boa" garota, mas a pressão familiar me fez casar aos 21 e aí não tinha mais desculpas. Eu amava meu marido e queria dar prazer a ele, mas não tinha nenhum desejo sexual e odiava a experiênciabet jogosum relacionamento físico. Nunca comecei o sexo com ele e eventualmente ficava feliz quando ele tinha alguns casos porque a pressãobet jogossatisfazê-lo não era mais minha. Me sentia enormemente culpada por ser tão fria e me responsabilizei pelo fim do casamento. Não compreendia como eu conseguia amar tanto uma pessoa, mas odiar ser tocada por ela. Me casei com um homem mais velho dez anos atrás e isso me fez acreditar que ele não teria mais desejo sexual. Infelizmente, não foi o caso, e ele não gostava da minha relutânciabet jogosfazer sexo com ele. Ele me forçava a fazer sexo e acabei o odiando por isso."
bet jogos Devi, Kent
"Só descobri que sou assexual alguns meses atrás quando um terapeuta me sugeriu isso. Até lá, não tinha ideiabet jogoscomo me definir. Me tornei sexualmente ativa aos 17. Na universidade, tinha um namorado pelo qual era apaixonada, mas nunca me senti sexualmente atraída por ele. No início, achei que era por causa da faltabet jogosexperiência, mas o tempo foi passando e nada mudou. Depois que terminamos, comecei a questionar minha sexualidade, chegando a pensar se seria lésbica. Notava que meu corpo podia se excitar, mas era como se minha mente não estivesse conectada a ele, então não sentia nada. Sexo não é doloroso para mim, não me causa repulsa; é apenas algo que não me dá prazer. Descobri uma comunidadebet jogosassexuais e me sinto bem por ter encontrado pessoas que sentem a mesma coisa do que eu. Mas me preocupa que nunca terei um parceiro romântico. Estou aberta à ideia do sexo para satisfazer outra pessoa, mas o fatobet jogoseu não gostar parece ser uma barreira enorme para as pessoas. Sinto que ficarei sozinha a vida toda".
bet jogos Matt
"Sou um homembet jogos35 anos e só agora percebi que sou assexual. Sempre me senti atraído por pessoas e sempre namorei. Fantasiava uma pessoa, gostavabet jogosbeijar e do contato físico, mas quando se tratava do sexo, meu corpo desligava. Pensava que poderiam ser problemas com o meu desempenho e continuava tentando – isso me causou enorme constrangimento e destruiu minha autoestima por anos. Estou desesperado por um relacionamento e me resignei a ficar sozinho e sem filhos para sempre. Mas, recentemente, li muitos artigos sobre assexualidade e não posso descrever o alívio que sinto agora por poder descrever o que é diferentebet jogosmim. Posso até começar a pensarbet jogosencontrar alguém que me entenda."
bet jogos Tabitha, Bristol
"Sabia que não era como todas as outras pessoas desde que tinha 13 anos. Tentava fingir e até saí algumas vezes com algumas pessoas para ver que estava demorando apenas para me aceitar. Aos 15 anos, me deparei com o termo assexual e descobri o que eu sou. Nunca contarei aos meus pais ou à família. Existe uma diferença geracional enorme entre a gente e eles nunca entenderiam. Essa não é uma questão nova; sempre esteve aí, mas os mais velhos falam que é um novo modismo. Eles só estão ouvindo falar disso pela primeira vez por causa da internet. O fatobet jogosvocê poder achar uma comunidade onlinebet jogospessoas que sentem o mesmo do que você e que podem te ajudar é muito importante."
bet jogos Jon, Runcorn
"Sou um homembet jogos52 anos que tem tido repulsa pelo sexo há mais tempo do que posso me lembrar. Na juventude, era sexualmente ativo, mas nunca senti prazer. Odiava ver minhas parceiras tendo prazer. Estivebet jogosalguns relacionamentos sólidos e até cheguei a me casar, mas todos eles acabaram por causa do meu total desinteresse por sexo. Me apaixonava e ficava felizbet jogosficar abraçado na cama ou no sofá, mas na hora do sexo, sentia repulsa. Estou solteiro há 11 anos e apesarbet jogosnão gostar muito dessa condição, é muito mais fácil do que tentar achar alguém entre os 1% a 3% das pessoas iguais a mim. Espero que mais pessoas jovens falem abertamente sobre a assexualidade para que possam encontrar uma pessoa similar e curtir uma vida normal e um relacionamento não-sexual."
bet jogos Lucy, Cornualha
"Quando digo que sou assexual, sempre ouço a mesma resposta: "Ah, você ainda não conheceu a pessoa certa ainda", ou "Você é muito recatada". Isso prejudicou minha autoestima e enfraqueceu minha confiançabet jogosser assexualbet jogosum mundo moderno que gira quase exclusivamentebet jogostorno do sexo. Viver como partebet jogosuma geração que tem sido constantemente bombardeada com sexo pela mídia faz com que me sinta extremamente isolada. Vivo com medobet jogosmorrer sozinha porque não gostobet jogosfazer sexo. Sou feliz como sou, mas o mundo que me rodeia não é, e, como tal, estou me tornando cada vez mais uma eremita social, porque é mais fácil viver desprezando um mundo mais sexualizado".
bet jogos Ian, Nottinghamshire
"Sou um homembet jogos42 anos, e é só recentemente que entendi o que é a assexualidade e como me sinto definido como assexual. Quando era adolescente, costumava ter diáriosbet jogosque relatava minha angústias. Mas o mais interessante é que todos os meus sentimentos e pensamentosbet jogosrelação às garotas (exclusivamente) eram quase inteiramente românticos, limitando-se às fantasias platônicas,bet jogosvez das sexualizadas que a sociedade espera dos adolescentes. Nunca gostei muito das minhas primeiras relações sexuais, apesarbet jogosterem sido interessantes como uma espéciebet jogos"missãobet jogosinvestigação". Praticamente todas as minhas relações sexuais, independentemente do meu relacionamento com a pessoabet jogosquestão, foram insatisfatórias até o limite da exaustão. Tendo a ficar apenas levemente excitadobet jogosposições nas quais sou completamente passivo, nas quais não tenho controle. Tentei a maioria das posições,bet jogosgrande parte para experimentar, e a maioria delas não funciona para mim, não sinto prazer e, consequentemente, tampouco a pessoa que está comigo. Tenho uma parceira no momento. Eu a chamo do minha parceira, porque, na verdade, não me sinto bem ao descrevê-la como "amante" ou "namorada", porque não temos um relacionamento considerado "normal" para os padrões da sociedade. Embora compartilhemos a cama com frequência, nem nos beijamos, quiçá fazemos coisas mais íntimas. Acho que ela nunca conseguiu lidar com a minha faltabet jogosapetite sexual e deve achar que sou gay.