A nova corrida espacial - que agora é disputada por empresas:apostas esportivas belogol
"Hoje, conseguimos fazer com um equipamento que cabeapostas esportivas belogoluma caixaapostas esportivas belogolsapato o que só era possível com um aparelho do tamanhoapostas esportivas belogolum ônibus", diz Stuart Martin, presidente da Satellite Applications Catapult, uma incubadora que ajuda empresas iniciantes, ou start-ups, do mercado espacial.
Subsídios
O setor vem atraindo muitos investimentos. Em 2016, essa indústria movimentou US$ 329 bilhões (R$ 1,02 trilhões) no mundo - e as empresas já respondem por 75% do total.
Veja por exemplo o segmentoapostas esportivas belogolfoguetes, nossa formaapostas esportivas belogolchegar ao espaço. São os bilionários que estão à frente na área. Elon Musk eapostas esportivas belogolSpace X usam foguetes Falcon 9 para levar suprimentos para a Estação Espacial Internacional, enquanto Jeff Bezos desenvolve com a Blue Origin os foguetes New Shepard e New Glenn.
Ambas as companhias já fizeram demonstraçõesapostas esportivas belogoltécnicas revolucionárias que permitem o pouso verticalapostas esportivas belogolespaçonaves, algo fundamental rumo aos foguetes reutilizáveis. Enquanto isso, a Virgin,apostas esportivas belogolRichard Branson, trabalhaapostas esportivas belogoluma formaapostas esportivas belogollançar satélites a partir do ar, junto com planosapostas esportivas belogolrealizar voos turísticos suborbitais.
Até agora, nenhuma das empresas da área opera apenasapostas esportivas belogolforma comercial. "Todas têm muitos subsídios do governo,apostas esportivas belogoluma forma ouapostas esportivas belogoloutra", diz Stuart Martin.
Pequenos satélites
Uma empresa da Nova Zelândia tenta mudar a forma como usamos o espaço. A Rocket Lab ainda está só começando a operar, mas é a única fabricanteapostas esportivas belogolfoguetes que tem seu próprio complexo para lançamentos, na península Mahia, na Ilha Norte do arquipélago neozelandês.
Apesarapostas esportivas belogolfoguetes não terem mudado muito desde o Sputnik - ainda é necessário levarapostas esportivas belogolcarga além do alcance da gravidade da Terra para colocá-laapostas esportivas belogolórbita -, seria um erro pensar que a Rocket Lab é uma fabricanteapostas esportivas belogolfoguetes comum, diz seu fundador Peter Beck.
O custo atual do lançamentoapostas esportivas belogolum foguete éapostas esportivas belogolcercaapostas esportivas belogolUS$ 200 milhões, um fator decisivo para que, nos Estados Unidos, tenham ocorrido, por exemplo, apenas 22 lançamentos no ano passado. Beck diz que, quando seu novo foguete Electron estiver operacional, ir ao espaço custará US$ 5 milhões e será algo que ocorrerá "com frequência semanal".
No centro da proposta da Rocket Lab está o foguete criado especialmente para colocar satélites pequenosapostas esportivas belogolórbita. Ele é feito basicamente com fibraapostas esportivas belogolcarbono, e seus motores são produzidos com impressão 3D. Enquanto um motor comum demanda normalmente meses para ser produzido, "nós podemos fazer umapostas esportivas belogol24 horas", diz Beck.
No primeiro teste, realizadoapostas esportivas belogolmaio, o Electron atingiu com sucesso o espaço, mas não entrouapostas esportivas belogolórbita. Dois novos testes estão programados.
Mais barato
No momento, fabricantesapostas esportivas belogolpequenos satélites pegam caronaapostas esportivas belogollançamentos já previstos que têm um grande satélite como carga principal e espaçoapostas esportivas belogolsobra. Mas, com a demandaapostas esportivas belogolalta pela observação da Terra, para fins meteorológicos,apostas esportivas belogolturismo e na confecçãoapostas esportivas belogolmapas, as empresas precisamapostas esportivas belogolnova formasapostas esportivas belogolchegar ao espaço.
Beck diz a Rocket Lab busca aproveitar essa oportunidade. Em vezapostas esportivas belogolesperar por um lugar adequadoapostas esportivas belogolum grande foguete, "elas podem ir na internet, clicarapostas esportivas belogolalguns botões e comprar um lançamento".
Uma empresa disposta a usar o Electron é a Planet Labs, empresaapostas esportivas belogolSão Francisco que fabrica minisatélites que pesam apenas 4kg. "Há um grande mercado para satélites pequenos que podem ser usadosapostas esportivas belogoldiversas missões", diz o presidente da companhia, Will Marshall.
Diferentementeapostas esportivas belogolsatélitesapostas esportivas belogoltelecomunicação comuns, que ficamapostas esportivas belogolórbita geoestacionária a 35,7 mil km sobre a Terra, os satélites da Planet Labs, chamados Doves, voam muito mais baixo, a apenas 500 km. Isso significa que o satélite pode usar câmeras menores - o que reduz seu peso e custo a uma fração dos satélites tradicionais - e ainda assim conseguir imagens com uma boa resolução.
Ser pequeno e relativamente barato ainda permite que novos designs sejam testados e construídos rapidamente, diz a empresa. Em fevereiro, ela colocou 88 Dovesapostas esportivas belogolórbita. Em julho, foram 48. Agora, a Planet Labs afirma que pode fotografar cada ponto do planeta - todos os dias.
Marshall explica que reduzir o custo não implica apenasapostas esportivas belogolum preço mais baixo para clientes, mas torna os dados coletados por satélites mais acessíveis. "Não só governos e grandes empresas podem comprar nossos dados. Qualquer pode fazer isso, seja um negócio pequeno ou médio ou uma ONG, um pesquisador, uma universidade."
Novos usosapostas esportivas belogoldados
Ainda que o desenvolvimentoapostas esportivas belogolfoguetes e satélites chame mais atenção, as principais mudanças estão nos usos da informação que é coletada.
Fazendeiros e empresasapostas esportivas belogolmineração já utilizam dados assim. Os agricultores podem ser alertados sobre as condições do solo para melhorarapostas esportivas belogolcolheita. Pescadores são informados sobre a temperatura do oceano para saber onde achar peixes. Com fotos cada vez mais detalhadas, é possível identificar uma árvore específica, algo valioso para monitorar o desmatamento.
Uma empresa que está aproveitando esse grande volumeapostas esportivas belogoldados é a Terrabotics, do Reino Unido. "Em uma imagem normal, você fica limitado ao tamanhoapostas esportivas belogolum pixel, mas há muita informação entre os pixels capturados", afirma seu presidente, Gareth Morgan.
"Processamos imagensapostas esportivas belogolsub-pixels antesapostas esportivas belogolser feita qualquer análise. Criamos imagens com super-resolução, criamos uma baseapostas esportivas belogoldados 3D e colocamos issoapostas esportivas belogolsistemasapostas esportivas belogolinteligência artificial. Transformamos imagensapostas esportivas belogolsinais, como ocorre com as ondasapostas esportivas belogolrádio. Isso nos liberta das restrições do pixel."
Morgan explica que isso permite, por exemplo, "ver uma mina e determinar como ela mudou - se ficou mais profunda ou se a pilhaapostas esportivas belogolresíduos cresceu".
Competições e prêmios também estimulam inovações radicais. O desafio Ansari Xprize pediu que inventores desenvolvessem uma espaçonave tripulada reutilizável. Agora, o Google Lunar Xprize oferece US$ 20 milhões para a primeira equipe que levar um robô à Lua capazapostas esportivas belogolpercorrer 500 metros e enviar imagensapostas esportivas belogolvolta à Terra.
Trata-seapostas esportivas belogolcriar incentivos à inovação e a novas formasapostas esportivas belogolpensar sobre o espaço, diz Rahul Narayan, fundador da equipe Indus,apostas esportivas belogolBangalore, que não tinha qualquer experiência na área antesapostas esportivas belogoldecidir participar do desafio do Google.
"Nenhumapostas esportivas belogolnós tinha trabalhado com ciência espacial, engenharia ou tecnologia. E isso foi bom, porque, se tivéssemos, nunca teríamos decidido fazer algo tão complexo assim."
Passo enorme
Sua equipe agora refina seu veículo lunar, que pesa 6 kg - se pousar na Lua, será um dos mais leves a fazer isso. O lançamento ocorrerá nos próximos meses. "Foi uma longa jornada para nós", diz ele, destacandoapostas esportivas belogolgratidão à Organizaçãoapostas esportivas belogolPesquisa Espacial Indiana, já que alguns dos pesquisadores aposentados da instituição estatal estão ajudando nesta missão.
Levar um veículo não tripulado à Lua pode não gerar um retorno comercial imediato, mas Narayan argumenta que, se conseguir tal feito, será "um passo enorme para que toda e qualquer empresa espacial privada do mundo tente fazer coisas assim no futuro".
É a visãoapostas esportivas belogolum mundoapostas esportivas belogolque satélitesapostas esportivas belogolbaixo custo são transportados por foguetes mais baratos que podem ser lançados quando se quiser - tudo com o cliqueapostas esportivas belogolum botão, sem precisar esperar por uma missão espacial governamental.
Mas essa nova corrida espacial tem seus próprios desafios, diz Gareth Morgan, da Terrabotics. O imenso volumeapostas esportivas belogoldados e imagens espaciais significa que os sistemasapostas esportivas belogolinteligência artificial usados para analisá-los automaticamente precisam melhorar.
"Os sistemas atuais precisam receber um treinamento extensivo para serem capazesapostas esportivas belogolreconhecer diferentes características por conta própria. Precisamos mudar a forma como a inteligência artificial funciona. O progresso está ocorrendo, mas ainda é muito recente."
Mais informação pode ser algo bom, mas há aspectos éticos a serem considerados - afinal, todo mundo pode ser fotografado diariamente a partir do espaço. "Uma coisa importante para nós é que nossas imagens não permitam enxergar ou reconhecer uma pessoa", reconhece Marshall, da Planet Labs.
E quem tem acesso a esses dados? Conforme satélites privados se proliferam e a revolução dos dados avança, seus críticos apontam ser necessário debater sobre os papéis dos setores público e privado no espaço. "Nós, tecnólogos, temos que ser os principais guardiões desses dados", diz Marshall.
Há ainda a questão dos detritos espaciais - já existem cercaapostas esportivas belogol30 mil objetos, grandes e pequenos,apostas esportivas belogolórbita. "Teremos que lidar com esse problema", afirma Marshall. "A indústria teráapostas esportivas belogolcomeçar a trazer essas coisasapostas esportivas belogolvolta, e não será fácil."
Se o retornoapostas esportivas belogolpotencial para investidores é grande, também há muitos riscos. Foguetes podem explodir, falhar no lançamento ou colocar satélites na órbita errada. "Foguetes não são a melhor formaapostas esportivas belogolfaturar com o espaço", diz Matt Perkins, que foi por dez anos o presidente da Surrey Satellites e hoje chefia a Oxford University Innovation, uma empresaapostas esportivas belogoltecnologia da universidade britãnicaapostas esportivas belogolmesmo nome.
"A melhor formaapostas esportivas belogolfazer dinheiro está no fim da cadeia - usando toda essa informação que vem do espaço. Conforme isso fica mais barato, surgirão oportunidades comerciais, com dados sendo utilizadosapostas esportivas belogolformas que nunca ninguém tinha pensado antes."
Se o espaço é a nova fronteiraapostas esportivas belogolnegócios, caberá à inventividade humana tirar proveito disso.