Geração com maisdicas para sportingbet50 anos revoluciona velhice e cria 'gerontolescência', diz guru da longevidade:dicas para sportingbet

"A gente revolucionou o conceitodicas para sportingbetfazer a transição da infância para a idade adulta e criamos uma coisa que não havia antes da Segunda Guerra Mundial, que é a adolescência", explica Kalache, ao explicar que a adolescência como construção social não existia antes dos anos 1950.

"Fizemos muita coisa que está aí: a revolução sexual, a pílula, as revoluções musicais, a luta contra a ditadura - não vou deixardicas para sportingbetser essa mesma pessoadicas para sportingbet50 anos atrás. Eu e esse grupo todo, os baby boomers, estamos envelhecendo com isso tudo como legado. E daqui a um tempo vamos olhar para trás e ver que, assim como criamos a adolescência há alguns anos, estamos criando a gerontolescência", diz ele.

Para ele, no entanto, há uma diferença entre essas duas construções sociais. "A adolescência deve durar quatro ou cinco anos - se durar mais tem algo errado. Mas a gerontolescência é para durar 20, 30, 40 anos. É muito tempo para a gente se rebelar, virar a mesa."

Encarando a morte

Para tratar do tema do envelhecimentodicas para sportingbetpalestras, Kalache costuma pedir à plateia que imagine rapidamente como vai morrer. O exercício, segundo ele, serve para mostrar como há uma "idealização da morte que já não é mais a regra".

Isso porque, diz ele, "vamos morrer mais velhos, mais doentes e mais lentamente do que muitos imaginam".

"A gente tem que se preparar para uma vida muito mais longa e pensar no processodicas para sportingbetmorte, porque no Brasil três quartos das mortes sãodicas para sportingbetpessoas idosas e por doenças crônicas, inclusive aquelas arrastadas que causam sofrimento e despesas. Então é preciso tentar assegurar qualidadedicas para sportingbetvida até o final."

E essa é uma realidade que deve ser levadadicas para sportingbetconta especialmente no Brasil, que envelhece a passos largos. Estimativas da Organização das Nações Unidas apontam que até 2050 o Brasil terá 64 milhõesdicas para sportingbetidosos - ou 30% da população,dicas para sportingbetcomparação aos atuais 12%. Em 2001 esse total eradicas para sportingbetapenas 9%. Em menos tempo -dicas para sportingbet2025 - o país deverá ocupar o sexto lugardicas para sportingbetnúmerodicas para sportingbetidosos no mundo.

Para Kalache, alémdicas para sportingbetestar envelhecendo rapidamente, o Brasil percorre esse caminhodicas para sportingbetum padrão sem precedentes.

"Estamos envelhecendo com uma grande parcela da populaçãodicas para sportingbetpobreza. É um desafio grande porque não temos precedentes, modelos. Nenhum país até hoje envelheceu sem ser rico. E estamos envelhecendo rápido e ao mesmo tempo sem recursos para políticas sociais edicas para sportingbetsaúde que possam responder a uma população já muito envelhecida, como seremosdicas para sportingbettrês décadas."

Mais trabalho

Então vamos ter que trabalhar mais? Kalache, que atualmente preside o Centro Internacional Longevidade Brasil, responde que sim, e vai além: critica o "luxo" do nosso sistema previdenciário atual.

"Vai ter que trabalhar mais tempo? Eu acho que sim. Um país como o Brasil que se dá ao luxodicas para sportingbetter a aposentadoria média aos 54 anos é um país inviável. Não existe nenhum país que tenha conseguido por muito tempo manter tanta gente aposentada, sobretudo porque a base da pirâmide, que são os jovens, está diminuindo. Então, a gente goste ou não, vamos ter que nos preparar para uma vida laboral mais longa. E já que vai ter que trabalhar mais tempo, vamos trabalhar para ter projetos e para ser estimulante", opina.

Por isso, segundo ele, será necessário pensardicas para sportingbetuma política pró-natalidade para equilibrar a pirâmide social, ou seja, ter uma proporção menos desigualdicas para sportingbetjovens e idosos no país, e ainda garantir um envelhecimento melhor aos mais velhos.

Ele afirma que, para isso, são necessários quatro capitais fundamentais: saúde, conhecimento para não se tornar obsoleto (o manter-se antenado), bem-estar financeiro e bem-estar social (ou o "capricho nas relações para ter para a quem recorrer quando o negócio apertar").

"A gente sabe que a pensãozinha só no fim da vida não vai dar conta. Aproveite para fazer suas economias porque, no final da vida, a gente precisadicas para sportingbetmais renda e mais dinheiro, e nãodicas para sportingbetmenos."