Como fórmulas matemáticas fomentam desigualdade e discriminação, segundo ex-analistacomo jogar roletadadoscomo jogar roletaWall Street:como jogar roleta

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Legenda da foto, Ex-analistacomo jogar roletaWall Street Cathy O'Neil alerta para algoritmos que 'regem nossas vidas e que pouca gente sabe como funcionam'

como jogar roleta Como ciência exata, a matemática é admirada por muitos, mas uma estudiosa do tema levanta surpreendentes críticas a fórmulas que sempre pensamos serem "inofensivas". Cathy O'Neil garante: elas são parte da causa da desigualdade e discriminação do mundo.

A ex-professora da prestigiada Barnard College, na Universidadecomo jogar roletaColumbia, nos Estados Unidos, trabalhou como analistacomo jogar roletadadoscomo jogar roletaWall Street. Ela deixou o mundo acadêmico e financeiro para se tornar uma das representantes mais ativas do movimento Ocuppy Wall Street (OWS), que denuncia os excessos do sistema financeiro americano desde 2011.

Cinco anos depois do surgimento do movimento, O'Neil publicou seu livro Weapons of Math Destruction (Armascomo jogar roletaDestruição Matemática, na tradução livre),como jogar roletaque descreve como algoritmos matemáticos "governam" nossas vidas (e tendem a prejudicar os mais desfavorecidos).

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Legenda da foto, Cathy O'Neilcomo jogar roletalançamentocomo jogar roletaseu livro

"Vivemos na era dos algoritmos. Cada vez mais, as decisões que afetam as nossas vidas - como qual escola estudar, se podemos ou não fazer um empréstimo, quanto pagamos por um segurocomo jogar roletasaúde - não são tomadas por humanos, e sim por matemáticos", escreveu ela.

Na teoria, explica a especialista, isso deveria levar a uma maior igualdade, para que todo mundo fosse julgado sob as mesmas regras - e a discriminação não existisse.

Mas segundo O'Neil, o que ocorre é exatamente o contrário.

O lado obscuro

Os algoritmos funcionam como "receitas" criadas por computadores para analisar grande quantidadecomo jogar roletadados.

Um algoritmo pode nos recomendar um filme ou protegercomo jogar roletaum vírus no computador - mas isso não é tudo.

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Legenda da foto, Algoritmos podem determinar seu futuro acadêmico ou profissional

Há certos algoritmos que O'Neil define como "opacos, desregulados e irrefutáveis". Mas o mais preocupante, diz ela, é que eles reforçam a discriminação.

A primeira característica desses algoritmos, conta O'Neil à BBC Mundo, o serviçocomo jogar roletaespanhol da BBC, é que eles "tomam decisões muito importantes na vida das pessoas".

Por exemplo: se um jovem pobre nos Estados Unidos quer pedir um empréstimo para pagar seus estudos, o sistema irá rejeitá-lo porque será considerado "muito arriscado" emprestar dinheiro a ele (por causacomo jogar roletasua raça ou pela região onde ele vive). Sendo assim, esse estudante ficará isolado do sistema educativo que poderia tirá-lo da pobreza - e isso alimenta um ciclo vicioso.

Esse é só um exemplocomo jogar roletacomo esses algoritmos respaldam os que já são "mais afortunados" e castigam ainda mais os desfavorecidos, criando um "coquetel tóxico para a democracia", explica O'Neil.

Esse é o lado obscuro da matemática e dos algoritmos, segundo ela.

Além disso, a analista aponta que "esses algoritmos são,como jogar roletacerto sentido, opacos: as pessoas não entendemcomo jogar roletaonde eles vêm, como são calculados e computados. Às vezes, eles até são secretos."

"Uma das coisas que mais me preocupa é que essas pontuações - os algoritmos que nos avaliam e pontuam o tempo todo - não são visíveis para nós", explica.

"Por exemplo, quando ligamos para o serviçocomo jogar roletaatendimento ao consumidorcomo jogar roletauma empresa, às vezes nos pontuamcomo jogar roletaacordo com nosso númerocomo jogar roletatelefone e o perfil que eles têm registradocomo jogar roletanós. E decidem se somos um clientecomo jogar roletaalto ou baixo valor. Se somoscomo jogar roletavalor baixo para eles, pode ser que nos façam esperar mais tempo na ligação."

De acordo com a matemática, esses modelos ocultos comandam nossas vidas desde que começamos a escola primária até o fimcomo jogar roletanossa existência.

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Legenda da foto, Segundo O'Neil, algoritmos controlam resultados acadêmicoscomo jogar roletaestudantes e alunos, classificam currículos, concedem ou negam bolsas, avaliam trabalhadores e até vigiam nossa saúde.

Eles estão presentescomo jogar roletainfinitos aspectos da vida pessoal e profissional: controlam resultados acadêmicoscomo jogar roletaestudantes e alunos, classificam os currículos, concedem ou negam bolsas, avaliam trabalhadores, determinam eleitores, estabelecem penascomo jogar roletaliberdade condicional e até vigiam nossa saúde.

E, segundo O'Neil, todos eles escondem vasta quantidadecomo jogar roletainformações negativas que acabam sendo retroalimentadas pelo uso dos algoritmos.

Mas o que quer dizer isso?

Entendendo o algoritmo

O que O'Neil argumenta é que algoritmos simplesmente "não descrevem a realidade tal qual ela é", e a modificam expandindo ou limitando nossas oportunidades na vida.

"Esses algoritmos são destrutivos e debilitam seu próprio objetivo original, como a melhora do sistema educativo, por exemplo", afirmou O'Neil.

"Um dos meus exemplos favoritos é o modelocomo jogar roletapontuação do valor agregado do professor, algo que é muito difundido nos Estados Unidos. É uma forma que eles usam para avaliar o esforço dos professores e 'se livrar' dos que são ruins."

A analista explica como funciona: os resultados dos alunos são informatizados, e os professores ganham pontos quando seus alunos obtêm melhores resultados do que o esperado (e vice-versa). O problema, ela diz, é que ninguém entendecomo jogar roletaverdade como funciona o sistema - ele até seria uma "boa ideia" se fosse perfeito, mas não é o caso, afirma a especialista.

O que acontece é que há muito "ruído estatístico",como jogar roletaacordo com a professora, e os algoritmos "são inconsistentes" - o que faz com que muitos professores acabem demitidos por falhas nesta tecnologia.

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Legenda da foto, Buscar conhecer mais sobre como funcionam os algoritmos é essencial, afirma O'Neil

O'Neil diz que as pessoas encarregadascomo jogar roleta"modelar" esses algoritmos deveriam assumir uma responsabilidade maior sobre como esses modelos matemáticos estão sendo usados.

Mas, no fim, estácomo jogar roletanossas mãos informar mais sobre os tão misteriosos algoritmos, fazermos as perguntas adequadas e buscarmos entender como funcionam esses modelos matemáticos que regem nossas vidas, segundo a professora.

"É muito difícil lutar contra sistemascomo jogar roletapontuação que você nem sabe que existem. Por isso, uma das coisas que reivindico no meu livro é que a gente não aceite e refute esses sistemas."

"Há muitas formascomo jogar roletafazer isso. Por exemplo, se eu faço uma busca na internet sobre um problemacomo jogar roletasaúde, sempre faço isso abrindo uma janela anônima (os browsers mais conhecidos oferecem a ferramentacomo jogar roletanavegação anônima) na internet", afirmou O'Neil.

O segredo, ela pontua, é "garantir que as pessoas (e os algoritmos) que compilam as informações sobre você na internet não tenham 'notícias negativas'".